Obstáculos no crescimento
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· 29 viewsTerceiro sermão de prova no SPS
Notes
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Introdução:
Introdução:
Existe um filme chamado into the Wild (Na natureza selvagem), e ele é sem dúvidas um dos melhores filmes que eu já em minha vida.
O filme, baseado em fatos reais, conta a história de um rapaz chamado Christopher McCandless. Ele é homem por volta dos 25 anos que decide fazer um mochilão de Vírginia até o Alasca, porém, não com o objetivo de se divertir, mas de viver uma vida fora da realidade proposta pela cultura e desejada por seus pais.
Christopher ao longo do caminho conhece pessoas por quem ele se afeiçoa bastante, criando lanços profundos, mas, com um zelo profundo em se afastar de toda a sociedade e viver uma vida excluida no Alasca crendo que aquele tipo de vida era o melhor Christopher sempre ignora essas pessoas e continua a sua viagem. Ele se encontra com várias pessoas que o fazem repensar o seu caminho e até mesmo apontam para ele o que tem de errado, mas ele ignora e segue fervorazamente o seu plano sem aceitar os palpites das pessoas.
Ao fim de sua viagem Christopher percebe que todo aquele ciúmes que ele tinha sobre o seu desejo o fez se tornar cego para a vida real, e infelizmente, ele percebe isso tarde demais.
De uma forma bem interessante, todo o ciúmes que Chris tinha por seu plano de vida utópica acabou o cegando para os problemas que existiam, e isso fez até mesmo ele brigar com as pessoas queridas que ele encontrou durante o caminho.
Um rapaz obstinado em seguir seus desejos com todo o seu zelo e ousandia para lutar contra quem o afrontasse… Isso me parece muito com a realidade da igreja de Corinto. Uma igreja com membros obestinados que não querem parar com suas convicções e estão prontos para defendelas com todo zelo e ousadia.
Contextualização:
Contextualização:
Paulo, depois de alguns anos após ter plantando a Igreja de Corinto, começa a ter que escrever ao membros de lá para que mudem suas atitudes. Pois eles agiam feito pessoas que não conhecem a Cristo.
O capítulo que trataremos vem de uma sequencia de ensinamentos de Paulo. Nós estamos dentro do seu primeiro bloco de argumentos contra os erros dos corintos. Este bloco se sustenta do capítulo 1 até o 4.
Paulo vem demonstrando para os corintos que eles não deveriam fazer divisões entre si pelo simples fato de Jesus não estar divido. E, ele logo aponta que, um dos principais motivos deles fazerem divisões entre si é pelo fato de ainda enxergarem o mundo da mesma forma que eles enxergavam antes de se renderem a Jesus.
Eles fazem mestres para sí mesmos julgando que tal pessoa é quem tem mais capacidade de faze-los atingirem o conhecimento mais profundo que os levem a Deus. Porém Paulo também demonstra que esse pensamento deles é falso pelo simples fato de que o Espirito Santo é quem traz o conhecimento profundo, e não Paulo, Apolo ou Pedro.
A mentalidade da igreja de Corinto ainda era dominada pela mentalidade filosofica de sua época, e essa forma de discernir o mundo foi o que fez Paulo não poder aprofundar o evangelho antigamente, e ainda agora, mesmo com todos que passaram ensinando pela igreja de Corinto, eles ainda assim continuam com a mesma forma de enxergar o mundo e ainda sem poder se aprofundar em crescimento na fé; eles ainda são crianças em Cristo.
Portanto, Paulo chega no capítulo três indo direto no motivo deles não poderem crescer na fé. E ele demontra dois motivos que são um obstáculo no crescimento e que tais feitos pertecem as pessoas que não são de Jesus.
Tema: Obstáculos no crescimento
Tema: Obstáculos no crescimento
Divisão e Argumentação:
Divisão e Argumentação:
Ponto 1: Ciúmes (ZELO)
Ponto 1: Ciúmes (ZELO)
O ciúmes que eles sentiam torna-se o alicerce de todo o problema da comunidade. Esse ciúmes deles os faziam ter um zelo tão profundo a ponto de se exaltar no interior para defender tal coisa. E essa coisa que eles buscavam defender com tanto rigor era o que causava a divisão entre a Igreja de corinto.
