2 Pe 1.16-18 | IPVM no Lar

Exposição 2 de Pedro  •  Sermon  •  Submitted
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Todo o conteúdo desse estudo, foi extraído do Comentário Epistolas de Pedro e Judas, da Cultura Cristã. Aqui você encontra um breve resumo de 2Pe 1.16-21

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2 Pe 1.16-18 | IPVM no Lar

16 Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade,
17 pois ele recebeu, da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
18 Ora, esta voz, vinda do c céu, nós a ouvimos quando estávamos com ele no monte santo.

1. A vinda de Cristo

16 Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade,
Nesse versículo, Pedro apresenta sua mensagem, primeiro, através de uma negação e, depois, em termos positivos, revelando a condição privilegiada de seu testemunho ocular.
a. “Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.
A palavra grega vinda não significa o nascimento de Jesus, mas sua volta à terra.
No Novo Testamento, o termo vinda nunca é usado para descrever a primeira vinda de Jesus, mas sempre a segunda.
Assim, relacionamos este termo à volta de Cristo e vemos esta vinda como uma revelação do poder de Jesus no último dia.
b. Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas,”.
O termo fábula, no grego, é o mesmo que “mito”.
De acordo com Pedro, os falsos mestres estão ensinando aos membros da igreja “heresias destruidoras” (2.1) e “palavras fictícias” (2.3).
Esses mestres negam a base histórica da mensagem do evangelho e, em seu lugar, apresentam seus próprios mitos.
O que é um mito? Trata-se de uma história formulada pelo homem para expressar seus próprios desejos sem qualquer referência à realidade.
Pelo fato de ter um enfoque antropocêntrico, o mito é desprovido de poder redentivo.
As Escrituras, pelo contrário, são originadas de Deus. A Bíblia é divinamente inspirada, tem suas raízes na história e é inquestionavelmente verídica. Por fim, a mensagem do evangelho redime o ser humano do pecado e glorifica a Deus.
Em sua epístola, Pedro não explica o conteúdo dessas fábulas, mas lembra aos crentes o conteúdo do evangelho. Para identificar o falso, basta conhecer o verdadeiro.
c. “mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade, ”.
Nessa oração, a ênfase está na expressão testemunhas oculares.
No grego, o termo aparece apenas uma vez no Novo Testamento além de Pedro.
Na literatura helenista, é usada para homens que, depois de sua iniciação, tinham permissão de conhecer os mistérios de uma seita. A expressão no versículo 16, porém, não depende desse uso helenista, pois o contexto histórico enfatiza que os três apóstolos foram observadores. O relato da transfiguração não tem nada a ver com as seitas de mistério dos gregos. Os apóstolos foram testemunhas oculares da majestade de Jesus.

