Apocalipse 20 à 22 - Pontos Exegéticos e Teológicos

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Análise dos Pontos Exegéticos e Teológicos de Hendriksen e Kistemaker

Introdução

Este trabalho tem como foco a análise dos comentários do livro de Apocalipse, Mais que Vencedores (Hendriksen), e Apocalipse (Kistemaker). Será apresentado três pontos exegéticos e teológicos.

1.1 O Propósito do Livro

Sobre o propósito do livro, Hendriksen afirma que “é transmitir conforto à Igreja militante em seu conflito contra as forças do mal.”[1]

1.2 O Tema do Livro

Na perspectiva de Hendriksen, o tema do livro é “a vitória de Cristo e de Sua Igreja sobre o dragão (Satanás) e seus agentes é o tema do Apocalipse.” Sendo que “o livro foi intencionalmente dirigido aos crentes vivos da época de João.” Para os destinatários, foi “a resposta de Deus às orações e lágrimas dos crentes severamente perseguidos, espalhados pelas cidades da Ásia Menor.”[2]

1.3 A autoria e a Data do Livro

Hendriksen, tratando sobre a data do livro diz: “O Apocalipse, portanto, foi escrito pelo Apóstolo João no final do reinado de Domiciano.” A data deste acontecimentos é entre 95 ou 96 d.C.. Entretanto, Hendriksen acrescenta uma observação sobre “o autor real do Apocalipse”, acredita que não é o Apóstolo João, “mas o próprio Deus Altíssimo: Revelação de Jesus Cristo... (1.1).”[3]
Ao analisar o comentário de Kistemaker sobre a autoria e datação, não encontramos diferenças entre os dois. Kistemaker, interpreta da seguinte forma, “Apesar de existirem dificuldades significativas a respeito do conteúdo do Apocalipse, concluo, na base de evidências externas praticamente sólidas e de evidências internas apoiadoras, que o apóstolo João é o autor do Apocalipse.”[4] E sobre a data, após verificar “fontes externas” e “evidências internas”, conclui em uniformidade com Hendriksen, sendo o período no fim do império de Domiciano (95-96 d.C). “

1.4 Modos de Interpretação

Kistemaker faz uma análise das interpretações abordando “basicamente quatro métodos de interpretação: o preterismo, o historicismo, o futurismo e o idealismo.”[5] Como ele definiu de forma sintética os métodos de interpretação?
Sobre o “preterismo”, Kistemaker aborda essa interpretação do ponto de vista da sua tese, que “as coisas relatadas no Apocalipse já haviam se cumprido no século 1°, quando João escreveu o livro.”[6] Os preteristas “ensinam que o simbolismo do Apocalipse retrata acontecimentos históricos que ocorreram durante a segunda metade do século 1°”, e o posicionam “no passado, mas não faz nenhuma referência ao presente ou ao futuro.”
Sobre o “Historicismo”, Kistemaker descreve que “a abordagem histórico-contínua, o Apocalipse apresenta um esboço conciso do desenvolvimento da igreja a partir do Pentecostes até a consumação.”[7] Estes defensores da interpretação histórica “muitas vezes recorrem a interpretações triviais que, além de serem caprichosas, são desonrosas em relação às Escrituras.[8]
Já o futurismo, Kistemaker aponta que os defensores desta interpretação, “supõe que a maior parte do livro, começando por 4.1, diz respeito ao futuro. [...] eles afirmam, serão cumpridas pouco antes, durante e depois do retorno de Jesus para a terra. O futurista interpreta o Apocalipse literalmente [...].”
Quais os problemas desta interpretação? “Um dos problemas é que “tudo, a não ser os três primeiros capítulos do Apocalipse, se torna irrelevante para a igreja contemporânea”. E, “que a ênfase profética se concentra no retorno de Cristo.”[9]
E por último, a interpretação idealista. Kistemaker faz um resumo, dizendo que o modo de interpretação idealista “interpreta o Apocalipse como livro de princípios que contrastam o Cristo vitorioso e seu povo com o Satanás derrotado e seus subalternos.” Para os defensores desta interpretação, o Apocalipse é “um livro que consola o povo de Deus e o motiva a persistir até o fim.” Por isso, “um livro que consola o povo de Deus e o motiva a persistir até o fim.”[10] Cita Hendriksen reforçando a interpretação idealista.