Esse ciúmes está intrissicamente ligado ao seu modo antigo de enxergar o mundo. A sua cosmovisão de mundo ainda dominava a sua maneira de viver, e isso é oque causava um obstáculo para eles crescerem em Cristo.
E ora, quantas vezes nós não agimos com tal ciúmes ? Muitas das vezes a concepção daquilo que nós cremos ser o evangelho, não é o evangelho. É alguma modificação da nossa antiga vida para a atual, porém, não é o evangelho.
Quantas vezes nós não vimos pessoas na igreja brigando por um lugar para sentar ? Isso é algo tão banal mas reflete a mentalidade de alguém que ainda vive com a sua antiga maneira de enxergar o mundo. O desejo por ter um lugar fixo na igreja reflete algum tipo de autoridade da pessoa; alguma visibilidade que ela veio alcançar dentro da igreja, e por conta disso ela luta com todo o seu zelo para defender o seu lugar no culto.
Ou, quantas vezes nós não defendemos algum costume nosso que está mais enraizado na nossa cultura do que com o evangelho, e assim, fazemos guerra quando alguma pessoa quebra esse nosso padrão. Um exemplo disso é quando começou a nossa turma em 2018, na segunda sema, e houve logo o primeiro racha da turma em questão de grupo da sala no whatsapp. Enquanto alguns eram a favor de se manter um único grupo, tanto para notícias sérias quanto para memes, uma outra área defendia que deveria haver dois grupos com cada um tendo a sua função. Aquilo lá gerou uma confusão chata durante algumas semanas na sala, e tudo por questão de costume de cada pessoa. E costume esse muitas vezes enraizado na nossa cultura individualista que só quer que as coisas funcione do seu próprio jeito, e não um costume de acordo com o evangelho.
E um último exemplo de coisas que defendemos com um ciúmes (zelo) tremendo é o fato de fazermos alguns teólogos prediletos. Nós muitas vezes impossibilitamos uma conversa com algum irmão na fé pelo fato de ele crer em uma soteriologia diferente da nossa. Nós logo partimos para a "ignorancia gospel" defendendo com todas as forças o nosso teólogo/pensamento favorito. Nós nos agarramos a ele de tal forma que nem permitimos a outra pessoa ter uma conversa saúdavel com a gente. Nós não aceitamos ouvir a outra pessoa por conta do nosso ciúmes. E isso é diabólico!
Aplicação:
Não saber ouvir o ponto de vista de seus pais/namorada/esposa/filhos demonstra que você tem ciúmes pela sua autoridade e portanto não quer ouvir o outro. Fazendo isso você começa a causar divisão em sua família e nem percebe
Ter tal ponto teológico secundário que você não quer nem se quer ouvir/aprender uma outra perspectiva
Não aceitar que as pessoas digam que pdf é crime e nós como cristão não devemos usa-lo, mesmo agora durante essa pandemia e dificuldade de uso da bíblioteca. Apenas demonstra que nós estamos brigando pelo desejo do roubo. Temos zelo por tal coisa.
Paulo enfatiza que pessoas que vivem desta forma são pessoas que não amadureceram na fé; são pessoas que andam parecendo que nunca se converteram a Jesus.
Nós não devemos agir com ciúmes porque isso é obra de pessoas que andam segundo a carne, porém, Paulo nos exorta no capítulo 1 desta carta a termos essa atitude:
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 1
30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, 31 para que, como está escrito:
Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor
O nosso zelo/ciúmes que nos leva a fazer essas coisas devem ser deixados de lado pelo simples fato que a forma de pensarmos é outra agora. A nossa forma de pensar é através da sabedoria de Deus, que é Jesus. Afinal, Paulo disse que o evangelho, esse estilo de vida, é loucura para as pessoas que estão perdidas, mas para nós que somos salvos é poder de Deus.
Portanto, deixemos esse nosso zelo por coisas triviais, deixemos esse nosso ciúmes por questões secundárias de lado e passemos a viver a vida de acordo com a sabedoria de Deus, que é Jesus. Pois fazendo isso, e deixando o nosso desejo (ciúmes) de lado, nós passamos a crescer na fé e começamos a viver de uma forma diferente; começamos a viver a forma da servidão proposta a todos que querem seguir a Jesus... Porém, apenas, se deixarmos o nosso ciúmes de lado PELO evangelho.
