MARCAS DO MINISTÉRIO DE CRISTO

O evangelho TODO, para TODAS as pessoas.   •  Sermon  •  Submitted
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No chamado "prologo" de Atos, Lucas descreve os principais eventos do ministério de Jesus.

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AS MARCAS DO MINISTÉRIO DE CRISTO.

INTRODUÇÃO: Como você resumiria o ministério de Jesus? Quais são as marcas que credenciam seu ministério? Hoje nós vamos conhecer 6 marcas do ministério de Jesus.
I. AÇÃO (V.1).
O Ministério de Jesus foi e é caracterizado pela ação. Os verbos usados por Lucas nos mostram algo que Jesus deu início no passado “começou”, o que? “A fazer” e “ensinar”. Aliás, Inácio de Antioquia, um dos pais da igreja, escreveu aos Efésios dizendo o seguinte: “ É bom ensinar, se aquele que fala, faz”, este é Jesus. Esses verbos no verso 1 estão no presente do indicativo, revelando que hoje ele ainda faz e ensina. “Começou a fazer e ensinar”, se refere ao Evangelho de Lucas - ao conteúdo do Evangelho de Lucas. Lucas deixa subentendido que o relato de Atos é uma continuação do que Jesus disse e fez no livro que leva o seu nome. Indica claramente que Jesus continuou a trabalhar pelo seu povo. Atos nos diz uma coisa interessante sobre a Igreja: Cristo continua trabalhando por nós. O verbo fazer é mencionado 630 vezes no NT, só Lucas menciona 73 vezes em Atos, mostrando que está acontecendo o movimento do Evangelho de Jerusalém até o coração de Roma. HDL comentando esse texto afirma que “Jesus fez e falou em vez de falar e fazer, suas palavras foram autentificadas por suas obras, e suas obras foram o penhor de suas palavras”. A ênfase no fazer, desvia o ensino de uma compreensão racionalista errada, seu ensino não estava divorciado da prática - e aprendemos muito com isto.
Aplicação: O ministério de Jesus não é inócuo, vazio e parado. Nosso senhor não está crucificado em uma cruz imóvel. Ele está agindo. Jesus fez coisas, modelou, criou e formou. Lucas fala das obras que Jesus realizou por nós. Jesus continua a trabalhar pelo seu povo ainda hoje ( Jo 5. 17). É Jesus quem está intercedendo por você ( Rm 8. 34). Nós estamos nas mãos de Cristo ( Jo 10. 28). Nos primeiros 11 versículos do capitulo 1 de Atos, Jesus é o sujeito predominante. Ele está agindo em sua Igreja hoje. Ele está salvando, Ele está curando, Ele está libertando, Ele está guiando.
II. INSTRUÇÃO ( V.2)
Vimos no verso 1, que além de fazer, Jesus também ensinava. Quando lemos sobre o ministério de Jesus, nós notamos uma coisa muito interessante, sobre o tripé do seu ministério ( Mt 4 .23). Pregação, ensino e cura. E dessas 3 coisas, o que Jesus mais fazia era ensinar! Perceba a importância que Lucas deu à instrução: “Jesus deu mandamentos aos apóstolos”. Jesus instruiu os 11 discípulos a fazerem discípulos em todas as nações, ensinando-os a “guardarem todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mt 28.20).Durante o período de 40 dias entre a sua ressurreição e a sua ascensão, Jesus mais uma vez instruiu seus discípulos no ensino do Evangelho. Desse modo, Ele os preparou para a grande tarefa que os aguardava depois do Pentecostes. Jesus ensinou os apóstolos e os apóstolos ensinaram a Igreja ( Atos 2. 42). Os ensinamentos que Jesus transmitia, era por intermédio do Espirito Santo, o Espírito é a causa instrumental do aprendizado da Igreja.
Aplicação: Há uma coisa que me preocupa em nossas igrejas. Nós estamos perdendo o interesse pela instrução. Muitas das nossas EBDs estão na sala de UTI. Muitos dos nossos cultos de doutrina estão falidos. Mesmo em igrejas reformadas, percebemos um esvaziamento de conteúdo. Não podemos perder a ênfase no discipulado, na instrução, no aprendizado. Há no evangelicalismo moderno um certo analfabetismo bíblico e doutrinário e me permitam citar aqui o filosofo Luiz Felipe Pondé: “ parte da teologia contemporânea é responsável pela atual falta de repertório, na medida que em que ensina uma salada de profetismo iluminista e marxismo espiritual, em detrimento da riqueza teológica de autores como Agostinho e Lutero”. Crentes que não sabem dá a razão da sua fé. É o Espírito Santo quem dá instruções a nós e por isto o ensino é tão importante (Jo 14. 26).
III. ELEIÇÃO (V.2).
A ideia do texto é que Jesus escolheu para o seu próprio benefício, esses 11 apóstolos. O texto grego deixa claro que Jesus deu mandamentos pelo Espirito Santo e escolheu os apóstolos pelo Espirito Santo. Atos menciona muitas vezes a eleição divina. Primeiramente Jesus elegeu os apóstolos ( Atos 1.2), em Atos 1. 24 nos diz que Deus escolheu Matias no lugar de Judas, Em Atos 9. 15 Deus diz a Ananias que Paulo é um vaso escolhido, em Atos 13. 17 nos diz que Deus elegeu os patriarcas, em Atos 13. 48
informa que creram os que estavam destinados para a vida eterna, em Atos 15, 7
