Atos 2:14-41 - A pregação da comunidade do reino

A mensagem do reino

A auto-avaliação é sempre muito positiva desse modo como igreja contemporânea precisamos nos perguntar quem somos e o que temos feito em nosso dia a dia e nada melhor como comunidade do reino, comparamos com os primeiros cristãos orientados pelos apóstolos de Jesus Cristo.

Quais eram as marcas de sua mensagem? O que fazia dessa mensagem tão poderosa e eficaz? O que podemos aprender para que a nossa mensagem também tenha esse efeito tantos anos depois?

Assim quero destacar “x” marcas que distinguiam a mensagem dos primeiros cristãos e foram poderosamente capacitados pelo Espírito Santo de modo que transformaram a realidade em que viviam em um tempo que a informação não avançava nem de longe com a velocidade que temos hoje.

A primeira marca: “últimos dias” (2:17)

Havia evidente senso de urgência na mensagem cristã do primeiro século. Para os apóstolos não havia dívidas que o reino já havia chegado com a pessoa de Jesus o rei dos reis e junto com a chegada do reino é instaurada a comunidade do reino e os “últimos dias” em que se aguardava a plena manifestação do reino.

Ao citar a profecia de Joel Pedro afirma que chegaram os últimos dias aguardado pelos israelitas desde o antigo testamento. Ele mostra o que se cumpriu ao mesmo tempo que garante que em breve cumprirá o restante pouco antes da volto do cristo (messias, ungido).

Assim essa profecia que fala do glorioso dia do SENHOR afirma que as manifestações iniciais de que os últimos dias chegaram são a garantia da iminência da chegada de sua conclusão.

Por isso, os cristãos no primeiro século a mensagem era fundamental e urgente o cumprimento das profecias do Antigo Testamento se cumpriram e a igreja é a comunidade da Nova Aliança firmada nos últimos dias e a vinda plena do reino é iminente, ou sejam, a qualquer momento.

Valores Eternos

Devemos pregar e aguardar a chegada do reino de Deus a qualquer momento, o senso de urgência é essencial na mensagem cristã

Precisamos não apenas aguardar, mas viver de acordo com essa expectativa

A expectativa da volta do messias é essencial para a mensagem do reino e seu maior fundamento.

A fé e esperança do retorno messias deu poder a mensagem, a comunidade e transformou vidas de um modo nunca visto antes.

Poder e milagres e identificam o messias (2:22)

Os milagres de Jesus eram mais do que uma manifestação do que ele pode fazer ou um meio populista para atrair multidões. Seus milagres o identificavam como o messias aguardado. Ao responder a João Batista ao ser questionado se ele era o messias ou deveriam aguardar a outros a sua respostas em resumo é bem simples. Olhe os milagres que estou realizando! (Mateus 11:4-6)

Interessante que ao contrário do que muitos crentes e descrentes tem tentado enfatizar, Jesus como um grande mestre, filósofo, influenciador ou ético, essa nunca foi a preocupação dos apóstolos e nem da igreja primitiva.

Para os primeiros súditos deste reino que era ali inaugurado, no discurso de Pedro, Jesus era o poderoso messias e seu poder e milagre não eram a garantia do que ele era capaz de fazer ou promessas de benefícios que quem cresse nele teria, muito mais do que isso, fazia parte de sua identidade como o rei messiânico aguardado que inaugurava uma nova aliança entre Deus e os homens nos últimos dias anteriores a manifestação plena de seus reino.

Princípios Eternos

Jesus é o messias aguardado sem dúvida, o seu poder e milagres fazem parte de sua identidade

Não há outra alternativa para o rei desse reino que a qualquer momento se manifestará que não seja Jesus, o cristo, o messias aguardado e que em grande poder e ações revelou quem de fato era.

Jesus é o cumprimento poderoso de uma série de profecias que somente ele cumpriu plenamente contra todas as possibilidades

Pela vontade de Deus o messias morreu e ressuscitou (2.23-24,32)

A morte que geralmente era o fim de qualquer movimento político, ideológico ou religioso se tornou a maior vitória cristã.

