Romanos 15

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Capítulo 1

Paulo escreveu esta epístola aos crentes romanos. Ele é apóstolo de Jesus Cristo e devedor a todos a fim de que deve lhes pregar o evangelho. O evangelho é o poder de Deus para salvação de todos que crêem; todavia, do céu a ira de Deus se manifesta sobre todo pecado dos homens, porque embora a própria criação revele o eterno poder e divindade de Deus, os homens detêm esta verdade em injustiça, sem glorificar a Deus nem dar-lhe graças. Deus, portanto, os entregou a desejos pecaminosos e paixões infames; ou seja, deixou-lhes seguir este caminho até seu próprio fim. O resultado era e é grande idolatria e imoralidade neles por causa dos pecados vergonhosos que cometem. Eles conhecem o juízo de Deus, sabendo que são dignos de morte, mas ainda cometem pecado e, além disso, consentem aos que o cometem. (Isso é ilustrado graficamente em Êxodo 32.)
“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a Salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé” (Rm 1.16-17)

Capítulo 2

Deus não considerará nem a religião nem a nacionalidade do homem, mas justamente julgará cada um segundo as suas obras, revelando, pela sua consciência, que rejeitou a revelação de Deus na natureza, sendo entregue aos seus desejos pecaminosos. Os judeus confiavam na sua possessão da lei de Deus, especificamente o rito da circuncisão; porém, Paulo enfatiza que a justificação não vem por possuir a lei, mas por praticá-la. Por fim, ser aceito por Deus não vem da religião (ser circuncidado fisicamente) nem da nacionalidade (ser filho biológico de Abraão), mas sim, de um coração obediente. Paulo, então, explica que a verdadeira circuncisão é a do coração.
“12 Porque todos os que sem lei pecaram sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram pela lei serão julgados”

Capítulo 3

Os judeus não compreenderam que podem ser condenados ainda que fossem circuncidados fisicamente na aliança velhotestamentária. Quanto a eles, essa aliança deu-lhes a sua vantagem sobre os gentios. Eles, portanto, duvidavam da pregação de Paulo. Paulo explica ainda que a vantagem do judeu sobre os gentios é muita, em toda maneira, porque lhes foi dada a Palavra de Deus. O judeu tinha toda oportunidade de conhecer a vontade de Deus e obedecê-la. O problema, porém, é que não obedeceram e Paulo cita as próprias Escrituras judaicas para demonstrar que até Elas declaram que todo o mundo é pecaminoso e destituído é da glória de Deus. Não há justiça inerente no judeu, mas só no Filho de Deus, Jesus. Alguém é, portanto, justificado dos seus pecados somente por crer em Jesus, e não por confiar na sua possessão da lei ou na sua circuncisão.

Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, 24 sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus

Capítulo 4

Abraão é considerado o pai dos judeus (o povo de Deus), mas nem ele foi justificado pelas obras. O Velho Testamento diz que creu em Deus, e isso (sua fé) lhe foi imputado como justiça. Davi, o maior rei de Israel, enfatizava que quanto ao nosso pecado, somente o homem cujo pecado não é lhe imputado é abençoado. Deus enfatizou que essa justificação não tinha nada a ver com a lei (especificamente a circuncisão), porque a deu para Abraão enquanto incircunciso. Abraão, portanto, deve ser considerado primeiramente o pai de todos os que crêem.

Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça

Capítulo 5

A lei revela o pecado do homem. Sabemos então que desde o primeiro homem, Adão, todos pecaram. Deus, porém, com grande amor, enviou seu Filho, Jesus para morrer por nós para pagar a dívida do pecado. Todo aquele que crê em Jesus tem paz com Deus, tem entrada a graça de Deus, glória nas tribulações conhecendo o seu fim e não perderá esta salvação porque a graça de Deus reina superabundantemente além dos limites do seu pecado.

Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.

Capítulo 6

O salvo morreu com Cristo e com Ele ressuscitou. Sua vida anterior, aquela vida pecaminosa, é uma vergonha. Era escravidão. Quando foi batizado, identificou-se com a morte e a ressurreição de Jesus e não serve mais o pecado. Agora, o salvo anda em novidade de vida. A graça de Deus, portanto, não leva o salvo a continuar no pecado. Aquele que se entrega ao pecado se torna servo do pecado. O salvo, porém, está liberto do pecado, tendo sido feito servo de Deus. O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo Jesus nosso Senhor.

Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante? 2 De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?

Capítulo 7

A lei condena o pecador. O crente, porém, morreu com Cristo, e isto o libertou da condenação da lei. O propósito da lei, portanto, não é levar o homem à obediência, mas revelar a desobediência de seu coração. A lei, na verdade, até mesmo provoca as paixões pecaminosas do coração humano, pois o homem obviamente, é excessivamente maligno. A lei serve, então, como um professor, ensinando o homem do seu pecado. Na verdade, a lei revela uma outra lei, a que revela que o homem pecará de fato. Paulo explica que por essa outra lei, mesmo quando quer obedecer, ele se encontra desobedecendo. O próprio corpo do homem é perverso e o homem é miserável. O único que pode livrar o homem dessa lei do pecado é Jesus Cristo nosso Senhor.

Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço. 20 Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim

Capítulo 8

Naturalmente o homem se inclina ao pecado que leva à morte. Quando crê em Jesus o Espírito Santo habita nele e o leva a não andar segundo a carne. Antes disso, o homem, pela carne, não consegue obedecer a lei toda. A carne é inimizade contra Deus. É importantíssimo então ter o Espírito Santo, porque só por Ele alguém vive espiritualmente. Agora, o crente, tendo o Espírito Santo, também é filho de Deus e co-herdeiro de Cristo. Um dia, a glória de Deus nos crentes há de ser revelada e será além da nossa imaginação. O crente pode saber que o Espírito Santo o ajuda nas suas orações e até intercede por ele. Também, o crente pode saber que é a eterna vontade de Deus conformar o crente à imagem de Jesus, então nada pode ser verdadeiramente contra o crente. O crente é mais do que vencedor por Jesus e nada o separará do amor do seu Salvador.

31 Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? 32 Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas

Capítulo 9

Israel é o povo de Deus. Paulo era israelita e se entristeceu que o seu povo tinha rejeitado o Filho de Deus. Ele explica que tal rejeição não nega as promessas que Deus deu aos israelitas. Isso deveria ter sido reconhecido por Israel, pois nem todos os que vieram de Abraão fazem parte do grupo prometido, porque dos filhos dele, a promessa foi dada somente a Isaque e depois só a Jacó. Sabendo, então, que por ser Israelita alguém não faz parte do povo de Deus automaticamente, entendemos que é possível um gentio fazer parte do povo de Deus também, e o próprio Velho Testamento ja ensinava isso. Todavia, Deus, em sua soberania, não deixou 100% do povo de Israel desviar-se. Ainda existia um remanescente (do qual Paulo fazia parte). Em conclusão, ambos os judeus e os gentios podem alcançar a justiça pela fé, mas se o judeu continuar a buscar a justiça pela lei, não terá a justiça de Cristo. Jesus lhe será uma pedra de tropeço.

Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. 16 Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.

Capítulo 10

A religiosidade de Israel não o salvou. Eles procuraram estabelecer a sua própria justiça, enquanto a única justiça que serve vem de Jesus, e é recebida só por fé nEle. É necessário, então, enviar missionários aos perdidos para que possam ouvir o evangelho e crer em Jesus. Os judeus ouviram essa pregação do evangelho, mas, segundo as Escrituras velhotestamentárias, a rejeitaram, e os gentios, em vez deles, receberam Jesus.

Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 14 Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas!

Capítulo 11

Ainda que a maioria dos israelitas tenham rejeitado a Cristo, Deus não deixou que todos O rejeitassem. Ele determinou reservar um remanescente, enquanto a maioria endureceu os seus corações. Gloriosamente, o Senhor usou a própria rebelião dos israelitas, porque quando rejeitaram Jesus, Ele pôde concluir que nem eles são justos, e todos estão debaixo do pecado, para que pudesse salvar ambos judeus e gentios por mera fé em Jesus. Os descrentes judeus são representados com ramos quebrados, e os crentes gentios são representados pelos ramos enxertados. A conclusão é que a salvação é completamente pela misericórdia de Deus.

Capítulo 12

Paulo roga aos seus leitores que reconheçam a grande misericórdia (“compaixão” mesma palavra grega) de Deus, e baseie as suas vidas cristãs nela. Apresentando os seus corpos em sacrifício vivo, experimentarão a vontade de Deus. Também, a igreja é um corpo feito de vários membros com dons diferentes. O ministério, então, deve reconhecer o que Deus fez em cada membro e todos devem praticar o amor.

Capítulo 13

Deus ordena as potestades e devem ser respeitadas. Também, Jesus está voltando logo para buscar os salvos, então devem andar em obediência.

Capítulo 14

Os membros da igreja não devem criar divisões entre si, especialmente por julgar os outros. Todos são servos de Deus, e é Ele que os julgará. O importante é não se condenar naquilo que você mesmo aprova.

Capítulo 15

Os fortes devem suportar os fracos, recebendo uns aos outros e reconhecendo o valor das Escrituras. Também, deve se reconhecer que Jesus era dos israelitas (“da circuncisão”) a fim de cumprir as promessas aos israelitas e que os gentios glorifiquem a Deus pela misericórdia dEle. Além destas coisas, Paulo enfatiza que quer visitar os crentes romanos, mas se atrasou por causa da obra do ministério.

Capítulo 16

Paulo termina esta epístola pedindo aos crentes romanos que saúdem vários irmãos na fé e observem os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina de Cristo. Ele termina louvando a Deus por revelar os mistérios velhotestamentários aos crentes novotestamentários.
Paulo quer estabelecer uma relação mais próxima e íntima com a igreja, mas antes ele conjectura a possibilidade de aqueles irmãos se ofenderem com o fato, o conteúdo, ou o tom de sua carta. Ele queria evitar o fato de ser considerado insolente, dirigindo-se a uma igreja que ele não fundou e nunca visitou, podendo dar a impressão que considerava o Cristianismo dele falho ou imaturo, ou que até mesmo tenha falado demais. Aparentemente o apóstolo está apreensivo de como os irmãos receberiam a carta, assim, achando melhor acalmá-los e tranquilizá-los. Passa a escrever num tom muito mais pessoal (“eu-vocês” e dirigindo-se diretamente a eles pelo resto da carta), afetuoso (“meus irmãos”, 15.14) e franco. Abre-lhes o coração em relação ao passado, presente e futuro do seu ministério, pede humildemente as suas orações e envia-lhes saudações. E assim ele nos dá uma demonstração de como a providência de Deus tem atuado em sua vida e ministério.
Paulo exp
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