Ponto 2: Discussão
Ponto 2: Discussão
Mas, o problema não para apenas no ciúmes. Paulo enfatiza que além do ciúmes, o outro problema que demonstrava que eles viviam como pessoas infantis ainda era o fato de ficarem fazendo discussões.
O outro obstáculo no crescimento é a discussão, e ela está relacionada de uma forma muito próxima com o ciúmes.
A discussão demonstrada por Paulo é a ponto de os membros de Corinto não conseguirem mais conviver um com outro. Havia pessoas que estavam levando umas as outras para os tribunais. Também haviam os fortes e fracos na fé discutindo a respeito sobre comida. Outro ponto é não aceitarem a autoridade dos lideres eclesiasticos.
Muitas dessas discussões tiveram suas raizes no ciúmes , porém, na medida que não foram tratados começaram a se transformar em discussões e a partir dai a dividir cada vez mais a igreja. A discussão provém de ambos os lados não quererem aceitar a opnião do outro.
E quantas vezes nós não já vivenciamos pessoas em nossas igrejas não aceitando disciplinas eclesiasticas por não concordarem com tal posicionamento do conselho ? Grande parte das vezes a pessoa que está sendo disciplinada não quer aceitar tal disciplina do conselho por conta do seu zelo. Causando desta forma uma discussão entre ela e os lideres eclesiasticos.
Ou entre membros na igreja que acabam se desintendendo e por motivos de zelo por seu orgulho, não querem abrir mão e ir pedir desculpas, e então, por conta da situação mal resolvida acaba gerando mais discussão
Mas também tem no meio academico. Quantas vezes nós não acabamos criando uma discussão com algum professor por não querermos aceitar o ponto de vista dele ?
E a nossa resposta em todos a esses conflitos deve ser:
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 1
25 Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
Paulo nos orienta a vivermos de acordo com o evangelho e abandornarmos tanto o ciúmes, quanto as discussões que provém dela. Ele aponta que essas coisas são a causa de não alcançarmos um crescimento em Cristo, e portanto, acabamos nos assemelhando a pessoas que não creem nele. Acabamos vivendo como pessoas que andam em trevas.
Viver segundo o evangelho é loucura. Abrir mão de coisas que não são essenciais pra fé, mas para nós, por amor é loucura para o mundo. Mas essa é a realidade de Deus.
Ponte Cristocêntrica:
Ponte Cristocêntrica:
Ora, e toda esse ciúmes e discussão dos membros de Corinto embora seja rídiculo, ele demonstra um ar de tentativa de agradar a Deus. Uma tentativa errada para aqueles que já conhecem o evangelho, mas é uma tentativa.
E isso apenas demonstra o fervor de toda a humanidade em querer alcaçar o transcendente. Em querer alcançar a Deus e seus mistérios.
Vemos isso desde de Gênesis com o povo contruindo imagens para sí, e até aqui em nossos tempos com pessoas fazendo N coisas para alcançar o mistério de Deus, e então entender o sentido da vida. Mas, Paulo nos ensina uma coisa muito valiosa… Tudo isso é um esforço vão. E ele fala isso para a igreja de Corinto:
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 3
2 Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais.
Eles não podiam suportar porque viviam buscando pelos seus próprios esforços conhecer as coisas insondáveis de Deus, mas Paulo mais pra frente diz que isso não provém do ser humano, mas apenas de Deus:
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 3
6 Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus.
Todo o esforço do ser humano em conhecer a Deus e entender o mistério da vida é inútil se Deus não fizer isso crescer dentro da pessoa. E Deus faz isso crescer por meio de Jesus. É Jesus quem faz nós conhecermos a Deus de verdade e entendermos o mistério da vida… E isso tudo acontece porque aceitamos Jesus como nosso salvador e única pessoa que pode nos reconectar com Deus, e ao fazermos isso nós adquirimos a mente do Senhor.
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 2
16 Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.
E se nós temos a mente de Cristo, nós vivemos em comunhão e deixamos todo o ciúmes e discussões de lado para vivermos como quem tem a mente do Senhor.
Conclusão:
Conclusão: