IPVM no Lar | Tiago 1.2-3
Exposição na epístola de Tiago • Sermon • Submitted
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· 38 viewsEstudo bíblico expositivo na Carta de Tiago 1.2-3
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1. Provação da fé
1. Provação da fé
2 Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, 3 sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.
2 Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, 3 sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.
a. “Meus irmãos”.
a. “Meus irmãos”.
Para tornar seu apelo mais íntimo, o autor se dirige a seus leitores chamando-os de “irmãos”.
Essa expressão coloca o autor no mesmo nível dos leitores.
O autor é um deles e alguém que está com eles. Em função do uso freqüente dessa expressão, a carta é extremamente pessoal (Tg 1.2,16,19; 2.1,5,14; 3.1,10,12; 4.11; 5.7,9,10,12,19).
Qual o significado do termo irmãos?
Num sentido nacionalista, todos os judeus são irmãos.
Mas esse conceito não é o que o autor tem em mente.
Ele se dirige aos judeus cristãos porque eles são seus irmãos espirituais..
b.“tende por motivo de toda alegria”.
b.“tende por motivo de toda alegria”.
Tiago escreve sua epístola para os cristãos judeus que foram expulsos de suas casas e perderam suas posses.
Ele se dirige a pessoas que sofrem porque são exploradas pelos ricos, arrastadas para os tribunais e difamadas por acreditarem no bom nome de Jesus Cristo (Tg 2.6,7).
A essas pessoas, Tiago dirige uma carta pastoral na qual sua primeira admoestação é para que se alegrem.
Que maneira estranha de dirigir-se aos destinatários desta carta!
Que maneira estranha de dirigir-se aos destinatários desta carta!
Tiago vive seguro e com tranqüilidade em Jerusalém e se dirige aos cristãos judeus que perderam sua casa e seu lar por causa das dificuldades e perseguições.
Tiago parece estar fora da realidade. Parece ignorar as provações diárias enfrentadas pelo povo.
Alguns podem dizer que ele é o pastor típico que sabe fazer sermões, mas não está ciente do sofrimento que o povo passa no quotidiano.
Tiago, porém, não está alheio às provações de seu povo.
Ele próprio havia testemunhado a morte de Estêvão, a perseguição que se seguiu e a dispersão da igreja de Jerusalém por toda a Judéia e Samaria (At 8.1).
Ele conhece sua tarefa pastoral.
Ele profere palavras de encorajamento.
Exorta o povo a alegrar-se.
Quanto a isso, encontramos apoio nas admoestações apostólicas de Paulo e Pedro:
3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança;
6 Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações,
Tiago repete o pensamento que Jesus expressa na última bem-aventurança: “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. Regozijai-vos e exultais, porque é grande o vosso galardão nos céus” (Mt 5.11,12; e ver Lc 6.22,23).
Assim, Tiago diz aos leitores: “Não vos torneis amargurados pelas adversidades, mas alegrai-vos”.
c. “o passardes por várias provações”.
c. “o passardes por várias provações”.
Provações são as adversidades que Deus usa para testar a fé do discípulo.
Essas provações podem vir de várias formas e maneiras.
Nenhum discípulo(a) recebeu a garantia de que viverá uma existência tranqüila e sem problemas.
Todos passam por dificuldades, problemas e dores de um ou outro tipo.
Ninguém pode escapar delas, pois o homem não controla as circunstâncias que causam as dificuldades.
Com efeito, Tiago diz que o cristão cai numa situação de provação, isto é, Deus coloca o discípulo, às vezes um tanto subitamente, dentro de uma situação criada para testar sua fé Nele.
Assim, Tiago exorta seus leitores a considerar as provações motivos de grande alegria. O cristão deve ver a mão de Deus em todos os aspectos da vida.
d. “Sabendo que a Provação da vossa fé”.
d. “Sabendo que a Provação da vossa fé”.
Por que o cristão deve encher-se de pura alegria toda vez que Deus o prova?
De acordo com Tiago, o cristão o faz sabendo “que a provação da sua fé desenvolve perseverança”.
O verbo saber é a palavra chave.
O discípulo sabe que as provas que suporta não chegam até ele por acaso.
Ele acredita que tudo chega a si pelas mãos de Deus.
PROVAÇÃO NÃO É TENTAÇÃO
Deus está por trás de toda provação e teste.
Ele quer que experimentemos essa realidade de modo que não apenas possamos ver sua mão, mas também senti-la.
Colocamos nossa mão na mão de Deus.
Então, em toda adversidade que enfrentamos, mantemos nossa confiança em nosso Pai celeste, pois sabemos que ele nos envia essas provações para testar nossa fé.
Cremos que ele está completamente no controle de toda situação.
E Deus nos dá exatamente o de que precisamos: alegrias e tristezas, provações e vitórias.
Um provérbio árabe afirma sucintamente que “o sol sem chuva cria desertos”.
Considere motivo de toda a alegria quando as nuvens se ajuntam sobre sua cabeça: elas trarão chuvas de bênçãos.
Essas chuvas fazem sua vida de fé desenvolver-se e crescer.
e. “Perseverança”.
e. “Perseverança”.
“A provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança”, diz Tiago.
O crente é testado no sentido de passar por um processo de purificação, ou seja, sua fé está sendo depurada, de modo semelhante àquele em que o ouro é submetido ao fogo da caldeira (Pv 27.21).
O verbo produzir, no grego, na realidade, transmite o significado de desenvolver plenamente.
Produzir, parir.
Tiago escreve que a provação de nossa fé continua a desenvolver a perseverança.
A diferença entre perseverança e resignação:
A resignaçao é caracterizada por:
submeter-se sem revolta a; acatar, conformar-se
Adotam o lema o que tiver que ser, será. Mas enquanto a resignação é passiva.
A perseverança é ativa. A resignação resulta em derrota; a perseverança, em vitória.
O cristão persevera ao olhar para Jesus, o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2; ver também Rm 5.3–5).
O crente confia em Deus como sua fonte de auxílio, socorro, força e consolo.
Ele sabe que Deus sempre responde à fé e oferece os meios de suportar o período de provação.
O crente que possui a virtude da firmeza e agarra-se a Deus pela fé persiste em fazer a vontade de Deus e não pode ser desviado de seu propósito declarado, que é servir a seu Deus.