Sermão de Prova - Comunhão dos Santos
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Texto: Atos dos Apóstolos 6.1-7
Ora, naquele dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária.
Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas.
Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaresmo deste serviço;
e quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.
O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando lhes impuseram as mãos.
Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdores obedeciam à fé.
Exórdio
Confissão de Fé de Westminster - Capítulo XXVI diz em sua sessão 1 e 2:
Sessão I
Todos os santos que pelo seu Espírito e pela fé estão unidos a Jesus Cristo, seu Cabeça, têm com Ele comunhão nas suas graças, nos seus sofrimentos, na sua morte, na sua ressurreição e na sua glória, e, estando unidos uns aos outros no amor (grifo nosso), participam dos mesmos dons e graças e estão obrigados ao cumprimento dos deveres públicos (grifo nosso) e particulares que contribuem para o seu mútuo proveito, tanto no homem interior como no exterior.
Sessão II
Os santos são, pela sua profissão, obrigados a manter uma santa sociedade e comunhão (grifo nosso) no culto de Deus e na observância de outros serviços espirituais (grifo nosso) que tendam à sua mutua edificação, bem como a socorrer uns aos outros em coisas materiais, segundo as suas respectivas necessidades e meios (grifo nosso); esta comunhão, conforme Deus oferecer ocasião, deve estender-se a todos aqueles que em qualquer lugar, invocam o nome do Senhor Jesus.
Introdução
– Contexto histórico e literário do livro –
O tema central do livro de Atos é o progresso da mensagem do Reino das ruas estreitas de Jerusalém no começo da década de a.D. 30 às colinas abafadas de Roma no verão de a.D. 60. Este livro trata das forças, humanas e sobrenaturais, que permitiram que o Evangelho de Jesus Cristo atingisse o centro do império romano em menos de uma geração.
Atos tem sido dividido de várias maneiras. A mais comum é de acordo com seu suposto verso-chave, Atos 1.8, com uma introdução, a proclamação em Jerusalém, Judeia e Samaria, e no mundo todo. Outros dividem Atos de acordo com seus personagens principais, dedicando a Pedro os primeiros doze capítulos e a Paulo os últimos dezesseis.
Pinto, C. O. C. (2014). Foco & Desenvolvimento no Novo Testamento. (J. C. Martinez, Org.) (2a Edição revisada e atualizada, p. 191). São Paulo: Hagnos.
– Autor - A igreja primitiva da primeira e maior parte do século 2º é silenciosa quanto à autoria de Atos. Em 175 d.C., o Cânon Muratoriano registrou estas palavras: “Entretanto, os Atos de todos os Apóstolos foram escritos em um volume. Lucas o destina ao excelentíssimo Teófilo”. Dessa época, temos o prólogo antimarcionita a Lucas, o qual registra que o próprio Lucas escreveu os Atos dos Apóstolos. Por volta de 185 d.C., Irineu fala em termos semelhantes. No início do século 3º, Clemente de Alexandria, Orígenes e Tertuliano declaram que Lucas é autor tanto do Evangelho quanto de Atos. Consequentemente, a evidência externa é forte e unânime ao declarar Lucas como o autor de Atos.
A tradição revela certos aspectos da vida de Lucas, o que é evidenciado pelo prólogo antimarcionita escrito entre 160 e 180 d.C.:
Lucas é sírio, natural de Antioquia, por profissão um médico. Foi discípulo dos apóstolos e mais tarde acompanhou Paulo até o seu martírio. Serviu ao Senhor sem distrações, sem esposa, sem filhos. À idade de 84 anos adormeceu na Beócia, cheio do Espírito Santo.
