O Peregrino - Introdução
O Peregrino • Sermon • Submitted
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· 30 viewsSérie de estudos em "O Peregrino" de John Bunyan
Notes
Transcript
“Caminhando pelo deserto deste mundo, parei em certo lugar onde havia uma caverna; deitei-me ali para dormir. Enquanto dormia, tive um sonho. No meu sonho, eis que vi um homem vestido de trapos; estando de pé em certo lugar, como alguém que havia saído de sua casa; tinha um livro em sua mão e um grande fardo às costas. Olhei, vendo-o abrir e ler o livro. À medida que prosseguia na leitura, chorava e tremia; e, não podendo se conter, pronunciou uma intensa lamentação: O que farei? [...] O que farei para ser salvo?!”
p. 24-25
Se eu pudesse resumir o livro “O Peregrino” eu diria que é a história de um viajante em busca de um novo lar e um novo estado.
O lar atual é a “Cidade da destruição” e o estado é o “fardo nas costas”.
John Bunyan vai narrar nesses capítulos a peregrinação desse homem e o que aconteceu com ele no final da jornada:
- Será que ele se livrou do fardo?
- Como ele se livrou desse fardo?
- Onde ele foi parar?
- O que acontece no caminho?
Essas são perguntas que teremos que enfrentar...
Quem era John Bunyan?
Quem era John Bunyan?
§ Nasceu em 1628 na Inglaterra no vilarejo de Elstow, no condado de Bedford.
§ Cresceu em um ambiente rural
o A primeira curiosidade está aqui - grande parte da geografia dessa “fantasia” ou analogia, descreve a cidade de Bedford por onde Bunyan passava constantemente: pântano do desanimo; monte das dificuldades; vale da humilhação. Tudo isso faz parte do relevo da região...Essas imagens estavam vivas em sua cabeça quando compunha essa obra.
§ Foi a escola até à idade de nove ou dez anos; e isso foi o suficiente para ele aprender a ler e a escrever – não teve muita educação – família pobre.
§ Desde muito jovem, passou a trabalhar com seu pai como “latoeiro” – consertador de vasilhas e panelas velhas.
o A segunda curiosidade – você lê no primeiro parágrafo do livro que esse homem viajante tem um fardo em suas costas (mostrar fotos). A pergunta é: quem Bunyan está descrevendo? Sabemos da resposta se entendermos que o instrumento principal do latoeiro dá época era uma bigorna (mostrar foto)! Bunyan trabalhava com esse peso nos lombos desde muito cedo e sabia o que era um fardo pesado.
o Aqui, portanto, está a primeira indicação que o homem que está sendo descrito nessa estória é o próprio autor!
§ A vida de Bunyan não foi fácil
o Aos dezesseis anos de idade, sua mãe faleceu e seu pai casou-se rapidamente no mesmo ano – logo deixou seu lar.
o Com 17 anos entrou para o Exército do Parlamento.
§ O país estava em guerra civil. O conflito era entre o rei Charles I e seu próprio Parlamento que buscava liberdade religiosa (1642-1651).
§ Oliver Cromwell (1599-1658) trouxe à Inglaterra a liberdade religiosa.
§ O debate: Bunyan talvez não tenha experimentado nenhum combate de perto. Nenhuma batalha era travada em Newport Pagnell, onde ele estava. Bunyan não se refere a nenhum conflito militar específico em seus escritos.
· Uma terceira curiosidade: No livro “Graça Abundante ao principal dos pecadores” (FIEL) ele narra que uma certa vez teve que ir a um cerco, como sentinela.
Outro soldado se ofereceu para ir em seu lugar. Não sabemos o porquê, mas Bunyan trocou a guarda com esse rapaz.
Naquela mesma noite o homem foi baleado na cabeça e morreu.
Durante todo o livro veremos o Peregrino sendo livre de diversos tipos de ataques – Bunyan está nos ensinando acerca da doutrina da Providência, principalmente em sua vida.
