O Peregrino - Capítulo 1

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Capítulo 1 - O Peregrino

Notes
Transcript

INTRODUÇÃO

Introdução

Na semana passada nós tratamos da introdução dessa obra tão importante de John Bunyan.
p. 24-25
Na semana passada nós tratamos da introdução dessa obra tão importante de John Bunyan.
Uma das coisas que eu falei é que neste livro nós temos o próprio autor se descrevendo:
A geografia do livro é basicamente a geografia de Bedford (UK) onde Bunyan vivia
O fardo nas costas era uma lembrança do instrumento de trabalho de Bunyan - bigorna (latoeiro)
A peregrinação espiritual do Peregrino é basicamente a peregrinação espiritual de Bunyan (isso irá ficar mais claro na medida em que a gente caminha no livro).
Nós também falamos que a conclusão desse livro foi em 1678 depois de agluns anos de prisão de Bunyan.
Nós também falamos que a conclusão desse livro foi em 1678 depois de agluns anos de prisão de Bunyan
Hoje eu gostaria de ver com vocês algumas coisas que Bunyan nos ensina nesse primeiro capítulo. E a primeira coisa que Bunyan nos ensina é a necessidade de mediação para o nosso auto-conhecimento.

1. A NECESSIDADE DE MEDIÇÃO PARA O AUTO-CONHECIMENTO

“Caminhando pelo deserto deste mundo, parei em certo lugar onde havia uma caverna; deitei-me ali para dormir. Enquanto dormia, tive um sonho. No meu sonho, eis que vi um homem vestido de trapos; estando de pé em certo lugar, como alguém que havia saído de sua casa; tinha um livro em sua mão e um grande fardo às costas. Olhei, vendo-o abrir e ler o livro. À medida que prosseguia na leitura, chorava e tremia; e, não podendo se conter, pronunciou uma intensa lamentação: O que farei? [...] O que farei para ser salvo?!
p. 24-25
Veja Bunyan vai dizer que é por causa da leitura do livre que esse homem agora entra em profundo desespero… “O que farei para ser salvo?!” Mais para frente (p. 25) vai dizer que esse homem andava de um lado para outro “muito angustiado”.
A pergunta é: Por que esse desespero e angustia?
Resposta: porque agora ele se deu conta de quem ele é.
Se esse homem não tivesse um livro nas mãos, não recebe uma revelação externa, ele jamais daria conta do seu estado.
Logo, o nosso auto-conhecimento é dependente…é dependente do próprio Deus.
Até para nos conhecermos, somos dependentes...
Até para nos conhecermos, somos dependentes...

Alguns exemplos bíblicos:

Salmo 66.9 NAA
9 É ele quem preserva com vida a nossa alma e não permite que resvalem os nossos pés.
Salmo 36.9 NAA
9 Pois em ti está a fonte da vida; na tua luz, vemos a luz.
Para vermos a luz, ou seja, para termos algum conhecimento genuíno de algo (da realidade, de nós mesmos, de Deus) - para saírmos da trevas, precisamos da luz divina “na tua luz”.
Por que precisamos dessa luz?

1  Há no coração do ímpio

a voz da transgressão;

não há temor de Deus

diante de seus olhos.

2  Porque a transgressão o lisonjeia a seus olhos

e lhe diz que a sua iniquidade não há de ser descoberta, nem detestada.

Salmo 36.1–2 NAA
1 Há no coração do ímpio a voz da transgressão; não há temor de Deus diante de seus olhos. 2 Porque a transgressão o lisonjeia a seus olhos e lhe diz que a sua iniquidade não há de ser descoberta, nem detestada.
O homem por si só não pode conhecer nem a Deus - não há temor de Deus diante de seus olhos.
O homem por si só não pode conhecer a si mesmo - “[…] a transgressão o lisonjeia a seus olhos e lhe diz que a sua iniquidade não há de ser descoberta, nem detestada.”
O que aconteceu com o Peregrino nesse primeiro capítulo?
Sua iniquidade foi revelada! Mas isso só aconteceu porque Deus assim revelou...
Um outro exemplo:
1Coríntios 13.12 NAA
12 Porque agora vemos como num espelho, de forma obscura; depois veremos face a face. Agora meu conhecimento é incompleto; depois conhecerei como também sou conhecido.
[mostrar foto do espelho]
Agora vemos por mediação
Essa mediação embora necessária não é completa - perfeita
Há de chegar um dia em que o conhecimento seja perfeito (não exautivo)
Todo conhecimento humano da realidade existente (Deus e si mesmo) é um conhecimento dependente, precisa de mediação...

Dois exemplos históricos:

“Que eu te conheça, ó conhecedor de mim, que eu te conheça, tal como sou conhecido por ti. Ó virtude da minha alma, entra nela e molda-a a ti, pra que a tenhas e possuas sem mancha nem ruga.”
(Confissões X.I.1)
AGOSTINHO. Confissões X.I.1
Agostinho assume que é conhecido por Deus de um jeito que ele mesmo não se conhece.
Ele pede para Deus entrar e alargar a sua alma…ele não pede para que Deus seja moldado, mas que isso aconteça com ele.
Mas ele assume que é conhecido por Deus de um
“[...] porque o que sei de mim sei-o porque tu me iluminaste, e o que de mim ignoro não o sei, enquanto as minhas trevas se não tornarem como o meio-dia na tua presença”
AGOSTINHO. Confissões. X.V.7
Veja como Agostinho parte de um auto-conhecimento dependente.
“Cada um de nós não somente é instigado pelo conhecimento de si próprio a buscar a Deus, mas é como que levado pela mão ao seu encontro.
“O homem jamais pode ter claro conhecimento de si mesmo, se primeiramente não contemplar a face do Senhor, e então descer para examinar a si mesmo. Porque a arrogância está arraigada em todos nós.”
[…] O homem jamais pode ter claro conhecimento de si mesmo, se primeiramente não contemplar a face do Senhor, e então descer para examinar a si mesmo. Porque a arrogância está arraigada em todos nós.”
CALVINO, Institutas
“Que eu te conheça, ó conhecedor de mim, que eu te conheça, tal como sou conhecido por ti. Ó virtude da minha alma, entra nela e molda-a a ti, pra que a tenhas e possuas sem mancha nem ruga.”
APLICAÇÃO:
Aqui está a primeira verdade que Bunyan nos apresenta em seu livro.
Todo conhecimento do homem da realidade é dependente. Ele jamais conhecerá a si mesmo, jamais conhecerá a Deus se isso não for revelado.
O que essa verdade produz em nós? Humildade!
É humilhante pensarmos que somos totalmente insuficiêntes para conhecermos alguma coisa…somos totalmente dependentes.
PERGUNTA:
Mas como saber se eu me conheço verdadeiramente?
Se eu já fiz o processo de anaminésia pessoal?
Resposta: se já experimentamos o mesmo processo de angustia de Bunyan...