Kistemaker, S. (2016). Atos. (É. Mullis & N. B. da Silva, Trads.) (2a edição, Vol. 1, p. 37). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
– Data - A data mais antiga possível para a composição de Atos é 62 d.C., que é o ano da libertação de Paulo da prisão romana e a última referência de tempo em Atos (“dois anos completos” [28.30]). A data final para a escrita desse livro é 96 d.C., pois Clemente de Roma tinha conhecimento de Atos. Portanto, a data da composição reside nesse período de 34 anos. Nesse ponto, os escritos de Lucas são desprovidos de qualquer indicação de que o autor esteja apresentando história em vez de profecia. Se crermos que Jesus disse palavras de genuína profecia acerca de Jerusalém uns 40 anos antes de sua destruição, podemos datar a composição tanto do Evangelho como de Atos para antes de 70 d.C.
Kistemaker, S. (2016). Atos. (É. Mullis & N. B. da Silva, Trads.) (2a edição, Vol. 1, p. 39). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
– Local - Não temos nenhuma indicação de onde Lucas escreveu Atos. Haveria ele já escrito partes antes de acompanhar Paulo em sua viagem a Roma? Pôde manter seus documentos a salvo durante o naufrágio em Malta? Terminou o livro em Roma durante os dois anos da prisão domiciliar de Paulo? Podemos multiplicar as perguntas, porém não podemos dar respostas definidas. Alguns estudiosos apontam Acaia como o possível local da composição de Atos. Outros apontam Roma.
Kistemaker, S. (2016). Atos. (É. Mullis & N. B. da Silva, Trads.) (2a edição, Vol. 1, p. 43). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
– Ocasião - Se o propósito apologético for visto como a razão dominante da composição de Atos, os leitores podem ter sido, como Teófilo, oficiais romanos cuja simpatia Lucas esperava conquistar. Certamente a igreja primitiva precisava obter a visão de que o cristianismo havia de fato rompido as algemas do judaísmo e era agora uma religião universal, graças principalmente à visão e aos esforços do “vaso escolhido” de Deus, o apóstolo Paulo.
Pinto, C. O. C. (2014). Foco & Desenvolvimento no Novo Testamento. (J. C. Martinez, Org.) (2a Edição revisada e atualizada, p. 182). São Paulo: Hagnos.
– Destinatário - O livro foi dedicado, tal como o Evangelho de Lucas, a Teófilo, um indivíduo proeminente, que pode ter patrocinado sua publicação. O Evangelho de Lucas e Atos estão estreitamente relacionados devido à dedicatória desses dois livros a Teófilo (Lc 1.3; At 1.1). Casualmente, o tratamento excelentíssimo Teófilo parece inferir que este pertencia a uma alta classe social (comparem-se 23.26; 24.3; 26.25). E, ainda, o versículo introdutório de Atos (1.1) revela que esse é o segundo volume que Lucas escreveu e uma continuação do primeiro (o Evangelho).
Kistemaker, S. (2016). Atos. (É. Mullis & N. B. da Silva, Trads.) (2a edição, Vol. 1, p. 38). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
- Contexto histórico e literário do livro e da passagem
Pentecostes, o cumprimento da Promessa. A chegada do Espírito capacita as doze testemunhas a lançar com sucesso a mensagem do Reino entre os judeus (2.1–41). Prática. O início da vida da comunidade do Reino - O crescimento da comunidade do Reino é baseado na demonstração do poder divino pelos apóstolos e na qualidade de sua vida comunitária (2.42–47). O progresso da comunidade do Reino em Jerusalém ocorre apesar de obstáculos internos renovados (6.1–6).
• Diferenças culturais dentro da comunidade do Reino geram conflito à medida que as necessidades materiais aumentam (6.1).
• A solução apostólica para o problema é a escolha de homens piedosos que conduzam o ministério social no seio da comunidade do Reino (6.2–6).
• Relatório nº 1 – Jerusalém está permeada com a fé (6.7).
Pinto, C. O. C. (2014). Foco & Desenvolvimento no Novo Testamento. (J. C. Martinez, Org.) (2a Edição revisada e atualizada, p. 191). São Paulo: Hagnos.
