O Gênero de Escrita Epistolar e a Vida de Paulo
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O Gênero Epistolar
O Gênero Epistolar
Olá amados amigos e irmãos, é um grande prazer estar aqui com vocês em nossa querida EBED podendo aprender juntos um pouco mais sobre esse tesouro que nos foi dado por Deus, é na Palavra que nós nos aproximamos mais de nosso Criador, é com Ela que conseguimos conhecer um pouco mais sobre nosso Senhor.
Imagino que alguns de meus ouvintes aqui talvez não me conheça então irei rapidamente me apresentar.
Meu nome é Nathan, sou natural aqui de floripa mesmo, membro da PIB e atualmente estou cursando o Instituto Missionário Palavra da Vida lá em Benevides no PA, como seminarista lá tenho tido a oportunidade de estudar a palavra de Deus e também de servir em comunidades ribeirinhas, as quais na verdade são o foco de nosso futuro ministério.
o IMPV como chamamos tem como principal foco de preparação o trabalho entre ribeirinhos e indígenas da Amazônia, e atualmente estamos atuando em uma comunidade chamada Anjos, no interior do Pará.
Não quero gastar muito do nosso tempo falando sobre lá, pois nosso tempo já é curto, mas para aqueles que tiverem maiores interesses em conhecer um pouco mais sobre esse tipo de missões, estou a disposição para conversarmos, será um grande prazer.
É a primeira vez que dou uma aula virtual, então peço perdão aos irmãos se por acaso eu tenho algum problema técnico no decorre da aula ou algo assim, ainda estou me adaptando a essa tecnologia. E também peço perdão por não estarmos fazendo de maneira ao vivo, mas minha internet aqui não é das melhores e nos testes que realizei a transmissão não foi de qualidade, então optei por gravar e postar, mas saibam que eu estou online assistindo a aula com vocês e qualquer duvida, postem nos comentários que eu estou lendo e responderei, a participação de vocês é essencial.
O tema geral de nossa aula é o estudo das chamadas Epístolas Paulinas, mas antes de entrar especificamente em cada uma das cartas, eu quero passar essa nossa primeira aula falando um pouco mais sobre esse gênero literário chamado Epístola e sobre o principal autor Bíblico que a utiliza que é Paulo.
O Novo testamento possui 27 livros, 21 deles são escritos nesse formato de Epístolas ou como também podem ser chamadas Cartas.
O Novo testamento possui 27 livros, 21 deles são escritos nesse formato de Epístolas ou como também podem ser chamadas Cartas.
A carta como estilo literário na realidade não era um costume forte entre os Judeus apesar de observarmos no AT testamento a presença de algumas cartas escritas, vou deixar com vocês aqui as vezes que isso ocorre no AT mas isso não será o foco de nosso estudo.
No Antigo Testamento também podemos observar a escrita de algumas cartas: 2Sm 11:15; 1Rs 21:9–10; Ed 4:11–16; 4:17–22; 5:6–17; Ne 2:7–9; 6:6–7; Et 9:20,25,30; Is 39:1 Jr 29:1–29
2Sm 11:15;
1Rs 21:9–10;
Ed 4:11–16; 4:17–22; 5:6–17;
Ne 2:7–9; 6:6–7;
Et 9:20,25,30;
Is 39:1
Jr 29:1–29
A popularização da utilização de cartas como meio de comunicação ocorreu durante o império Romano
Os primeiro relatos de uso comum de cartas está entre os povos do Egito e Grécia, porém sua popularização mesmo ocorreu dentre o império Romano, inclusive a maioria das cartas que vemos no NT segue a risca o formato geral do estilo de cartas romanas
A estrutura literária das epístolas apostólicas não é 100% uniforme, mas cartas que, com maior propriedade podem assim chamar-se, respondem em termos globais ao modelo clássico romano, que consistia em:
a) uma saudação inicial, precedida da apresentação do autor e a indicação do destinatário;
b) o texto ou o corpo da carta propriamente dito;
c) a despedida, que incluía saudações de pessoas conhecidas do autor e do receptor e saudações para essas pessoas.
