A obra de Deus por nós
sermão
queda
2 gloria a Deus
Em 10.5–34 se expressa a extraordinária doutrina de que os deuses não estão necessariamente do lado dos vencedores, e que a derrota para nós não é derrota para Deus. Embora essa interpretação tenha sido uma parte da filosofia ocidental da história por seis séculos, nos é ainda difícil traduzi-la com emoção. Como nossos antepassados do antigo Oriente Próximo, instintivamente cremos que os deuses do vencedor é Deus, e que o deus dos derrotados é desmascarado como um charlatão. Contra isso, Isaías visualiza um Deus que não é prisioneiro da história, que não é o ego alterado ou do vitorioso, ou do vencido, mas que guia todos os eventos a um resultado conservando seu próprio plano jubiloso e beneficente. Todos se encontram sob sua mão. Ele não é a possessão nem a manifestação de alguma de suas criaturas. Essa é a doutrina da transcendência, verdade de importância sem paralelo para a vida e a compreensão. Isaías não foi o primeiro a formulá-la (contra a teoria mais antiga da evolução da religião israelita), pois ela está implícita nos primeiros três mandamentos do Decálogo, mas pode ser legítimo dizer que ele foi o primeiro a aplicá-la ao processo histórico de uma maneira consumada.
Estava morto para as coisas de Deus, porque eu existia única e totalmente no que Jesus e os apóstolos chamam de “a carne”.
Estava morto para as coisas de Deus, porque eu existia única e totalmente no que Jesus e os apóstolos chamam de “a carne”.
A frase “nas regiões celestiais” ou, simplesmente, “nos celestiais” (usada no sentido local em 1.20; 2.6; 3.10, e provavelmente também como localidade em 6.12) indica que essas bênçãos espirituais são celestiais em sua origem, e que do céu vieram para os santos e crentes que se acham na terra (cf. 4.8; ver C.N.T. sobre Filipenses 3.20 e sobre Colossenses 3.1).
Porque nossa164 pátria está no céu. Os filipenses consideravam Roma sua terra natal à qual ainda pertencem, em cujos registros tribais se acham arrolados, cujo modo de vestir imitam, cuja linguagem falam, por cujas leis são governados, cuja proteção desfrutam e cujo imperador adoram como seu salvador? Num sentido bem mais sublime e real, esses cristãos, habitantes de Filipos, devem reconhecer que sua pátria ou comunidade tem seu domicílio no céu. Foi o céu que lhes deu a vida, porquanto nasceram do alto. Seus nomes estão inscritos no livro de registro celestial. Suas vidas estão sendo governadas do céu e de acordo com os padrões celestiais. Seus direitos estão assegurados no céu. Seus interesses estão sendo promovidos lá; e eles mesmos, os cidadãos do reino celestial que ainda estão na terra, logo seguirão para lá. Sim, sua herança os aguarda no céu. Suas mansões celestiais já estão preparadas
A consistência requer que os crentes vivam em conformidade com o fato de que foram ressuscitados com Cristo, que não é apenas o Objeto da sua fé (capítulos 1 e 2), mas também a Fonte de sua vida (capítulo 3 e 4). Naturalmente, a linha entre essas duas divisões não é abrupta. Há considerável sobreposição. Existe, no entanto, uma diferença de ênfase.
evidência clara de que o apóstolo considerava Cristo como o próprio fundamento da igreja, isto é, de todos os seus benefícios, de sua plena salvação. E é em conexão com Cristo que os santos e crentes de Éfeso (e de qualquer outro lugar) têm sido abençoados com toda bênção espiritual: eleição, redenção, certificação como filhos e herdeiros e todos os demais benefícios incluídos sob esses títulos. Fora dele não só nada podem fazer, com também nada são, ou seja, espiritualmente nada.