Lealdade/Fidelidade

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Lealdade/Fidelidade

https://www.youtube.com/watch?v=PqfoczmV6Us
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Definição

Existe distinção entre fidelidade e lealdade?
Lealdade
Lealdade
substantivo feminino 1.respeito aos princípios e regras que norteiam a honra e a probidade. 2.fidelidade aos compromissos assumidos
Fidelidade
Característica do que é fiel, do que demonstra zelo, respeito por alguém ou algo; lealdade. "f. ao rei"
2. constância nos compromissos assumidos com outrem
Link:
https://www.youtube.com/watch?v=C1e5PdVXvpE
Capacidade de empenhar a palavra empenhada.
Ir até o fim ainda que isso custe mais caro que o imaginado, seja mais difícil que planejado e mais sacrificial do que o desejado.
Filme: até o último homem.
Casamento: símbolo de fidelidade
Eu (nome do noivo ou da noiva) recebo a ti, (nome do noivo ou da noiva), como minha legítima esposa (ou meu legítimo marido), Prometo ser fiel, Amar-te e respeitar-te Na alegria e na tristeza, Na saúde e na doença, Na riqueza e na pobreza, Por todos os dias da nossa vida Até que a morte nos separe”
RICOEUR (IPSE X IDEM)
Ricoeur recorre ao uso dos termos idem e ipse, derivados do latim, para explicitar duas formas distintas de identidade. A primeira, responde a questão o que e a segunda a pergunta quem?
Ricoeur recorre ao uso dos termos idem e ipse, derivados do latim, para explicitar duas formas distintas de identidade. A primeira, responde a questão o que e a segunda a pergunta quem?
O termo idem é traduzido nas línguas modernas como sameness (inglês), gleichheit (alemão) e mesmidade (português) e, por isso, a priori é rapidamente relacionado com a posição de permanência no tempo. Ricoeur classifica a mesmidade em três componentes: (1) identidade numérica, a qual “corresponde a operação de identificação, entendida no sentido de reidentificação do mesmo, de tal modo que conhecer é reconhecer: a mesma coisa duas vezes, n vezes”[1] e (2) identidade qualitativa, a qual se define pela capacidade de identificar x e y por sua semelhança extrema[2]. O terceiro componente surge como resultado do segundo componente. O fator tempo pode trazer dúvidas ao critério da semelhança. Aí acresce-se o componente da (3) continuidade ininterrupta, “esse critério predomina em todos os casos em que o crescimento e o envelhecimento atuam como fatores de dessemelhança”[3].
O termo idem é traduzido nas línguas modernas como sameness (inglês), gleichheit (alemão) e mesmidade (português) e, por isso, a priori é rapidamente relacionado com a posição de permanência no tempo. Ricoeur classifica a mesmidade em três componentes: (1) identidade numérica, a qual “corresponde a operação de identificação, entendida no sentido de reidentificação do mesmo, de tal modo que conhecer é reconhecer: a mesma coisa duas vezes, n vezes”[1] e (2) identidade qualitativa, a qual se define pela capacidade de identificar x e y por sua semelhança extrema[2]. O terceiro componente surge como resultado do segundo componente. O fator tempo pode trazer dúvidas ao critério da semelhança. Aí acresce-se o componente da (3) continuidade ininterrupta, “esse critério predomina em todos os casos em que o crescimento e o envelhecimento atuam como fatores de dessemelhança”[3].
Já o termo ipse é traduzido como selfhood (inglês), Selbstheit (alemão) e ipseidade (português) e é caracterizado pelo tipo de identidade na qual a permanência no tempo não está de acordo com a substância, mas que se detém em responder à pergunta quem. Para isso, dois modelos de permanência no tempo são elaborados. O modelo baseado na descrição do termo caráter e outro modelo da palavra cumprida.
Já o termo ipse é traduzido como selfhood (inglês), Selbstheit (alemão) e ipseidade (português) e é caracterizado pelo tipo de identidade na qual a permanência no tempo não está de acordo com a substância, mas que se detém em responder à pergunta quem. Para isso, dois modelos de permanência no tempo são elaborados. O modelo baseado na descrição do termo caráter e outro modelo da palavra cumprida.
