Jesus, o Pão da vida
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Jesus, o pão da vida.
Jesus, o pão da vida.
J
E, tendo-o encontrado no outro lado do mar, lhe perguntaram: Mestre, quando chegaste aqui?Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes.Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus?Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado.Então, lhe disseram eles: Que sinal fazes para que o vejamos e creiamos em ti? Quais são os teus feitos?Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito:
Deu-lhes a comer pão do céu.
Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu; o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá.Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo.Então, lhe disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão.Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.
Tema = “Jesus, O pão da vida” ()
Texto Chave:
Objetivos= Analisar a metáfora de Jesus como pão da vida comparado com outras passagens de pão (maná no deserto, multiplicação de pães, ceia) como podemos aprender com esta metáfora.
A metáfora é a utilização de uma palavra ou expressão, que de forma comparativa faz elucidação a uma outra palavra ou expressão.
Jesus em toda a sua vida faz uso de parábolas e histórias que ilustravam um pouco essas parábolas.
Exemplos:
Paulo usa metáforas tiradas dos costumes do seu tempo. “Justificação” é metáfora legal; ser justificado é ser absolvido. Na mesma área podemos notar a imagem de cancelar um registro de dívida ou de culpa criminal ()
Na mesma área podemos notar a imagem de cancelar um registro de dívida ou de culpa criminal (,14). “Redenção”, como já vimos, é o resgate de escravo ou prisioneiro de guerra. “Libertação” e “liberdade” eram palavras importantes e, mais atinente ao nosso assunto, eram experiências importantes para Paulo e seus convertidos. “Reconciliação”, também já vimos acima, é levar duas partes inimigas entre si à paz e cooperação. Outra imagem é a de gozar de cidadania ou ser membro de uma comunidade dentro de uma cidade ou região, mas diferente destas (F1 3,20)
“Redenção”, como já vimos, é o resgate de escravo ou prisioneiro de guerra. “Libertação” e “liberdade” eram palavras importantes e, mais atinente ao nosso assunto, eram experiências importantes para Paulo e seus convertidos.
“Reconciliação”, também já vimos acima, é levar duas partes inimigas entre si à paz e cooperação. Outra imagem é a de gozar de cidadania ou ser membro de uma comunidade dentro de uma cidade ou região, mas diferente destas ()
Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
Algo interessante de se observar é que uma metáfora é diferente de uma definição, a metáfora é sempre uma definição em aberto, por isso possibilita uma variação e multiplicidade na interpretação de um texto.
Três ideias que temos que ter em mente antes de começarmos a ler este texto
1. Uma ideia completamente diferente a respeito do que é pão (texto bíblico e hoje)
a. Exemplo = O pão era o alimento principal da refeição judaica, e alimentação representava cerca de 85% do dinheiro do trabalho de uma pessoa.
2. A alimentação de 5,000 pessoas.
3. A ideia que eles têm em mente ao ser alimentado por Jesus, ou seja, a história do antigo testamento do maná que descia do céu 6 dias na semana
Jesus, O pão da vida
I. O pão é a provisão de Deus
I. O pão é a provisão de Deus
A) O milagre do pão inicia do desejo de Deus de alimentar a multidão
B) O milagre do pão nasce da insuficiência humana da provisão (5 pães e 2 peixinhos- 40 anos no deserto)
C) O milagre aponta a Jesus como a provisão de Deus, crucificado em carne.
A todo tempo Jesus está redirecionando a motivação deles do milagre em si mesmo, para o provedor do milagre (Deus).
O milagre neste sentido é um meio, um sinal que apenas aponta a Jesus.
II. O pão sacia a fome
II. O pão sacia a fome
a. A multidão estava com fome.
b. Jesus é aquele que dá vida a nós, pois ele é o próprio maná/pão de Deus.
Jesus usa a mesma linguagem quando Deus se manifesta a Moisés no deserto...
“Ego Eimi” ....I am
c. Jesus sacia a fome / maná / ceia – Jesus é o pão que sustêm a vida
III. O pão é compartilhado e suficiente a todos
III. O pão é compartilhado e suficiente a todos
a. Da falta de provisão humana nasce a suficiência de Deus
“Lembra-te, porem, de todo o caminho que Iahweh teu Deus te fez percorrer durante quarenta anos no deserto, a fim de humilhar-te, tentar-te e conhecer o que tinhas no teu coração: iria observar os seus mandamentos ou não? Ele te humilhou, fez com que sentisses fome e te alimentou com o maná que tu nem teus pais conheciam, par ate mostrar que o homem não vive apenas de pão, mas que vive de tudo aquilo que procede da boca de Iahweh. As vestes que usavas não se envelheceram, nem teu pé inchou durante estes quarenta anos
b. O pão alimenta todos quanto estão com fome
E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.
Jesus respondeu:
— Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim jamais terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede.
O convite de Jesus é muito parecido com o convite de Isaias:
Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura.
,
“Ah! Todos vocês que têm sede,
venham às águas;
e vocês que não têm dinheiro,
venham, comprem e comam!
Sim, venham e comprem,
sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
Por que vocês gastam o dinheiro
naquilo que não é pão,
e o seu suor, naquilo que não satisfaz?
Ouçam com atenção o que eu digo,
comam o que é bom
e vocês irão saborear comidas deliciosas.
Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.
Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.
c. O pão coloca todos em uma mesma categoria
Diante da espera do maná de Deus, da multiplicação dos pães e da festa ágape (ceia) coloca todos como famintos. Paulo, de forma parecida coloca todos em uma mesma categoria “todos pecaram”.
d. O pão é “mastigado” por todos.
A ideia de mastigar pode ser entendida na mesma ideia que temos quando um animal come algo. De remoer e ruminar um certo alimento. O corpo de Cristo é oferecido como pão que deve ser “mastigado” por todos.
e. O pão deve ser compartilhado a todos
Outro tema teológico que nasce a partir do texto da multiplicação dos pães e peixe é o da partilha. Em ambas as multiplicações, a partilha nasce a partir da insuficiência ou dos poucos recursos. Na primeira multiplicação, 5 pães e 2 peixes alimentam uma multidão de 5 mil homens, fora suas mulheres e filhos(as). Na segunda multiplicação, 7 pães e alguns peixinhos alimentam 4 mil homens, além de suas famílias. A partilha que nasce dos poucos recursos pode ser vista também na ordem de Jesus para que a pessoa que tivesse duas túnicas desse uma delas para aquele (a) que não tinha, ficando apenas com uma túnica.
Neste texto, a partilha acontece em meio aqueles que não têm recursos suficientes para o milagre. Como sinal e protótipo, este milagre nos demonstra que a partilha com o outro não deve nascer das grandes posses ou da acumulação, antes dos recursos dos quais possuímos. Observa-se a preocupação de Jesus com o acúmulo, por exemplo, na oração que Ele nos ensina pede a Deus que nos dê o pão nosso de cada dia. De igual modo, o maná que Deus providenciava durante os 40 anos no deserto não deveria ser acumulado, antes Deus providenciaria a cada dia o necessário. Jesus também alerta aos discípulos a não andarem ansiosos pelo dia do amanhã, pelo que haviam de comer ou beber. Em meio as nossas insuficiências e falta de recurso, Deus providencia as nossas necessidades, de modo que, devemos também compartilhar com aqueles que não possuem.