Gratidão (Lc 17:11-19)

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Muitas vezes temos tantas coisas pra fazer que esquecemos de agradecer

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Fim de ano

Chegamos no fim do ano. Já estamos na última quinta-feira de 2018. Mais quatro dias e começamos 2019.
E especialmente pra mim esse foi um ano muito bom, apesar de que, como todos os anos, tiveram também alguns momentos bem difíceis.
Como alguns devem lembrar, minha mãe teve um problema sério no meio do ano, e que, apesar dela já estar muito melhor, ainda fica aquela insegurança, principalmente porque ela mora só, não quer que ninguém vá morar lá, nem quer vir morar nem comigo nem com minha irmã.
Mas apesar disso, e de algumas outras coisa menores, esse foi sim um ano com muitas e muitas coisas boas.
E nesse fim de ano uma coisa muito boa a se fazer é separar um tempo a sós e refletir: como foi esse ano para mim? Quais as coisas boas? O que não foi legal? Quais minhas falhas, e quais as coisas que eu consegui superar?
Como foi seu ano?
Quais as coisas boas que aconteceram?
Quais as coisas ruins que aconteceram?
Quais os pecados que consegui vencer?
Quais pecados ainda me dominam?
Inclusive, seria uma coisa boa você fazer uma pequena lista respondendo essas perguntas, pra que possa sempre dar uma olhadinha e relembrar as coisas boas, e dar uma olhada naquelas coisas que temos que melhorar.
Separe um tempo e escreva algumas coisas boas e algumas ruins que aconteceram nesse ano na sua vida.

Gratidão

E todas essas coisas tem que nos levar a um sentimento: gratidão. Um sentimento que deve ser o nosso modo de vida.
Pois como o próprio apóstolo Paulo falou aos Tessalonicenses:
1Tessalonicenses 5.16–18 NVI
Alegrem-se sempre. Orem continuamente. Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus.
E a passagem que vamos ver nessa noite é uma que mostra tanto a gratidão quanto a ingratidão. Está lá em Lucas 17.11-19
Nova Versão Internacional 17.11 Dez Leprosos São Curados

11 A caminho de Jerusalém, Jesus passou pela divisa entre Samaria e Galiléia. 12 Ao entrar num povoado, dez leprososdirigiram-se a ele. Ficaram a certa distância13 e gritaram em alta voz: “Jesus, Mestre, tem piedade de nós!”

14 Ao vê-los, ele disse: “Vão mostrar-se aos sacerdotes”. Enquanto eles iam, foram purificados.

15 Um deles, quando viu que estava curado, voltou, louvando a Deus em alta voz. 16 Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. Este era samaritano.

17 Jesus perguntou: “Não foram purificados todos os dez? Onde estão os outros nove? 18 Não se achou nenhum que voltasse e desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro?” 19 Então ele lhe disse: “Levante-se e vá; a sua fé o salvou”

