A gloriosa ira de Deus

Os Atributos de Deus  •  Sermon  •  Submitted
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O sermão tem o intuito de demonstrar como a ira de Deus é um atributo necessário para que o próprio Deus seja coerente. Não há como desvincular a bondade e a ira, ambas são faces necessárias para que ELOHIM seja perfeito. O grande ponto é a santidade e a repulsa ao pecado.

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A gloriosa ira de Deus

Introdução: Pensemos no caso de um Juiz que tem sob a sua competência julgar um homem que matou e queimou sua família inteira, sendo este um réu confesso e com provas que não deixem margem para dúvida. Qual deve ser o sentimento natural que flui tanto da sociedade em geral como do próprio juiz que está julgando o caso? A resposta é: IRA. Ira contra a maldade e a impiedade que quebram a paz social. No direito penal, por exemplo, existe uma doutrina que aborda a questão da prevenção geral positiva da pena está se refere a um sentimento da sociedade de segurança que dá força a norma jurídica e demonstra sua eficácia. Ou seja, quando um indivíduo é punido pelo seu crime, o sentimento que se dá é de que a justiça foi feita. Deste modo, um juiz justo deve buscar tomar medidas que reforcem a força do Estado e da segurança que ele provê. A analogia com Deus é semelhante e demonstra algumas condicionantes que estão relacionadas com esse sentimento. É preciso reiterar que ao falar de sentimentos de Deus estamos falando de uma antropopatia, que é a atribuição à Deus de ações, sentimentos ou qualidades humanas.
A ira demonstra o pecado do povo () () () "A ira de Deus é a sua repulsa contra o mal, seu desagrado estabelecido com o pecado e os pecadores." (Lane, 2018) É inegável que Deus não ficaria irado se o pecado não tivesse adentrado no mundo, visto que Ele só se ira porque há uma quebra na comunhão com sua criatura. Entretanto, o que é um sentimento natural para nós, para Deus é algo estranho (), visto que o Senhor é naturalmente paciente () (), e demonstrou isso com o próprio povo de Israel.
A ira de Deus é a sua repulsa contra o mal, seu desagrado estabelecido com o pecado e os pecadores.
A ira demonstra a justiça de Deus () () Assim, por outro lado, a ira demonstra sua face de justiça e a unicidade de seu poder
A ira demonstra a santidade de Deus ( ) É preciso ressaltar que a ira de Deus é fruto de sua santidade "posta em ação contra o pecado" (PINK, 1985). Deus se ira em inumeros momentos com o povo judeu pois a idolatria os corrompia e os afastava dEle. O fato é que as trevas não podem pactuar com a luz, tanto é que no momento em que Jesus tinha sobre ele todos os nossos pecados Deus o abandonou e a terra se fez escuridão. () Nesse sentido, se Deus não se irasse com essa condição de impiedade do homem, Ele estaria em conflito com sua própria santidade.
A ira demonstra a justiça de Deus () () Assim, por outro lado, a ira demonstra sua face de justiça e a unicidade de seu poder. "Como poderia Aquele que só tem prazer no que é santo ficar indiferente ao pecado e negar-Se a manifestar a Sua severidade? ()" (PINK, 1985) O sentimento de impunidade sem dúvidas é bastante prejudicial tanto para um Estado, quanto para um povo. Assim, qual seria a diferença do cristão para o não cristão se Deus deixasse impune todos os pecadores?
Conclusão: Precisamos meditar na ira de Deus para que isso gere em nós temor e tremor, para que nossos corações se sintam impelidos à santidade e que nossas mentes batalhem sempre para que o pecado esteja distante de nós. Conversei com algumas pessoas que negaram a força do Antigo Testamento justamente por causa dessa face supostamente "obscura" de Deus, mas o fato é que essas pessoas não conseguem compreender a necessidade da manifestação desse atributo. Mas o fato é que não devemos ter medo de Deus! Jesus Cristo já reteu sobre si toda a ira do Pai que deveria vir sobre nós.
Referências:
Lane, T. (2018). Ira de Deus. In B. Ellis, M. Ward, & J. Parks (Orgs.), Sumário de Teologia Lexham. Bellingham, WA: Lexham Press.
Pink, A. W. (1985). Os atributos de Deus. Tradução de Odayr Olivetti. Ed. Bíble Truth Depot.
Pink, A. W. (1985). Os atributos de Deus. Tradução de Odayr Olivetti
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