Sem espada nas mãos

God Of War  •  Sermon  •  Submitted
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SEM ESPADAS NAS MÃOS, QUERO CANÇÃO
Texto – 2 Crônicas 17 – 20
Série – God of war
Tema – Louve ao Senhor em todo o tempo.
INTRODUÇÃO ()
Josafá é um dos reis preferido pelo cronista. Logo que subiu ao trono teve que tomar medidas extremas, pois seu pai Asa, mesmo sendo um bom rei, deixara para o filho um legado de problemas. Josafá foi forçado a tomar medidas de defesa contra o vizinho do norte (Israel), fortalecendo o reino, e conduzindo o povo a uma reforma espiritual, uma vez que Judá estava entregue a idolatria e ao pecado.
Ele foi o primeiro grande rei reformador, e a seu respeito é dito que: “exaltou-se o seu coração em seguir os caminhos do Senhor” (). Esta expressão geralmente é empregada em sentido negativo (ver ; ; , ), mas aqui tem um sentido inteiramente diferente. O coração de Josafá se exaltou em seguir a Deus e Seus caminhos. O rei encontrou satisfação e alegria em sua experiência com Deus. Encorajado pelo senso do favor divino, ele se animou a partir para outras reformas e a animar o povo nos caminhos do Senhor. Seu grande objetivo foi exaltar, não a si mesmo, mas a Deus.
Quando Josafá se estabeleceu no trono ele tinha um povo instruído na palavra e fiel a Deus, juízes comprometido com a justiça e um poderoso exército preparado para enfrentar qualquer inimigo. No tempo de paz, Josafá se preparou para a crise, pois essa é a vida de um cristão, é uma vida de crises, ou você já passou pela crise, está passando ou passará, e pode ser que você viva uma vida toda só na crise, Jesus não dourou a pílula, Ele diz: “No mundo tereis aflições...()”
II – SABENDO UMA COISA E FAZENDO OUTRA (, , , )
Em um momento de fraqueza, Josafá fez aliança com o ímpio rei Acabe e sua mulher Jezabel ao dar seu filho Jeorão como esposo de Atalia. Na guerra siro-efraimita, ao longo do conflito, o reino do norte havia perdido várias de suas cidades para a Síria. Acabe, rei de Israel, decide então resgatar Ramote-Gileade, uma das cidades perdidas. Ele visita Josafá, rei de Judá, no sul, e o convida para participar de seu projeto.
Josafá decide que era necessário, antes, consultar o Senhor. Acabe, porém, temendo o que um profeta de Deus pudesse dizer para desencorajar a aliança, convida 400 de seus profetas, que, ele tinha certeza, seriam favoráveis à empreitada. Josafá não se impressiona muito com o circo criado pelos falsos profetas: “Não há aqui ainda algum profeta do Senhor para o consultarmos?” (). O velho profeta Micaías é levado diante dos dois monarcas.
Então toma lugar o que considero uma demonstração da extraordinária contradição da natureza humana. Os reis perguntam ao profeta do Senhor, preto no branco: Afinal, “iremos […] à peleja ou deixaremos de ir?” (). A resposta, depois de alguns contrapontos, vem como uma clarinada fúnebre: “Vi todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor” (). O veredito do Senhor está em clara oposição à mensagem dos profetas falsos. Josafá. Acabe e seus exércitos tinham um encontro marcado com o desastre, onde Acabe perderia a vida, apesar da tentativa de disfarce.
O paradoxo é que Josafá, o homem que queria ouvir a mensagem de Deus, age como se Ele não tivesse dito nada. Em palavras trágicas, o escritor sagrado registra: “Subiram o rei de Israel e Josafá, rei de Judá, a Ramote-Gileade” (). Josafá dirige-se para uma batalha que ele já sabia estar perdida. Acabe morreu por uma flecha extraviada, e seu sangue foi lambido por cães. Josafá voltou humilhado para ser repreendido por sua rebeldia ().
Qual é nosso verdadeiro problema ao perseguir veredas que já sabemos serem “caminhos de morte”? Incredulidade? Rebelião? Insegurança? Receios? Estaria você, hoje, com os sintomas da “síndrome de Josafá”, pensando em contrariar a luz que já tem sobre determinada questão e, como o rei de Judá, sabendo uma coisa, mas fazendo outra? A história não está do lado da desobediência. Ao desobedecermos voluntariamente, também colheremos os resultados.
III – TEMPO DE CRISE (, )
Quando retornou desta desastrosa empreitada, Josafá foi repreendido pelo profeta Jeú. O rei arrependido buscou a face de Deus que lhe concedeu o perdão. Os últimos anos do reinado de Josafá foram em grande parte gastos no fortalecimento da defesa nacional e espiritual de Judá. Mais uma vez, o rei de Judá, se empenhou em conduzir o povo nos caminhos do Senhor.
Havia anos que Josafá vinha aumentando a força de sua nação, equipando o exército e fortificando cidades (). No tempo de paz Josafá se preparou para a crise. Hoje vivemos uma relativa paz, e muitos estão deixando para se preparar para a crise nos momentos finais deste mundo. Os que estão agindo assim serão submersos em trevas é o que diz Ellen White.(Ler o texto bíblico)
Ellen White afirma que: “Josafá era um homem de coragem e valor. Durante anos, estivera fortalecendo seus exércitos e suas cidades fortificadas. Ele estava bem preparado para enfrentar praticamente qualquer inimigo;” (P.P. pág. 120) Mas, nesse momento de crise, ele e seu povo colocaram a confiança, não em homens, mas em Deus. “Porém, nossos olhos estão postos em Ti.”()
Durante anos Josafá havia ensinado o povo a confiar nAquele que nos séculos passados tinha intervindo tantas vezes para salvar Seus escolhidos de completa destruição; e agora, quando o reino estava em perigo, Josafá não estava sozinho. Deus estava com ele, o povo estava com o rei, Judá enfrentava uma ameaça à própria existência, e os cidadãos fizeram frente a essa ameaça reunindo-se e buscando juntos a ajuda de Deus.
Nós cremos que num futuro não muito distante, os filhos de Deus enfrentarão uma ameaça similar da parte de seus inimigos, e eles também encontrarão conforto e ajuda voltando-se para Deus (; ; ; GC, 619).
IV – AQUIETAI-VOS ( e 17)
O Espírito Santo veio sobre Jaaziel que disse: “Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, senão de Deus... parai, estai em pé e vede a salvação do Senhor para convosco,”( e 17) Estas palavras são quase idênticas às que Moisés empregou no momento da travessia do Mar Vermelho. Dos lados montanhas, atrás faraó, a frente o mar, o povo assustado, com medo, apreensivo, Moisés, no poder de Deus disse ao povo: “Não temais; estai quietos e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará;” (). Como ficar parado Jaaziel? O inimigo está apenas 20 Km de distância. Como ficar quieto Moisés? Estamos cercados, Faraó está vindo e quer nos destruir.
Quem é capaz de aquietar-se quando as coisas andam mal? Como aquietar-se quando se está desempregado? Como aquietar-se quando uma enchente se aproxima, destruindo tudo o que encontra no caminho? Como aquietar-se quando você descobre que sua filha é usuária de drogas? Como aquietar-se quando você acaba de descobrir que seu filho está com leucemia? Como ficar quieto nos momentos de crise?
Porque podemos nos aquietar? O , que é um salmo de confiança também nos diz: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus;”() O salmista começa dizendo: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.”() Note esse pensamento muitas vezes ao longo da Bíblia. Deus nunca prometeu que você estaria isento de momentos difíceis. Sua promessa é que, em meio das tribulações, Ele será seu “refúgio” e “socorro bem presente”. Os salmos afirmam: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo;”()
Deus está conosco. Esse é o motivo por que precisamos aquietar-nos. Enquanto corremos de um lado para o outro, tentando resolver os problemas do nosso modo, não há tempo para ver que “Deus está conosco” que Ele é o nosso refúgio, fortaleza e socorro bem presente. Como no tempo de Moisés, a vitória viria inteiramente de Deus, e os homens seriam testemunhas de Seu grande poder em favor deles. E aqui a vitória seria somente do Senhor, porque Ele também é o Deus da Guerra.
V – LOUVOR ANTES DA VITÓRIA ()
Josafá e o povo renderam graças ao Senhor pela prometida vitória. A batalha ainda não havia começado, mas a promessa do Senhor foi aceita. Deus é honrado quando Seu povo demonstra fé suficiente para Lhe agradecer as bênçãos e vitórias prometidas. Esta foi uma notável demonstração de louvor antes da vitória, e não depois. O povo deu graças a Deus logo que Ele prometeu a vitória. O rei consultou o povo e alguém deu a ousada e brilhante ideia de colocar o coral para ir a frente louvando a majestade deste Deus tremendo.
