O Bom Samaritano

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A importância de fazermos a verdadeira caridade

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O Bom Samaritano

Lucas 10.25–37 RA
E eis que certo homem, intérprete da Lei, se levantou com o intuito de pôr Jesus à prova e disse-lhe: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Então, Jesus lhe perguntou: Que está escrito na Lei? Como interpretas? A isto ele respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Então, Jesus lhe disse: Respondeste corretamente; faze isto e viverás. Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo? Jesus prosseguiu, dizendo: Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto. Casualmente, descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo-o, passou de largo. Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar e, vendo-o, também passou de largo. Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar. Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu-lhe o intérprete da Lei: O que usou de misericórdia para com ele. Então, lhe disse: Vai e procede tu de igual modo.
Ilustração: No início de 2019 eu encontrei uma mulher com dois filhos pedindo comida na rua.
Logo depois eu comecei os Estudo Bíblico As 9 Marcas do Discipulo Radical baseados no último livro de John Stott onde ele o tempo todo nos chama a termos discípulos radicais, ou seja raíz, tendo com marcas a simplicidade, o cuidado com a Criação e o Inconformismo com o mundo, mas foi depois do estudo da marca da dependência que eu comecei a ver que as pessoas ainda tinham dúvidas em como amar ao próximo e ajudá-las.
Foi então que eu comecei a trabalhar a idéia de levar a púlpito o que eu tenho aprendido sobre o verdadeiro amor ao próximo. Portanto o tema deste sermão é este:
O VERDADEIRO AMOR AO PRÓXIMO
O texto
No nosso método gramático-histórico que é o método reformado, calvinista, tem é o método interpretativo onde o texto quer dizer o que o seu autor quer dizer. Mas ao longo dos séculos a Parábola do Bom Samaritano tem sido interpretada hora no seu sentido literal hora no sentido alegórico.
O judeu = homem perdido
salteador = o pecado
= o homem que caiu no pecado
levita e o sacerdote = é a lei que não pode salvar
o bom samaritano = jesus que derrama seu sangue (vinha) levanta a pessoa (novo nascimento) coloca em cima do jumento (que é o evangelista)
estalagem = a igreja
dono da estalagem = que é o pastor
duas moedas = batismo e santa ceia
Qual o problema dessa interpretação? Se não é essa a história da redenção? Quando Jesus contou essa parábola, o que Jesus queria dizer?
É por isso que é preciso ler o contexto. Alguém chegou pra Jesus e perguntou: “Quem é o meu próximo?” E Jesus contou essa estória para explicar que o meu próximo é quem precisa de mim, ainda que seja o meu inimigo. O texto quer dizer o que o seu autor quer dizer. Você não pode pegar a parábola e dar outra interpretação. Você estaria violando a intenção do autor. Mas você vai ter pregador distorcendo essa interpretação. Já teve até pregador pregando sobre a mãe do filho pródigo! Ela nem aparece e o cara deduz. Se tem um pai, então tem uma mãe. A sua primeira coisa que a gente precisa fazer com um texto é “O que o autor quis dizer com esse texto?” “Qual a intensão do autor?” Como você acha que Deus se sente quando a gente lê a Bíblia e dá outras interpretações ao seu texto que não são a que Ele queria que déssemos? Se a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática, a gente pode interpretar essa regra conforme a gente acha que entendeu? “Ah, eu acho que esse texto está falando isso, então eu acho que Deus quer que eu faça isso assim e assim, porque eu acho que essa é a regra para a minha vida.”
Um texto, fora de contexto é pretexto
- para o erro.
- vai te ensinar apenas uma regra moral.
- vai te ensinarem qualquer bobagem teológica.
- que pode produzir uma regra errada para a sua vida.
- que pode está sendo usado para manipular
- que pode fazer você achar que está agradando a Deus, quando na verdade o está aborrecendo.
- que pode te fazer pecar contra Deus.
- não te fará um servo obediente a Palavra de Deus, mas um transgressor da lei de Deus bem intencionadamente.
É por isso que precisamos analisar o contexto e a primeira coisa que temos que saber é sobre o autor do evangelho de Lucas. Foi consenso geral entre os cristãos primitivos e os patrísticos que o autor do evangelho é o mesmo autor de Atos por causa do vocabulário utilizado e o estilo narrativo semelhante usazos pelo autor e porque ambos os livros são dirigidos ao mesmo destinatário: o excelentíssimo Teófilo. Em Atos temos mais evidências de que o autor era alguém que andava com o Apóstolo Paulo, quando várias passagens aparecem na primeira pessoa do plural ou seja incluindo o autor e Paulo na narrativa. "Porque nós fizemos isso… nós fomos para tal lugar… depois de nós sairmos… e por aí vai.