O modelo clássico de carta romana consistia em:
a) uma saudação inicial, precedida da apresentação do autor e a indicação do destinatário;
b) o texto ou o corpo da carta propriamente dito;
c) a despedida, que incluía saudações de pessoas conhecidas do autor e do receptor e saudações para essas pessoas.
Os autores cristãos modificaram, em certas ocasiões, esse modelo de carta em alguns dos seus detalhes. Paulo, p. ex., no lugar da característica saudação inicial romana “Saúde”, introduz no começo de quase todas as suas epístolas uma expressão mais complexa, que dá testemunho da sua fé: “Graça e paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (cf., p. ex., Rm 1:7). Essas palavras vão normalmente seguidas de uma ação de graça ou de uma oração em favor dos destinatários da carta.
Do mesmo modo, a despedida não se limita ao simples e frio “Passa bem”, que lemos, p. ex., na carta do tribuno Cláudio Lísias ao governador Félix (At 23:30), mas freqüentemente inclui, junto às saudações pessoais, uma exortação, bênção ou doxologia, que é como uma afirmação final da sua fé, com a qual o autor encerra os seus escritos.
Diferente principalmente dos escritos dos profetas, onde o profeta transmitia ao povo os oráculos de Deus, os apóstolos escreviam cartas ao irmãos, caracterizadas pela abundancia de explicação, feitas sem reservas e com um alternância de sentimentos, o que é comum nesse tipo de comunicação.
A carta é em sua natureza uma comunicação mais familiar, mais próxima, deixando seu autor e seus leitores em um grau de igualdade. Marcas do próprio ministério que Cristo inaugurou na terra, um Deus próximo e pessoal.
A carta é em sua natureza uma comunicação mais familiar, mais próxima, deixando seu autor e seus leitores em um grau de igualdade.
Marcas do próprio ministério que Cristo inaugurou na terra, um Deus próximo e pessoal.
Quando comparamos a revelação do AT junto ao NT percebemos que ambas andam em paralelo uma a outra.
No AT vemos a Revelação da Lei no Pentateuco e no NT a revelação fundamental dos 4 evangelhos.
No AT a revelação da Lei é seguida pelos livros históricos que revelam as instituições que foram originadas pela Lei e como Ela foi ou não seguida pelo povo. No NT, depois dos Evangelhos vemos um livro histórico mostrando como o Evangelho de Cristo se materializou na igreja. Seguido a isso, no NT vemos então as chamadas Epístolas, onde vemos como a verdade do Evangelho foi sendo propagada pelos mais diversos cantos e a conexão desse evangelhos com a vida dos cristãos e das igrejas e como esse evangelho de Cristo foi sendo interpretado, assim como observamos no AT nos livros de Salmos, Provérbios e nos diversos escritos Proféticos que interpretavam a Lei.
AT NT
Pentateuco Evangelhos
Históricos Atos
Sapienciais/Poéticos/Proféticos Epístolas
No NT os evangelhos nos mostram como Cristo foi pregado ao mundo em geral, nas Epístolas vemos como Ele foi ensinado na Igreja. Os evangelhos nos mostram os fatos da manifestação de Cristo, as Epístolas o resultado dessa manifestação.
As Epístolas são assim uma progressão da revelação dos Evangelhos, vemos a vida de Cristo e depois nossa vida em Cristo, antes Deus habitou entre os homens com Cristo e agora Deus habita dentro do homem com o ES.
As Epístolas são assim uma progressão da revelação dos Evangelhos, vemos a vida de Cristo e depois nossa vida em Cristo, antes Deus habitou entre os homens com Cristo e agora Deus habita dentro do homem com o ES.