§ Bunyan se casou cedo (perto dos 21 anos de idade). Ele se casou duas vezes. A sua primeira esposa morreu 10 anos depois do casamento e deixou a ele quatro filhos. Mary era uma de suas filhas e era cega. Bunyan era bem apegado a ela e um dos seus grandes sofrimentos durante os 12 anos de prisão foi a separação dessa filha tão queria e necessitada!
o O outro legado deixado pela primeira esposa foram dois livros importantes: “The Palin Man’s Pathway to Heaven” e “The pratice of Piety” (PES). Aqui começa o despertar pela salvação de Bunyan, mas também o tormento espiritual.
§ Antes de sua conversão, Bunyan se descreve da seguinte forma:
“[...] poucos se igualavam a mim em amaldiçoar, praguejar, falar palavrões, mentir e blasfemar o santo nome de Deus. De fato, cresci tão acostumado a essas coisas, que elas se tornaram naturais para mim”
- Graça Abundante ao principal dos pecadores, p.20
§ O despertamento de Bunyan ocorreu quando ele estava indo ao trabalho em Bedford e ouviu umas senhoras pobres conversando sobre a necessidade do novo nascimento e o estado pecaminoso do coração humano.
Aquilo incomodou Bunayn profundamente e ele se deu conta que embora fosse religioso, ele não tinha ainda sido salvo.
§ Bunyan passou a frequentar a igreja batista dessas senhoras em Bedford (mostrar fotos). Foi admitido em 1653. Seu pastor era John Gifford.
“Senti em minha alma uma convicção interior de que a justiça do Senhor está no céu, juntamente com o esplendor e o brilho do Espírito da graça em minha alma, que me fez ver claramente que a justiça por meio da qual eu seria justificado (de tudo que me poderia condenar) era o Filho de Deus, que, em sua própria Pessoa, agora sentado à destra de seu Pai, me representava completamente diante do trono de misericórdia”
§ Bunyan foi batizado e uniu-se ao que é provavelmente mais bem descrito como membresia de uma igreja batista calvinista.
§ Era chamado para falar a pequenos grupos, para compartilhar seu testemunho e pregar as Escrituras. No final dos anos 1650 (22 anos), Bunyan descobriu que o Espírito de Deus lhe concedera o dom de evangelismo.
O novo Bunyan
O novo Bunyan
Lloyd Jones:
“[...] era um homem que não gostava de ‘meter-se em coisas controvertidas’, em ‘disputas entre os santos’. Ele não era polemista, por natureza. Também não era um ‘homem de partido’. [...] era um homem de boa natureza, era um homem generoso, afável... [...] O seu grande interesse pelas almas o animava e era a mola mestra da maior parte da sua atividade.”
- Os puritanos: suas origens e seus sucessores. p. 450
Essa é a transformação causada pela verdadeira conversão na vida de Bunyan...
A prisão (1660-1672)
A prisão (1660-1672)
Com a morte de Oliver Cromwell em 1658, a Inglaterra estava ficando dividida novamente e decidiram trazer Charles II (reinou de 1660-1685), o filho mais velho de Charles I. Pelas próximas três décadas os puritanos não conformistas seriam conhecidos como a ‘igreja sob a cruz’.
Bunyan foi um dos primeiros a ser preso por pregar as Escrituras. Bunyan foi preso assim que abriu as Escrituras para pregar a um pequeno grupo de fiéis. Foi acusado de abandonar o culto da Igreja da Inglaterra.
Defesa da sua segunda esposa perante os juízes no tribunal (agosto de 1661):
Juiz Twisden (dirigindo-se a ela): Bem, o seu marido deixará de pregar? Se ele o fizer, mandarei soltá-lo.