A morte de Jesus não foi um imprevisto que os discípulos tiveram que lidar e depois para sobreviver inventaram uma história ou imaginaram coisas. Eles eram testemunhas que pela vontade de Deus Cristo morreu e ressuscitou inaugurando os últimos dias, por isso, a sua ressurreição não foi comum, ele é o primeiro a ressuscitar com o corpo glorificado que teremos em seu reino quando este for inaugurado e sermos plenamente transformados a semelhança de Cristo.

Aqui fica evidente a essência da mensagem cristã não está no que Cristo poderia oferecer, mas naquilo que ele de modo soberano, cumprindo as profecias e sobrenaturalmente ele já fizera. Assim a essência da mensagem cristã era de que Cristo ressuscitou e se ele como as primícias ressuscitou no início dos últimos dias inaugurando uma nova aliança e uma nova comunidade do reino, portanto não há dúvidas de que nós ao se cumprir a plena manifestação do reino a semelhança das primícias seremos ressuscitados e transformados.

A ideia de primícias vem de 1 Coríntios 15.20 no qual Paulo afirma que Cristo é a primícia da ressurreição final. As primícias eram os primeiros frutos de uma colheita, não era muito significativo ou suficiente para o trabalhador, mas garantia que aquela plantação renderia frutos na colheita, visto que as primícias vieram. Nesse sentido se Jesus é as primícias, quer dizer que ele ressuscitou com corpo glorificado nos início dos últimos dias é a garantia que no tempo da colheito, no final dos últimos dias e plena manifestação do seu reino essa ressurreição é garantida.

O poder a morte e a ressurreição de Cristo são o cerne da mensagem Cristã.

Princípios Eternos

A morte não foi uma derrota e nem surpresa, ao contrário, fazia parte do eterno plano redentor para a chegada do reino com a comunidade do reino pregando a mensagem do reino até a sua plena manifestação.

Jesus é o cabeça da igreja e nos o seguimos em tudo . Ele é o cordeiro de Deus que expia nosso pecados, o preço da nossa redenção, o sacrifício que nos propicia e as primícias da grande ressurreição com o corpo glorificado.

Jesus o messias deve ser nosso exemplo de conduta, poder e a nossa grande esperança para o futuro.

A esperança futura no messias deve pautar as nossas decisões da vida presente na expectativa da plena manifestação do reino.

A reação adequada a mensagem do reino é o arrependimento e fé (2.38)

Ao se depararem com a realidade da integridade, poder, morte e ressurreição do Cristo os ouvintes conhecedores da morte de um suposto messias, conhecedores do Antigo Testamento e que naquele momento zombavam dos apóstolos, de alguma forma são transformados e se arrependem de seus pecados.

A resposta adequada a mensagem do reino é o arrependimento e fé no rei que inaugurou este reino e em breve o manifestará plenamente para que seus súditos que se reúnem na comunidade do reino, desfrutem plenamente desse reino e das promessas que se mantém desde a antiga aliança.

Nem todos os ouvintes recebem de bom grado a mensagem, mas aqueles que a receberam imediatamente criam em Cristo como o messias e se arrependeram de seus pecados e tiveram suas vidas e seus valores plenamente transformados por essa comunidade que se reunia aguardando a chegada plena deste reino. (Atos 2.42-47)

Princípios Eternos

Não há salvação sem arrependimento, não precisamos ter medo ao pregar o evangelho

Nem todos os que ouvirem receberão, mas o arrependimento e fé marca aqueles que foram alcançados com a mensagem do reino.

A mensagem bem recebida não é imparcial, ela transforma todas as áreas de nossas vidas e histórias.

Aceitar a mensagem produz mudanças em nossos valores e prioridades

Essa mensagem tem um alcance maior do que somos capazes de prever.

A MENSAGEM DO REINO É URGENTE, PODEROSA E TRANSFORMADORA