Classificação das epístolas
De acordo com certas características comuns, podemos agrupar as epístolas do Novo Testamento do seguinte modo:
1. Epístolas paulinas (13)
(a) Primeiras epístolas, também chamadas de Grandes Epístolas ou Epístolas escritas durante o período de atividade Missionária
1 Tessalonicenses
2 Tessalonicenses
Gálatas
1 Coríntios
2 Coríntios
Romanos
(b) Epístolas da prisão
Efésios
Colossenses
Filemon
Filipenses
(c) Epístolas pastorais
1 Timóteo
2 Timóteo
Tito
2. Epístola aos Hebreus (1)
3. Epístolas universais (7)
Tiago
1Pedro
2Pedro
1João
2João
3João
Judas
Classificação das epístolas
De acordo com certas características comuns, podemos agrupar as epístolas do Novo Testamento do seguinte modo:
1. Epístolas paulinas (13)
(a) Primeiras epístolas, também chamadas de Grandes Epístolas ou Epístolas escritas durante o período de atividade Missionária
1 Tessalonicenses
2 Tessalonicenses
Gálatas
1 Coríntios
2 Coríntios
Romanos
(b) Epístolas da prisão
Efésios
Colossenses
Filemon
Filipenses
(c) Epístolas pastorais
1 Timóteo
2 Timóteo
Tito
2. Epístola aos Hebreus (1)
3. Epístolas universais (7)
Tiago
1Pedro
2Pedro
1João
2João
3João
Judas
O foco principal de nossas aulas, portanto, será naquelas cartas escritas por Paulo, deixando para um outro momento os escritos de Hebreu e das Epístolas Gerais.
A VIDA DE PAULO
Agora que já estudamos sobre o gênero literário epistolar, vamos mudar nosso foco para o principal autor desse gênero e autor das cartas que serão o alvo de nossa matéria, Paulo.
Saulo nasceu na mesma época que nosso Senhor. Seu nome da circuncisão era Saulo, e provavelmente o nome Paulo também foi dado a ele na infância "para uso no mundo gentio", pois "Saulo" seria seu nome de origem hebraico. Ele era natural de Tarso, capital da Cilícia, uma província romana no sudeste da Ásia Menor. Um centro de tráfego comercial extensivo com muitos países ao longo das margens do Mediterrâneo, bem como com os países da Ásia Central Menor. Tornou-se assim uma cidade diferenciada pela riqueza de seus habitantes.
Tarso também foi sede de uma universidade famosa, com reputação ainda maior do que as universidades de Atenas e Alexandria, as únicas outras que existiam na época. Aqui Saulo nasceu, e aqui passou sua juventude, sem dúvida desfrutando da melhor educação que sua cidade natal podia pagar. Seu pai era da seita mais estreita dos judeus, fariseu, da tribo de Benjamim, de sangue judeu puro e sem mistura (Atos 23: 6; Fil. 3: 5). Não aprendemos nada sobre a mãe dele. Lemos que ele tinha uma irmã e um sobrinho (Atos 23:16) e de outros parentes (Rom. 16: 7, 11, 12).
Embora judeu, seu pai era cidadão romano. Como ele obteve esse privilégio, não somos informados. Foi um privilégio valioso e que foi de grande utilidade para Paulo.
Antes de seus estudos para se tornar Rabino ou mestre, de acordo com o costume judaico, porém, ele aprendeu um ofício, a fabricação de tendas a partir de tecidos para cabelo de cabras, um comércio que era um dos mais comuns em Tarso.
Concluída sua educação preliminar, Saul foi enviado, com cerca de treze anos de idade, provavelmente, à grande escola judaica de aprendizado sagrado em Jerusalém, como estudante da lei. Aqui, ele se tornou aluno do célebre rabino Gamaliel, e aqui passou muitos anos em um estudo elaborado das Escrituras e das muitas perguntas a respeito delas com as quais os rabinos se exercitavam.
Quando seu período de estudo finalmente terminou, ele provavelmente deixou Jerusalém para Tarso. Mas o encontramos de volta a Jerusalém logo após a morte de nosso Senhor. Aqui ele agora aprendeu os detalhes sobre a crucificação e o surgimento da nova seita dos “nazarenos”.
