Sem título Sermão

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3 Mas que fareis vós outros no dia do castigo, na calamidade que vem de longe?

1 Ai dos que decretam leis injustas, dos que escrevem leis de opressão, 2 para negarem justiça aos pobres, para arrebatarem o direito aos aflitos do meu povo, a fim de despojarem as viúvas e roubarem os órfãos! 3 Mas que fareis vós outros no dia do castigo, na calamidade que vem de longe? A quem recorrereis para obter socorro e onde deixareis a vossa glória? 4 Nada mais vos resta a fazer, senão dobrar-vos entre os prisioneiros e cair entre os mortos. Com tudo isto, não se aparta a sua ira, e a mão dele continua ainda estendida.

Mas o Senhor apenas delegou a seus servos a ocupação de posições, e em breve virá para supervisionar (pāqaḏ) sua administração (cf. ). O que então farão? Como Young nota, para Isaías não é uma questão de “se” o Senhor virá, mas apenas “quando”. Os seres humanos não são auto-existentes. Estão sob a mão de um Criador a quem mais cedo ou mais tarde terão que prestar contas. Agir como se fossem prestar contas somente a si mesmos é debochar da realidade.
Para tais pessoas, o dia da visitação será um dia de desastre, sem socorro e sem refúgio, pois o único refúgio é aquele que traz o desastre (ver Gray). Toda riqueza mal adquirida se perderá quando a devastação varrê-la para bem longe. A posição e poder que os capacitavam a andar de costas para os pobres perderão todo sentido diante do tribunal de Deus.
4. O significado exato do versículo está aberto a discussão por causa das incertezas sobre o significado da primeira palavra, biltî. Não obstante, o sentido geral é bastante claro. Esses grandes homens (e mulheres) que têm enriquecido às expensas dos indefesos sofrerão a mesma sorte como quaisquer outros: aglomerar-se entre os cativos, enfrentar as pilhas de mortos. Diante da ira divina, posição, poder e riquezas não significam nada.
E assim, por todas essas ofensas contra Deus – orgulho, falsa liderança, irmãos devorando a irmãos, opressão contra os pobres – a mão divina continua estendida. Não é o poder esmagador da Assíria que determina o futuro de Efraim e Judá; é seu fracasso em submeter-se a Deus e em viver em concordância com seus princípios. É esse fracasso que os destruirá. Deus está conosco para o bem ou para o mal. Ou viveremos na glória desse fato, ou morreremos colididos contra ele. Os assírios deste mundo não sustentam os pratos da balança: Deus faz isso, e os assírios são pesados com o resto de nós.
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