As Duas Testemunhas de Apocalipse

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As Duas Testemunhas de Apocalipse
A vinda das duas testemunhas marca o início do programa divino de testemunho do mundo durante o período da Tribulação. Embora alguns eruditos coloquem o seu surgimento no meio da Tribulação, eu creio ser mais provável que o seu ministério ocorra no início dela.
O Arrebatamento, obviamente, retirará todos os cristãos do mundo de uma única vez, deixando apenas os incrédulos para lidar com a Tribulação iminente. Poderíamos até questionar se Deus deixaria mesmo estas pessoas completamente desassistidas, sem qualquer forma de se achegar a Ele. Porém, o amor de Deus jamais cessa, e Ele jamais deixou o mundo sem alguma forma do seu testemunho.
Apocalipse 11 oferece descrições destas duas testemunhas, com base em diversas categorias: suas personalidades, suas profecias, seu poder, sua perseguição e sua proteção sobrenatural.
Suas Personalidades
“E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco.” APOCALIPSE 11.3
As duas testemunhas não são símbolos da Lei e do Evangelho; tampouco representam o Antigo e o Novo Testamentos. Elas são pessoas reais que, ao mesmo tempo, atrairão atenção das pessoas e que serão odiadas. Elas falarão, realizarão milagres e morrerão como somente pessoas reais podem morrer.
As Sagradas Escrituras as descrevem como “as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra” (Ap 11.4). Para os leitores de João, estas metáforas teriam sido um elo nítido e familiar com a profecia de Zacarias.
Na visão de Zacarias, ele viu um castiçal de ouro com sete lâmpadas ladeadas por duas oliveiras que abasteciam de óleo dourado as lâmpadas (Zc 4.1-13)
Foi, então, revelado ao profeta que as oliveiras eram “os dois ungidos, que estão diante do Senhor de toda a terra” (v. 14).
Zacarias estava falando sobre dois homens fiéis que viveram na sua época —
Josué, o sumo sacerdote, e Zorobabel, o governador que estava encabeçando a restauração do Templo.
Estes dois homens eram testemunhas da verdade de que Deus faz a sua obra “não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito” (Zc 4.6).
O livro do Apocalipse faz referência ao candelabro e às oliveiras como um sinal a Josué e Zorobabel, as “duas testemunhas de Zacarias 4.
Assim como o candelabro, eles também ardiam com brilho. E, a exemplo das oliveiras, eles forneciam combustível para os candelabros. Esta é a metáfora para o fato de que estas duas testemunhas citadas no livro de Apocalipse brilharão nas trevas da Tribulação e que eles serão abastecidos pelo Espírito de Deus.
Sendo assim, quem são, exatamente, estas testemunhas?
Jesus chamou estas duas testemunhas de “minhas duas testemunhas”, o que significa que elas tinham um relacionamento especial com Ele; relacionamento este que não era compartilhado com as demais testemunhas (Ap 11.3, grifo do autor).
Porém, apesar de os estudantes de profecia concordarem que estes personagens desempenham um papel singular na narrativa do final dos tempos,
existe um debate muito extenso acerca da identidade de cada um deles.
A maior parte deles crê que uma das testemunhas seja o profeta Elias. Eis aqui algumas razões para isto:
1. O profeta Malaquias predisse que Elias viria antes do Segundo Advento preparar o caminho para o Messias: “Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do SENHOR; e converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição” (Ml 4.5-6).
Alguns consideram que João Batista cumpriu por completo a profecia de Malaquias. Porém, mesmo que João tenha vindo no “espírito e na virtude” de Elias (Lc 1.17) — o que significa que o Espírito que enchia e capacitava Elias também enchia e capacitava João Batista — João não era uma reencarnação daquele profeta do Antigo Testamento. Na verdade, um grupo de judeus, ao investigar João, perguntou especificamente a ele se João era Elias que havia retornado a terra. A sua resposta foi um enfático: “Não sou!” (Jo 1.21) E é por esta razão que João não foi o cumprimento da profecia de Malaquias.