2. A glória de Cristo

17  "pois ele recebeu, da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”.
a. “pois ele recebeu, ..., honra e glória”.
Pedro declara que a pregação dos apóstolos é absolutamente confiável, pois eles falam como testemunhas oculares da pessoa e das palavras de Jesus Cristo.
Viram pessoalmente a glória e honra de Jesus do dia do seu batismo até sua ascensão.
Essa é uma referência à ocasião em que Jesus foi transfigurado num monte alto e falou com Moisés e Elias, enquanto Pedro, Tiago e João observavam (Mt 17.1–8).
Mateus 17.1–8 RA
1 Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João e os levou, em particular, a um alto monte. 2 E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. 3 E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. 4 Então, disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias. 5 Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. 6 Ouvindo-a os discípulos, caíram de bruços, tomados de grande medo. 7 Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos e não temais! 8 Então, eles, levantando os olhos, a ninguém viram, senão Jesus.
Quando Jesus foi transfigurado, “o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz”.
Ele recebeu honra quando uma voz do céu disse: “Este é o meu filho amado, em quem me comprazo: a ele ouvi” (v. 5).
Mesmo tendo em vista que a honra e a glória estão intimamente ligadas, podemos fazer distinção entre ambas.
A glória é uma qualidade que pertence a Deus e é compartilhada por Cristo.
A honra é o reconhecimento de alguém que chegou a determinada posição através de seu trabalho e realizações.
A glória é externa e visível, mas a honra é abstrata e desconhecida até que seja revelada. Jesus foi transfigurado em glória celeste e reconhecido honrosamente por Deus o Pai.
b. “da parte de Deus Pai”.
Em sua primeira epístola, Pedro introduz a Trindade no começo de sua carta e menciona Deus o Pai duas vezes (1.2,3; ver também v. 17).
Em sua segunda carta, Pedro coloca a expressão Deus o Pai no contexto da transfiguração.
Nessa cena, “a glória de Cristo está inseparavelmente ligada à glória de Deus”, e a união entre Pai e Filho é expressa de modo audível.
c. “quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz:”.
Pedro revela suas origens hebraicas quando fala com deferência sobre a Glória Majestosa para evitar usar o nome de Deus (Sl 145.5).
d. “ Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. ”.
Qual é o significado dessa proclamação divina?
Em primeiro lugar, Deus o Pai revela que Jesus é seu Filho. Se reconhecemos Jesus como Filho de Deus, como aquele que foi enviado pelo Pai, temos vida eterna (Jo 17.3; 1Jo 4.15).
Em segundo lugar, Deus qualifica sua declaração acrescentando o adjetivo “amado”.
Por meio de seu Filho Jesus Cristo, Deus o Pai nos ama.
DENTIDADE E VOCAÇÃO

3. Os companheiros de Cristo

18 Ora, esta voz, vinda do céu, nós a ouvimos quando estávamos com ele no monte santo.
a. “Ora, esta voz, ... nós a ouvimos”.
Pedro coloca o pronome no plural para indicar que ele não foi o único que testemunhou a transfiguração de Jesus.
b. “quando estávamos com ele”.
Pedro lembra aos seus leitores que o personagem principal da transfiguração é Jesus.
Os apóstolos são testemunhas de sua glorificação, pois, como Pedro indica, “estávamos com ele”.
Foram testemunhas oculares de um acontecimento que ficou marcado em sua memória. Pedro e seus companheiros apóstolos estavam com Jesus.
c. “no monte santo.”.
Na mente de Pedro, o monte onde Jesus foi transfigurado tornou-se santo, pois Deus estava lá.
Mais uma vez, esta é uma expressão tipicamente judaica. Mateus chama Jerusalém de “cidade santa” (Mt 4.5; 27.53), e, no Antigo Testamento, a expressão comum monte santo se refere ao monte Sião (ver, por exemplo, Sl 87.1; Is 11.9; 56.7).
Com isso não estamos dizendo que o monte da transfiguração é o monte Sião.
Na verdade, a igreja nunca foi capaz de identificar o lugar da transfiguração.
A localização exata não é o que importa. Para Pedro, o que vem ao caso é que a revelação da glória de Deus transformou o monte em lugar santo para os apóstolos que testemunharam o acontecimento.
Considerações doutrinárias em 1.16–18
De todas as lembranças sobre o ministério de Jesus, por que Pedro escolheu revelar a cena da transfiguração nessa epístola?
A transfiguração de Jesus dá a Pedro o conhecimento de que, por meio de Jesus Cristo, a entrada no reino eterno de Deus “será amplamente suprida” (v. 11).
Ao invés de relatar uma porção de detalhes desse acontecimento memorável, Pedro enfatiza seus pontos principais:
o poder e a vinda de Jesus Cristo,
a honra e a glória celestes dadas a Jesus e sua confirmação por Deus, o Pai.
Como testemunhas humanas, foi permitido aos apóstolos um rápido olhar do céu no qual Jesus governa com poder, honra e glória, e onde é o Filho de Deus que recebe o amor e a aprovação do Pai.
Pedro escolhe concentrar-se na transfiguração para mostrar que pode atestar pessoalmente sobre a veracidade dos ensinamentos de Cristo.
Ele afirma que a gloriosa entrada no reino de Cristo aguarda os crentes e que todos devem “[procurar] com diligência cada vez maior, confirmar a [sua] vocação e eleição.
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