Por cerca de dois anos após o Pentecostes, o cristianismo estava silenciosamente espalhando sua influência em Jerusalém. Por fim, Estevão, deu mais testemunhos públicos e agressivos de que Jesus era o Messias, e isso levou a muita emoção entre os judeus e a muitas disputas em suas sinagogas. A perseguição surgiu contra Estevão e os seguidores de Cristo em geral, na qual Saulo de Tarso teve uma parte proeminente. Naquele momento, ele provavelmente era um membro do grande Sinédrio e tornou-se o líder ativo da furiosa perseguição pela qual os governantes tentavam exterminar o cristianismo.
Ao ouvir que os fugitivos haviam se refugiado em Damasco, ele obteve cartas dos principais sacerdotes que o autorizavam a prosseguir em sua carreira de perseguidor. Essa foi uma longa jornada de cerca de 200 quilômetros, que ocuparia talvez seis dias, durante os quais, com seus poucos atendentes, ele seguia em frente, "respirando ameaças e massacres". Mas a crise de sua vida estava próxima. Ele alcançou o último estágio de sua jornada e estava à vista de Damasco. Enquanto ele e seus companheiros continuavam, de repente, ao meio-dia, uma luz brilhante brilhou ao redor deles, e Saul foi posto prostrado de terror no chão, uma voz soando em seus ouvidos: "Saulo, Saulo, por que me persegue?" O Salvador ressuscitado estava lá, vestido com as vestes de sua humanidade glorificada. Em resposta à pergunta ansiosa do perseguidor ferido: "Quem és, Senhor?" ele disse: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues" (Atos 9: 5; 22: 8; 26:15).
Este foi o momento de sua conversão, o mais solene em toda a sua vida. Cego pela luz ofuscante (Atos 9: 8), seus companheiros o levaram à cidade, onde, absorvido em pensamentos profundos por três dias, ele não comeu nem bebeu (Atos 9:11). Ananias, um discípulo que vivia em Damasco, foi informado por uma visão da mudança que acontecera a Saulo e foi enviado a ele para abrir os olhos e admiti-lo por batismo na igreja cristã (Atos 9: 11–16). Todo o propósito de sua vida agora estava permanentemente alterado.
Imediatamente após sua conversão, ele se retirou para as regiões da Arábia (Gálatas 1:17), com o objetivo, provavelmente, de devoto estudo e meditação sobre a maravilhosa revelação que lhe fora feita. “Um véu de espessa escuridão paira sobre esta visita à Arábia. Das cenas entre as quais ele se mudou, dos pensamentos e ocupações que o envolveram enquanto estava lá, de todas as circunstâncias de uma crise que deve ter moldado todo o teor de sua vida após a morte, absolutamente nada se sabe. Voltando, depois de três anos, a Damasco, ele começou a pregar o evangelho “ousadamente em nome de Jesus” (Atos 9:27), mas logo foi obrigado a fugir (9:25; 2 Cor. 11:33) e se dirige a Jerusalém. Aqui ele ficou por três semanas, mas foi novamente forçado a fugir (Atos 9:28, 29) da perseguição. Ele retorna então a Tarso (Gl. 1:21), onde fica, provavelmente por cerca de três anos.
Por fim, a cidade de Antioquia, capital da Síria, tornou-se cenário de grande atividade cristã. Lá o evangelho ganhou uma posição firme, e a causa de Cristo prosperou. Barnabé, que fora enviado de Jerusalém para supervisionar o trabalho em Antioquia e, lembrando-se de Saulo, partiu para Tarso para procurá-lo. Ele prontamente respondeu à chamada e desceu a Antioquia, que por "um ano inteiro" se tornou o cenário de seus trabalhos. Lá os discípulos, pela primeira vez, foram chamados de "cristãos" (Atos 11:26).