Entre Samaria e Galiléia

A primeira coisa que deve nos chamar atenção nesse texto está logo no verso 1. Lucas nos diz que Jesus estava na sua viagem para Jerusalém, e ele então passa pela divisa entre Samaria e Galiléia.
Jesus estava ali andando pela fronteira dos dois países, e isso explica uma coisa que lemos antes aqui na passagem:
existiam entre os 10 leprosos judeus e um samaritano. Como o local que Jesus passava ficava entre os dois lugares, era natural, de certa forma encontrar na sua viagem tanto judeus quanto samaritanos.
Mas uma coisa não era natural. Pois vocês podem se lembrar que judeus e samaritanos não se davam. Muito pelo contrário, evitavam até ficar juntos.
Inclusive Jesus e seus discípulos tinham sido a pouco tempo vítimas dessa briga entre esses dois povos. Lá em Lucas 9.51-53, vemos que Jesus enviou alguns dos seus discípulos para um povoado samaritano, para fazer alguns preparativos para sua viagem até Jerusalém. Mas o texto nos diz que quando os samaritanos perceberam que eles iam para Jerusalém, não os receberam naquele povoado.
Em João 4 também vemos também a mulher samaritana no poço de Jacó revoltada porque Jesus, sendo judeu, tinha falado com ela. Resumindo, eram dois povos que não se batiam, e que faziam de tudo para estarem o mais separados possível.
Mais ali estava acontecendo uma coisa diferente: judeus e samaritanos estavam ali, juntos. E isso deve fazer que perguntemos:
O que aconteceu para que esses inimigos estivessem juntos?
A resposta nesse caso está em que eles tinham uma coisa em comum: a lepra. Essas pessoas tinham algo em comum, algo que os unia. Nesse caso, era a sua doença, que os tornava impuros, que os impedia de viver dentro de suas cidades, que tinha os unido.
E se você parar para reparar, vemos isso acontecer frequentemente ainda nos dias de hoje. Quando necessitam de um objetivo em comum, pessoas de diferentes opiniões, ou de diferentes raças, tendem a se unir pra conquistar esse objetivo.
O sofrimento desses homens estava os unindo, a necessidade de e ajudarem para sobreviver estava fazendo com que eles deixassem de lado suas diferenças.
Um exemplo bem claro que podemos ver desse tipo de comportamento nos dias de hoje seriam os grupos de apoio a pessoas com dependências químicas, como os Alcoólicos Anônimos. São pessoas muitas vezes de diferentes classes sociais, de diferentes culturas, que num dia normal nunca se cruzariam, mas que naquele momento se unem para ajudar uns aos outros nas suas lutas e dificuldades.
E nem só problemas unem as pessoas. Basta olhar para nós, para a igreja de Cristo. Somos muitas vezes pessoas bem diferentes, mas com um objetivo em comum: adorar a Deus, aprender mais Dele.
E esse objetivo faz com que nós estejamos unidos, esquecendo as diferenças que temos para estarmos juntos em prol de um objetivo maior:
Adorar a Deus.

A certa distância

Um segundo ponto que quero chamar atenção é que o verso 2 nos diz que os 10 leprosos dirigiram-se a Jesus mas ficaram a certa distância.
E o motivo disso tinha a ver com a sua doença. No Antigo Testamento, vemos tanto em Levítico quanto em Números leis que existiam em relação àquelas pessoas que tinham lepra. Levítico 13.45-46 nos diz o seguinte:
Levítico 13.45–46 NVI
“Quem ficar leproso, apresentando quaisquer desses sintomas, usará roupas rasgadas, andará descabelado, cobrirá a parte inferior do rosto e gritará: ‘Impuro! Impuro!’ Enquanto tiver a doença, estará impuro. Viverá separado, fora do acampamento.
E aqui eu queria que a gente parasse um pouco e pensasse como era a vida dessas pessoas, desses 10 homens.
Como vimos aqui, eles tinham que sair do acampamento, sair da sua cidade, sair da sua família. Pegar lepra significava que aquela pessoa tinham que abandonar tudo que tinha: sua família, seu trabalho, seus estudos, não podia participar da vida religiosa, dos cultos, dos sacrifícios.
Como esses homens não deviam se sentir? Tendo que abandonar o convívio com todas as pessoas que conheciam. As únicas pessoas que tinham contato eram os outros leprosos. Reduzidos a nada, totalmente a margem da sociedade. Podia ser a pessoa mais rica e influente antes de contrair a doença, mas agora, era apenas mais um leproso, abandonado fora da cidade.
Como você se sentiria se passasse por algo assim?
Tente imaginar qual seria a dor, o sofrimento. Ter que abandonar tudo que tinha, abrir mão de tudo por causa de uma doença. E considerando que a medicina da época não era muito avançada, as chances de melhorar da doença e voltar para sua velha vida eram bem remotas.
Eles viviam praticamente sem esperança. E isso nos leva a mais um ponto: ao ver Jesus, eles clamaram ao Mestre.