- Resumo do texto lido -
O Livro de Atos dos Apóstolos, no Capítulo 6 vem tratando do crescimento, da continuidade desse crescimento à comunidade e as possíveis dificuldades enfrentadas com ele. Logo no primeiro versículo temos o fato da multiplicação no número de discípulos e com ele acompanhara a murmuração de um grupo destes discípulos, os helenista (judeus de fala grega), judeus que voltara para sua terra natal em detrimento com os hebreu (judeus de fala hebraica) que já vivia em Jerusálem, em relação a distribuição diária, pois as viúvas deles estavam sendo esquecidas.
Temos então a convocação de toda a comunidade, para a apresentação da dificuldade em que a liderança tinha para essa tarefa, em detrimento a palavra de Deus. Logo eles trazem uma solução a comunidade dos Santos, que fora ser a escolha de 7 homens com qualidades específicas para suprir ambas as necessidades, tanto na distribuição quanto na dedicação a palavra de Deus pelos apóstolos.
No versículo 5 temos o parecer da congregação. Agradou-lhes essa decisão encontrando 7 homens cheio do Espírito e sabedoria, foram eles: Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. Esses homens fora apresetado aos doze, que lhe outorgaram autoridade para o serviço em oração e imposição de mãos e o resultado desta ação na Comunhão dos Santos, no relato do versículo 7, crescimento da Palavra de Deus, a multiplicação do número dos discípulos.
- O que isso pode nos apresentar para os dias de hoje
O Evangelho de Jesus Cristo tem sido pregado, muitos tem sido alcançados pela pregação do mesmo, com isso há o crescimento na igreja do Senhor. E normalmente o cuidado para com esse novos membros tende a ser negligenciado. Pois assim como os apóstolos que estavam dedicados a palavra e a oração e não podiam servir as mesas, hoje temos a mesma necessidade de estarmos dedicados a exposição clara das Escrituras Sagradas e não poder nos atermos com essas necessidades em que Deus pode levantar homens cheio do Espírito e de sabedoria para os devidos fins.
Tema:
Na Comunhão dos Santos nós vemos:
I A Comunidade e suas dificuldades- v.v. 1,2
II Os apóstolos e as soluções - v.v 3-5
III O resultado, crescimento da Igreja - v.v 6,7
Desenvolvimento/Argumentos
I A Comunidade e suas dificuldades- v.v. 1,2
Duas eram as dificuldades que vemos nestes versículos, uma fora a murmuração do povo e a outra a apelação dos apóstolos a saber:
a) Observar
I.a) A murmuração da comunidade por causa da distribuição diária. v.v 1
Murmuração (At 6.1) do grego γογγυσμὸς - debate secreto; desprazer secreto não declarado abertamente. Porém neste caso vemos Lucas apresentando um desprazer entre a comunidade dos Santos e, esse debate que havia por causa da distribuição entre os helenistas (as viúvas judias de fala grega) e hebreus (as viúvass judias de fala hebraica/aramaico). Na sessão 1 do Capítulo XXVI da Confisão de Westminster, ressalta que […]“estando unidos uns aos outros no amor”[…], o estar unidos em amor, passava por dificuldades.
I.b) A apelação dos apóstolos em relação da palavra de Deus e o servir as mesas v.v 2
Não é razoável, do termo grego, ἀρεστόν - que quer dizer, agradável, apropriado. Os apóstolos convocam a comunidade para apresentar esse argumento à eles em detrimento ao abandono dos ensino das Escrituras, não era apropriado, agradável isso ter que acontecer.
Abandonemos a palavra de Deus, do termo grego, καταλείψαντας - deixar para trás; desistir de, deixar uma pessoa ou coisa a sua própria sorte pelo cessar de cuidá-la; (At 6.2) - vemos então a preocupação dos apóstolos na questão da palavra de Deus. Caso eles viessem servir as mesas, cuidar das distribuição às mesas, iram deixar, como o texto diz, abandonar a palavra a sua própria sorte para o cuidado de outra coisa.
