Tema - A Ceia do Senhor

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Tema - A Ceia do Senhor
1 Cor cap 15 04/05/2020 – SEGUNDO CULTO
55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?56 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. 57 Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. 58 Portanto, meus amados irmãos, SEDE firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.
Uma das principais controvérsias, na Reforma do século XVI, se relacionava ao entendimento católico romano quanto à Ceia do Senhor. A opinião da Igreja Católica Romana, naquele tempo e agora, é conhecida como transubstanciação. É a opinião de que a substância do pão e do vinho são transformados sobrenaturalmente no corpo e no sangue real de Jesus, quando uma pessoa participa da Ceia do Senhor. Mas, havia uma objeção simples a esta opinião. Quando se participava da Ceia do Senhor, o pão e o vinho ainda pareciam, tinham gosto e cheiravam como pão e vinho. Não havia nenhuma diferença discernível entre o pão e o vinho, antes e depois da consagração dos elementos. Uma pessoa poderia dizer: “Vocês falam sobre o milagre de Cristo estar realmente presente aqui, mas é certo que as coisas não mostram isso. Os elementos parecem exatamente os mesmos que eram antes”.
A igreja medieval do Ocidente adotou a tentativa filosófica de Aristóteles de definir a diferença entre percepção exterior e realidade profunda, para explicar a doutrina da transubstanciação. Disseram que na missa um milagre duplo acontecia. Por um lado, a substância do pão e do vinho muda na substância do corpo e do sangue de Cristo, enquanto, por outro lado, os acidentes permanecem os mesmos. O que isso significa? Antes do milagre, tem-se a substância do pão e os acidentes do pão, bem como a substância do vinho e os acidentes do vinho. Mas, depois do milagre, não se tem mais a substância do pão e a substância do vinho. Em vez disso, tem-se a substância do corpo e do sangue de Cristo, mas os acidentes do pão e do vinho permanecem. Em palavras diferentes, tem-se os acidentes do pão e do vinho sem as suas substâncias. O segundo milagre é visto em se ter a substância do corpo e do sangue de Cristo sem os acidentes da carne e do sangue. Esse é o sentido do milagre duplo. Tem-se a substância de uma coisa e os acidentes de outra. É importante notar que o próprio Aristóteles nunca teria admitido esta linha de pensamento no mundo real.
Há algumas décadas, houve na Europa Ocidental um teólogo católico romano, holandês, que publicou uma obra intitulada Cristo – o Sacramento do Encontro com Deus, na qual apresentou uma ideia completamente nova. Ele disse que no milagre da missa não acontece uma transformação sobrenatural da substância de uma coisa, na substância de outra. Não era transubstanciação, e sim, o que ele chamou de transignificação. Ele disse que, na missa, os elementos de pão e de vinho assumem uma significação celestial. Há uma mudança real na significação dos elementos, embora a natureza dos elementos permaneça a mesma. Na época, ele foi apoiado pelo catecismo holandês e por outros teólogos progressistas e criou a maior controvérsia dentro da Igreja Católica Romana. Em 1965, o papa publicou uma encíclica intitulada Mysterium Fidei, “O Mistério da Fé”, em que respondeu a esta questão e disse que não somente o conteúdo da doutrina histórica da igreja é imutável, mas também a sua formulação. Disse que a formulação aristotélica da transubstanciação continuará de pé. Essa continua sendo a posição oficial da Igreja Católica Romana. Esta encíclica rejeitou efetivamente soluções criativas oferecidas por quem abordasse o problema que viam na transubstanciação.
Lutero se opôs à transubstanciação, porque acreditava que ela envolvia um milagre desnecessário. Lutero acreditava que a carne e o sangue real de Jesus estavam presentes nos elementos, mas estavam em, com e sob eles. Os elementos não se tornam o corpo e o sangue de Cristo, mas, em vez disso, o corpo e o sangue de Cristo são acrescentados sobrenaturalmente aos elementos. Neste sentido, Lutero argumentava em favor da presença real do corpo e do sangue físico de Cristo.
Os reformados, como João Calvino e muitos outros, rejeitaram a opinião de Lutero, embora não com bases sacramentais, mas com bases cristológicas. No capítulo seguinte, procuraremos entender esta rejeição, ao considerarmos a natureza dual de Cristo.
QUANDO PARTICIPAMOS DA CEIA EXPERIMENTAMOS AS TRÊS DIMENSÕES DA HISTÓRIA DA NOSSA REDENÇÃO.
1. GRATIDÃO POR NOSSA REDENÇÃO NO PASSADO
2. RESPONSABILIDADE EM NOSSO PRESENTE
3. ESPERANÇA NO DIA GLORIOSO DA VOLTA DE JESUS
Finalizo minha considerações sobre A IMPORTÂNCIA E RELEVÂNCIA DA CEIA DO SENHOR E NOSSA PARTICIPAÇÃO NELA com a notáveis palavras de Calvino:
“Cristo, aceitando nossa pobreza, nos tem transferido toda a sua riqueza; tomando sobre si nossa fraqueza, nos tem feito fortes com sua virtude e poder; recebendo em si mesmo nossa morte, nos tem dado a imortalidade; carregando o peso de todos os nossos pecados, sob os quais estávamos condenados, nos deu sua justiça para que nos apoiemos Nele; descendo á terra nos abriu o caminho para chegar ao céu; fazendo-se filho de homem, nos tem feito filhos de Deus”
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