Clamaram ao Mestre

Aqueles 10 homens, na sua miséria, avistam Jesus, e o reconhecem. Não sabemos se algum deles já tinham visto Jesus ou se o reconheceram apenas de ouvir falar.
É bom lembrar que Lucas relata antes desse fato que Jesus já tinha curado leprosos em seu ministério. Em Lucas 5.12 Jesus já tinha curado um leproso. Em Lucas 7.22, quando João Batista envia alguns discípulos para saber se Jesus era mesmo o Messias, vemos no texto que um dos sinais que Jesus mostra a eles é que leprosos estavam sendo purificados.
Então Jesus já tinha a fama de curar leprosos, e de alguma forma, aqueles 10 homens sabiam disso.
E eles, tendo fé que Jesus também podia curá-los, clamam em alta voz:
Jesus, Mestre, tem piedade de nós!
Eles sabiam que suas chances de serem curados eram mínimas, mas estava ali diante deles aquele que eles sabiam ser capaz de purificá-los de sua doença.
Então imagine como aqueles homens não devem ter gritado. Lembrando que eles não podiam, por causa da lepra, se aproximar muito de Jesus. Mas eles gritaram, e vimos no texto que Jesus os escutou.
E isso tem que nos lembrar de uma coisa. Aquele Jesus que ouviu o clamor dos leprosos é o mesmo Jesus que servimos e adoramos. E se ele escutou os leprosos clamando na sua angústia, ele também pode nos escutar quando estamos passando pelos sofrimentos desse mundo.
Pode ser uma doença, pode ser um problema de relacionamento, pode ser falta de emprego, algum pecado que tem nos escravizado. Não importa qual nosso problema. Nosso Deus é um Deus pessoa, um Deus que nos escuta, um Deus que fala para nós pedirmos a ele.
Então que ao estivermos passando por alguma luta, alguma provação, possamos lembrar de colocar nosso joelho no chão e clamar assim como esses leprosos clamaram:
Jesus, Mestre, tem piedade de mim!

Teste de fé

E Lucas nos diz que ao ouvir aqueles homens gritando, Jesus fala com eles. Mas era de se esperar, como no caso de cura do leproso que Lucas relatou no capítulo 5, que Jesus tocasse nos leprosos para os curar, ou que pelo menos falasse que eles estavam curados. Mas não, Jesus diz apenas para eles irem se apresentar aos sacerdotes.
E Jesus fala isso por um motivo: da mesma forma que a Lei dizia o que acontecia quando alguém contraia lepra, a Lei também dizia o que fazer quando alguém era curado. Vemos isso em Levítico 14.1-3:
Levítico 14.1–3 NVI
Disse também o Senhor a Moisés: “Esta é a regulamentação acerca da purificação de um leproso: Ele será levado ao sacerdote, que sairá do acampamento e o examinará. Se a pessoa foi curada da lepra,
E o texto segue dizendo todos os sacrifícios que a pessoa curada deveria oferecer pela sua purificação.
Então vemos aqui que Jesus antes de curá-los já os manda pra que o sacerdote os examine! Que teste de fé deve ter sido isso para aqueles homens! Porque o texto dá a entender que eles andaram um pouco até terem sido curados.
Mas o texto nos diz que todos os 10 acreditaram e confiaram na palavra de Jesus, e seguiram para que os sacerdotes os examinassem. E aí, enquanto estão andado, percebem que foram curados!
E aí, da mesma forma que imaginamos o sofrimento deles, gostaria que vocês imaginassem agora a alegria que cada um daqueles homens sentiu naquele momento!
Livres da lepra, eles poderiam voltar para suas antigas vidas. Poderiam voltar para suas casas, para rever suas famílias! Não sabemos quem eram cada um dos 10 leprosos, nem quanto tempo cada um estava com a doença, mas não é difícil imaginar que alguns ali tinham esposas, tinham filhos, e fazia um bom tempo que não os viam. E agora poderiam voltar para suas famílias!
Seus negócios também. Alguns devem ter deixado seus campos, seus gados aos cuidado dos outros por causa da sua doença. A vida religiosa então! Eles agora poderiam ir para o templo adorar a Deus! Poderiam voltar a oferecer sacrifícios!
Poder rever seus amigos, voltar a andar livremente dentro das cidades, poder chegar perto das pessoas. Tantas e tantas coisas que aqueles homens estavam a tanto tempo proibidos de fazer, e agora estavam ali, livres.
E você? Qual seria a primeira coisa que você faria na situação desses homens?
Difícil até de responder, não é? Tantas coisas. Quem tem família acho que a primeira coisa que faria seria correr pra casa, pra sua esposa, para os seus filhos. Aí depois você ia visitar pai e mãe, amigos e parentes, ir ver seus negócios como andava, e por aí vai.
Mas se formos sinceros, vamos ter que admitir uma coisa: uma das últimas coisas que pensaríamos como primeira coisa a fazer seria agradecer a Deus.