Servir ás mesas, do termo grego, διακονεῖν - atender, oferecer, fornecer alimento; (At 6.2) - os apóstolos entendiam que o servir, atender, fornecer às mesas não poderia ter lugar de prioridade em relação a transmissão da palavra, por ser de responsabilidade deles. Eles tinham uma preocupação com o povo sim, e principalmente com a transmissão da palavra de Deus.
b) Ilustrar
Murmuração - Temos no AT em Êxodo no capítulo 16.7-9, o povo de Israel também murmurando, e no versículo 7, há na parte b uma pergunta, “pois quem somos nós, para que murmuremos contra nós?”, e a comunidade de Atos murmuravam contra eles mesmo, por mais que fossem judeus helênicos ou hebreus, era a comunidade dos cristãos, os discípulos de Jesus.
Servir - na Sessão 2 da Confissão temos: “Os santos são, pela sua profissão, obrigados a manter uma santa sociedade e comunhão (grifo nosso) no culto de Deus e na observância de outros serviços espirituais que tendam à sua mutua edificação” (grifo nosso); essa era a perspectiva dos apóstolos em relação ao cuidado com a palavra de Deus.
c) Aplicar
Quais são as dificuldades que vemos nos dias de hoje em nossa Comunhão dos Santos?
Como líderes do rebanho de Deus, quais dificuldades temos enfrentado?
II Os apóstolos e as soluções - v.v 3-5
Temos aqui duas soluções apresentadas a comunidade e duas atitudes como respostas. A primeira fora, escolhei homens, mas esses homens tinha que cumprir critérios para serem encarregados de tal serviço e aos apóstolos fora a consagração e o ministério da palavra.
a) Observar
II.a) Escolhei sete homens, de boa reputação, cheios do Espírito e sabedoria; v.v 3
Escolhei, do termo grego, ἐπισκέψασθε - procurar por, selecionar alguém para determinado fim. Os apóstolos olham para a comunidade e, dá a função de juntos escolherem, determinar, selecionar homens aptos para o suprir a necessidade que a igreja, a comunidade dos santos tinham.
Boa reputação, do termo grego, μαρτυρουμένους - ser uma testemunha; proferir testemunho honroso, dar testemunho. Com a raíz martireo, a primeira qualidade destes homens é o testemunho, está relacionado a sua vida diária e o seu relacionamento com Deus.
Cheio do Espírito, do termo grego, πλήρεις - cheio, preenchido completo, totalmente permeada com. Além de ser testemunha de Cristo, esses homens teria que ser completos do Espírito de Deus, serem cheios do Espírito de Deus; que sua vida fosse cheia pelo Espírito de Deus, não teveria ter espaço para outra coisa.
Sabedoria, do termo grego, σοφίας - sabedoria, intelegência ampla e completa; conhecimento variado de coisas humanas e divinas, adquirido pela sutileza e experiência e sumarizado em máximas e provérbios. Esses homens, seriam homens experimentados, não homens neófitos, “meninos” em seu ser. Homens sábios para o servir.
Consagraremos, do termo grego, προσκαρτερήσομεν - ser constantemente atento a, dar constante cuidado a algo; estar em constante prontidão para alguém, servir contantemente. Essa fora a solução para os apóstolos. Uma dedicação constante a palavra, a oração, com a preocupação encontrada em deixar a palavra para o servir, é encontrado a solução da dedicação a serem constantes a esse ministério, a esse serviço.
II.b) Nos consagraremos á oração e ao ministério da palavra v.v 4
Nos consagraremos á oração, do termos grego, προσκαρτερήσομεν - devotar-se. perseverar em alguma atividade ou causar com o fim de devoção. O apóstolos foram buscar de Deus, estar em oração em relação a solução apresentada a comunidade dos santos.