Pedro afirma que foi eleito para ser apostolo dos gentios. Que Deus escolheu quem ele salvaria é um tema comum nas Escrituras. O decreto eterno de Deus é todo abrangente, e a salvação também vem de acordo com seu próprio propósito gracioso. A Bíblia diz que Jesus passou à noite em oração: “E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos” (
Lc 6.13). Escolher significa escolher dentre um grupo. Jesus não orou por aqueles que ele iria escolher, mas orou pelos escolhidos. Jesus mesmo havia dito: “não escolhi eu em número de doze”? ( Jo. 6. 70). Os apóstolos foram chamados para a salvação, mas também para uma vocação no mundo, que era a pregação do evangelho.
Aplicação: Nós precisamos resgatar na igreja o sentido de vocação. A eleição está associada também à nossa vocação no mundo. Jesus diz: “eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis frutos e o vosso fruto permanece” ( Jo 15.16). Pedro testifica da nossa vocação afirmando: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, afim de programardes as virtudes daquele que voz chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pd 2. 9). Você foi chamado por Deus, você tem uma missão para cumprir aqui na terra.
IV. CRUCIFICAÇÃO ( V.3).
Lucas toca rapidamente no tema do sofrimento de Jesus. A palavra que Lucas usa nesse texto, significa sofrer com algo que vem de fora. É uma palavra que é usada constantemente para o sofrimento de Cristo, Jesus havia dito aos discípulos: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento” ( Lc 22. 15). “Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?” ( Lc 24. 26). No seu sermão em Tessalônica, Paulo pregou sobre os sofrimentos de Cristo expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos; e este, dizia ele, é o Cristo, Jesus, que eu vos anuncio (Atos 17. 3). Significa literalmente sofrer a morte. E o apóstolo Pedro disse: “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos” (1Pe 2.21).
Aplicação: O padecimento de Cristo, sua oração no Getsêmani, seus algozes que cuspiram no seu rosto, seu discípulo escolhido que o traiu, sua rejeição da multidão que preferiram que soltassem um marginal chamado Barrabás, sua dor emocional (abandonado pelos seus amigos) sua dor moral ( acusado como um malfeitor) sua dor física ( os pregos, a coroa e espinhos e a cruz) sua dor espiritual ( abandonado pelo Pai), mostram como foi este sofrimento. Este sofrimento foi por você: “vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem” ( Hb 2.9).
V. RESSURREIÇÃO ( V. 3).
É maravilhosa essa expressão: “se apresentou vivo” (V.3). Após ressuscitar, durante 40 adias, Jesus apareceu aos apóstolos e discípulos. Lucas mostra a razoabilidade do cristianismo. Há provas de que Jesus ressuscitou.
1. Mulheres no túmulo (Mt 28.9,10)
2. Maria Madalena (Mc 16.9–11; Jo 20.11–18)
3. Dois homens de Emaús (Mc 16.12; Lc 24.13–32)
4. Pedro em Jerusalém (Lc 24.34; 1Co 15.5)
5. Dez discípulos (Lc 24.36–43; Jo 20.19–23)
6. Onze discípulos (Jo 20.24–29; 1Co 15.5)
7. Sete discípulos pescando no Mar da Galileia (Jo 21.1–23)
8. Onze discípulos na Galileia (Mt 28.16–20; Mc 16.14–18)
9. Quinhentas pessoas (presumivelmente na Galileia; 1Co 15.6)
10. Tiago, o irmão do Senhor (1Co 15.7)
Aplicação: Quando Jesus morreu, os discípulos ficaram amedrontados, com medo do que podia acontecer agora, fico imaginando como estava o coração daqueles homens, parecia que tudo havia se perdido. Era um domingo como este, um dia extremamente triste, há um silencio sepulcral, ninguém se atreve a dizer nada, os semblantes decaídos e os olhares distantes são de luto, 11 homens haviam deixado tudo para seguir seu mestre, parecia que eles tinham perdido tudo, a vida perdeu o sentido, havia uma profunda decepção e ilusão…João continua minha história: “Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!” ( Jo 20. 19). Eles não acreditaram! Ele está vivo! Ele está vivo! A casa é tomada por uma alegria indizível Jesus Ressuscitou! Ele ressuscitou. Ele está vivo e falei com ele hoje.
Siddhartha Gautama, o buda está no morto e não ressuscitou, Confúcio morreu e não ressuscitou, Maomé, o profeta do Islamismo morreu e não ressuscitou, Zoroastro morreu e não ressuscitou - nosso Senhor Morreu e ressuscitou “ o Primogênito dos mortos” ( Ap 1 5).
VI. ASCENSÃO (V.2).
Depois de concretizar sua obra, Jesus “foi elevado às alturas”. Perceba uma coisa precisa nesse texto. Jesus não foi ao Céus sozinho, ele foi levado. Por quem? Pelo Pai. O último aparecimento de Jesus ocorreu quando ele ascendeu ao Céus, partindo do Monte das Oliveiras próximo a Jerusalém (v. 9 - 11). Imagine a festa nos céus! ( Sl 24!)
Aplicação. Um dia, nós também seremos levados aos Céus ( 1 Ts 4. 16 ,17)
CONCLUSÃO:
São esses sinais que nos levam a adorar a Jesus e servi-lo, confiando em sua graça e no seu amor.
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