2. Elias foi miraculosamente elevado ao céu (2 Rs 2.9-11), assim como as duas testemunhas também o serão (Ap 11.12).”
3. As testemunhas terão o mesmo poder para reter a chuva, tal qual teve Elias (1 Rs 17.1; Ap 11.6).
4. Elias clamou, e o fogo desceu do céu (2 Rs 1.10), tal como também farão as duas testemunhas (Ap 11.5).
5. A duração tanto da seca, nos dias de Elias (1 Rs 17.1; Lc 4.25; Tg 5.17-18), como do ministério das duas testemunhas (Ap 11.3, 6) é de três anos e seis meses.
Alguns estudiosos consideram que a segunda testemunha é Enoque, mas crê-se que Moisés seja a conclusão mais provável, pelas seguintes razões:
1. Moisés apareceu com Elias no monte da Transfiguração (Mt 17.3).
2. Deus deu poder e habilidade a Moisés para transformar toda a água do Egito em sangue (Êx 7.19-20), e as testemunhas receberão o mesmo poder (Ap 11.6).
3. Deus preservou o corpo de Moisés, de modo que ele pudesse ser restaurado (Dt 34.5-7); e os corpos das testemunhas também serão restaurados (Ap 11.11).
4. Satanás disputou com o Arcanjo Miguel o corpo de Moisés (cf. Jd 9). É possível que, ao fazer isso, ele estivesse tentando obstruir o plano de Deus para os últimos dias.
“5. Moisés e Elias representam a Lei e os Profetas. Como o ministério das testemunhas ocorrerá dentro da nação dos judeus, faz sentido que representantes da Lei (Moisés) e dos Profetas (Elias) apareçam diante dos judeus.
Timothy Demy e John Whitcomb apresentam um forte argumento em defesa da identidade das duas testemunhas como sendo Elias e Moisés, ao descrever Apocalipse 11:
“Não existem dois homens na história inteira de Israel dignos de maior respeito e apreço do que “Moisés e Elias. Moisés foi o grande libertador e o grande legislador que Deus deu a Israel (Dt 34.10-12). Os judeus do primeiro século, na verdade, consideravam que Moisés lhes havia dado o próprio maná do deserto (Jo 6.32). E Deus levantou Elias para confrontar Israel numa época de grande apostasia nacional. Deus o vingou ao enviar fogo do céu e um ‘carro de fogo e cavalos de fogo’ para removê-lo deste mundo. Os judeus do tempo de Jesus tinham um conceito tão elevado de Elias que, quando viram os milagres de Jesus, alguns concluíram que Ele seria o próprio Elias que havia retornado (Mt 16.14).
Matthew 16:13-14 (Bíblia Almeida Strong) 13 Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? 14 E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas.Matthew 16:13-14 (Bíblia Almeida Strong) 13 Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? 14 E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas.
Suas Profecias
“E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco.” APOCALIPSE 11. 3
o Estas duas testemunhas são verdadeiros profetas que falam por divina revelação sob a autoridade de Cristo.
o A duração do seu testemunho profético foi estabelecida em 1260 dias. Isto equivale a quarenta e dois meses, ou três anos e meio.
o Chegamos a uma ideia sobre a natureza da sua profecia a partir da descrição das suas vestes.
o As testemunhas são vistas trajando panos de saco, o que é consistentemente apresentado nas Escrituras como uma expressão exterior de luto ou arrependimento.
o Jacó colocou pano de saco quando ouviu falar da suposta morte do seu filho José (Gn 37.34).
o Davi colocou pano de saco quando ouviu falar do assassinato de Abner (2 Sm 3.31).
ternos pretos, o equivalente contemporâneo às roupas de luto.
A profecia destas duas testemunhas é entregue tanto para judeus, como para gentios. Alguns acreditam que seja esta a razão para serem duas pessoas.