2. O VERDADEIRO ESTADO DO HOMEM

“Caminhando pelo deserto deste mundo, parei em certo lugar onde havia uma caverna; deitei-me ali para dormir. Enquanto dormia, tive um sonho. No meu sonho, eis que vi um homem vestido de trapos; estando de pé em certo lugar, como alguém que havia saído de sua casa; tinha um livro em sua mão e um grande fardo às costas. Olhei, vendo-o abrir e ler o livro. À medida que prosseguia na leitura, chorava e tremia; e, não podendo se conter, pronunciou uma intensa lamentação: O que farei? [...] O que farei para ser salvo?!”
p. 24-25
Só pode dar esse grito de desespero quem se conheceu verdadeiramente.
A bíblia nos ensina sobre quem somos:
GÊNESIS
Gênesis 6.5 NAA
5 O Senhor viu que a maldade das pessoas havia se multiplicado na terra e que todo desígnio do coração delas era continuamente mau.
Gn
Gênesis 8.21 NAA
21 E o Senhor aspirou o aroma agradável e disse consigo mesmo: — Nunca mais vou amaldiçoar a terra por causa das pessoas, porque é mau o desígnio íntimo do ser humano desde a sua mocidade. Também nunca mais vou destruir todos os seres vivos, como fiz desta vez.
Êxodo 7.13–14 NAA
13 No entanto, o coração de Faraó se endureceu, e não os ouviu, como o Senhor tinha dito. 14 O Senhor disse a Moisés: — O coração de Faraó está obstinado. Ele não quer deixar o povo ir.
ÊXODO

Ao todo, há dez lugares nos quais o “endurecimento” do Faraó e atribuído a Deus (4.21; 7.3; 9.12; 10.1, 20, 27; 11.10; 14.4, 8, 17). Mas é preciso declarar com igual firmeza que o Faraó endureceu pessoalmente o seu coração noutras dez passagens (7.13, 14, 22; 8.15, 19, 32; 9.7, 34, 35; 13.15). Por conseguinte, o endurecimento tanto foi ato do faraó como de Deus. Ainda mais significativo é o fato que unicamente o Faraó foi o agente do endurecimento no primeiro sinal e em todas as cinco primeiras pragas. Somente a partir da sexta praga foi que Deus tomou a iniciativa e endureceu o coração do Faraó (9.12), como tinha avisado Moisés em Midiã que faria [4.21].

Êxodo 7.13–14 NAA
13 No entanto, o coração de Faraó se endureceu, e não os ouviu, como o Senhor tinha dito. 14 O Senhor disse a Moisés: — O coração de Faraó está obstinado. Ele não quer deixar o povo ir.
Ao todo, há dez lugares nos quais o “endurecimento” do Faraó e atribuído a Deus (4.21; 7.3; 9.12; 10.1, 20, 27; 11.10; 14.4, 8, 17). Mas é preciso declarar com igual firmeza que o Faraó endureceu pessoalmente o seu coração noutras dez passagens (7.13, 14, 22; 8.15, 19, 32; 9.7, 34, 35; 13.15). Por conseguinte, o endurecimento tanto foi ato do faraó como de Deus. Ainda mais significativo é o fato que unicamente o Faraó foi o agente do endurecimento no primeiro sinal e em todas as cinco primeiras pragas. Somente a partir da sexta praga foi que Deus tomou a iniciativa e endureceu o coração do Faraó (9.12), como tinha avisado Moisés em Midiã que faria [4.21].
Lawson, S. J. (2012). Fundamentos da Graça (1400 A.C–100 D.C). (T. J. S. Filho, Org., O. Olivetti, Trad.) (Vol. 1, p. 112). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.
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Lawson, S. J. (2012). Fundamentos da Graça (1400 A.C–100 D.C). (T. J. S. Filho, Org., O. Olivetti, Trad.) (Vol. 1, p. 112). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.
Êxodo 32.1–3 NAA
1 O povo viu que Moisés demorava para descer do monte. Então reuniu-se em volta de Arão e lhe disse: — Levante-se, faça para nós deuses que vão adiante de nós; pois, quanto a este Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu. 2 Arão respondeu: — Tirem as argolas de ouro das orelhas de suas mulheres, de seus filhos e de suas filhas e tragam para mim. 3 Então todo o povo tirou das orelhas as argolas e as trouxe a Arão.
LEVÍTICO
Fundamentos da Graça (1400 A.C–100 D.C) A Doutrina em Foco: Depravação Total

A palavra impuro(a) aparece mais de cem vezes em Levítico 11–15. É uma boa descrição da condição das pessoas; elas eram moralmente impuras por deixarem de obedecer às ordens de Deus.