A igreja de Antioquia propôs enviar missionários aos gentios, e Saulo e Barnabé, com João Marcos como seu acompanhante, foram escolhidos para este trabalho. Esta foi uma grande época na história da igreja. Agora os discípulos começaram a dar cumprimento ao mandamento do Mestre: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura."
Os três missionários saíram na primeira excursão missionária. Eles partiram de Selêucia, o porto marítimo de Antioquia, através de Chipre, a cerca de 130 quilômetros a sudoeste. Aqui em Pafos, Sergio Paulo (Sergius Paulus), o procônsul romano, foi convertido, e agora Saulo assumi a liderança, a partir daqui ele passa a usar somente seu nome gentio Paulo. Os missionários cruzam para o continente e, em seguida percorrem cerca de 10 km até Perge (Atos 13:13), onde João Marcos abandonou a obra e retornou a Jerusalém. Os dois seguiram cerca de 160 quilômetros para o interior, passando pelas regiões da Panfília, Pisídia e Licaônia (regiões da atual Turquia). As cidades mencionadas neste trecho são a Antioquia da Pisídia, onde Paulo fez seu primeiro discurso do qual temos registro (13: 16–51), Icônio, Listra e Derbe. Eles retornaram pela mesma rota para ver e incentivar novos convertidos e ordenar anciãos em todas as cidades para vigiar as igrejas reunidas. De Perge, navegaram diretamente para Antioquia, de onde partiram.
Depois de permanecer “muito tempo”, provavelmente até seus 50 ou 51 anos, em Antioquia, uma grande controvérsia eclodiu na igreja lá sobre a relação dos gentios com a lei mosaica. Com o objetivo de obter uma solução para essa questão, Paulo e Barnabé foram enviados para consultar a igreja em Jerusalém. O conselho ou sínodo que estava lá (Atos 15) decidiu contra o partido judaizante; e os eles, acompanhados por Judas e Silas, retornaram a Antioquia, levando consigo o parecer do conselho.
Depois de um breve descanso em Antioquia, Paulo disse a Barnabé: “Vamos novamente visitar nossos irmãos em todas as cidades onde pregamos a palavra do Senhor, e ver como estão”. Marcos propôs novamente acompanhá-los; mas Paulo se recusou a permitir que ele fosse. Barnabé estava decidido a levar Marcos, e assim ele e Paulo tiveram uma contenda aguda. Eles se separaram e nunca mais se encontraram. Paulo, no entanto, depois fala com honra a Barnabé, e pede para Marcos vir a ele em Roma (Col. 4:10; 2 Tm 4:11).
Paulo levou Silas, em vez de Barnabé, e iniciou sua segunda jornada missionária com cerca de 51 anos de idade. Dessa vez, foi por terra, revisitando as igrejas que já havia fundado na Ásia. Mas ele desejava entrar em "regiões além" e ainda avançava pela Frígia e Galácia (16: 6). Ao contrário de sua intenção, ele foi obrigado a permanecer na Galácia, por conta de alguma aflição corporal (Gálatas 4:13, 14). Guiados pelo Espírito Santo chegam a Trôade, na costa noroeste da Ásia Menor (Atos 16: 8). Nesta longa jornada de Antioquia a Trôade, não temos relato, exceto algumas referências a ele em sua Epístola aos Gálatas (4:13).