Elizabeth: Meu senhor, ele não ousaria parar de pregar, enquanto puder falar. [...] Ele deseja viver pacificamente e seguir sua profissão, para o sustento de sua família. Além disso, meu senhor, tenho quatro crianças pequenas que não podem sustentar a si mesmas. Uma delas é cega, e não temos com que viver, a não ser a caridade de pessoas bondosas.
Juiz Hale: Você tem quatro filhos? Ainda é muito jovem para ter quatro filhos.
Elizabeth: Somo madrasta deles, casada com John Bunyan a menos de dois anos. De fato, eu esperava uma criança quando meu marido foi preso pela primeira vez. Contudo, sendo jovem e desacostumada a tais coisas, em desalento devido à notícia, entrei em trabalho de parto, o a qual perdurou oito dias, quando finalmente dei à luz. Mas a criança morreu.
Juiz Twisden: Você faz da pobreza um pretexto... Aquele homem prega a palavra de Deus? Ele vive causando problemas. A doutrina dele é do diabo!
Eliabeth: Meu senhor, quando o justo Juiz aparecer, ficará conhecido que a doutrina de Bunyan não é do diabo.
Três pontos importantes sobre o sofrimento de Bunyan
Três pontos importantes sobre o sofrimento de Bunyan
a. Não estranhe o sofrimento ao ler O Peregrino. Bunyan sabia o que era sofrer. Ele se descreve nesse livro mais uma vez!
b. O propósito do sofrimento. Foi durante os anos de Bunyan na prisão que essa obra foi escrita. O livro mais lido depois da Bíblia não foi produzido em um escritório, mas em uma masmorra!
Você percebe como Deus usa o sofrimento para a sua glória?! Como você tem visto o sofrimento na sua própria vida?
- Ataque do diabo? Está dando ao diabo a glória?
- Falta de amor da parte de Deus?
- Retribuição?
Como Jesus via o sofrimento?
Primeiro exemplo:
24 Em verdade, em verdade lhes digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.
25 Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo irá preservá-la para a vida eterna.
26 Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará.
23 Então Jesus se dirigiu a eles, dizendo:
— É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem. 24 Em verdade, em verdade lhes digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto. 25 Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo irá preservá-la para a vida eterna. 26 Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará.
3 grupos de pessoas seguindo a Jesus pela motivação errada:
- Os que viram o fato (17)
- Pessoas de Jerusalém (18)
- Fariseus (19)
Pontos do texto:
a. A glorificação de Jesus que está em jogo (23)
b. O meio de produzir frutos e glória – sofrimento (24)
c. Há falta de alegria no sofrimento?
— O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo, que um homem achou e escondeu. Então, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.
44 — O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo, que um homem achou e escondeu. Então, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.
d. A necessidade do sofrimento (26a)
e. A recompensa do sofrimento. Vale a pena? (26b)
f. A honra do pai – (26c)
A honra que o Pai dá a nós é comunhão com o Filho para sempre! É dessa maneira que o Pai nos honrará! A recompensa é eterna!
Jesus esteve em dois lugares:
Cruz e glória
Nós precisamos segui-lo!
Segundo exemplo:
1 Enquanto Jesus caminhava, viu um homem cego de nascença.
2 E os seus discípulos perguntaram:
1 Enquanto Jesus caminhava, viu um homem cego de nascença. 2 E os seus discípulos perguntaram:
— Mestre, quem pecou para que este homem nascesse cego? Ele ou os pais dele?
3 Jesus respondeu:
— Nem ele pecou, nem os pais dele; mas isso aconteceu para que nele se manifestem as obras de Deus.
— Mestre, quem pecou para que este homem nascesse cego? Ele ou os pais dele?
3 Jesus respondeu:
— Nem ele pecou, nem os pais dele; mas isso aconteceu para que nele se manifestem as obras de Deus.
Terceiro exemplo:
3 Por isso, as irmãs de Lázaro mandaram dizer a Jesus:
— Aquele que o Senhor ama está doente.
4 Ao receber a notícia, Jesus disse:
— Essa doença não é para morte, mas para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela.
