O início da Igreja
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Introdução:
· Atos é o primeiro livro da história da igreja cristã. Registra a caminhada da igreja de Jerusalém a Roma.
· Embora o nome de Lucas não apareça explicitamente em Atos, há um consenso praticamente unânime de que ele foi seu autor.
· Tanto o Evangelho de Lucas como Atos foram endereçados à mesma pessoa, ou seja, Teófilo.
· Possivelmente, era um homem rico, membro da nobreza romana ou alguém que ocupava alto posto no governo romano.
· Atos demonstra como o evangelho tinha em mira os gentios, e não apenas os judeus.
· Este livro não tem conclusão, porque a história da igreja continua.
· Cabe a nós a tarefa de continuar a levar o evangelho até aos confins da terra.
· Nos sete capítulos iniciais de Atos, vemos o avanço da igreja em Jerusalém e toda Judeia.
· No capítulo 8, o evangelho chega a Samaria. E a partir do capítulo 9, avança para os confins da terra.
· Mais da metade do livro dedica-se a narrar as viagens missionárias de Paulo e descrever o avanço do cristianismo pelo império romano.
· Embora seja chamado de Atos dos Apóstolos, Lucas enfatiza especialmente o ministério de Pedro e Paulo.
· A primeira metade do livro destaca o ministério de Pedro, e a outra metade se debruça sobre o ministério de Paulo.
Desenvolvimento:
· Nessa jornada, os apóstolos enfrentaram implacável perseguição dos judeus.
· Aqueles que deveriam ser os maiores promotores da fé cristã assumiram a posição de seus maiores inimigos.
· Os judeus foram sempre os grandes opositores do evangelho.
· Algumas verdades essenciais destes versos:
Cristo é o centro do livro
· O livro de Atos não coloca os apóstolos no centro do palco, mas o Senhor Jesus. É ele quem fala e faz.
· Os homens de Deus são apenas instrumentos.
· O poder que transforma vidas não vem do homem, mas de Deus.
Como a igreja cresce?
· Atos é um manual sobre o crescimento saudável da igreja.
· Vivemos num tempo de busca desenfreada pelo crescimento numérico da igreja.
· No entanto, muitos se perdem nessa corrida.
· Buscam as fórmulas do pragmatismo em vez de recorrer aos princípios emanados do livro de Atos.
· Uma igreja saudável cresce naturalmente.
· Quando a igreja vive a doutrina apostólica, Deus acrescenta a ela, diariamente, os que vão sendo salvos.
· Se quisermos vê-la crescer, não devemos começar com os manuais modernos.
· Devemos retornar ao livro de Atos e nele buscar os princípios que levaram a igreja de Jerusalém a Roma em poucas décadas.
· Ainda hoje, vemos muitas igrejas zelosas da doutrina, mas sem piedade nenhuma.
· Outras cheias de entusiasmo, mas vazias de doutrina.
A pesquisa não anula a assistência do Espírito.
Lc 1:3-4: “igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem, para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído”.
· Lucas foi um historiador e um acurado pesquisador. O relato de Atos é fruto tanto de pesquisa quanto de testemunho ocular.
Cristo ensinava o que fazia
· At 1:1 “Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar”.
· O ministério de Jesus foi marcado pela ação e pelo ensino.
· Não foi doutrina sem dever, nem credo sem conduta. Jesus praticou o que pregou.
Jesus mesmo escolheu os Apóstolos.
· Todos os apóstolos (os doze, Matias e Paulo) não se autonomearam, nem foram indicados por um ser humano, um sínodo ou uma igreja, mas foram escolhidos.
A morte e ressurreição são fatos
· At 1:3 “A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis”.
· Tanto a morte de Cristo como sua ressurreição foram fatos públicos e verificáveis.
· Sua ressurreição foi um fato histórico irrefutável.
· Ainda hoje os céticos tentam negar essa verdade central do cristianismo.
· Há dez aparições de Jesus narradas nos evangelhos e em 1Coríntios:
· A Maria ( Mc 16.9 - 11 ; Jo 20.14 - 28 ) ; às mulheres ( Mt 28.9,10 ) ; aos dois discípulos no caminho de Emaús ( Mc 16.12,13 ; Lc 24.13 - 22 ) ; a Pedro ( Lc 24.34 ) ; aos dez discípulos ( Mc 16.14 ; Lc 24.36,43 ; Jo 20.19 - 23 ) ; aos discípulos e Tomé com eles ( Jo 20.26 - 29 ), a sete discípulos no mar da Galileia ( Jo 21.1 - 24 ) ; aos onze discípulos na montanha da Galileia ( Mt 28.16 - 20 ; Mc 16.15 - 18 ) ; a Tiago ( 1Co 15.7 ) ; a Paulo ( 1Co 15.8 ).