O conteúdo da sua profecia é juízo: primeiramente, sobre os judeus e, depois, sobre os gentios. De acordo com o livro de Apocalipse, eles pregarão a sua mensagem de juízo todos os dias ao longo de todos os três anos e meio do seu ministério.
· Conforme as exigências da lei judaica, o seu testemunho é estabelecido porque existem duas pessoas: “Por boca de duas ou três testemunhas, será morto o que houver de morrer; por boca de uma só testemunha, não morrerá” (Dt 17.6).
· O depoimento de uma única testemunha poderia ser subjetivo, corrompido ou incompleto. Já duas testemunhas que concordem acabam corroborando com o relato mútuo e, desta maneira, confirmam a verdade da questão.
· Nos tempos bíblicos, Deus normalmente servia-se de testemunhas para validar uma verdade.
· Dois anjos testificaram a ressurreição do Salvador (Lc 24.4,5).
· Dois homens vestidos de branco testificaram a sua ascensão (At 1.10,11).
· Deus, normalmente, também envia os seus missionários em duplas.
· Pense em Moisés e Arão, Josué e Calebe,
· Zorobabel e Josué,
· Pedro e João,
· Paulo e Silas,
· Timóteo e Tito.
· Os discípulos foram enviados dois a dois (Mc 6.7)
· os setenta também foram instruídos a seguir em duplas (Lc 10.1).
· Estas duas testemunhas seguirão este padrão ao proclamar um dos chamados mais importantes ao arrependimento de todos os tempos.”
Seu Poder
“E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco.” APOCALIPSE 11.3
O Espírito de Deus potencializará tanto as palavras quanto as obras das duas testemunhas, a fim de que elas convençam os seus ouvintes ao arrependimento e os convertam a Deus.
O PODER DA SUA PREGAÇÃO
Passemos a analisar a mensagem que o Espírito dará a estes profetas para ver porque eles despertarão tanto ódio.
William R. Newell capturou a essência do conteúdo da sua pregação e da sua poderosa presença em Jerusalém:
“Dia após dia, o alvoroço aumentará à medida que estas testemunhas dão o seu testemunho. E qual será este testemunho?
1. Eles afirmarão que o Senhor Jesus Cristo, que foi rejeitado, é o “Senhor de toda a terra”. Eles dirão: “Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra” ...
2. Eles testificarão de modo destemido e sem rodeios sobre a iniquidade dos homens, na frente de todas as pessoas. É bem provável que você nunca tenha ouvido um pregador que tenha falado diretamente para você sobre o quão mau você é. Estas testemunhas dirão, de maneira incisiva, a uma multidão idólatra que está prestes a adorar o Diabo, nem mais nem menos, o que eles são diante de Deus!
3. Eles testificarão acerca do caráter dos juízos recentes... como tendo sido diretamente provocados por Deus, e advertirão dos juízos futuros — que serão infinitamente mais terríveis.
4. Eles denunciarão as afirmações blasfemas que a besta maligna em breve fará... isto é, o homem que será deificado! Eles também denunciarão toda a bondade humana como sendo mentira.
5. Eles testificarão que Jerusalém, embora sendo a cidade santa nos propósitos de Deus, espiritualmente é “Sodoma e Egito”, além de anunciar juízos vindouros sobre a cidade e o seu povo. “Eles dirão aos judeus que eles “mataram o Senhor Jesus” (1 Ts 2.15-16), e que Ele ainda há de ser o Rei sobre toda a terra.
· Agora, um testemunho como este traz à tona a iniquidade dos homens.
· É compreensível que as pessoas se juntem para destruir estas testemunhas!
· Os incrédulos resistem à verdade porque ela traz à superfície o conhecimento do certo e do errado que Deus lhes concedeu, mas que eles enterraram, a fim de seguir o seu comportamento ímpio sem dar ouvidos à sua consciência (Rm 1.18-21).
· É por isso que as pessoas exigirão que as duas testemunhas sejam assassinadas.
