Porque pessoas boas sofrem?
Qual a razão de pessoas boas sofrerem? A justiça de Deus não é retributiva, coisas boas acontecem a pessoas ruins e coisas ruins acontecem a pessoas boas.
Os amigos de Jó, nas suas falas, refletem o pensamento corrente naquele tempo, segundo o qual o sofrimento é sempre resultado de pecado. Se Jó está sofrendo, é porque pecou. A justiça de Deus, diziam eles, se manifesta nisto: ele castiga as pessoas más e cobre de bênçãos as pessoas boas
Jó também acreditava na justiça de Deus. Mas, no seu modo de pensar, Deus estava sendo injusto para com ele. Por ser um homem bom, que “procurava não fazer nada que fosse errado” (1:1), ele não merece ser castigado. De outro lado, em outras partes do AT estão registradas queixas de uma aparente injustiça cometida por Deus quando deixa de punir pessoas que têm cometido maldades (Sl 73; Ec 3:16–4:3; Jr 12:1–4; Hc 1:2–4).
Tanto Jó como os seus amigos não sabiam que os sofrimentos dele estavam sendo causados por um desafio que Satanás tinha feito a Deus. Satanás diz que Jó é fiel a Deus enquanto vive na prosperidade e é coberto de bênçãos. Mas, se lhe acontecerem desgraças e sofrimentos, ele amaldiçoará a Deus. E cabe a Satanás provar se a fidelidade de Jó é ou não uma questão de interesse próprio. Jó passa pelas provas e não amaldiçoa a Deus. Depois, na conversa com os amigos, ele reclama contra Deus (6:4; 13:25), mas, no final, se arrepende (42:6) e volta a confiar inteiramente nele.
O sofrimento das pessoas boas é um mistério. Os amigos de Jó pensavam, erradamente, que ele sofria porque havia pecado, mesmo em segredo, e que o resultado disso era o castigo divino. Jó, por sua vez, pensava que, no seu caso, Deus estava cometendo uma injustiça. Mas, nas respostas de Deus a Jó, o autor do livro torna claro que a sabedoria e as ações do Deus Todo-Poderoso não podem ser compreendidas pelo ser humano, que é limitado. Há mistérios, como, por exemplo, o sofrimento de certas pessoas, que nós não podemos entender. Os que sofrem assim têm de se conformar com o que Deus faz. Ele dirige todas as coisas, embora suas decisões, às vezes, estejam além da nossa capacidade de entender. Assim, Jó, no final, tem um encontro com Deus. E, quando Deus fala, a palavra divina leva Jó a adotar uma atitude de humildade e de aceitação de uma situação que o seu limitado entendimento não pode compreender nem explicar.
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7 para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo;
2 Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, 3 sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. 4 Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.
8 Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. 9 Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo
32 E disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?