Enquanto esperava em Trôade por indicações da vontade de Deus sobre seus futuros movimentos, ele viu, na visão da noite, um homem das margens opostas da Macedônia em pé diante dele, e ouviu-o gritar: "Venha, e ajude-nos ”(Atos 16: 9). Paulo reconheceu nessa visão uma mensagem do Senhor e, no dia seguinte, navegou para Neápolis, cidade porto na Macedônia. Na Macedônia, igrejas foram plantadas em Filipos, Tessalônica e Bereia. Deixando esta província, Paulo entrou na Acaia, "o paraíso da genialidade e da fama". Ele chegou a Atenas, mas desistiu depois de, provavelmente, uma breve permanência (17: 17–31). Os atenienses o receberam com frio desdém e ele nunca mais visitou a cidade. Ele passou para Corinto, a sede do governo romano da Acaia, e ficou lá um ano e meio, trabalhando com muito sucesso. Enquanto estava em Corinto, ele escreveu suas duas epístolas para a igreja de Tessalônica, suas primeiras cartas apostólicas, e depois partiu para a Síria, para que chegasse a tempo de celebrar a festa de Pentecostes em Jerusalém. Ele foi acompanhado por Áquila e Priscila, a quem deixou em Éfeso. Ele desembarcou em Cesareia, subiu para Jerusalém e, tendo “saudado a igreja” ali, e celebrado o banquete, partiu para Antioquia, onde permaneceu “algum tempo” (Atos 18: 20–23).
Ele então começou sua terceira viajem missionária. Ele viajou por terra pelas partes mais ao leste da Ásia Menor (Galácia e Frígia) e, finalmente, chegou a Éfeso, onde permaneceu por não menos de três anos. Era uma cidade de grande riqueza que foi uma grande porta aberta ao apóstolo. Seus colegas de trabalho o ajudaram em seu trabalho, levando o evangelho a Colossos e Laodiceia e a outros lugares que pudessem alcançar.
Pouco antes de sua partida de Éfeso, o apóstolo escreveu sua Primeira Epístola aos Coríntios. Os ourives, cuja profissão de fazer idolos se via ameaçada, organizaram um tumulto contra Paulo, e ele deixou a cidade e seguiu para Trôade (2 Cor. 2:12), de onde, depois de algum tempo, ele foi ao encontro de Tito na Macedônia. Aqui, em conseqüência do relatório que Tito trouxe de Corinto, ele escreveu sua segunda epístola àquela igreja. Tendo passado provavelmente a maior parte do verão e outono na Macedônia, visitando as igrejas de lá, especialmente as igrejas de Filipos, Tessalônica e Bereia, provavelmente penetrando no interior, às margens do mar Adriático (Rm 15:19), ele então entrou na Grécia, onde ficou três meses, passando provavelmente a maior parte desse tempo em Corinto (Atos 20: 2). Durante sua estada nesta cidade, ele escreveu sua Epístola aos Gálatas, e também a grande Epístola aos Romanos. No final dos três meses, ele deixou Acaia para a Macedônia, daí atravessou a Ásia Menor e, tocando em Mileto, dirigiu-se aos presbíteros efésios, a quem ele havia pedido para encontrá-lo (At 20:17), e depois navegou para Tiro. , finalmente alcançando Jerusalém, provavelmente na primavera de 58 dC.
Enquanto em Jerusalém, na festa de Pentecostes, ele quase foi assassinado por uma multidão judia no templo. Resgatado de sua violência pelo comandante romano, ele foi transportado como prisioneiro para Cesaréia, onde, por várias causas, ficou detido por dois anos no pretório de Herodes (Atos 23:35).
No final desses dois anos, Felix foi sucedido no governo da Palestina por Porcius Festus, diante de quem o apóstolo foi novamente ouvido. Mas, julgando certo nesta crise reivindicar o privilégio de um cidadão romano, ele apelou ao imperador (Atos 25:11). Tal apelo não podia ser desconsiderado, e Paulo foi imediatamente enviado a Roma. Após uma longa e perigosa viagem, ele finalmente chegou à cidade imperial no início da primavera, provavelmente em 61 d.C. Aqui foi permitido que ele ocupasse sua própria casa alugada, sob constante custódia militar. Esse privilégio foi concedido a ele, sem dúvida, porque ele era um cidadão romano e, como tal, não poderia ser preso sem um julgamento.