Levítico 11.44–47 NAA
44 Eu sou o Senhor, o Deus de vocês; portanto, consagrem-se e sejam santos, porque eu sou santo; e não se contaminem por nenhuma dessas criaturas que rastejam sobre o chão, entre todas as criaturas que se movem sobre a terra. 45 Eu sou o Senhor, que os tirei da terra do Egito, para que eu seja o Deus de vocês; portanto, sejam santos, porque eu sou santo. 46 — Esta é a lei a respeito dos animais, das aves, de todo ser vivo que se move nas águas e de toda criatura que rasteja sobre o chão, 47 para fazer diferença entre o impuro e o puro e entre os animais que podem ser comidos e os animais que não podem ser comidos.
NÚMEROS
Números 25.1–3 NAA
1 Quando Israel estava em Sitim, o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas. 2 Estas convidaram o povo aos sacrifícios oferecidos aos seus deuses; e o povo comeu a carne dos sacrifícios e adorou os deuses dessas mulheres. 3 Assim, quando Israel se juntou ao culto a Baal-Peor, a ira do Senhor se acendeu contra Israel.
DEUTERONÔMIO
Deuteronômio 29.4 NAA
4 Mas até o dia de hoje o Senhor não deu a vocês um coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir.
EVANGELHO DE JOÃO
a. Cegueira Espiritual
João 3.3 NAA
3 Jesus respondeu: — Em verdade, em verdade lhe digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.
b. Alienação Espiritual
João 3.5 NAA
5 Jesus respondeu: — Em verdade, em verdade lhe digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
c. Morte Espiritual
João 5.25 NAA
25 Em verdade, em verdade lhes digo que vem a hora — e já chegou — em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão.
d. Incapacidade Espiritual
João 6.44 NAA
44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.

João 6.44a, 63–65

João 6.63–65 NAA
63 O Espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita. As palavras que eu lhes tenho falado são espírito e são vida. 64 Mas há descrentes entre vocês. Ora, Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que não criam e quem iria traí-lo. 65 E prosseguiu: — Por causa disto é que falei para vocês que ninguém poderá vir a mim, se não lhe for concedido pelo Pai.
e. Escravidão Espiritual
João 8.34 NAA
34 Jesus respondeu: — Em verdade, em verdade lhes digo que todo o que comete pecado é escravo do pecado.
João 8.44–45 NAA
44 Vocês são do diabo, que é o pai de vocês, e querem satisfazer os desejos dele. Ele foi assassino desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. 45 Mas, porque eu digo a verdade, vocês não creem em mim.
f. Surdez Espiritual
João 8.43–47 NAA
43 Por que vocês não compreendem a minha linguagem? É porque vocês são incapazes de ouvir a minha palavra. 44 Vocês são do diabo, que é o pai de vocês, e querem satisfazer os desejos dele. Ele foi assassino desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. 45 Mas, porque eu digo a verdade, vocês não creem em mim. 46 Quem de vocês me convence de pecado? Se digo a verdade, por que não creem em mim? 47 Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, vocês não me ouvem, porque não são de Deus.
g. Ódio Espiritual
João 5.18 NAA
18 Por isso, os judeus cada vez mais queriam matá-lo, porque além de desrespeitar o sábado, também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.
João 8.24–25 NAA
24 Por isso, eu lhes disse que vocês morrerão em seus pecados. Porque, se não crerem que Eu Sou, vocês morrerão nos seus pecados. 25 Então lhe perguntaram: — Quem é você? Jesus respondeu: — O que é que eu tenho dito a vocês desde o princípio?
João 8.24-25
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h. Rejeião Espiritual
João 15.23 NAA
23 Quem odeia a mim odeia também o meu Pai.
Um passagem crucial sobre o estado do homem...
Efésios 2.1–5 NAA
1 Ele lhes deu vida, quando vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, 2 nos quais vocês andaram noutro tempo, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência. 3 Entre eles também nós todos andamos no passado, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. 4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, 5 e estando nós mortos em nossas transgressões, nos deu vida juntamente com Cristo — pela graça vocês são salvos —
Ef 2.1-
Ef 4.17
Efésios 4.17–19 NAA
17 Isto, portanto, digo e no Senhor testifico: não vivam mais como os gentios, que vivem na vaidade dos seus próprios pensamentos, 18 tendo o seu entendimento obscurecido, separados da vida que Deus concede, por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração. 19 Tendo-se tornado insensíveis, eles se entregaram à libertinagem para, de forma desenfreada, cometer todo tipo de impureza.

17Isto, portanto, digo e no Senhor testifico: não vivam mais como os gentios, que vivem na vaidade dos seus próprios pensamentos, 18tendo o seu entendimento obscurecido, separados da vida que Deus concede, por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração. 19Tendo-se tornado insensíveis, eles se entregaram à libertinagem para, de forma desenfreada, cometer todo tipo de impureza.

[…]
2Coríntios 4.4–6 NAA
4 nos quais o deus deste mundo cegou o entendimento dos descrentes, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. 5 Porque não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo como Senhor e a nós mesmos como servos de vocês, por causa de Jesus. 6 Porque Deus, que disse: “Das trevas resplandeça a luz”, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo.
Um exemplo no livro:
Quando amanheceu, desejavam saber como ele estava; e ele lhes disse: Cada vez pior. E passou a falar novamente com eles, mas começavam a ficar endurecidos. Também pensavam que, sendo severos e ríspidos com ele, lhe removeriam a perturbação mental. Às vezes, negligenciavam-no completamente...
p. 25
---
É isso que Bunyan quer descrever nesse primeiro capítulo: o verdadeiro estado do homem:
Ele tem um fardo nas costas e roupas sujas...
Isaías 64.6 NAA
6 Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças são como trapo da imundícia. Todos nós murchamos como a folha; e as nossas iniquidades nos arrastam como um vento.
Mas há mais uma coisa que Bunyan diz que o livro revelou ao Peregrino...
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3. A REALIDADE DO JUÍZO