Enquanto os exércitos de Judá avançavam contra o inimigo, os cantores constituíam a vanguarda, erguendo, não um grito de guerra, mas louvores a Deus. Cantavam em gratidão por uma benção ainda não alcançada. Eu fico imaginando esse momento, quem sabe eu estivesse no meio deste imenso coral. Feche seus olhos agora, imagine que você também é um cantor, está ali com o povo santo, ouviu a mensagem profética, crer na promessa de vitória, marchando rumo ao inimigo, cada passo te leva para mais perto do perigo, mas você tem a fé, a certeza que a batalha não é sua é do Senhor, essa guerra é de Deus, sua função não é carregar uma espada ou um escudo, você tem a obrigação de louvar, ouve se o som do shofar, a trombeta anuncia que chegou o momento de louvar, quem sabem cantaram um hino assim...
Quão grande é o meu Deus
Cantarei quão grande é o meu Deus
E todos hão de ver quão grande é o meu Deus
Com esplendor de um rei
Em majestade e luz
Faz a terra se alegrar, faz a terra se alegrar
Ele é a própria luz
E as trevas vão fugir
Tremer com sua voz, tremer com sua voz
Não era mais uma marcha para a guerra é uma procissão, era uma marcha para Jesus, era uma caminhada da fé. Deus prometeu, eles tomaram posse da benção e Deus os honrou, a vitória foi deles, porque eles reivindicaram a promessa. E o vale da sombra da morte que o povo passava tornou-se Vale da Bênção. Esta é a tradução literal. As versões ACF, ARC, NTLH e NVI traduzem como "vale de Beraca". Josafá deu ao local este nome em comemoração ao notável livramento dos inimigos que Deus concedeu a Seu povo. O que poderia ter sido um vale de morte se tornou um vale de vida, e o que poderia ter sido um lugar de maldição se tornou um lugar de bênção.
CONCLUSÃO
Meus amados irmãos, busquem a face de Deus, através da oração, estudo da Bíblia, do jejum, da meditação, da pregação do evangelho, isso é comunhão com Deus. Entregue se dia-a-dia ao Criador e deixe que Ele resolva seu problemas e desafios. Você não precisa se desesperar diante do drama que está vivendo. Aquiete-se, converse com Deus, conte a Ele tudo o que está acontecendo, diga-Lhe que você não tem forças nem recursos. Veja que Ele está ao seu lado, pronto a entregar-lhe as vitórias que Ele já conseguiu para você. “Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na Terra.”()
Ellen White afirma que: Se mais louvores de Deus tivessem lugar agora, esperança e coragem e fé aumentariam constantemente. E isto não fortaleceria as mãos dos valentes soldados que hoje estão firmes em defesa da verdade? (P.P. pág.123)
APELO
Deus foi a força de Judá nesta crise, Ele é a força de Seu povo hoje. Não devemos confiar em príncipes, ou pôr o homem no lugar de Deus. Devemos lembrar que os seres humanos são falíveis e falhos, e que Aquele que tem todo o poder é nossa forte torre de defesa. Em qualquer emergência devemos sentir que a batalha é de Deus. Seus recursos são ilimitados, e as aparentes impossibilidades farão que a vitória seja ainda maior.
A minha mensagem de hoje é um convite para você separar tempo para Deus, antes de sair correndo por aí. Nesse tempo, a sós com o Criador, você poderá conversar com Ele, ler Suas promessas escritas na Bíblia, meditar nelas. Então, você perceberá que não está sozinho. “Deus está conosco”. E, como disse Paulo: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (). “Aquietai-vos” Para quê? Para “saber que Eu sou Deus”, e para “contemplar as obras do Senhor.” e 8.
REFERÊNCIAS:
NICHOL, Francis D. (editor da versão inglesa), DORNELES. Vanderlei (editor da versão portuguesa), Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 3, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2012. Pág. 264-279
WHITE, Ellen G. Patriarcas e Profetas, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2007.
RODOR, Amim, Encontros com Deus – Meditações diárias, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2014.
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