Ingratidão

Temos que admitir que muitas vezes temos sido como os leprosos que não voltaram. Jesus pergunta mais na frente:
Onde estão os 9? Não foram 10 curados? Por que só voltou um para agradecer a Deus?
As vezes somos como esses leprosos. Estamos passando por grandes dificuldades, e aí clamamos a Deus para nos ajudar. E Ele nos escuta, e faz aquilo que tantos desejamos.
Só que ao invés de agradecer, ficamos tão felizes com o que ganhamos que esquecemos de agradecer. Com certeza você conhece alguém, ou ouviu alguma história, de alguém na igreja clamando por um emprego. E quando Deus abre a porta, a pessoa some da igreja. Está muito cansada, o trabalho foi muito duro, etc.
Tem pessoas também que procuram igrejas quando estão passando por dificuldades no casamento, ou estão com alguma doença. E basta Jesus fazer aquilo que elas pediram , que você nunca mais as vê.
Mas levando para as pequenas coisas. E todas as coisas que Deus nos dá no nosso dia a dia? Toda refeição que comemos (e muitas vezes nem damos graças pela comida), o trabalho que temos, nossa família, o teto onde dormimos, tudo isso e muito mais são motivos de agradecermos a Deus, mas muitas vezes deixamos isso de lado.
E poderíamos até estender essa ingratidão para outras esferas de nossa vida. Nossos pais, por exemplos, quantas vezes temos sido ingratos com eles? Teve um tempo, quando éramos bebês, que se não fosse o cuidado diário deles morreríamos no mesmo dia. Quantas vezes eles cuidaram de nós, nos alimentaram , se esforçaram para nos dar uma boa educação, etc? E o quanto temos agradecidos a eles?
O quanto temos agradecidos aos nossos pastore, por cuidarmos de nós? Ou aqueles irmãos, que foram tão importantes em momentos difíceis de nossa caminhada cristã?
E vou ser sincero com vocês: se não fizermos essas coisas imediatamente, a chance de fazermos depois é quase zero. Muitas vezes dizemos que vamos agradecer outro dia, quando as coisas se acalmarem, quando isso, quando aquilo, o que não falta são desculpas que damos para nós mesmos.
Temos que admitir que muitas vezes somos bem parecidos com os 9 leprosos que não voltaram...

Gratidão

Mas um daqueles homens foi diferente dos demais. Ao ver que tinha sido curado, ao invés de ir logo para o sacerdote lhe examinar, ou ir fazer qualquer outra coisa, ele volta.
E não apenas volta, mas o texto sagrado nos diz que ele voltou louvando a Deus em alta voz. Louvando a Deus, demonstrando sua gratidão, demonstrando que reconhecia que aquela cura não foi algo natural, mas um milagre que veio da parte do Senhor. E em alta voz, sem sentir nenhuma vergonha de falar do seu Deus.
E essa é a primeira atitude que temos que tomar quando somos gratos a Deus: devemos louva-lo e em alta voz. Não devemos ter vergonha nenhuma de falar de Deus, de falar de Jesus, de falar de tudo aquilo que ele fez em nossas vidas.
Se você recebeu algum milagre de Deus não tenha vergonha, fale em alta voz para todos ouvirem tudo aquilo que Deus fez por você. E mesmo que não tenha sido algo miraculoso, com certeza Jesus fez algo por você maior ainda que esse milagre da cura dos 10 leprosos:
Ele curou sua alma, Ele o perdoou, através do seu precioso sangue, dos seus pecados. Ele lhe tirou do domínio do pecado e de Satanás e lhe deu seu Santo Espírito para habitar dentro de você e lhe ajudar em suas lutas e dificuldades. E isso, meus irmão, já é motivo de sobra para fazermos como esse homem, e louvarmos a Deus em alta voz onde que que fomos.
E ele ainda se prostra ao pés de Jesus, reconhecendo que Ele é quem tinha feito aquele milagre, aquela cura. Todos os 10, ao avistarem Jesus e gritarem, falaram que Ele era Mestre. Mas só esse teve uma atitude de servo.
Porque, meus irmãos, um servo faz o que esse homem fez diante do seu Senhor: ele se prostra. E se prostrar demonstra submissão. Demonstra que você está reconhecendo que aquela pessoa é maior que você. Significa que você está disposto a abandonar suas vontades para fazer o que seu Senhor ordena que você faça.
E Lucas faz questão de ressaltar no texto que esse homem, o único que voltou para agradecer, não era um judeu, mas sim, um samaritano. Aquele que seria o mais improvável para voltar foi o único que tinha voltado.
E isso me fez lembrar que muitas vezes temos visto até pessoas que não conhecem a Deus agradecendo com mais fervor do que nós, que conhecemos a Cristo.
Basta ver o que aconteceu recentemente, a festa de nossa senhora da Conceição. É absurdo a quantidade de pessoas que sobem aquele morro pra agradecer pelas coisas que receberam. É gente subido escadaria de joelho, é gente levando tijolo na cabeça, é gente levando sua família inteira pra agradecer.
Nós, que conhecemos a Cristo verdadeiramente, sabemos que essas pessoas não estão agradecendo ao Deus verdadeiro. Mas olhamos elas com gratidão, e muitas vezes, falta a nós a coragem de dobrarmos nossos joelhos por 5 minutos para agradecer ao nosso Deus por tudo que Ele faz por nós.

