Faz primeiro pra mim

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O Cenário da época não era diferente do que vivemos hoje, haviam duas situações extremas que estão sendo abordadas nessa passagem, FOME e MORTE, duas situações das quais todos na época estavam sujeitos. A nação havia entrado em juízo divino e não quero aqui fazer nenhuma ilação e associar tudo o que estamos vivendo como um prenúncio do juízo divino sobre a Terra. Evidentemente sabemos que nada foge do controle absoluto de Deus e Deus não poderia ser surpreendido pela pandemia atual e se pessoas estão morrendo aos montes no mundo é essa a vontade de Deus, mas vamos ver qual o contexto da época pra entendermos qual a relevância que essa palavra tem para as nossas vidas.

Notes
Transcript

Faz primeiro pra mim

8 Então, lhe veio a palavra do SENHOR, dizendo: 9 Dispõe-te, e vai a Sarepta, que pertence a Sidom, e demora-te ali, onde ordenei a uma mulher viúva que te dê comida. 10 Então, ele se levantou e se foi a Sarepta; chegando à porta da cidade, estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, uma vasilha de água para eu beber. 11 Indo ela a buscá-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me também um bocado de pão na tua mão. 12 Porém ela respondeu: Tão certo como vive o SENHOR, teu Deus, nada tenho cozido; há somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou preparar esse resto de comida para mim e para o meu filho; comê-lo-emos e morreremos. 13 Elias lhe disse: Não temas; vai e faze o que disseste; mas primeiro faze dele para mim um bolo pequeno e traze-mo aqui fora; depois, farás para ti mesma e para teu filho. 14 Porque assim diz o SENHOR, Deus de Israel: A farinha da tua panela não se acabará, e o azeite da tua botija não faltará, até ao dia em que o SENHOR fizer chover sobre a terra. 15 Foi ela e fez segundo a palavra de Elias; assim, comeram ele, ela e a sua casa muitos dias. 16 Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou, segundo a palavra do SENHOR, por intermédio de Elias.

17 Depois disto, adoeceu o filho da mulher, da dona da casa, e a sua doença se agravou tanto, que ele morreu. 18 Então, disse ela a Elias: Que fiz eu, ó homem de Deus? Vieste a mim para trazeres à memória a minha iniquidade e matares o meu filho? 19 Ele lhe disse: Dá-me o teu filho; tomou-o dos braços dela, e o levou para cima, ao quarto, onde ele mesmo se hospedava, e o deitou em sua cama; 20 então, clamou ao SENHOR e disse: Ó SENHOR, meu Deus, também até a esta viúva, com quem me hospedo, afligiste, matando-lhe o filho? 21 E, estendendo-se três vezes sobre o menino, clamou ao SENHOR e disse: Ó SENHOR, meu Deus, rogo-te que faças a alma deste menino tornar a entrar nele. 22 O SENHOR atendeu à voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu. 23 Elias tomou o menino, e o trouxe do quarto à casa, e o deu a sua mãe, e lhe disse: Vê, teu filho vive. 24 Então, a mulher disse a Elias: Nisto conheço agora que tu és homem de Deus e que a palavra do SENHOR na tua boca é verdade.

O Cenário da época não era diferente do que vivemos hoje, haviam duas situações extremas que estão sendo abordadas nessa passagem, FOME e MORTE, duas situações das quais todos na época estavam sujeitos. A nação havia entrado em juízo divino e não quero aqui fazer nenhuma ilação e associar tudo o que estamos vivendo como um prenúncio do juízo divino sobre a Terra. Evidentemente sabemos que nada foge do controle absoluto de Deus e Deus não poderia ser surpreendido pela pandemia atual e se pessoas estão morrendo aos montes no mundo é essa a vontade de Deus, mas vamos ver qual o contexto da época pra entendermos qual a relevância que essa palavra tem para as nossas vidas.
Foco & Desenvolvimento no Antigo Testamento (Nova Edição) Parte II - A Monarquia Dividida (1Rs 12–2Rs 17)

O reinado de Acabe sobre Israel [874–853 a.C.] inaugura um período de conflito religioso entre o baalismo e o culto a Javé e de conflitos territoriais entre as monarquias aliadas e Aram [Síria] (16.29–22.40).

1. A subida de Acabe ao trono marcou o início do baalismo como a religião da corte em Israel (16.29–34).

2. Elias aparece como profeta vencedor de Javé contra o baalismo e a corrupção espiritual em Israel (17.1–19.21).

● Elias prediz uma seca mandada por Deus para convencer Israel de que Ele, e não Baal, é o verdadeiro Deus (17.1–18.19).

⁃ Elias prediz a seca (17.1).

⁃ Elias é sustentado de forma miraculosa durante a seca como prova do poder de Javé (17.2–16).

● Pássaros impuros o alimentam (17.2–7).

● Pessoas impuras o sustentam (17.8–16).