Contudo, o autor não foi testemunha ocular dos relatos que faz no Evangelho de Lucas. E o prefácio do livro deixa claro isso quando diz no início do capítulo 1º que “Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que dentre o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra, igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem, para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído.
Lucas escreveu esse prefácio do livro no estilo grego clássico, que era o que se esperaria de uma obra dirigida a um grande público. Teófilo (amigo de Deus ou amado de Deus) deveria ser seu patrono ou seja alguma pessoa rica ou alguma autoridade que o incumbiu desta missão de saber toda a história de Jesus e da formação do início da fundação da igreja cristã formada em Jerusalém pelos apóstolos de Jesus.
O contexto geral é
No capítulo 9 Jesus dá poder e autoridade aos seus 12 discípulos, enviando-os a sairem pela aldeias para pregarem o reino de Deus, para curarem enfermos e para expulsarem demônios em seu nome. O rei Herodes o tetrarca, ao saber disso fica apavorado, pois havia rumores de que o profeta João Batista, que ele havia mandado matar, havia ressuscitado.
Contexto imediato: Jesus está a caminho de Jerusalém. A estadra de Jerusalém para Jericó tinha 27 Km. Era uma das mais perigosas da época, pois era deserta, cercada de penhascos, com um declive de 1000 metros.
Quando foi inquirido por um estudiodo das Escrituras do Velho Testamento a respeito de como ele podera heradar a vida eterna, Jesus estava nesta estrada e foi lá mesmo que ele usou a estrada para contar a sua parábola.
O texto nos mosta que este teólogo não fez essa pergunta por ignorância, mas porque queria testar Jeus e ouvir sua expliação sobre as Escrituras.
O termo "interprete" vem do grego "nomikos" que quer dizer, advogado. O interprete da lei era então um advogado judeu responsável por defender a Torá (a lei de Deus).
O texto nos mosta que este teólogo não fez essa pergunta por ignorãic, mas porque queria testar Jeus e ouvir sua expliação sobre as Escrituras.
A parábola nos mostra vários personagens:
O primeiro personagem dessa parábola era um viajante que ia de Jerusalém para Jericó e que foi atacado por sauteadores.
O segundo personagem são os salteadores que além de roubar, espancaram e o largaram no meio do caminho.
A segunda figura são os salteadores que além de roubar, espancaram e o largaram no meio do caminho.
O terceiro e quarto personagens são o sacerdote e o levita que são as pessoas que executam a lei de Deus.
O quinta personagem é um samaritano que pode ser alguém que estava a viagem de negócios.
O sexto personagem é o dono da hospedaria que recebeu dinheiro para hospedar e cuidar do viajante.
Mas que se moveu de íntima compaixão. Ele se aproximou-se da vítima, usou seus recursos próprios, cuidou das suas feridas, levou-o para uma estalagem ou seja, desviou o seu caminho, ele passou a noite naquela estalagem e pagou o dono da estalagem e prometeu voltar e disse para o dono da estalagem que se ele tivesse alguma
Então Jesus pergunta para o interprete da lei “Quem dos três foi o próximo dele?”
Jesus estava ironizando o teólogo ao contar essa estória. Ele
Ao final, Jesus diz para aquele teólogo: Vai e procedes tu de igual modo. Mas como ele poderia fazer isso? Como um advogado da lei poderia ver num samaritano herege o seu próximo?
Mas a final? Qual o verdadeiro amor ao próximo?
1º) O verdadeiro amor ao próximo nos leva a nos compadece com a dor dos outros. (v.33)
2
2º) O verdadeiro amor ao próximo nos leva a investirmos na vida do próximo (v. 34)
3º) O verdadeiro amor ao próximo nos leva a intercederms pelo próximo (v. 35)
Podemos concluir dizendo que o verdadeiro amor ao próximo nos tira da nossa zona de conforto.
Será que nós não estamos muito confortáveis cuidando apenas de nossas vidas e de nossas famílias?
Será que nós não estamos iguais aos sacerdote ou ao levita que está passando de largo pelo problema dos outros?
No livro a Máfia dos Mendigos, o autor Yago Martins diz:
Mas e o que fica realmente de prático para nós nesta noite? Esse texto é para você? É claro que é.
Você conhece alguém que está sofrendo hoje e que Deus está incomodando o seu coração para ajudá-lo?
Não dê esmola, dê engajamento. As vezes você não vai poder levar a pessoa para sua casa, mas pode levá-la para um abrigo ou para uma casa de recuperação ou mesmo pode arrumar um emprego para ela.
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