Ministério, do termo grego, διακονίᾳ - serviço, ministério; ofício dos apóstolos e sua administração. Vemos a dedicação referida na palavra consagrar a esse ministério, o servir, o ofício dos apóstolos está com a adminitração da palavra, o ensino, o pregar a palavra a comunidade.
II.c) Atitude da comunidade e dos apóstolos v.v 5 e 6
No versículo 5 temos os homens que cumpriram com os critérios estabelecidos, Estevão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
Apresentaram-no perante os apostolos, do termo grego, ἔστησαν - permanecer, ficar de pé com o sentido de trazer na presença dos outro, diante dos membro do Sinédrio. Aqui vemos que a comunidade fez o seu papel, escolheram e trouxeram os homens assim como fora a solução dos apóstolos. E essa confirmação se dá por meio da oração e imposição de mãos.
Orando, impuseram as mãos - A igreja apresenta esses sete homens aos apóstolos que aprovam a escolha por ela feita. Então os apóstolos apresentam esses homens em oração a Deus e buscam a divina aprovação e bênçãos sobre o trabalho que espera os sete administradores. Depois da oração, os apóstolos ordenam esses sete servos, estendendo suas mãos sobre eles.
Kistemaker, S. (2016). Atos. (É. Mullis & N. B. da Silva, Trads.) (2a edição, Vol. 1, p. 289). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
b) Ilustrar
Escolhei homens com aspectos e critérios
Em Atos 1.15 vemos a escolha de Matias, e os critérios à ser atendidos para ocupar o lugar de Judas, e com oração e tendo os critérios sido correspondido, Deus por assim escolhe Matias junto a comunidade dos discípulos.
Vemos na história que a escolha de homens para o serviço em Êxodo com Moisés após o conselho de Jetro, em Êxodo 18.25, homens capazes para ser chefes, para estar a frente e ajudar Moisés no cuidado do povo.
Os apóstolos propõem e a igreja aprova a sugestão deles. A palavra agradou demonstra a harmonia básica entre os apóstolos e a comunidade cristã. A queixa foi retirada e a irritação referente à negligência financeira foi acalmada. Como resultado, a igreja se lança à tarefa de encontrar sete homens capazes. Não se sabe como o povo instituiu e regulou a procura desses homens. Lucas não diz nada sobre lançar sortes (comparar com 1.26), mas o verbo eleger indica que foi uma seleção baseada em regulamentos estipulados pelos apóstolos. Inicialmente, Cristo elegeu os 12 apóstolos (inclusive Matias; veja 1.24), mas a igreja elege os sete homens a quem os apóstolos dão posse.
Kistemaker, S. (2016). Atos. (É. Mullis & N. B. da Silva, Trads.) (2a edição, Vol. 1, p. 288). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
Orando, impuseram as mãos
Desse modo, adotam a prática inaugurada por Moisés na ordenação dos levitas para o serviço especial e na nomeação de Josué como sucessor de Moisés (Nm 8.10; 27.23). Nos tempos do Novo Testamento, não somente os apóstolos aderem ao rito da imposição das mãos a fim de ordenar pessoas qualificadas, mas também a igreja de Antioquia, em obediência, ouve o Espírito Santo e impõe as mãos sobre Barnabé e Paulo (13.2,3; veja ainda 1Tm 5.22).
Kistemaker, S. (2016). Atos. (É. Mullis & N. B. da Silva, Trads.) (2a edição, Vol. 1, p. 289–290). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
c) Aplicar
Como tem sido apresentada as soluções diante da comunidade dos Santos?
Quais têm sido nossas atitudes diante das soluções apresentadas?
III O resultado, crescimento da Igreja - v.v 7
Vemos então que o crescimento se dá com o envolvimento da Comunidade, os apóstolos e a eleição dos Diáconos. O resultado como crescimento da Comunidade dos Santos foi:
a) Observar
III.a) Crescimento da Palavra de Deus v.v 7
Crescia, do termo grego, ἠύξανεν - fazer crescer, aumentar. Essa fora a expressão que o Evangelista usa para o desenvolvimento da palavra de Deus em meio a comunidade. Com a solução empregada, temos o crescimento da palavra dentro da comunhão dos Santos.