A sua fé o salvou

E então Jesus termina essa passagem falando para aquele estrangeiro que tinha voltado para agradecer:
“Levante-se e vá; a sua fé o salvou”
Note em quantos aspectos esses dez homens se assemelhavam:
(a) todos estavam afetados por essa terrível enfermidade;
(b) todos estavam decididos a fazer algo a respeito;
(c) todos tinham ouvido sobre Jesus e criam que ele poderia curá-los, ou pelo menos teria piedade deles;
(d) todos apelam para Jesus, reconhecendo-o como Mestre;
(e) todos, em obediência à ordem de Cristo, seguem rumo aos sacerdotes;
(f) todos são curados.
Mas somente esse samaritano que voltou que recebeu a cura para sua alma. Somente esse que foi grato, que recebeu a salvação. Os outros foram curados fisicamente, mas esse homem recebeu muito mais.
Esse homem tinha uma fé diferente daqueles outros. Aqueles até tinham fé que Jesus podia curá-los, como um curandeiro faria. Mas a fé desse homem era uma fé que trazia salvação.
Lucas, no seu evangelho, faz questão de mostrar esse ponto: é a fé que salva as pessoas.
Nesse caso do leproso, ele diz que foi a fé que o salvou.
Na casa de Simão, quando a prostituta lava os pés de Jesus com suas lágrimas e com perfume, Jesus fala para ela (Lucas 7.50): “vá em paz, a sua fé a salvou”
Quando a mulher do fluxo de sangue toca na borda da veste de Jesus e é curada (Lucas 8.46-48), Jesus fala para ela: “Filha, a sua fé a curou!”
Quando chega em Jericó, e Jesus cura o cego Bartimeu que estava gritando para que Jesus o curasse (Lucas 18.42), Jesus fala para ele: “Recupere a visão! A sua fé o curou”
Com isso, temos um grande ensinamento: não são as coisas que eu faço que vão me trazer salvação. Não é porque eu sou bonzinho, ou porque eu fiz isso, ou eu deixei de fazer aquilo. A única coisa que pode me trazer salvação é a fé, a fé em Jesus Cristo, a fé que o reconhece como Filho de Deus, como aquele que tira o pecado daqueles que nele creem. E se ainda não temos essa fé, devemos clamar ao nosso Deus, para que ele tenha misericórdia de nossas almas, e nos dê essa fé que traz salvação.
E pra terminar, queria ler com os irmãos os 4 primeiros versículos do Salmos 103.1-4, que diz assim:
Salmo 103.1–4 NVI
Bendiga o Senhor a minha alma! Bendiga o Senhor todo o meu ser! Bendiga o Senhor a minha alma! Não esqueça nenhuma de suas bênçãos! É ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças, que resgata a sua vida da sepultura e o coroa de bondade e compaixão,
Que nossa alma possa se encher de gratidão todos os dias por tudo que o Senhor tem feito para nós.
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