A palavra de Cristo acalma tempestades
Notes
Transcript
Uma noite abordo (v.35-36)
Uma noite abordo (v.35-36)
V. 35 - Naquele dia o Senhor teve um longo dia de trabalho árduo na região da Galileia e certamente estava cansado como relata o (v. 8). O cansaço era normal, uma vez que Cristo não era apenas plenamente divino, mas também plenamente humano. No entanto, mesmo depois dia um dia trabalhoso ensinando, Cristo disse que passaria para outra margem.
Passar para outra margem não significava apenas um passeio, apenas com a finalidade de descansar, ou sair de perto daquela multidão que o seguia. "Passar para outra margem" é uma referência direta ao capítulo 5 que refere-se a terra dos gerasenos. Jesus estava na Galiléia, e agora iria para o território Decápolis, uma região que tinha forte dominio pagão. Percebemos isso logo que Jesus chega na terra dos gerasenos, um homem possesso de espírito imundo (5.2). Com isso, observamos que Marcos demonstra que o poder de Jesus Cristo não tinha fronteiras geográficas.
V. 36 - No versículo seguinte os discípulos se dispedem daquela multidão que arrodeava Cristo. Multidão essa que vinha seguindo Jesus Cristo desde a Galiléia, e que a partir de agora iriam se maravilhar com os milagres de Cristo.
Com Cristo abordo, eles partiram (e o fato de terem levado Jesus com eles, não muda o fato de que Jesus é quem tomou a iniciativa como vemos no texto). No entanto, mesmo que toda aquela multidão tivesse sido dispensada pelos discípulos, outros barcos continuavam seguindo o barco em que o filho Deus estava. Não era sem razão, pois eles haviam visto tudo aquilo que Cristo lhes dissera por meio de parábolas e estavam admirados.
Uma temporal furioso (37-38b)
Uma temporal furioso (37-38b)
V. 37 - No versículo 37 e 38 parte b. nós observamos que uma forte tempestade de vento levantou-se contra o barco e o arremessava, de modo que o mesmo já estava comecando a se encher de água. O motivivo dessa tempestade ventuosa era o seguinte fato:
O mar da Galiléia ( um lago) fica cerca de 200 m. abaixo do nível do mar, possuindo aproximadamente 19 km de comprimento por 10 km de largura. Ao Sul há um vale rochoso conhecido como como Ghor. O vento que se afunila através das montanhas ao redor e do vale ao sul podem causar repentinas tempestades no mar, aumentando suas ondas agressivamente.
Diante desse fato histórico, nós conseguimos entender o motivo do barco estar sendo arremessado pelas ondas. E o sentido da palavra arremessar no grego é de um arremesso violento e agressivo.
V. 38.a - No entanto, no versículo 38, Jesus estava estava dormindo na popa, ou em outras palavras, na parte trazeira do barco (ou navio) com a sua cabeça num travisseiro. Como já disse, Jesus estava dormindo normalmente, pois o seu dia havia sido cansativo (natureza humana de Cristo). Porém, o seu descanso foi interrompido pelos discípulos que o acordaram e disseram palavras que demonstram uma fagulha de incredulidade.
Um clamor desesperado (38.b)
Um clamor desesperado (38.b)
V. 38.b - Ou seja, o que de fato eles queriam dizer é: significamos tão pouco assim para o Senhor? A morte está batendo a nossa porta e o Senhor está dormindo? O senhor não se importa conosco? Essas foram as palavras dos discípulos a Jesus. Porém, precisamos nos colocar no lugar dos discípulos, pois de igual modo, nós também ficamos aterrorizados por muito menso. Por mais que eles estivessem aterrorizados,
a expressão está misurada com confiança. É claro que essa fé era pequena como o próprio Cristo disse em outra ocasião, mas precisamos recordar que até mesmo uma pequena fé pode ter esperança da purificação e do crescimento.
Um milhare impressionante (V.39)
Um milhare impressionante (V.39)
V. 39 - No versículo 39 o Senhor Jesus acorda e realiza o milagre repreendendo. Essa expressão no grego tem sentido de uma forte desaprovação da parte de Jesus, ou seja, autoridade e poder de Cristo sobre o vento quando disse: Acalma-te, emudece! Acalmar significa ser livre de ruído e emudecer é tido como de um focinho ou boca de um animal tornando-se equipado com um dispositivo para impedir de abrir deixando o mesmo silencioso.
Diante dessa desaprovação de Jesus, o vento se aquietou, ou num sentido mais profundo: tornou-se insignificante e grande bonança se fez, uma mar repleto de calmaria cuja calma vem do poder e da autoridade de Jesus sobre a natureza, bem como todas as demais coisas.
Uma reprovação amorosa (V. 40)
Uma reprovação amorosa (V. 40)
V. 40 - No versículo 40, Jesus reprova amorosamente a atitude dos discípulos perguntando o motivo pelo qual ele demonstravam falta de coragem, bem como um questionamento sobre a convicção que eles tinha de fé, ou como disse Mateus, da pequena fé que eles tinham. Embora essa repreensão seja interpretada de uma maneira rígida, isso não deixa de ser verdade. No entanto, Jesus não apenas reprova, mas reprova amorosamente como Pai que ama os seus filhos. Jesus haveria de dar uma resposta para Pedro (por exemplo) mesmo depois de ele tê-lo negado três vezes e praguejado contra o Senhor. Essa resposta foi amorosa: Tu me amas? Pedro responde diferentemente de antes dizendo: Tu sabes todas as coisa Senhor.
O questionamento de Jesus foi devido a tudo aquilos que os discípulos tinham ouvido e visto, contudo, eles se esqueceram de quem estava no barco e ficaram aterrorizados demonstrando que ainda não tinham fé. Esse foi o questionamento de Cristo.
Um efeito profundo (V.41.a)
Um efeito profundo (V.41.a)
V. 41.a - No versículo 41 parte a, os discípulos diante de tudo que Jesus tinha revelado de si mesmo, mas principalmente, o seu poder e a sua autoridade que havia manifestado, esses homens temeram com grande temor. E a palavra temor aqui tem o sentido de medo e reverência, pois ao mesmo que sentiram medo, reverenciaram Jesus porque somente ele com a sua natureza divina poderia governar o vento que arremessa as ondas no barco.
V. 41.b - Eis o questionamento deles: Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem? Primeiramente nós vemos um questionamento de homens impressionados com o poder e a majestade do Senhor. Em segundo lugar, nós vemos no grego que o vento e o mar se submeteram a palavra de Jesus como autoridade divina, o próprio Deus.
Conclusão
Conclusão
No primiero ponto vimos uma embarcação noturna depois de muito trabalho, Jesus pede aos discípulos que o levassem com eles. Em seguida, um temporal furioso seguido de uma atitude, um clamor desesperador; No quarto ponto Jesus Cristo realiza o milagre impressionante por meio da sua palavra poderosa e repreende amorosamente os seus; Depois, os discípulos ficaram cheios de temor, impressionados com o Senhorio e a majestade de Jesus. O fato deles terem ficado atemorizados num bom sentido, reflete o efeito profundo daquilo que Cristo que fazia.