O caráter denomina “o conjunto das marcas distintivas que possibilitam reidentificar um indivíduo humano como sendo o mesmo”[4]. A identidade é descrita pela enumeração de traços numéricos, qualitativos e de continuidade ininterrupta juntamente com a permanência no tempo. Destarte, define-se o caráter como “disposições duráveis pelas quais se reconhece uma pessoa”[5]. Ricoeur classifica em duas disposições em referência a problemática da identidade idem e permanência no tempo. De um lado está a disposição adquirida por meio do hábito. O habito constitui “uma significação histórica ao caráter porque transforma a conduta do homem por meio de continuidade de outras ações praticadas no horizonte de uma vida inteira”[6]. Essa história tende a elaborar-se com base na sedimentação de características identificadoras de uma pessoa, ou seja, o hábito confere ao caráter permanência no tempo por meio de aquisição de características que caracterizam o individuo durante um período de tempo. Há um recobramento do idem sobre o ipse.
O caráter denomina “o conjunto das marcas distintivas que possibilitam reidentificar um indivíduo humano como sendo o mesmo”[4]. A identidade é descrita pela enumeração de traços numéricos, qualitativos e de continuidade ininterrupta juntamente com a permanência no tempo. Destarte, define-se o caráter como “disposições duráveis pelas quais se reconhece uma pessoa”[5]. Ricoeur classifica em duas disposições em referência a problemática da identidade idem e permanência no tempo. De um lado está a disposição adquirida por meio do hábito. O habito constitui “uma significação histórica ao caráter porque transforma a conduta do homem por meio de continuidade de outras ações praticadas no horizonte de uma vida inteira”[6]. Essa história tende a elaborar-se com base na sedimentação de características identificadoras de uma pessoa, ou seja, o hábito confere ao caráter permanência no tempo por meio de aquisição de características que caracterizam o individuo durante um período de tempo. Há um recobramento do idem sobre o ipse.
Além do hábito, outra disposição é o conjunto de “identificações adquiridas”[7]. Isso significa que o indivíduo constrói sua identidade na identificação com “valores, normas, ideais, modelos, heróis”[8]. O indivíduo exterioriza-se compromissado com uma identidade além de si mesmo. A fidelidade a tais valores garante a manutenção idenitária. Moyaert acrescenta: “o caráter é o que faz uma pessoa reconhecível, mas a referência da promessa é sempre o quem”[9]. Ambas as disposições atribuem ao caráter constância que asseguram “a identidade numérica, a identidade qualitativa, a continuidade ininterrupta na mudança, e finalmente, a permanência no tempo que definem a mesmidade”[10]. O caráter, na realidade, distingue o que do quem. Do mesmo modo, nosso foco deve ser centralizado na pergunta concernente ao quem. Por conseguinte, Ricoeur fundamenta outro modelo de permanência no tempo, o modelo da palavra cumprida na fidelidade a palavra da data.
Além do hábito, outra disposição é o conjunto de “identificações adquiridas”[7]. Isso significa que o indivíduo constrói sua identidade na identificação com “valores, normas, ideais, modelos, heróis”[8]. O indivíduo exterioriza-se compromissado com uma identidade além de si mesmo. A fidelidade a tais valores garante a manutenção idenitária. Moyaert acrescenta: “o caráter é o que faz uma pessoa reconhecível, mas a referência da promessa é sempre o quem”[9]. Ambas as disposições atribuem ao caráter constância que asseguram “a identidade numérica, a identidade qualitativa, a continuidade ininterrupta na mudança, e finalmente, a permanência no tempo que definem a mesmidade”[10]. O caráter, na realidade, distingue o que do quem. Do mesmo modo, nosso foco deve ser centralizado na pergunta concernente ao quem. Por conseguinte, Ricoeur fundamenta outro modelo de permanência no tempo, o modelo da palavra cumprida na fidelidade a palavra da data.
O modelo supracitado constitui-se por meio da fidelidade, constância e manutenção de si diante da palavra da dada. Assim, apesar das mudanças provenientes do tempo, construímo-nos de tal forma que nos mantemos fiel a promessa. É criada uma tensão entre a identidade ipse e idem, entre o caráter e a manutenção de si ante promessa dada, “entre permanência e mudança, continuidade e descontinuidade, ligação e relacionamento, involuntário e escolha”[11]. Ambos os modelos, do caráter e da manutenção de si ante a promessa, abrem, para Ricoeur, uma lacuna de sentido que é preenchida por meio da identidade narrativa, possibilitando uma identidade que faz do si o mesmo e único. A identidade narrativa encontra-se na intersecção entre o idem e ipse, e aproxima ambas as identidades em um processo dialético.
