Sem título Sermão (2)

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SOFRIMENTO SEGUNDO A TEOLOGIA REFORMADA.

PERGUNTAS 1.

Se o fim principal do homem é glorificar a Deus e goza-lo para sempre, podemos afirmar que o nosso sofrimento é para glorificar também a Deus. De que forma o cristão pode testemunhar a Cristo para outros com seus sofrimentos sem que pareça autocomiseração?

Quero ainda, irmãos, que saibam que as coisas que me aconteceram têm até contribuído para o progresso do evangelho" ( Fp 1.12).
Quatro das treze epístolas de Paulo foram escritas quando ele estava preso em Roma, na sua própria habitação que alugara, durante o último tempo da sua prisão de dois anos. A Epístola aos Filipenses é geralmente considerada como a última das quatro, e foi escrita quando o autor estava esperando o resultado do seu julgamento perante Nero. Quando foi preso em Filipos, Paulo louvou a Deus, em vez de amaldiçoar sua sorte (At 16.25). Agora, sofrendo uma sentença mais longa, continua a dar o mesmo exemplo. Ele testemunha para soldados e visitantes, além de encorajar os cristãos locais a ser valentes (1.12–18). Paulo vê sua prisão como uma grande oportunidade para o progresso do evangelho:
De evangelização: "de maneira que toda a guarda pretoriana e todos os demais sabem que estou preso por causa de Cristo" ( v.13).
De encorajamento: "E os irmãos, em sua maioria, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar a palavra com mais coragem" ( v.14).
Quero que você saiba que tudo contribui para o nosso bem ( Rm 8.28). Que Deus está controlando não apenas os grandes eventos da história da humanidade como também os mínimos detalhes das nossas vidas. Todo o sofrimento que estamos enfrentando desdobrará em vitória. O sofrimento é pedagógico e suas circunstâncias adversas são usadas por Deus para cumprir seus propósitos. Amém.

