2 Pe 1.1-2 | IPVM no Lar
Exposição 2 de Pedro • Sermon • Submitted
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· 27 viewsTodo o conteúdo desse estudo, foi extraído do Comentário Epistolas de Pedro e Judas, da Cultura Cristã. Aqui você encontra um breve resumo de 2Pe 1.1-2
Notes
Transcript
2 de Pedro - Cap. 1
2 de Pedro - Cap. 1
Propósito de 2 Pedro
Pedro dirige duas epístolas aos cristãos da Ásia Menor.
Ele completa sua obra literária ao redigir uma segunda epístola, na qual adverte os crentes sobre os perigos dos falsos mestres que se infiltraram nas comunidades cristãs.
A segunda epístola tem três partes distintas:
Uma exortação aos crentes para que cresçam espiritualmente (capítulo 1),
Instruções a eles para que se oponham às doutrinas e ao estilo de vida desses falsos mestres (capítulo 2)
Ensinamentos que os preparam para o fim do mundo, o julgamento e o dia do Senhor (capítulo 3).
Pedro entende que seu fim está próximo e resolve deixar algumas orientações aos seus leitores.
Conteúdo teológico
É uma carta altamente teológica e prática.
Divindade de Cristo / Escatológica (nenhuma outra carta fala com tanta clareza desse fim - destruídos céu e terra pelo fogo) / responsabilidade humana na doutrina da eleição - cultivo das virtudes cristãs / Entra também numa passagem muito controversa, que é utilizada para afirmar que o cristão pode cair da graça/ (SERÁ?!?!)
Versículo 1
Versículo 1
2Pe 1.1 Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo,
Saudações
Saudações
"Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo..."
Das 22 vezes que João menciona o apóstolo, 17 delas são na forma dupla e as outras 5 vezes o apresentam como Simão.
Destinatários
Destinatários
"...aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, ..."
Neste caso, Pedro não está interessado no lugar, mas nos bens espirituais que os leitores têm em comum com o apóstolo.
Em primeiro lugar, consideremos o significado do verbo grego receber.
Ele sugere que alguém obtém alguma coisa lançando a sorte (ver Lc 1.9; Jo 19.24) ou pela vontade de Deus (consultar o texto grego de At 1.17).
Pedro usa esse verbo para indicar que o homem recebe de Deus a sua fé de acordo com a vontade de Deus. Ele lembra seus leitores de que a fé não tem origem neles mesmos, mas é um dom de Deus.
Em segundo lugar, como devemos entender o termo fé?
A fé, que os leitores e Pedro têm em comum, pode ser objetiva ou subjetiva.
A objetiva se refere ao conjunto de verdades cristãs formulado, por exemplo, na forma de um credo.
A fé subjetiva é a confiança que o crente deposita em Deus.
O contexto, porém, aponta para um significado subjetivo:
em primeiro lugar, porque Deus concede a fé subjetiva e,
em segundo lugar, porque o contexto da fé subjetiva está intimamente ligado ao conceito de justiça. Deus confere justiça ao crente. Rm 5.1 "Justificados pois mediante a fé, temos paz com Deus..."
Os conceitos de justiça e fé estão intimamente ligados nas Escrituras, especialmente nas epístolas de Paulo, “visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé” (Rm 1.17).
Em terceiro lugar, Pedro observa que os destinatários de sua carta compartilham com ele da mesma fé: “Àqueles que… receberam uma fé tão preciosa quanto a nossa”.
Ele enfatiza a igualdade, e com essa escolha de palavras parece indicar sua auto-definição pouco pretensiosa.
Na comunidade cristã, cada crente recebe a mesma dádiva preciosa da fé que vem de Deus.
Pedro usa o plural nosso no texto para demonstrar que a fé dos apóstolos é a mesma que a dos leitores. Em outras palavras, os apóstolos encontram-se no mesmo nível espiritual que todos os outros cristãos.
A palavra nosso não deve ser interpretada como uma referência à distinção entre cristãos judeus e cristãos gentios, pois a epístola não apóia tal distinção.
O final desse versículo, Pedro novamente atribui a Cristo, um papel na trindade Santa, quando ele afirma "... nosso Deus e Salvador Jesus Cristo,"
Não é uma atribuição a Deus Pai e Deus Filho, é sim mais uma reafirmação na divindade de Cristo. Que é tanto Deus, como Salvador
O grego também nos ajuda a entender isso:
quando um artigo definido “liga dois substantivos do mesmo caso”, está relacionado à mesma pessoa. Em pelo menos quatro ocasiões, Pedro aplica esta regra quando escreve a combinação Senhor e Salvador (1.11; 2.20; 3.2,18).
Versículo 2
Versículo 2
2 graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor.Estamos partindo do ponto de vista que foi mesmo o apóstolo Pedro que escreve esta carta.
As palavras graça e paz são parte de uma estrutura fixa que ocorre em várias epístolas.
Nas duas cartas de Pedro, ela aparece acompanhada de "graça e paz vos sejam multiplicadas".
De que maneira multiplicamos graça e paz?
Não somos capazes de compreender como qualidades abstratas podem ser aumentadas em número.
O verbo grego está na voz passiva, que aparece na forma de desejo.
A oração de Pedro é que Deus nos envie uma quantidade cada vez maior tanto de graça quanto de paz.
A paz flui da graça - Os conceitos de graça e paz são como dois lados da mesma moeda.
Pedro acrescenta a frase “no pleno conhecimento de Deus e de Jesus”.
Para PEDRO o conhecimento não é simplesmente uma habilidade de recitar fatos, mas uma experiência que promove comunhão.
O crente que recebe a graça e a paz de Deus experimenta esses dons através de uma íntima comunhão com Deus (ver vs. 3,8; 2.20,21).
Aumentando o seu conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, ele reconhece que a graça e a paz são multiplicadas para ele.
No momento que estamos vivendo, se você quiser paz e graça, conheça a Deus.
Aumentar o conhecimento a cerca de Jesus é a principal preocupação de Pedro ao escrever sua epístola.
Ele pede aos cristãos que aumentem seu conhecimento pessoal de Jesus Cristo, seu Senhor e Salvador.
Começa sua epístola com um desejo em forma de oração por graça e paz através do conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, e a conclui com uma exortação:
“cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (3.18). Quiasmo.
Conclusão
Conclusão
Fé, Graça e Paz