O modelo supracitado constitui-se por meio da fidelidade, constância e manutenção de si diante da palavra da dada. Assim, apesar das mudanças provenientes do tempo, construímo-nos de tal forma que nos mantemos fiel a promessa. É criada uma tensão entre a identidade ipse e idem, entre o caráter e a manutenção de si ante promessa dada, “entre permanência e mudança, continuidade e descontinuidade, ligação e relacionamento, involuntário e escolha”[11]. Ambos os modelos, do caráter e da manutenção de si ante a promessa, abrem, para Ricoeur, uma lacuna de sentido que é preenchida por meio da identidade narrativa, possibilitando uma identidade que faz do si o mesmo e único. A identidade narrativa encontra-se na intersecção entre o idem e ipse, e aproxima ambas as identidades em um processo dialético.
A identidade narrativa pressupõe que se responda à pergunta quem por meio de uma história. A vida é elaborada por meio de narrativas. Na narrativa de uma história deparamo-nos com vivências esperadas e inesperadas, altos e baixos, com encontros prazerosos e inoportunos, experiências de gozo e frustração. A vida é constante processo de inconstância. Aprender a própria narrativa, a própria identidade, é aprender a recontar a própria história. “Estamos sempre no processo de revisão o texto, as narrativas de nossas vidas. Nesse sentido, podemos construir narrativas múltiplas de nós mesmos, contadas de diferentes pontos de vistas”[12]. Outra característica da teoria narrativa é que “esta só servirá de fato de mediação entre a descrição e a prescrição se a ampliação do campo prático e a previsão de considerações éticas estiverem implicadas na própria estrutura do ato de narrar”[13], ou seja, o próprio ato de narrar é eticamente não-neutro.
A identidade narrativa pressupõe que se responda à pergunta quem por meio de uma história. A vida é elaborada por meio de narrativas. Na narrativa de uma história deparamo-nos com vivências esperadas e inesperadas, altos e baixos, com encontros prazerosos e inoportunos, experiências de gozo e frustração. A vida é constante processo de inconstância. Aprender a própria narrativa, a própria identidade, é aprender a recontar a própria história. “Estamos sempre no processo de revisão o texto, as narrativas de nossas vidas. Nesse sentido, podemos construir narrativas múltiplas de nós mesmos, contadas de diferentes pontos de vistas”[12]. Outra característica da teoria narrativa é que “esta só servirá de fato de mediação entre a descrição e a prescrição se a ampliação do campo prático e a previsão de considerações éticas estiverem implicadas na própria estrutura do ato de narrar”[13], ou seja, o próprio ato de narrar é eticamente não-neutro.
Isso é na verdade a dialética que discute a constante construção de identidade entre a mesmice e alteração.
Isso é na verdade a dialética que discute a constante construção de identidade entre a mesmice e alteração.
https://www.youtube.com/watch?v=PqfoczmV6Us
Você concorda ou discorda?

Lealdade na fé Cristã

Romanos 8.35–39 NAA
Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo ou a espada? Como está escrito: “Por amor de ti, somos entregues à morte continuamente; fomos considerados como ovelhas para o matadouro.” Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
MCA 909-1
Quais são algumas situações que desafiam a lealdade dentro da OM?
O que significa lealdade dentro do ESD?
A quem/ou ao que é preciso nutrir uma lealdade?
MCA 909 - 1
Como criar um sentimento de lealdade para os comandados? (livros de marketing)
Existe limite para a lealdade? se sim, quais?
2.14.9. LEALDADE
2.14.9.1. Lealdade é uma atitude de solidariedade com os membros do grupo, manifestada, especificamente, pela franqueza no falar e pela fidelidade no cumprimento das responsabilidades assumidas. O ponto essencial da lealdade é a NÃO OMISSÃO.
2.14.9.2. Etimologicamente, lealdade tem sua origem no termo latino legalis, que significa “legal ou relativo à lei”. Poderia designar alguém em quem era possível confiar e que cumpria as suas obrigações legais, ou seja, alguém que não falha com os seus compromissos. Ela se manifesta por um comportamento sincero, franco e honesto, bem como pela fidelidade aos compromissos assumidos com a Instituição e junto a seus superiores, pares e subordinados.