· Elas estarão convencidas de que os tiros nos mensageiros também farão calar a mensagem incômoda.
O PODER DAS SUAS PRAGAS
As duas testemunhas infligirão pragas sobre os incrédulos a fim de levá-los à fé e ao arrependimento. Estas pragas virão em três formas:
1. A praga da morte: Assim como as 144 mil testemunhas israelitas (Ap 7.3; 9.4), estas duas testemunhas estarão completamente protegidas durante os três anos e meio do seu testemunho.
· Elas receberão poder para se defender e aniquilar aqueles que tentarem feri-las: “E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca e devorará os seus inimigos” (11.5).
· No passado, Elias fez descer fogo do céu (1 Rs 18.37-38; 2 Rs 1.10-12).
· Dessa vez, o fogo sairá diretamente da boca dos profetas.
· Embora eles sejam o alvo do mundo todo, as testemunhas não poderão ser mortas enquanto não completarem a missão que lhes foi atribuída pelo Senhor.
· Elas enfrentarão ferrenha oposição, como nenhum outro servo humano de Deus jamais enfrentou, mas serão invencíveis até que a sua tarefa seja concluída.
2. A praga da seca:
As Sagradas Escrituras descrevem estas testemunhas como tendo poder para fechar o céu, para que não chova nos dias da sua profecia” (Ap 11.6).
· Esta seca em Israel, que durará três anos e meio, servirá como lembrança de um evento similar que ocorreu no Antigo Testamento: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra” (Tg 5.17; veja também 1 Rs 17-18).
· Os anos de seca parecem coincidir com os primeiros três anos e meio do período da Tribulação. Tanto a pregação das testemunhas como o seu poder de operar milagres parecem impedir que o Anticristo assuma o controle pleno da terra. Só quando eles são removidos do seu caminho, ele se torna capaz de dar continuidade na sua busca pelo domínio mundial.
3. A praga da doença:
Assim como Moisés fez no seu confronto com Faraó no Egito, as duas testemunhas terão “poder sobre as águas para convertê-las em sangue” (cf. Ap 11.6).
Isto corresponde a segunda trombeta de Apocalipse 8: “E o segundo anjo tocou a trombeta; e foi lançada no mar uma coisa como um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar. E morreu a terça parte das criaturas que tinham vida no mar; e perdeu-se a terça parte das naus” (vv. 8,9).
As testemunhas também terão poder “para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem” (11.6).
Como já vimos, precisamos lembrar que estas duas testemunhas não realizarão estes milagres por rancor ou vingança.
A intenção delas será despertar as pessoas para a sua pecaminosidade e levá-las ao arrependimento e à fé.
Sua Perseguição
“E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e as vencerá, e as matará.”APOCALIPSE 11.7
O destino final das testemunhas na terra será dramático, e ele virá nas mãos da Besta (também chamada de Anticristo).
A MORTE DAS TESTEMUNHAS
Apocalipse 11.7 fala da “besta que sobe do abismo”.
o Esta é a primeira de trinta e seis referências à Besta no livro do Apocalipse. Não se trata, entretanto, do início da atividade da Besta.
o Por três anos e meio, pelo poder de Satanás, ele terá agido nos bastidores — consolidando governos e forjando um tratado de paz com Israel.
o A meio caminho do período da Tribulação, quando as duas testemunhas tiverem completado a missão que lhes foi dada por Deus, a Besta quebrará este tratado com Israel e assassinará as testemunhas. O assassinato delas será o seu primeiro ato celebrado e lhe proporcionará uma grande hoste de seguidores.
A EXPOSIÇÃO DOS SEUS CORPOS
· Na antiguidade, até mesmo os piores criminosos eram sepultados no dia da sua morte (Dt 21.22-23). Porém, a Escritura fala acerca das testemunhas: “E jazerá o seu corpo morto na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado” (Ap 11.8).
· Esta “grande cidade” mencionada neste versículo é Jerusalém, que Henry Morris descreve, simultaneamente, como “a cidade santa” e “a cidade onde morrem os profetas de Deus”. É em Jerusalém que os exércitos da Besta “aprisionarão e assassinarão “[as testemunhas] e deixarão os seus corpos a céu aberto na rua para serem vistos por todos os seus inimigos.”
Apesar das armadilhas religiosas de Jerusalém, João descreve a Cidade Santa em termos insidiosos, comparando-a a dois dos lugares mais iníquos da história:
Sodoma, conhecida pela sua perversão sexual; e o Egito, famoso pela sua perseguição à nação judaica.
A degeneração de Jerusalém ocorrerá depois da sua libertação miraculosa das mãos dos exércitos de Gogue feita por Deus.
Tudo isso ocorrerá apesar de o Templo do período da Tribulação estar sendo reedificado no seu local histórico e dos antigos sacrifícios judaicos estarem sendo restaurados.
Exteriormente, Jerusalém parecerá melhor do que nunca; mas interiormente, ela terá o fedor da podridão e da morte, tal como Sodoma e o Egito.
Apocalipse 11 prossegue dizendo: “E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seu corpo morto por três dias e meio, e não permitirão que o seu corpo morto seja posto em sepulcros” (v. 9).
Anos atrás, os críticos ridicularizavam este versículo como uma “profecia” impossível de ser cumprida. Nos dias de hoje, entretanto, com o avanço da Internet, das redes sociais e das transmissões de televisão via satélite, ninguém mais duvida da possibilidade de que um acontecimento como este possa ser visto por uma plateia verdadeiramente mundial. Tim LaHaye escreve:
“Nossa geração é a primeira que pode, literalmente, ver o cumprimento de Apocalipse 11.9, quando lemos que o mundo inteiro verá um acontecimento tão incrível. Esta é mais uma indicação de que estamos chegando mais próximos do fim dos tempos, porque teria sido humanamente impossível, há apenas alguns anos, que o mundo inteiro pudesse ver estas testemunhas nas ruas ao mesmo tempo.”
O PRAZER DOS SEUS INIMIGOS
Como se a exposição vilipendiosa dos cadáveres já não bastasse, as massas da sociedade transformarão a morte deles em um feriado: “E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra” (Ap 11.10).
Esta é a única menção de qualquer espécie de júbilo sobre a terra durante todo o período da Tribulação. Um autor descreve a cena usando as seguintes palavras: “Agora vem a revelação verdadeira do coração do homem: gozo, horrendo, insano, desumano, infernal, gozo macabro! Existe um deleite real diante da morte das testemunhas de Deus — um deleite total e ilimitado. Uma espécie de feriado-natalino-infernal se segue”.
A sua Proteção Sobrenatural.
“E, depois daqueles três dias e meio, o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre os pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.” APOCALIPSE 11. 11
As mortes das testemunhas e a humilhação pública dos seus corpos expostos não será o fim da história. Três dias e meio depois do seu assassinato, dois milagres ocorrerão diante dos olhos do mundo inteiro.”
SUA RESSURREIÇÃO
Em primeiro lugar, o “espírito de vida, vindo de Deus” voltará a entrar neles. Este é o mesmo Espírito, ou sopro, que trouxe Jesus de volta à vida.
Assim como o planeta inteiro testemunhará a morte destes profetas, o planeta inteiro também testemunhará o seu retorno à vida. Como é de se imaginar, este acontecimento chocante provocará medo e terror indescritíveis. Este é um milagre que a Besta não será capaz de copiar.
SEU ARREBATAMENTO
Depois que as testemunhas retornam à vida, ouve-se “uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi cá. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram” (Ap 11.12). Isto não é nada mais do que o arrebatamento das duas testemunhas.
Em todo caso, existe uma diferença marcante entre o Arrebatamento da Igreja e o arrebatamento destes dois profetas.