1.5 Apresentação de Três Pontos Exegéticos e Teológicos de

1.5.1 Pontos Exegéticos do Cap. 20

“Capítulo 20 – A Derrota de Satanás e o Dia do Julgamento (20.1-15)”. Para Kistemaker, dos (v.1-10) “João apresenta um aspecto adicional do final dos tempos. Ele dá total atenção à prisão, à libertação, à derrota e à condenação eterna de Satanás.” E na segunda parte (v.11-15), “centraliza a atenção no último julgamento, o qual ocorre na eliminação da Morte, do Hades e o envio dos descrentes para um local preparado para eles.”[11]
Segundo Kistemaker, o quadro apresentado pelo capítulo 20 concorre “com os capítulos antecedentes que narram cenas repetitivas do julgamento... Em resumo, o Apocalipse é um volume de paralelos que progride com cada ciclo sucessivo.”[12]
Método Exegético:
1. “Primeiro, o texto grego, mas não a tradução, apresenta o artigo definido na expressão a guerra em três lugares que retratam a batalha final (16.14; 19.19; 20.8).”[13]
2. Segundo “enfatizam o último conflito no final do tempo cósmico.”
3. Por último, a linguagem literal do texto grego é quase idêntica nos três lugares: “reuni-los para a guerra” (16.14); “reunidos para fazer guerra” (19.19); “e reuni-las para a guerra” (20.8). Esses três capítulos referem-se ciclicamente ao fim dos tempos, quando a última batalha é travada.
4. “Esses três capítulos referem-se ciclicamente ao fim dos tempos, quando a última batalha é travada.”
Hendriksen 195

1.5.2 Pontos Teológicos do Cap. 20

1. “Há uma ligação estreita entre os capítulos 12 e 20 com relação à ação de amarrar Satanás.”
a. Satanás teve suas atividades restringidas (12.13-17);
b. ele não pode mais enganar as nações (20.3)
c. O diabo não consegue impedir a propagação do evangelho de Cristo
d. Não conseguimos interpretar os capítulos 19 e 20 de forma linear, porque o capítulo 19, “ transmite o conceito de finalidade, pois Cristo como Rei dos reis e Senhor dos senhores é vitorioso.”[14]
e. As questões de simbolismo, em todas as passagens (cap. 20; 1.18; 3.7; 9.1) tem significado na autoridade de Jesus.
Hendriksen 188-90
Capítulo 21 - B. A nova Jerusalém e a árvore da vida (21.1–22.5)[15]
A antiga ordem passou e todas as coisas são novas. A nova Jerusalém é a imagem da perfeição com respeito às dimensões, beleza e glória, é o paraíso restaurado. Observe a ligação entre a primeira criação registrada em Gênesis e a nova criação do céu e da terra no Apocalipse. [16]

1.5.3 Pontos Exegéticos do Cap. 21

No Apocalipse, João emprega a expressão nova nove vezes; quatro delas aparecem no capítulo 21.1 (duas vezes), 2 e 5. Esse adjetivo transmite o significado de algo que é novo, mas tem a sua origem no antigo. A nova aliança saiu da antiga; o novo mandamento saiu do antigo mandamento; a nova Jerusalém tem a sua origem na velha; o novo homem é uma transformação do velho homem; e o novo céu e a nova terra estão baseados nos antigos

1.5.4 Pontos Teológicos do Cap. 21

o novo céu e a nova terra que aparecerão na consumação não são identificados como um segundo céu e uma segunda terra. Eles são qualitativamente diferentes dos antigos, no sentido de que retratam a sagrada e perfeita moradia de Deus e do seu povo.[17]
Capítulo 22 - A árvore da vida e conclusão (22.1–21)
Os santos desfrutam por completo da beleza da nova criação na qual eles reinam eternamente. Essa é uma imagem do novo Jardim do Éden.[18]

1.5.5 Pontos Exegéticos do Cap. 22

1.5.6 Pontos Teológicos do Cap. 22

[1] HENDRIKSEN, William, Mais que vencedores, 1a. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1987, p. 16.
[2] Ibid., p. 19.
[3] Ibid., p. 25.
[4] KISTEMAKER, Simon, Apocalipse, 2a edição. São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2014, p. 42.
[5] Ibid., p. 58.
[6] Ibid., p. 59.
[7] Ibid., p. 61.
[8] Ibid., p. 62.
[9] Ibid., p. 63.
[10] Ibid., p. 64.
[11] Ibid., p. 691.
[12] Ibid.
[13] Ibid.
[14] Ibid., p. 692.
[15] Ibid., p. 717.
[16] Ibid., p. 719–720.
[17] Ibid., p. 721.
[18] KISTEMAKER, Apocalipse, p. 753.
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