2.14.9.3. Para os militares, ela reflete o compromisso inicial de trato com os superiores, pares e subordinados com respeito, afeto e bondade, além de refletir, sobretudo, a dedicação ao serviço da Pátria, mesmo com o sacrifício da própria vida.
2.14.9.4. A lealdade representa o vínculo pessoal aos princípios e valores institucionais, bem como o seu reflexo nas ações cotidianas mesmo quando não se encontre fardado ou representando a instituição. É por meio dela que agimos com a disciplina consciente.
Lealdade envolve compromisso a alguem ou algo:
Diferença entre lealdade e envolvimento (galinha e o porco)
2.14.1. A palavra comprometimento deriva do termo latino compromissum, que nada mais é que a denominação de um compromisso oriundo de uma obrigação, um contrato ou uma palavra empenhada. Às vezes, um compromisso é uma promessa ou uma declaração de princípios, muito comum nos códigos de ética profissional.
2.14.2. Diz-se que uma pessoa tem o comprometimento com algo quando cumpre as suas obrigações com o que é proposto ou foi confiado. Isso é viver, planejar e reagir com sabedoria para conseguir avançar com um projeto pessoal ou profissional.
2.14.3. Para que haja um comprometimento, precisa haver conhecimento. Ou seja, não podemos estar comprometidos a fazer algo se ignorarmos os aspectos deste compromisso, ou seja, as obrigações assumidas. No entanto, considera-se que uma pessoa está realmente comprometida com um projeto quando atua no sentido de atingir as metas acima do que é esperado.
2.14.4. O comprometimento distingue empreendedores de sonhadores. As pessoas não seguem líderes descompromissados. Aquele que deu o melhor de si para sua própria época viveu para todas as épocas. Para o boxeador é levantar-se novamente depois de ir à lona. Para o maratonista é correr mais 10 Km depois que suas forças já se foram. Para o soldado é chegar ao topo de morro sem saber o que o aguarda. Para o missionário é abandonar o próprio conforto para tornar a vida dos outros melhor. Começa no coração, é provado pela ação e abre a porta da conquista.
2.14.5. Façamos como Thomas Edison: anunciava sua meta como se já estivesse conquistada, antes de sair ao seu encontro, para não ter a chance de desistir dela.
CASOS
Sua esposa/esposo atropela alguém quando está a caminho para te buscar no trabalho. Ele/ela comenta que saiu da cena pois teve medo. Você descobriu que a vítima está internada em um hospital com ferimentos moderados em condição estável. A polícia procura sua casa dizendo que alguém comenta ter visto o carro de sua esposa/o, ela/e nega ao policial, qual seria sua atitude?
Um chefe para que diga a alguém que ele/a não se encontra.
4.8. PROBIDADE E LEALDADE EM TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS
Probidade: característica ou particularidade do que é probo. Retidão ou integridade de caráter, honestidade e honradez; e
Lealdade: consideração aos preceitos que dizem respeito à honra, à decência e à honestidade.
4.8.1. Ou seja, a intenção de não enganar seus superiores, pares ou subordinados. Agir com honestidade em qualquer circunstância.
Reflexão
Reflexão
Quais são algumas situações que desafiam a lealdade dentro da OM?
O que significa lealdade dentro do ESD?
A quem/ou ao que é preciso nutrir uma lealdade?
Como criar um sentimento de lealdade para os comandados? (livros de marketing)
Existe limite para a lealdade? se sim, quais?
confiança
credibilidade
amizade
deslealdade
convenientes
interessadas em si mesmo.
Eu (nome do noivo ou da noiva) recebo a ti, (nome do noivo ou da noiva), como minha legítima esposa (ou meu legítimo marido), Prometo ser fiel, Amar-te e respeitar-te Na alegria e na tristeza, Na saúde e na doença, Na riqueza e na pobreza, Por todos os dias da nossa vida Até que a morte nos separe”
Romanos 8.35–39 NAA
Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo ou a espada? Como está escrito: “Por amor de ti, somos entregues à morte continuamente; fomos considerados como ovelhas para o matadouro.” Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
A lealdade está muitas vezes relacionada a amizade. O relacionamento de Davi e Jonathan (1 Sm 20) é um clássico exemplo bíblico. O livro de provérbios diz que há amigos mais próximos que irmãos (), que mantem seus segredos (), critica de forma saudavel ().
Ricoeur recorre ao uso dos termos idem e ipse, derivados do latim, para explicitar duas formas distintas de identidade. A primeira, responde a questão o que e a segunda a pergunta quem?