O local da morte seria o local da vitória
· At 1:4 “E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai”.
· Essa espera deveria ser, com obediência irrestrita. Eles não poderiam ausentar-se de Jerusalém.
· O lugar do fracasso haveria de ser o território da vitória.
· O mesmo lugar onde Cristo foi humilhado, ali deveria também ser exaltado.
O batismo com o Espírito Santo
· At 1:5 “Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias”.
· O batismo com o Espírito Santo tem gerado discussões acaloradas.
· Muitos estudiosos acreditam que o batismo com o Espírito é uma experiência distinta da conversão.
· Outros defendem que sua evidência é o falar em outras línguas.
· A verdade, porém, é que o batismo com o Espírito se dá na conversão.
A natureza do reino
· At 1:6-7 “Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade”.
· Os discípulos ainda nutriam uma expectativa de que o reino se limitasse ao governo terreno de Israel.
· Jesus corrigiu essas falsas noções a respeito da natureza, extensão e chegada do reino.
Poder para testemunhar
· At 1:8 “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra”.
· Jesus redireciona os olhos dos discípulos para a ação missionária.
· Em vez de conhecer tempos ou épocas, eles seriam revestidos com poder.
· Esse poder é dado para que a igreja seja testemunha de Cristo até aos confins da terra.
· Conhecemos o termo “testemunha” do linguajar jurídico.
· Num processo judicial são interrogadas testemunhas.
· Não lhes cabe externar sua opinião em relatar seus pensamentos.
· Uma testemunha é alguém que relata o que viu e ouviu.
· É alguém que está pronto a dar sua própria vida para testificar o que viu e ouviu.
· Para que os discípulos precisariam do revestimento de poder?
1. Para sair do campo da especulação para o terreno da ação.
2. Para perdoar. As antigas barreiras raciais, culturais e religiosas que os separavam dos samaritanos deveriam ser quebradas.
· O mapa traçado por Jesus incluía Samaria.
· Onde o evangelho chega, os muros de inimizade são derrubados.
· O poder do Espírito capacita a igreja a amar até mesmo seus inimigos.
3. Para pregar até aos confins da terra. Os horizontes são ampliados. Os limites dilatados.
4. Para morrer. A palavra testemunha significa “mártir”.
A ascensão de Cristo, o selo da sua vitória (1.9-11)
· A ascensão de Cristo foi o selo da sua vitória sobre o pecado, o mundo, o diabo e a morte.
· Sua ascensão foi visível, vitoriosa e gloriosa.
· Essa subida pública, visível e gloriosa era uma mensagem eloquente da obra consumada de Cristo.
Ele voltará pessoalmente (1.10,11)
· Com frequência demasiada, permanecemos com os olhos voltados para o céu e esquecemos que fomos postos na terra a fim de cumprir uma missão.
· Não é hora de ficar olhando com saudades ou admiração enquanto Jesus se afasta.
· Tão logo vier o Espírito, começará o grande trabalho em Jerusalém.
· Jesus voltou para o céu triunfantemente, e os discípulos voltaram para Jerusalém alegremente ( Lc 24.52 ) .
Temos que orar (1.14a)
· “Todos estes perseveravam unânimes em oração …”
· Aqueles 120 irmãos reunidos no cenáculo não estavam mais, como os apóstolos, trancados com medo dos judeus, porém aguardavam o revestimento de poder.
· O grupo estava perseverante na oração até que todos foram revestidos de poder.
· É na medida em que a igreja ora que ela recebe o Espírito.
· Todos os avivamentos na história foram precedidos por oração. É grande a igreja que ora!
· Os céus se fendem e Deus derrama seu Espírito!
Conclusão:
· Na verdade, não se trata de Atos dos Apóstolos, mas a ação do Espírito Santo.
· O Espírito Santo continua agindo ainda hoje na sua igreja.
· Talvez não da mesma maneira, mas continua agindo.
· Não são mais os Apóstolos que são usados, mas eu e você.
· Precisamos orar, buscar e agir com todo vigor.
· Essa tarefa agora é nossa.