3 Por isso, as irmãs de Lázaro mandaram dizer a Jesus:
— Aquele que o senhor ama está doente.
4 Ao receber a notícia, Jesus disse:
— Essa doença não é para morte, mas para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela.
PONTOS ERRÔNIOS DESSA PASSAGEM
- O foco da passagem é Lázaro
Errado, pois nada é dito sobre ele a não ser que estava doente, morto e ressuscitou. Nada
é dito a respeito dele após a ressureição.
- A fé de Marta foi fundamental para a ressureição: “Marta, se você cresse...”
Fica nítido que Marta não cria na ressureição de seu irmão.
“O Filho dá a vida a quem ele quer” ()
- O foco está nos discípulos pois se eles não tivessem tirado as faixas o morto ainda
seria um semi-morto.
Errado pois se Jesus quisesse que Lázaro saísse de lá sem as faixas ele sairia (como a
ressurreição do próprio Jesus).
"Tirem as pedras..." - Ajuda ao milagre...
A tradição judaica diz que a maneira de enfaixar um morto não o impossibilitava de sair de lá e andar...
O foco não é assistência social nessa passagem, embora seja um ponto bíblico.
Então qual o significado da ressureição de Lázaro?
40 Disse-lhe Jesus: "Não lhe falei que, se você cresse, veria a glória de Deus? "
Revelar a glória de Deus manifestada no seu Filho Jesus Cristo
R
evelar a glória de Deus manifestada no seu Filho Jesus Cristo
Onde Jesus disse isso antes?
Ao ouvir isso, Jesus disse: "Essa doença não acabará em morte; é para a glória de Deus,
para que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela", Jesus não tinha mencionado
nada sobre a glória de Deus.
Como vemos a glória de Deus no filho?
Marta, irmã do falecido, disse a Jesus:
— Senhor, já cheira mal, porque está morto há quatro dias.
39 Então Jesus ordenou:
— Tirem a pedra.
Marta, irmã do falecido, disse a Jesus:
— Senhor, já cheira mal, porque está morto há quatro dias.
40 Jesus respondeu:
— Eu não disse a você que, se cresse, veria a glória de Deus?
40Jesus respondeu:
— Eu não disse a você que, se cresse, veria a glória de Deus?
Crendo. Mas crendo no que?
41 Então tiraram a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse:
41 Então tiraram a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse:
— Pai, graças te dou porque me ouviste. 42 Eu sei que sempre me ouves, mas falei isso por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.
— Pai, graças te dou porque me ouviste.
42 Eu sei que sempre me ouves, mas falei isso por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.
A PERGUNTA É: POR QUE DEUS DECIDE SER GLORIFICADO NO SOFRIMENTO?
Para nos ensinar algo importante...
3 Porque a tua graça é melhor do que a vida;
os meus lábios te louvam.
Porque a tua graça
é melhor do que a vida;
21 Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro. 22 Entretanto, se eu continuar vivendo, poderei ainda fazer algum trabalho frutífero. Assim, não sei o que devo escolher. 23 Estou cercado pelos dois lados, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.
(23) ...Estou pressionado dos dois lados; desejo partir para estar com Cristo, o que é
muito melhor.”
Por que Bunyan decide escrever sobre o tema da salvação na prisão?
Por que Bunyan decide escrever sobre o tema da salvação na prisão?
Bunyan vivia em uma época de conflitos doutrinários, o conflito de membresia e batismo era um desses e Bunyan se envolveu profundamente nesses temas.
Mas por que enquanto esteve em prisão ele não se dedicou a coisas secundárias?
“’Tenha a certeza disto, senhor: quando um homem sabe que será enforcado dentro de 15 dias, concentra a sua atenção maravilhosamente’ (Dr. Samuel Johnson). Não faria mal a alguns de nós parar e considerar, às vezes, se em nosso leito de morte estaremos tão preocupados quanto agora estamos sobre alguns assuntos que tanto nos entusiasmam no presente tempo!”