O termo idem é traduzido nas línguas modernas como sameness (inglês), gleichheit (alemão) e mesmidade (português) e, por isso, a priori é rapidamente relacionado com a posição de permanência no tempo. Ricoeur classifica a mesmidade em três componentes: (1) identidade numérica, a qual “corresponde a operação de identificação, entendida no sentido de reidentificação do mesmo, de tal modo que conhecer é reconhecer: a mesma coisa duas vezes, n vezes”[1] e (2) identidade qualitativa, a qual se define pela capacidade de identificar x e y por sua semelhança extrema[2]. O terceiro componente surge como resultado do segundo componente. O fator tempo pode trazer dúvidas ao critério da semelhança. Aí acresce-se o componente da (3) continuidade ininterrupta, “esse critério predomina em todos os casos em que o crescimento e o envelhecimento atuam como fatores de dessemelhança”[3].
Já o termo ipse é traduzido como selfhood (inglês), Selbstheit (alemão) e ipseidade (português) e é caracterizado pelo tipo de identidade na qual a permanência no tempo não está de acordo com a substância, mas que se detém em responder à pergunta quem. Para isso, dois modelos de permanência no tempo são elaborados. O modelo baseado na descrição do termo caráter e outro modelo da palavra cumprida.
A lealdade está muitas vezes relacionada a amizade. O relacionamento de Davi e Jonathan (1 Sm 20) é um clássico exemplo bíblico. O livro de provérbios diz que há amigos mais próximos que irmãos (), que mantem seus segredos (), critica de forma saudavel ().
O caráter denomina “o conjunto das marcas distintivas que possibilitam reidentificar um indivíduo humano como sendo o mesmo”[4]. A identidade é descrita pela enumeração de traços numéricos, qualitativos e de continuidade ininterrupta juntamente com a permanência no tempo. Destarte, define-se o caráter como “disposições duráveis pelas quais se reconhece uma pessoa”[5]. Ricoeur classifica em duas disposições em referência a problemática da identidade idem e permanência no tempo. De um lado está a disposição adquirida por meio do hábito. O habito constitui “uma significação histórica ao caráter porque transforma a conduta do homem por meio de continuidade de outras ações praticadas no horizonte de uma vida inteira”[6]. Essa história tende a elaborar-se com base na sedimentação de características identificadoras de uma pessoa, ou seja, o hábito confere ao caráter permanência no tempo por meio de aquisição de características que caracterizam o individuo durante um período de tempo. Há um recobramento do idem sobre o ipse.
Além do hábito, outra disposição é o conjunto de “identificações adquiridas”[7]. Isso significa que o indivíduo constrói sua identidade na identificação com “valores, normas, ideais, modelos, heróis”[8]. O indivíduo exterioriza-se compromissado com uma identidade além de si mesmo. A fidelidade a tais valores garante a manutenção idenitária. Moyaert acrescenta: “o caráter é o que faz uma pessoa reconhecível, mas a referência da promessa é sempre o quem”[9]. Ambas as disposições atribuem ao caráter constância que asseguram “a identidade numérica, a identidade qualitativa, a continuidade ininterrupta na mudança, e finalmente, a permanência no tempo que definem a mesmidade”[10]. O caráter, na realidade, distingue o que do quem. Do mesmo modo, nosso foco deve ser centralizado na pergunta concernente ao quem. Por conseguinte, Ricoeur fundamenta outro modelo de permanência no tempo, o modelo da palavra cumprida na fidelidade a palavra da data.
O modelo supracitado constitui-se por meio da fidelidade, constância e manutenção de si diante da palavra da dada. Assim, apesar das mudanças provenientes do tempo, construímo-nos de tal forma que nos mantemos fiel a promessa. É criada uma tensão entre a identidade ipse e idem, entre o caráter e a manutenção de si ante promessa dada, “entre permanência e mudança, continuidade e descontinuidade, ligação e relacionamento, involuntário e escolha”[11]. Ambos os modelos, do caráter e da manutenção de si ante a promessa, abrem, para Ricoeur, uma lacuna de sentido que é preenchida por meio da identidade narrativa, possibilitando uma identidade que faz do si o mesmo e único. A identidade narrativa encontra-se na intersecção entre o idem e ipse, e aproxima ambas as identidades em um processo dialético.