2. Muitas vezes oramos por muito tempo por uma pessoa que está enferma e sofrendo, mas que acaba falecendo.

DECRETOS DE DEUS PARA A ORAÇÃO.
Três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim ( 1 Co 12.8).
Sempre ensinei minha igreja que há 3 decretos de Deus para a oração. Seguem:
Decreto permissivo: Deus só nos dará algo, se pedirmos: "Vocês me buscarão e me acharão quando me buscarem de todo o coração" ( Jr 29.13).
Decreto eletivo: Deus decretou dar a você algo que você não pediu: "Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós" ( Ef. 3.20).
Decreto preteritivo: Você vai orar e Deus vai dizer NÃO!: "Três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então ele me disse: 'A minha graça é o que basta para você, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza'. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo" ( 2 Co 12. 8,9).
Se Deus queria leva-la, porque ao menos não abreviou o seu sofrimento? Ao que podemos pensar que Deus o levando também é uma forma de aliviar sua dor.
3. Em Salmos 32:10 lemos: “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no SENHOR, a misericórdia o assistirá.” A impressão que temos muitas vezes é que o cristão sofre mais. Porque isso ocorre?
4. É pecado achar que uma criancinha não deveria sofrer como um adulto?
5. Ser um seguidor de Cristo condiciona a pessoa a ser um sofredor? O sofrimento é um condicionamento do cristianismo?
6. Se a pena do pecado é a morte o sofrimento antes dela é uma espécie de “castigo provisório”?
7. Em João 16 temos... Na verdade, na verdade vos digo que vós chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria. Isso significa que enquanto estivermos nesse mundo o sofrimento será inevitável?
8. Dizer “pare de sofrer” como norma teológica é uma utopia?
9. Elisabeth Elliot definiu o sofrimento sendo "ter o que você não deseja, ou desejar o que você não tem”. Se entendemos biblicamente que o amor de Deus e o sofrimento caminham lado a lado, como na prática, passar pelo sofrimento sem sentir medo e ansiedade a ponto de parecer crer mais na sua própria força do que no escape e providência de Deus?
10. O perdão não pressupõe alívio dos sofrimentos? Porque uma pessoa que teve seus pecados perdoados deve continuar sofrendo por causa deles?
Texto: 1 Pedro 4. 12-19.
Introdução: Porque sofremos? Ilustração.
Algumas propostas:
 Teologia da retribuição – “você está pagando pelo que
fez” (os amigos de Jó) ou teologia da prosperidade.
 Diabo – uma figura usada muitas vezes para explicar o
sofrimento humano em muitas igrejas.
 Sorte – nascemos sem sorte.
 Determinismo – você nasceu para sofrer.
 Uma questão familiar (maldição hereditária).
Porque sofremos? Uma questão tão antiga quanto o livro de Jó.
Contexto: Pedro escreveu esta carta para cristãos perseguidos:
“aos peregrinos e forasteiros” (expressão comum na carta). As
Igrejas da Ásia Menor eram determinadas pelo sofrimento,
estavam experimentando e ainda experimentariam um grande
teste. Pedro escreve “Aos forasteiros da dispersão” (V-1), a
situação desses crentes era de provação e sofrimentos.
Proposição: “Como devemos lidar com o sofrimento?”. Esta
pergunta reponderemos nessa noite à luz desse texto. Vivemos
em uma sociedade onde constantemente lidamos com o
sofrimento, você conhece pessoas que estão sofrendo, talvez
você esteja sofrendo. “Como devemos lidar com o
sofrimento?”.
I. Não estranhar o sofrimento V-12
(Imperativo ξενίζεσθε). O fogo ardente (πυρώσει) de que
fala Pedro tem um sentido de “queimadura”, mas aqui indica
uma “prova de fogo”. Esse fogo era para testar, como ouro mais apurado, é aquele que passa pelas mais altas temperaturas.
O ardor do fogo é para purificar (cf. 1.6,7). Os crentes haveriam
de passar por um sofrimento inexorável, terrível e violento.
Muitos cristãos morreram em meio às chamas provocadas por
Nero. Entretanto, o Apostolo alerta “não estranheis”, ou seja,
“não se surpreendam”, “não espantem”.
a) Eles poderiam pensar que algo estava errado (Satanás
poderia está vendendo?).
b) Aqui é um teste, em que Deus permite que seu povo
passe por adversidades e aflições, para encorajar e
provar sua fé e confiança nele.
c) O sofrimento não é anômalo ao verdadeiro Cristão (Jo
16.33 e 2 Tm 3.12 Atos 14.22).
Ilustração: Os amigos de Daniel estavam dentro do fogo e
implicações.
Aplicação: Há bênçãos pedagógicas no sofrimento (Cf: Rm 5.
3-5) Você se lembra de Jó 42.5? Salmo 119. 67.
Reflexão: Se somos crentes, não devemos estranhar o que
estamos passando em nossas vidas.
II. Se alegrar no sofrimento V-13.
a) A obra de Cristo foi consumada, mas por estarmos
ligados a ele, participamos (imperativo) do seu sofrimento e Ele
do nosso (Cf: 1Pedro 5.1). Àqueles que têm essa alegria desfrutarão de
uma alegria ainda maior V-13b, serão muito feliz,
exuberantemente feliz (χαίρετε cf. Romanos 8.17). Esse texto
está pedindo uma coisa absurda para nossos dias, sentir alegria ao participar dos sofrimentos de Cristo, como aplicar isso em
um contexto onde o evangelicalismo dos nossos dias anda
havido por prosperidade, poder, proeminência, popularidade ou
qualquer outro conceito mundano de sucesso? Como lidar com
uma verdade dessas, quando o evangelho está sendo atacado
pelo hedonismo, eu faço o que me dá prazer e não aquilo que
supostamente traz sofrimentos.
b) Ilustração: O sermão do monte Mt. 5.12. (Cf: Spurgeon).
c) Note, quando Pedro escreveu esse texto, ele não está
falando de algo teórico, mas algo que ele experimentou,
experimentou essa alegria (Atos 5.41).
d) Aplicação: Como sentir alegria em meio à dor, à angústia,
à perda, como sentir alegria em meio às lágrimas? O sacrifício
de Cristo é a força motriz que gera alegria ao cristão, mesmo
em meio aos mais densos sofrimentos. Se você pensar em tudo
que Jesus fez por você, e que na revelação da sua glória, você
O verá e você se alegrará muito, uma alegria que você ainda
não experimentou!
III. Identificando o Sofrimento 1Pedro 4.14,15
a) Porque as pessoas sofrem?
 Sofrem por seremos cristãos. Pelo nome de Jesus
V-14. Há uma grande recompensa, repousa o
Espírito da glória. Há amparo, há consolo, há
conforto, e se sofrem não devem se envergonhar
por isso V-16. (Ilustração da criança).
 Ou sofrem por causa dos seus pecados V-15 (cf:
1 Pedro 2.19-20.
 Ou sofrm porque é da vontade de Deus 1 Pedro 4. 19. (Cf:
Jo 9.1-4).
Aplicação: Qual tem sido a causa dos nossos sofrimentos?
IV. Entregar o sofrimento a Deus V-19.
a) Devemos entregar nosso sofrimento a Deus.
b) Ao invés de reclamarmos entreguemos (Vaso).
c) Deus é o Criador e saberá lidar com nosso sofrimento.
e) Somos incentivados a praticar o bem enquanto sofremos.
Aplicação: Para quem apelamos enquanto sofremos?
Conclusão: Ilustração: Você já pensou em como é produzido
uma perola? Pérolas são produtos da dor. Na parte Interna da
concha é encontrada uma substância lustrosa chamada
Nácar.  Quando um grão de areia a penetra, as células do Nácar
começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e
mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra, assim
surgem perolas. Um dia nossos pecados feriram a santidade de
Deus e isso produziu uma perola preciosa, a nossa salvação em
Cristo.
Deus está utilizando dos seus sofrimentos para produzir pedras
preciosas em sua vida!
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