[…] Senhor, entendo por este livro, em minhas mãos, que estou condenado a morrer e, depois disto, a comparecer no Juízo. Acho que não estou disposto a morrer, nem preparado para o Juízo.
p. 26
A bíblia é sincera quanto ao nosso estado quanto ao nosso juízo.
Mas o que ela diz sobre isso?
A certeza do juízo final
Hebreus 9.27 NAA
27 E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disso, o juízo,
Ver: ; ; ,;
O julgamento foi antecipado na cruz
João 12.31 NAA
31 Chegou o momento de este mundo ser julgado, e agora o seu príncipe será expulso.
Será realizado no final dos tempos
Mateus 13.49 NAA
49 Assim será no fim dos tempos: os anjos sairão, separarão os maus dentre os justos
Acontecerá no retorno de Cristo
(NAA)
— 6 pois, de fato, é justo para com Deus que ele retribua com tribulação aos que benutzergruppen tribulação a voces 7 e que dê a voces, que estão sendo atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder,
Ver: ; ,; ;
(NAA)
— 10 porém, o dia do senhor virá como um ladrão. Naquele dia os céus passarão com grande estrondo, e os elementos se desfarão pelo fogo. Além de uma terra e como obras que nela existem desaparecerão.
Dois destinos eternos
(NAA)
— 2 muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, outros para vergonha e horror eterno.
(NAA)
(NAA) — 46 E estes irão para o castigo eterno, porém os justos irão para a vida eterna.
— 46 E estes irão para o castigo eterno, porém os justos irão para a vida eterna.
(NAA) — 46 E estes irão para o castigo eterno, porém os justos irão para a vida eterna.
Os ímpios serão punidos
2Pedro 3.7 NAA
7 Pela mesma palavra, os céus e a terra que agora existem têm sido guardados para o fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e da destruição dos ímpios.
; ; ; ; ; ;
Os justos serão recompensados
2Timóteo 4.8 NAA
8 Desde agora me está guardada a coroa da justiça, que o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda.
; ;
O julgamento será de acordo com as obras, revelação e atitude para com Cristo
Obras - ; ; ,; ; ,
Revelação - ; ;
Postura com Cristo -
Os crentes não precisam temer o julgamento
João 5.24 NAA
24 — Em verdade, em verdade lhes digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.
Veja ; ;

4. A SOBERANIA DE DEUS NA SALVAÇÃO

Nem tudo está perdido nesse capítulo 1. Se de um lado Bunyan narra o desespero do Peregrino ao entender seu real estado, por outro lado ele encerra o capítulo com um “ar de esperança”.
No meio do desespero dele, de repente o evangelista aparece...
“[…] Então, eis que um homem chamado Evangelista, veio ao encontro dele e perguntou-lhe: Por que você chora?”
p. 26
É impressionante a graça de Deus demonstrada aqui…o evangelista aparece do nada oferecendo a ele um caminho.
Se o grito do evangelista era: “O que farei para ser salvo?” (; )
O Peregrino encontra com o livro
Bunyan parece sugerir aqui a importância da necessidade da pregação ... A pregação não pode ser menosprezada. Deus é soberano e usa da pregação para servir sua soberania.
Romanos 10.13–15 NAA
13 Porque: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” 14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: “Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!”

13Porque: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”

14Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? 15E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: “Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!”

O conceito de beleza de Deus: pés rachados pela pregação do evangelho
2Coríntios 11.28 NAA
28 Além das coisas exteriores, ainda pesa sobre mim diariamente a preocupação com todas as igrejas.

28Além das coisas exteriores, ainda pesa sobre mim diariamente a preocupação com todas as igrejas

Não temos como não lembrar aqui da Peregrinação do Etíope de !
Atos dos Apóstolos 8.30–31 NAA
30 Correndo para lá, Filipe ouviu que o homem estava lendo o profeta Isaías. Então perguntou: — O senhor entende o que está lendo? 31 Ele respondeu: — Como poderei entender, se ninguém me explicar? E convidou Filipe a subir e sentar-se ao seu lado.
— O senhor entende o que está lendo?
31Ele respondeu:
— Como poderei entender, se ninguém me explicar?

30Correndo para lá, Filipe ouviu que o homem estava lendo o profeta Isaías. Então perguntou:

— O senhor entende o que está lendo?

31Ele respondeu:

— Como poderei entender, se ninguém me explicar?

De Almeida, J. F. (Trad.). (2017). Nova Almeida Atualizada (Edição Revista e Atualizada®, 3a edição, ). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil.
Mas provavelment Bunyan está lembrando da sua própria vida aqui novamente...
Na própria peregrinação de Bunyan ele teve contato com o “evangelista”, foi o pastor fiel de um grupo de crentes em Bedford, John Gifford. De acordo com o testemunho de Bunyan em Graça abundante ao principal dos pecadores, ele diz que foi Gifford quem "teve a oportunidade de conversar comigo ... me convidou para entrar em sua casa, onde eu o ouviria conversa de outras pessoas sobre os tratos de Deus com os alma ... ".
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Foi assim com o Peregrino, foi assim com o Etíope, foi assim com Bunyan e tem sido assim até hoje.
Por que Deus decidiu encontrar o Peregino através do evangelista? Porque era um homem bom, santo, fiel? Não..Deus age motivado somente em si mesmo - “pelo seu grande amor e misericórida” ().
Aplicação: Pare e pense um pouco na sua própria caminhada (peregrinação) os encontros que Deus teve com você através da vida de homens e mulheres?
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Aqui nós precisamos destacar três coisas coisas:
A importância dos ministros do evangelho
Efésios 4.11–14 NAA
11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, 12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, 13 até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de pessoa madura, à medida da estatura da plenitude de Cristo, 14 para que não mais sejamos como crianças, arrastados pelas ondas e levados de um lado para outro por qualquer vento de doutrina, pela artimanha das pessoas, pela astúcia com que induzem ao erro.
Efésios 3.11–14 NAA
11 segundo o eterno propósito que Deus estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor. 12 Em Cristo, temos ousadia e acesso a Deus com confiança, mediante a fé nele. 13 Portanto, eu peço que não desanimem por causa das minhas tribulações em favor de vocês, pois isso é motivo de honra para vocês. 14 Por essa razão, eu me ponho de joelhos diante do Pai,
Ef 3.11-1
Efésios 4.11–12 NAA
11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, 12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,
A importância do discipulado
Colossenses 3.16 NAA
16 Que a palavra de Cristo habite ricamente em vocês. Instruam e aconselhem-se mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus com salmos, hinos e cânticos espirituais, com gratidão no coração.
Cl 3.
A importância da mensagem
Evangelista deu-lhe um rolo de pergaminho, no qual estava escrito: “Fugi da ira vindoura”
p. 26
O evangelista não suavizou a mensagem. Ele foi extremamente fiel ao ensinamento bíblico que vimos hoje.
Que exemplo de fidelidade e coragem!
Aplicação: Como nós evangelizamos?
. Pense nos seus parentes incrédulos...
. Pense nos seus amigos...
. Temos bajulados pecadores e enganado eles quanto à realidade do pecado e juízo ou temos sido verdadeiros?
Deus ainda quer encontrar Peregrinos, mas ele precisa de evangelistas.
. Precisamos orar para pedindo ao Senhor da colheita que envie mais trabalhadores.
. Precisamos retornar esse senso de urgência que Bunyan nos coloca aqui - o juízo é uma realidade. Um dia todos serão julgados. Pecadores receberam a condenação eterna.
. Pense nos seus parentes incrédulos...
. Pense nos seus amigos...
. Temos bajulados pecadores e enganado eles quanto à realidade do pecado e juízo ou temos sido verdadeiros?