III.b) Crescimento no número dos discípulos v.v 7
Multiplicava, do termo grego, ἐπληθύνετο - aumentar, ser aumentado, multiplicar. Vemos que agora não temos mais um número específico e sim que o crescimento tanto era da palavra quando no número dos que passavam a crer e obedecer a fé propagada com os apóstolos.
III.c) Crescimento dos que passaram a oberdecer a fé v.v 7
Sacerdote israelita - uma pessoa que executa os deveres religiosos e cerimônias ao Deus de Israel em nome de outrem.
Obedeciam, do termo grego, ὑπήκουον - ouvir a ordem, obedecer, ser obediente a, submeter-se a. E aqui vemos no relato, que não somente a comunidade, mas os sacerdotes ao ouvirem e participarem desta graça passam a obececer, a submeter-se aos ensinos a fé que era pregada.
fé, do termo grego, πίστει - convicção da verdade de algo, no NT, de uma convicção ou crença que diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e com as coisas divinas, geralmente com a ideia inclusa de confiança e fervor santo nascido da fé e unido com ela. Vemos então que a ação de Deus por meio da Comunhão dos Santos gera em nós essa fé, essa certeza, essa convicção que fora encontrada nos sacerdotes relatada no versículo 7.
b) Ilustrar
Crescimento da palavra e número dos discípulos
Por todo o seu livro, Lucas registra sumários que descrevem o crescimento fenomenal da igreja primitiva. Por exemplo, na conclusão de seu relatório do Pentecoste, ele declara que Deus diariamente acrescentava pessoas aos 3 mil crentes (2.41,46). O texto grego diz literalmente: “a palavra de Deus continuava a aumentar”. Isso não significa que aumentou com o acréscimo de certos livros, mas que o evangelho em si tornou-se parte da vida espiritual do povo. Em outras palavras, o efeito da palavra proclamada tornou-se cada vez mais notável na vida dos habitantes de Jerusalém. Como resultado direto da pregação e do ensino dos apóstolos, que podiam agora dedicar-se à oração e ao ministério da Palavra, mais e mais pessoas criam e se uniam à igreja.
Kistemaker, S. (2016). Atos. (É. Mullis & N. B. da Silva, Trads.) (2a edição, Vol. 1, p. 290). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
c) Aplicar
Como temos percebido o desenvolvimento da nossa comunidade?
O crescimento da palavra tem sido certo em nosso meio?
Até onde temos alcançado com a obediencia a fé?
Conclusão
- Resumo
Somos parte da Comunhão dos Santos, assim como a Confissão de Fé de Westminster relata, que em Cristo Jesus e por meio do seu Santo Espírito - […]“estando unidos uns aos outros no amor, participam dos mesmos dons e graças e estão obrigados ao cumprimento dos deveres públicos"[…]; […]“obrigados a manter uma santa sociedade e comunhão no culto de Deus e na observância de outros serviços espirituais que tendam à sua mutua edificação, bem como a socorrer uns aos outros em coisas materiais, segundo as suas respectivas necessidades e meios”[…]
Assim vemos presentes neste texto o cumprimento destas requisições na comunhão dos Santos na igreja de Atos. Onde identificaram dificuldades e juntos alcançaram as soluções e com isso Deus trouxe um crescimento da palavra e também do número dos discípulos.
- Aplicação Geral
Fazendo parte desta Comunhão dos Santos, necessitamos estar atentos as dificuldades e buscar em oração e consagração as devidas soluções para a comunidade, certos que Deus é quem faz que, sendo elas aplicadas temos um resultado exponencial de crescimento espiritual e quantitativo. Vivamos a comunhão dos Santos e que Deus nos dê a graça de identificar as dificuldades e dar soluções que cooperam para o crescimento Dele em Nós e em sua Igreja.