A política e ações de Acabe e Jezabel tinham como objetivo promover Baal como a divindade nacional de Israel em lugar de Yahweh. A disputa da qual Elias sai vencedor diz respeito a qual divindade é rei - qual é a mais poderosa. Baal é o deus da tempestade e dos relâmpagos e é o responsável pela fertilidade da terra. Ao reter a chuva, Yahweh está demonstrando o poder de seu senhorio na área específica da natureza em que Baal supostamente dominaria. Dar esse aviso de antemão a Acabe é o meio pelo qual o senhorio e o poder de Yahweh estão sendo retratados. Se Baal é o provedor da chuva e Yahweh anuncia que irá contê-la, a disputa está em andamento.
A distância entre O Ribeiro de Querite e Sarepta eram 140km aproximadamente
uma pequena cidade fenícia, agora Surafend, a cerca de um quilômetro da costa, quase a meio caminho na estrada entre Tiro e Sidon. Aqui Elias permaneceu com uma viúva pobre durante a “grande fome”, quando o “céu foi fechado três anos e seis meses” (Lucas 4:26; 1 Reis 17:10). É chamado Sarepta no Novo Testamento (Lucas 4:26).
v. 9 Deus havia ordenado que Elias saísse de Querite e fosse pra Sarepta e ordenou a uma viúva que o sustentasse, porém não avisou a viúva.
v. 10 Numa sociedade sujeita a guerras e conflitos, era comum encontrar viúvas. Visto que elas não tinham direito a herança, a lei lhes garantia condições de vida especiais, permitindo que respigassem em campos ceifeiro e ofereecendo proteção para que não fossem oprimidas. Elas necessitavam do respaldo da lei porque eram incapazes de se proteger e geralmente dependiam de caridade para sobreviver. Com base nas afirmaçõs dos prólogos dos Códigos de Ur-Nammu e de Hamurabi, fica claro que os reis consideravam parte de seu papel enquanto “sábios governantes”proteger os direitos dos pobres, das viúvas e dos órfãos.

Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus no seu lugar santo. 6 Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca.

Então, virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão, para que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em toda a obra das tuas mãos, que fizeres

Na prática real, a sorte da viúva parece ter sido muito difícil nos tempos bíblicos. Ela passou a ter cuidado especial do tribunal baseado na tese de que o próprio Deus é o protetor especial de viúvias. Deus exerce justiça para com a viúva garantindo que ela seja provida com comida e roupas. (Dt 10.18) “que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e vestes.”. Por outro lado, Deus amaldiçoou qualquer um que pervertesse a justiça devida a uma viúva. (Dt 27.19) “Maldito aquele que perverter o direito do estrangeiro, do órfão e da viúva. E todo o povo dirá: Amém!”. Devem ficar disponíveis uvas, grãos e azeitonas para a viúva respigar. (Dt 24.19) “Quando, no teu campo, segares a messe e, nele, esqueceres um feixe de espigas, não voltarás a tomá-lo; para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva será; para que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em toda obra das tuas mãos.”
Um detalhe importante deste versículo é que ela estava trabalhando, mesmo em tempos de crise não podemos parar. Deus chama ocupados, em toda a Bíblia sagrada Deus nunca chamou um desocupado para algum projeto no Reino. Não saber o que Deus quer de você não é desculpa pra não fazer. Palavra de Moises e Arão e Ur em meio a batalha. Ex 17 . 11-13
11 E acontecia que, quando Moisés levantava a sua mão, Israel prevalecia: mas quando ele abaixava a sua mão, Amaleque prevalecia.
12 Porém as mãos de Moisés eram pesadas, por isso tomaram uma pedra, e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre ela: e Aarão e Hur sustentaram as suas mãos, um duma banda, e o outro da outra; assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pôs.
13 E assim Josué desfez a Amaleque, e a seu povo, ao fio da espada.
v.10,11 o pedido do profeta poderia ser considerado modesto em circunstâncias normais dentro da prática comum de hospitalidade. Entretanto em um período de seca e fome como este, serviu apenas para expor a crise pessoal que assolava a todos.
v. 12 a mulher se refere ao Deus isralita, Yahweh sem evidenciar uma crença pessoal nele.
v.14 Cereais e azeites eram os dois principais produtos de exportação da cidade de Sarepta. O fato de haver escassez deles é um indício do quanto a seca estava sendo rigorosa. Eles também eram itens básicos para a sobrevivência. A disputa entre Yahweh e Baal continua à medida que Yahweh e Baal que Yahweh demonstra ser capaz de prover sustento para o “povo de Baal”, no “território de Baal”, com a mesma facilidade que é capaz de sustentar seu próprio povo e reter o sustento de quem ele desejar.
v.18 Os profetas eram muitas vezes considerados perigosos e conviver com um deles representava um risco considerável. Os deuses podiam ser cruéis algozes com a mesma frequência que podiam ser benfeitores generosos. Além disso, se o profeta fosse ofendido ou ficasse irado por alguma coisa, mesmo que pequena, e num momento de descontrole, proferisse algum tipo de maldição, inevitavelmente ela se cumpriria. A mulher presume que a morte de seu filho é castigo por causa de alguma suposta ofensa (ainda que desconhecida) que teria chamado a atenção da divindade por causa da presença do profeta ali. Até então ela havia se beneficiado da presença de Elias, mas agora avalia que o custo era alto demais.
CONCLUSÃO
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