APLICAÇÕES FINAIS:

Você se conhece? Você se conhece do jeito que a bíblia te descreveu? Já se humilhou? Já sentiu a dor do auto-conhecimento e do conhecimento de Deus?
Você tem segurança quanto ao último dia? Está tranquilo e esperançoso para encontrar com o justo Juíz?
Você estaria disposto a sair daqui nessa noite com uma urgência no seu coração - do juízo vindouro - e pregar o evangelho aos que estão à sua volta?
Qual o caminho? “A vida! A vida! A vida eterna!”
João 17.3 NAA
3 E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

INTRODUÇÃO

Na semana passada nós tratamos da introdução dessa obra tão importante de John Bunyan.
Uma das coisas que eu falei é que neste livro nós temos o próprio autor se descrevendo:
• A geografia do livro é basicamente a geografia de Bedford (UK) onde Bunyan vivia
• O fardo nas costas era uma lembrança do instrumento de trabalho de Bunyan - bigorna (latoeiro)
A peregrinação espiritual do Peregrino é basicamente a peregrinação espiritual de Bunyan (isso irá ficar mais claro na medida em que a gente caminha no livro).
Nós também falamos que a conclusão desse livro foi em 1678 depois de alguns anos de prisão de Bunyan.
Hoje eu gostaria de ver com vocês algumas coisas que Bunyan nos ensina nesse primeiro capítulo.
A primeira coisa que Bunyan nos ensina é a necessidade de mediação para o nosso autoconhecimento.

1. A NECESSIDADE DE MEDIAÇÃO PARA O AUTOCONHECIMENTO

1. A NECESSIDADE DE MEDIAÇÃO PARA O AUTOCONHECIMENTO

“Caminhando pelo deserto deste mundo, parei em certo lugar onde havia uma caverna; deitei-me ali para dormir. Enquanto dormia, tive um sonho. No meu sonho, eis que vi um homem vestido de trapos; estando de pé em certo lugar, como alguém que havia saído de sua casa; tinha um livro em sua mão e um grande fardo às costas. Olhei, vendo-o abrir e ler o livro. À medida que prosseguia na leitura, chorava e tremia; e, não podendo se conter, pronunciou uma intensa lamentação: O que farei? [...] O que farei para ser salvo?!
“Caminhando pelo deserto deste mundo, parei em certo lugar onde havia uma caverna; deitei-me ali para dormir. Enquanto dormia, tive um sonho. No meu sonho, eis que vi um homem vestido de trapos; estando de pé em certo lugar, como alguém que havia saído de sua casa; tinha um livro em sua mão e um grande fardo às costas. Olhei, vendo-o abrir e ler o livro. À medida que prosseguia na leitura, chorava e tremia; e, não podendo se conter, pronunciou uma intensa lamentação: O que farei? [...] O que farei para ser salvo?!
p. 24-25
Veja Bunyan vai dizer que é por causa da leitura do LIVRO que esse homem agora entra em profundo desespero… “O que farei para ser salvo?!” Mais para frente (p. 25) vai dizer que esse homem andava de um lado para outro “muito angustiado”.
A pergunta é: Por que esse desespero e angústia?
Resposta: porque agora ele se deu conta de quem ele é.
Se esse homem não tivesse um livro nas mãos, não recebe uma revelação externa, ele jamais daria conta do seu estado.
Logo, o nosso autoconhecimento é dependente…é dependente do próprio Deus.
Até para nos conhecermos, somos dependentes.
ALGUNS EXEMPLOS BÍBLICOS
NAA
9 Pois em ti está a fonte da vida; na tua luz, vemos a luz.
Para vermos a luz, ou seja, para termos algum conhecimento genuíno de algo (da realidade, de nós mesmos, de Deus) - para sairmos das trevas, precisamos da luz divina “na tua luz”.
Por que precisamos dessa luz?
NAA
1 Há no coração do ímpio a voz da transgressão; não há temor de Deus diante de seus olhos. 2 Porque a transgressão o lisonjeia a seus olhos e lhe diz que a sua iniquidade não há de ser descoberta, nem detestada.
O homem por si só não pode conhecer nem a Deus - não há temor de Deus diante de seus olhos.
O homem por si só não pode conhecer a si mesmo - “[…] a transgressão o lisonjeia a seus olhos e lhe diz que a sua iniquidade não há de ser descoberta, nem detestada.”
Um outro exemplo:
NAA
12 Porque agora vemos como num espelho, de forma obscura; depois veremos face a face. Agora meu conhecimento é incompleto; depois conhecerei como também sou conhecido.
📷
• Agora vemos por mediação
• Essa mediação embora necessária não é completa - perfeita
• Há de chegar um dia em que o conhecimento seja perfeito (não exaustivo)
Todo conhecimento humano da realidade existente (Deus e si mesmo) é um conhecimento dependente, precisa de mediação...