Os soldados que mantinham guarda sobre Paulo eram naturalmente trocados a intervalos freqüentes, e, portanto, ele teve a oportunidade de pregar o evangelho a muitos deles durante esses "dois anos inteiros", e com o resultado abençoado de se espalhar entre os guardas imperiais, e mesmo na casa de César, um interesse pela verdade (Filipenses 1:13). Seus aposentos eram procurados por muitos investigadores ansiosos, judeus e gentios (Atos 28:23, 30, 31), e, portanto, sua prisão "voltou-se para a promoção do evangelho" e sua "casa alugada" tornou-se o centro de uma influência graciosa que se espalhou por toda a cidade. Durante esse período, o apóstolo escreveu suas epístolas aos Colossenses, Efésios, Filipenses e Filemon, e provavelmente também aos hebreus para aqueles que a atribuem sua autoria a Paulo.
Essa primeira prisão chegou ao fim, depois de Paulo ter sido absolvido, provavelmente porque nenhuma testemunha apareceu contra ele.
Mais uma vez, ele partiu para o trabalho missionário, provavelmente visitando a Europa Ocidental e Oriental e a Ásia Menor. Durante esse período de liberdade, ele escreveu sua primeira epístola a Timóteo e sua epístola a Tito.
O ano de sua libertação foi sinalizado pela queima de Roma, que Nero achou apropriado atribuir aos cristãos. Uma feroz perseguição eclodiu agora contra os cristãos. Paulo foi preterido e mais uma vez transportado para Roma um prisioneiro. Durante essa prisão, ele provavelmente escreveu a Segunda Epístola a Timóteo, a última que escreveu. Desta vez julgado perante Nero foi declarado culpado e sentenciado a morte, por ser cidadão romano, foi martirizado por decapitação provavelmente 66-68 d.C., cerca de quatro anos antes da queda de Jerusalém.
Vida de Paulo
Entre 5 e 10 d.C Nascimento, na cidade de Tarso, na Cilícia (At 21.39; At 7.58 “um jovem”)
35 d.C Testemunha a morte de Estevão (At 7.58-81)
Perseguidor dos seguidores de Jesus na Judéia (At 8. 1-3; 9.1)
35 d.C. Conversão, na estrada de Damasco (At 9.2-19; 22.6-16; 26.12-18; 1 Co 9.1; 15.8; Gl 1.15-16)
35-38 d.C. Na Arábia e em Damasco (Gl 1.17-18; 2 Co 11.32-33; At 9.9-25)
38 d.C. Em Jerusalém, passando duas semanas com Pedro e Tiago (Gl 1.18-19; At 9.25-30)
38-43 d.C. Na Síria e na Cilícia (At 9.30; Gl 1.21) e um ano em Antioquia (At 11.25-26)
43 ou 44 d.C. Em Jerusalém, levando ajuda para os famintos (At 11.27-30; 12.25)
46-48 d.C. Primeira viagem missionária (At 13.2-14.28)
49 ou 50 d.C. A reunião em Jerusalém (At 15.1-34; Gl 2.1-10)
A disputa com Pedro, em Antioquia (At 15.35; Gl 2.11-14)
50 – 52 d.C. Segunda viagem missionária (At 15.36; 18.22)
1 Tessalonicenses (Em Corinto; At 18.1-18)
2 Tessalonicenses (Em Corinto)
53 d.C. Gálatas
53 – 57 d.C. Terceira viagem missionária (At 18.23 - 21.16)
55 d.C. 1 Coríntios (em Éfeso)
2 Coríntios (na Macedônia)
57 d.C. Romanos (em Cencreia ou em Corinto)
Preso em Jerusalém (At 21.17 – 23.30)
57 – 59 d.C. Em Cesareia, na prisão (At 23.31 – 26.32)
59 d.C. A viagem para Roma (At 27.1 – 28.16)
59-61 d.C. Em Roma, dois anos na prisão (At 28.16-31)
Efésios
Colossenses
Filemom
Filipenses
62 d.C. Solto da prisão
62-66 d.C. Quarta viagem missionária
1 Timóteo
Tito
66-67 d.C. Prisão em Roma
2 Timóteo
67 ou 68 d.C. Paulo é morto em Roma