- Martyn Lloyd Jones, p. 455
Por que escrever alegoria?
Por que escrever alegoria?
APOLOGIA DO AUTOR A ESTE LIVRO
Quando, no início, peguei a pena em minha mão,
Para escrever, não compreendia
Que eu, absolutamente, faria um pequeno livro.
De tal modo, que eu havia começado
A fazer outro; o qual estava quase concluído, quando
Antes que eu percebesse, comecei este.
E assim foi: eu, escrevendo sobre o caminho
E a corrida dos santos nesta era do Evangelho,
De repente, vi-me envolvido numa alegoria
Sobre sua jornada e o caminho para a glória,
Em mais de vinte coisas que coloquei no papel.
Isto feito, mais vinte surgiram em minha mente,
E novamente começaram a se multiplicar,
Como fagulhas que voam de brasas ardentes.
E foi o que eu fiz; mas ainda sem a ideia
De mostrar ao mundo minha pena e tinta
De tal modo; só pensava em fazer
Não sabia o quê; não me comprometi
A agradar ao próximo; não, eu não;
Fiz para satisfazer a mim mesmo.
[Por que alegoria?]
Os profetas usaram muitas metáforas
Para mostrar a verdade: sim, quem assim considera
Cristo, seus apóstolos também, verão claramente,
Que as verdades até hoje estão encobertas.
Estou com medo de dizer que as sagradas escrituras,
Que, com seu estilo e frase, colocam no papel toda a sagacidade
Estão completamente repletas de todas essas coisas,
Figuras sombrias, alegorias? Entretanto, brotam
Deste mesmo livro, este brilho e estes raios
De luz, que transformam nossas noites mais escuras em dias.
Um Bunyan desconhecido - a lutra pela unidade da igreja
Um Bunyan desconhecido - a lutra pela unidade da igreja
Há mais um ponto que precisamos fazer justiça a vida desse precioso pastor – o amor pela unidade da igreja.
Até o ano de 1640, pessoas que tinham se tornado batistas em sua teoria não tinham sido imersas. Não foram rebatizadas por imersão, mas por aspersão.
Batistas tinham surgido em 1609 – John Smyth (Amsterdam) /
De 1641 em diante, muitos se convenceram de que de que deveriam ser “submersos” para simbolizar o sepultamento e a ressurreição de Cristo; e isso levou a muitas disputas.
Havia quatro grupos de batistas naquela época:
- Batistas Estritos e Particulares – membresia por imersão e calvinistas
- Batistas Abertos e Particulares – negavam a necessidade absoluta do batismo para membresia e calvinistas
- Batistas do Sétimo Dia e Particulares – guardavam o sábado
- Batistas Gerais – arminianos
A controvérsia de Bunyan era com os Batistas Estritos e Particulares...
O que Bunyan defendia?
Portanto, todo aquele que, pela Palavra, vocês puderem julgar ser um santo visível, alguém que anda com Deus, pela mesma Palavra poderão julgar que Deus o recebeu. Agora, aquele que Deus recebe e com quem mantém comunhão, vocês devem receber e com ele devem manter comunhão.
Será que alguém dirá que não podemos crer que Deus recebe uma pessoa a não ser que ela seja batizada (em água)? Não posso imaginar um irmão que seja tão tolo...
Lloyd Jones, p. 464
[...] eu não estou pleiteando desprezo do batismo, e sim, tolerância para com o nosso irmão que não pode aceitá-lo por falta de luz.
[...] O melhor do batismo ele tem, isto é, a significação dele; falta-lhe somente a demonstração externa, que, se tivesse, não provaria que ele é um verdadeiro santo visível.
Lloyd Jones, p. 466-467
Bunyan amava a igreja a tão ponto de não permitir que coisas secundárias (mas indispensáveis) dividissem o povo de Deus.