Dois exemplos históricos:

Dois exemplos históricos:

“Que eu te conheça, ó conhecedor de mim, que eu te conheça, tal como sou conhecido por ti. Ó virtude da minha alma, entra nela e molda-a a ti, pra que a tenhas e possuas sem mancha nem ruga.”
AGOSTINHO. Confissões X.I.1
• Agostinho assume que é conhecido por Deus de um jeito que ele mesmo não se conhece.
• Ele pede para Deus entrar e alargar a sua alma…ele não pede para que Deus seja moldado, mas que isso aconteça com ele.
“[...] porque o que sei de mim sei-o porque tu me iluminaste, e o que de mim ignoro não o sei, enquanto as minhas trevas se não tornarem como o meio-dia na tua presença”
AGOSTINHO. Confissões. X.V.7
• Veja como Agostinho parte de um autoconhecimento dependente.
“Cada um de nós não somente é instigado pelo conhecimento de si próprio a buscar a Deus, mas é como que levado pela mão ao seu encontro.
[…] O homem jamais pode ter claro conhecimento de si mesmo, se primeiramente não contemplar a face do Senhor, e então descer para examinar a si mesmo. Porque a arrogância está arraigada em todos nós.”
CALVINO, Institutas
APLICAÇÃO:
Aqui está a primeira verdade que Bunyan nos apresenta em seu livro.
Todo conhecimento do homem da realidade é dependente. Ele jamais conhecerá a si mesmo, jamais conhecerá a Deus se isso não for revelado.
O que essa verdade produz em nós? Humildade!
É humilhante pensarmos que somos totalmente insuficientes para conhecermos alguma coisa…somos totalmente dependentes.
PERGUNTA:
Mas como saber se eu me conheço verdadeiramente?
Resposta: se já experimentamos a angústia do Peregrino...
Só pode dar esse grito de desespero quem se conheceu verdadeiramente.
A bíblia nos ensina sobre quem somos:

2. O VERDADEIRO ESTADO DO HOMEM

2. O VERDADEIRO ESTADO DO HOMEM

“Caminhando pelo deserto deste mundo, parei em certo lugar onde havia uma caverna; deitei-me ali para dormir. Enquanto dormia, tive um sonho. No meu sonho, eis que vi um homem vestido de trapos; estando de pé em certo lugar, como alguém que havia saído de sua casa; tinha um livro em sua mão e um grande fardo às costas. Olhei, vendo-o abrir e ler o livro. À medida que prosseguia na leitura, chorava e tremia; e, não podendo se conter, pronunciou uma intensa lamentação: O que farei? [...] O que farei para ser salvo?!”
“Caminhando pelo deserto deste mundo, parei em certo lugar onde havia uma caverna; deitei-me ali para dormir. Enquanto dormia, tive um sonho. No meu sonho, eis que vi um homem vestido de trapos; estando de pé em certo lugar, como alguém que havia saído de sua casa; tinha um livro em sua mão e um grande fardo às costas. Olhei, vendo-o abrir e ler o livro. À medida que prosseguia na leitura, chorava e tremia; e, não podendo se conter, pronunciou uma intensa lamentação: O que farei? [...] O que farei para ser salvo?!”
p. 24-25
GÊNESIS
NAA
5 O Senhor viu que a maldade das pessoas havia se multiplicado na terra e que todo desígnio do coração delas era continuamente mau.
Ver:
ÊXODO
NAA
13 No entanto, o coração de Faraó se endureceu, e não os ouviu, como o Senhor tinha dito. 14 O Senhor disse a Moisés: — O coração de Faraó está obstinado. Ele não quer deixar o povo ir.
Ao todo, há dez lugares nos quais o “endurecimento” do Faraó e atribuído a Deus (4.21; 7.3; 9.12; 10.1, 20, 27; 11.10; 14.4, 8, 17). Mas é preciso declarar com igual firmeza que o Faraó endureceu pessoalmente o seu coração noutras dez passagens (7.13, 14, 22; 8.15, 19, 32; 9.7, 34, 35; 13.15). Por conseguinte, o endurecimento tanto foi ato do faraó como de Deus. Ainda mais significativo é o fato que unicamente o Faraó foi o agente do endurecimento no primeiro sinal e em todas as cinco primeiras pragas. Somente a partir da sexta praga foi que Deus tomou a iniciativa e endureceu o coração do Faraó (9.12), como tinha avisado Moisés em Midiã que faria [4.21].
Ao todo, há dez lugares nos quais o “endurecimento” do Faraó e atribuído a Deus (4.21; 7.3; 9.12; 10.1, 20, 27; 11.10; 14.4, 8, 17). Mas é preciso declarar com igual firmeza que o Faraó endureceu pessoalmente o seu coração noutras dez passagens (7.13, 14, 22; 8.15, 19, 32; 9.7, 34, 35; 13.15). Por conseguinte, o endurecimento tanto foi ato do faraó como de Deus. Ainda mais significativo é o fato que unicamente o Faraó foi o agente do endurecimento no primeiro sinal e em todas as cinco primeiras pragas. Somente a partir da sexta praga foi que Deus tomou a iniciativa e endureceu o coração do Faraó (9.12), como tinha avisado Moisés em Midiã que faria [4.21].
Lawson, S. J. (2012). Fundamentos da Graça (1400 A.C–100 D.C). (T. J. S. Filho, Org., O. Olivetti, Trad.) (Vol. 1, p. 112). São José dos Campos, SP: Editora FIEL.
NAA
1 O povo viu que Moisés demorava para descer do monte. Então reuniu-se em volta de Arão e lhe disse: — Levante-se, faça para nós deuses que vão adiante de nós; pois, quanto a este Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu. 2 Arão respondeu: — Tirem as argolas de ouro das orelhas de suas mulheres, de seus filhos e de suas filhas e tragam para mim. 3 Então todo o povo tirou das orelhas as argolas e as trouxe a Arão.
LEVÍTICO
Fundamentos da Graça (1400 A.C–100 D.C) A Doutrina em Foco: Depravação Total
A palavra impuro(a) aparece mais de cem vezes em . É uma boa descrição da condição das pessoas; elas eram moralmente impuras por deixarem de obedecer às ordens de Deus.
NAA
44 Eu sou o Senhor, o Deus de vocês; portanto, consagrem-se e sejam santos, porque eu sou santo; e não se contaminem por nenhuma dessas criaturas que rastejam sobre o chão, entre todas as criaturas que se movem sobre a terra. 45 Eu sou o Senhor, que os tirei da terra do Egito, para que eu seja o Deus de vocês; portanto, sejam santos, porque eu sou santo. 46 — Esta é a lei a respeito dos animais, das aves, de todo ser vivo que se move nas águas e de toda criatura que rasteja sobre o chão, 47 para fazer diferença entre o impuro e o puro e entre os animais que podem ser comidos e os animais que não podem ser comidos.
NÚMEROS
NAA
1 Quando Israel estava em Sitim, o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas. 2 Estas convidaram o povo aos sacrifícios oferecidos aos seus deuses; e o povo comeu a carne dos sacrifícios e adorou os deuses dessas mulheres. 3 Assim, quando Israel se juntou ao culto a Baal-Peor, a ira do Senhor se acendeu contra Israel.
DEUTERONÔMIO
NAA
4 Mas até o dia de hoje o Senhor não deu a vocês um coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir.
EVANGELHO DE JOÃO
a. Cegueira Espiritual
NAA
3 Jesus respondeu: — Em verdade, em verdade lhe digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.
b. Alienação Espiritual
NAA
5 Jesus respondeu: — Em verdade, em verdade lhe digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
c. Morte Espiritual
NAA
25 Em verdade, em verdade lhes digo que vem a hora — e já chegou — em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão.
d. Incapacidade Espiritual
NAA
44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.
NAA
63 O Espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita. As palavras que eu lhes tenho falado são espírito e são vida. 64 Mas há descrentes entre vocês. Ora, Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que não criam e quem iria traí-lo. 65 E prosseguiu: — Por causa disto é que falei para vocês que ninguém poderá vir a mim, se não lhe for concedido pelo Pai.
e. Escravidão Espiritual
NAA
34 Jesus respondeu: — Em verdade, em verdade lhes digo que todo o que comete pecado é escravo do pecado.
NAA
44 Vocês são do diabo, que é o pai de vocês, e querem satisfazer os desejos dele. Ele foi assassino desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. 45 Mas, porque eu digo a verdade, vocês não creem em mim.
f. Surdez Espiritual
NAA
43 Por que vocês não compreendem a minha linguagem? É porque vocês são incapazes de ouvir a minha palavra. 44 Vocês são do diabo, que é o pai de vocês, e querem satisfazer os desejos dele. Ele foi assassino desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. 45 Mas, porque eu digo a verdade, vocês não creem em mim. 46 Quem de vocês me convence de pecado? Se digo a verdade, por que não creem em mim? 47 Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, vocês não me ouvem, porque não são de Deus.
g. Ódio Espiritual
NAA
18 Por isso, os judeus cada vez mais queriam matá-lo, porque além de desrespeitar o sábado, também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.
NAA
24 Por isso, eu lhes disse que vocês morrerão em seus pecados. Porque, se não crerem que Eu Sou, vocês morrerão nos seus pecados. 25 Então lhe perguntaram: — Quem é você? Jesus respondeu: — O que é que eu tenho dito a vocês desde o princípio?
h. Rejeição Espiritual
NAA
23 Quem odeia a mim odeia também o meu Pai.
Uma passagem crucial sobre o estado do homem...
NAA
1 Ele lhes deu vida, quando vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, 2 nos quais vocês andaram noutro tempo, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência. 3 Entre eles também nós todos andamos no passado, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. 4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, 5 e estando nós mortos em nossas transgressões, nos deu vida juntamente com Cristo — pela graça vocês são salvos —
NAA
17 Isto, portanto, digo e no Senhor testifico: não vivam mais como os gentios, que vivem na vaidade dos seus próprios pensamentos, 18 tendo o seu entendimento obscurecido, separados da vida que Deus concede, por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração. 19 Tendo-se tornado insensíveis, eles se entregaram à libertinagem para, de forma desenfreada, cometer todo tipo de impureza.
[…]
NAA
4 nos quais o deus deste mundo cegou o entendimento dos descrentes, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. 5 Porque não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo como Senhor e a nós mesmos como servos de vocês, por causa de Jesus. 6 Porque Deus, que disse: “Das trevas resplandeça a luz”, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo.
Um exemplo no livro:
Quando amanheceu, desejavam saber como ele estava; e ele lhes disse: Cada vez pior. E passou a falar novamente com eles, mas começavam a ficar endurecidos. Também pensavam que, sendo severos e ríspidos com ele, lhe removeriam a perturbação mental. Às vezes, negligenciavam-no completamente...
p. 25
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É isso que Bunyan quer descrever nesse primeiro capítulo: o verdadeiro estado do homem:
Ele tem um fardo nas costas e roupas sujas...
NAA
6 Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças são como trapo da imundícia. Todos nós murchamos como a folha; e as nossas iniquidades nos arrastam como um vento.
Mas há mais uma coisa que Bunyan diz que o livro revelou ao Peregrino...
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3. A REALIDADE DO JUÍZO