A identidade narrativa pressupõe que se responda à pergunta quem por meio de uma história. A vida é elaborada por meio de narrativas. Na narrativa de uma história deparamo-nos com vivências esperadas e inesperadas, altos e baixos, com encontros prazerosos e inoportunos, experiências de gozo e frustração. A vida é constante processo de inconstância. Aprender a própria narrativa, a própria identidade, é aprender a recontar a própria história. “Estamos sempre no processo de revisão o texto, as narrativas de nossas vidas. Nesse sentido, podemos construir narrativas múltiplas de nós mesmos, contadas de diferentes pontos de vistas”[12]. Outra característica da teoria narrativa é que “esta só servirá de fato de mediação entre a descrição e a prescrição se a ampliação do campo prático e a previsão de considerações éticas estiverem implicadas na própria estrutura do ato de narrar”[13], ou seja, o próprio ato de narrar é eticamente não-neutro.
Isso é na verdade a dialética que discute a constante construção de identidade entre a mesmice e alteração.
Loyalty is associated especially with friendship. The friendship of David and Jonathan (1 Sam 20) is the classic example in the Bible. The book of Proverbs has sayings about a friend who sticks closer than a brother (), who keeps secrets (), who criticizes in the best interest of a person (). A summary of the ideal is the proverb that “what is desirable in a person is loyalty” ( NRSV). In his epistles Paul addresses his “loyal companion,” or “yokefellow” (Phil 4:3), and his “loyal child in the faith” (1 Tim 1:2; ). Judas is the ultimate perversion of the ideal, the disloyal friend par excellence (Mk 14:44–45; Lk 22:47–48).
[2] RICOEUR, 2014, p. 115
[3] RICOEUR, 2014, p. 116
[4] RICOEUR, 2014, p. 118
[5] RICOEUR, 2014, p. 121
[7] RICOEUR, 2014, p. 122
[8] RICOEUR, 2014, p. 122
[9] MOYAERT, 2011, p. 252
[10] RICOEUR, 2014, p. 123
[11] MOYAERT, 2011, p. 253
2.14.1. A palavra comprometimento deriva do termo latino compromissum, que nada mais é que a denominação de um compromisso oriundo de uma obrigação, um contrato ou uma palavra empenhada. Às vezes, um compromisso é uma promessa ou uma declaração de princípios, muito comum nos códigos de ética profissional.
2.14.2. Diz-se que uma pessoa tem o comprometimento com algo quando cumpre as suas obrigações com o que é proposto ou foi confiado. Isso é viver, planejar e reagir com sabedoria para conseguir avançar com um projeto pessoal ou profissional.
[12] RICOEUR, Paul. Figuring the Sacred: Religion, Narrative and Imagination. Transl. David Pellauer. Minneapolis: Fortress, 1995. p. 309.
2.14.3. Para que haja um comprometimento, precisa haver conhecimento. Ou seja, não podemos estar comprometidos a fazer algo se ignorarmos os aspectos deste compromisso, ou seja, as obrigações assumidas. No entanto, considera-se que uma pessoa está realmente comprometida com um projeto quando atua no sentido de atingir as metas acima do que é esperado.
2.14.4. O comprometimento distingue empreendedores de sonhadores. As pessoas não seguem líderes descompromissados. Aquele que deu o melhor de si para sua própria época viveu para todas as épocas. Para o boxeador é levantar-se novamente depois de ir à lona. Para o maratonista é correr mais 10 Km depois que suas forças já se foram. Para o soldado é chegar ao topo de morro sem saber o que o aguarda. Para o missionário é abandonar o próprio conforto para tornar a vida dos outros melhor. Começa no coração, é provado pela ação e abre a porta da conquista.
2.14.5. Façamos como Thomas Edison: anunciava sua meta como se já estivesse conquistada, antes de sair ao seu encontro, para não ter a chance de desistir dela.
Probidade: característica ou particularidade do que é probo. Retidão ou integridade de caráter, honestidade e honradez; e
Lealdade: consideração aos preceitos que dizem respeito à honra, à decência e à honestidade.
4.8.1. Ou seja, a intenção de não enganar seus superiores, pares ou subordinados. Agir com honestidade em qualquer circunstância.
Quais são algumas situações que desafiam a lealdade dentro da OM?
O que significa lealdade dentro do ESD?
A quem/ou ao que é preciso nutrir uma lealdade?
Existe limite para a lealdade?
Existe limite para a lealdade? se sim, quais?
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