Paulo descreve o Arrebatamento da Igreja como algo que ocorrerá “num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta” (1 Co 15.52).
Os crentes serão removidos de forma tão repentina que ninguém os verá partir.
O arrebatamento das duas testemunhas, por outro lado, será visto pelo mundo todo — inclusive pelos seus inimigos (Ap 11.12).
Henry Morris descreve o terror que os inimigos de Deus experimentarão quando observarem a ascensão das duas testemunhas:
“Todos os inimigos [das testemunhas], todos aqueles que haviam rejeitado a sua palavra e regozijado quando eles haviam morrido, especialmente a Besta, que as havia caçado até a morte [...] ficarão perplexos ao assisti-los ascender alto nos céus até a presença do seu Senhor.
O termo grego traduzido como ‘viram’ (theoreo) é uma palavra forte que implica um ‘olhar com perplexidade’.
A visão será suficiente para lançar o terror sobre o coração dos mais arrogantes dos seus inimigos.
Segundos antes, aqueles homens estavam alegres, em suprema confiança de que Cristo finalmente havia sido derrotado e o homem de Satanás estava assentado sobre o trono da vitória.
Só que agora, Cristo volta a triunfar.
A ascensão dos profetas ao Céu era uma predição terrível de que juízos ainda maiores estavam prestes a vir sobre a terra.
As festividades, que duraram três dias e meio, estavam prestes a serem seguidas por mais três anos e meio de juízos ainda mais severos do que tudo o que se viu anteriormente.
SUA VINGANÇA
Enquanto toda a Jerusalém assiste ao arrebatamento das duas testemunhas, um grande terremoto abalará a cidade, de modo que uma décima parte dela se transformará em escombros.
Este será um terremoto literal que significará o Juízo de Deus sobre a terra e que resultará na morte de sete mil pessoas só em Jerusalém (Ap 11.13)
J. A. Seiss observa, de modo áspero: “Aqueles que não quiseram sepultar os cadáveres das duas testemunhas, agora vão ser enterrados vivos nos escombros das suas próprias casas, e no inferno para todo o sempre.”
O idioma que descreve a morte dos sete mil é digno de nota.
O texto original, na verdade, fala em “homens de nome” em vez de “pessoas”.
A grande alegria que o mundo expressa diante da morte das duas testemunhas será abafada por um grande pavor. Como Apocalipse 11.13 nos revela, os que restaram “ficaram muito atemorizados e deram glória ao Deus do céu.” Não devemos pensar nesta resposta temerosa de fé em termos de uma conversão a Deus por arrependimento, e sim como um estado temporário de terror que não evoca qualquer transformação “de coração.
John Phillips oferece uma descrição vívida do arrebatamento destas duas testemunhas:
“Imagine a cena: as ruas de Jerusalém banhadas pelo sol, a multidão num feriado vinda de todos os cantos da terra para olhar com os seus próprios olhos os corpos daqueles dois homens detestáveis, as tropas uniformizadas da Besta e a guarda do Templo. Ali estão todos, homens diabólicos de todos os reinos debaixo do céu que vieram dançar e fazer festa diante do triunfo da Besta. E, então, eis que acontece! Enquanto a multidão se espremia diante do cordão policial para olhar com curiosidade os dois corpos ressecados, eis que ocorre uma súbita mudança. A cor daqueles dois homens muda de repente, de um tom cadavérico para um brilho róseo e viçoso da juventude. Os membros já enrijecidos voltam a se movimentar! Ó, que visão espetacular! Eles se levantam! As pessoas caem para trás, desmaiam e se recompõem.”
O ministério das duas testemunhas reflete o amor e a misericórdia de Deus sobre os incrédulos endurecidos, embora, aparentemente, apenas alguns atentarão, de fato, para a mensagem de redenção. A ressurreição e o arrebatamento destes profetas será um dos momentos mais dramáticos que o planeta Terra experimentará. E estes sinais marcarão o início do fim de todos os inimigos de Deus.
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