3. A REALIDADE DO JUÍZO

[…] Senhor, entendo por este livro, em minhas mãos, que estou condenado a morrer e, depois disto, a comparecer no Juízo. Acho que não estou disposto a morrer, nem preparado para o Juízo.
[…] Senhor, entendo por este livro, em minhas mãos, que estou condenado a morrer e, depois disto, a comparecer no Juízo. Acho que não estou disposto a morrer, nem preparado para o Juízo.
p. 26
A bíblia é sincera quanto ao nosso estado quanto ao nosso juízo.
Mas o que ela diz sobre isso?
A certeza do juízo final
NAA
27 E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disso, o juízo,
Ver: ; ; ;
O julgamento foi antecipado na cruz
NAA
31 Chegou o momento de este mundo ser julgado, e agora o seu príncipe será expulso.
Será realizado no final dos tempos
NAA
49 Assim será no fim dos tempos: os anjos sairão, separarão os maus dentre os justos
Acontecerá no retorno de Cristo
(NAA)
— 6 pois, de fato, é justo para com Deus que ele retribua com tribulação aos que causam tribulação a vocês 7 e que dê a vocês, que estão sendo atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder,
Ver: ; ; ;
(NAA)
— 10 porém, o dia do senhor virá como um ladrão. Naquele dia os céus passarão com grande estrondo, e os elementos se desfarão pelo fogo. Além de uma terra e como obras que nela existem desaparecerão.
Dois destinos eternos
(NAA)
— 2 muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, outros para vergonha e horror eterno.
(NAA)
— 46 E estes irão para o castigo eterno, porém os justos irão para a vida eterna.
Os ímpios serão punidos
NAA
7 Pela mesma palavra, os céus e a terra que agora existem têm sido guardados para o fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e da destruição dos ímpios.
; ; ; ; ; ;
Os justos serão recompensados
NAA
8 Desde agora me está guardada a coroa da justiça, que o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda.
; ;
O julgamento será de acordo com as obras, revelação e atitude para com Cristo
Obras - ; ; ,; ;
Revelação - ; ;
Postura com Cristo -
Os crentes não precisam temer o julgamento
NAA
24 — Em verdade, em verdade lhes digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.
Veja ; ;

4. A SOBERANIA DE DEUS NA SALVAÇÃO

4. A SOBERANIA DE DEUS NA SALVAÇÃO

Nem tudo está perdido nesse capítulo 1. Se de um lado Bunyan narra o desespero do Peregrino ao entender seu real estado, por outro lado ele encerra o capítulo com um “ar de esperança”.
Nem tudo está perdido nesse capítulo 1. Se de um lado Bunyan narra o desespero do Peregrino ao entender seu real estado, por outro lado ele encerra o capítulo com um “ar de esperança”.
No meio do desespero dele, de repente o evangelista aparece...
“[…] Então, eis que um homem chamado Evangelista, veio ao encontro dele e perguntou-lhe: Por que você chora?”
p. 26
É impressionante a graça de Deus demonstrada aqui…o evangelista aparece do nada oferecendo a ele um caminho.
Se o grito do evangelista era: “O que farei para ser salvo?” (; ).
Bunyan parece sugerir aqui a importância da necessidade da pregação (). A pregação não pode ser menosprezada. Deus é soberano e usa da pregação para servir sua soberania.
NAA
13 Porque: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” 14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: “Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!”
O conceito de beleza de Deus: pés rachados pela pregação do evangelho
NAA
28 Além das coisas exteriores, ainda pesa sobre mim diariamente a preocupação com todas as igrejas.
Não temos como não lembrar aqui da Peregrinação do Etíope de !
NAA
30 Correndo para lá, Filipe ouviu que o homem estava lendo o profeta Isaías. Então perguntou: — O senhor entende o que está lendo? 31 Ele respondeu: — Como poderei entender, se ninguém me explicar? E convidou Filipe a subir e sentar-se ao seu lado.
Mas provavelmente Bunyan está lembrando da sua própria vida aqui novamente...
Na própria peregrinação de Bunyan ele teve contato com o “evangelista”, foi o pastor fiel de um grupo de crentes em Bedford, John Gifford. De acordo com o testemunho de Bunyan em Graça abundante ao principal dos pecadores, ele diz que foi Gifford quem "teve a oportunidade de conversar comigo ... me convidou para entrar em sua casa, onde eu o ouviria conversa de outras pessoas sobre os tratos de Deus com os alma ... ".
---
Foi assim com o Peregrino, foi assim com o Etíope, foi assim com Bunyan e tem sido assim até hoje.
Por que Deus decidiu encontrar o Peregino através do evangelista? Porque era um homem bom, santo, fiel? Não, Deus age motivado somente em si mesmo - “pelo seu grande amor e misericórdia” ().
Aplicação: Pare e pense um pouco na sua própria caminhada (peregrinação) os encontros que Deus teve com você através da vida de homens e mulheres?
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Aqui nós precisamos destacar três coisas:
A importância dos ministros do evangelho
NAA
11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, 12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, 13 até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de pessoa madura, à medida da estatura da plenitude de Cristo, 14 para que não mais sejamos como crianças, arrastados pelas ondas e levados de um lado para outro por qualquer vento de doutrina, pela artimanha das pessoas, pela astúcia com que induzem ao erro.
A importância do discipulado
NAA
16 Que a palavra de Cristo habite ricamente em vocês. Instruam e aconselhem-se mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus com salmos, hinos e cânticos espirituais, com gratidão no coração.
A importância da mensagem
Evangelista deu-lhe um rolo de pergaminho, no qual estava escrito: “Fugi da ira vindoura”
Evangelista deu-lhe um rolo de pergaminho, no qual estava escrito: “Fugi da ira vindoura”
p. 26
O evangelista não suavizou a mensagem. Ele foi extremamente fiel ao ensinamento bíblico que vimos hoje.
Que exemplo de fidelidade e coragem!
Aplicação: Como nós evangelizamos?
. Pense nos seus parentes incrédulos...
. Pense nos seus amigos...
. Temos bajulados pecadores e enganado eles quanto à realidade do pecado e juízo ou temos sido verdadeiros?
Deus ainda quer encontrar Peregrinos, mas ele precisa de evangelistas.
. Precisamos orar para pedindo ao Senhor da colheita que envie mais trabalhadores.
. Precisamos retornar esse senso de urgência que Bunyan nos coloca aqui - o juízo é uma realidade. Um dia todos serão julgados. Pecadores receberam a condenação eterna.

APLICAÇÕES FINAIS:

APLICAÇÕES FINAIS:

1. Você se conhece? Você se conhece do jeito que a bíblia te descreveu? Já se humilhou? Já sentiu a dor do autoconhecimento e do conhecimento de Deus?
2. Você tem segurança quanto ao último dia? Está tranquilo e esperançoso para encontrar com o justo Juiz?
3. Você estaria disposto a sair daqui nessa noite com uma urgência no seu coração - do juízo vindouro - e pregar o evangelho aos que estão à sua volta?
4. Qual o caminho? “A vida! A vida! A vida eterna!”
NAA
3 E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
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