SABEDORIA PARA AS GERAÇÕES II

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Provérbios 5.1–2 NAA
1 Meu filho, dê atenção à minha sabedoria; incline os ouvidos à minha inteligência, 2 para que você conserve o discernimento, e para que os seus lábios guardem o conhecimento.

INTRODUÇÃO

Na quinta-feira passada, iniciamos essa jornada através do Livro de Provérbios e entramos em uma atmosfera com os mais variados temas, da maior importância para o ser humano de todas as culturas, idades, classes e origens, para o desenvolvimento do caráter cristão, da santidade familiar e o restabelecimento de princípios e da fé, numa sociedade sem propósito, sem destino.
É glorioso como o Espírito Santo colocou o sábio rei Salomão num ambiente enriquecido com amor, conhecimento e propósito de vida, de tal maneira que, o que saiu de sua caneta inspirada transcendeu às mais diversas realidades e épocas. Sem dúvida, esses detalhes cuidados por Deus na criação do jovem rei fizeram com que, na hora de impactar com sua liderança, ele procurasse compartilhar desde uma plataforma pletórica de adoração, louvores e muito amor.
Hoje, continuaremos meditando nessas verdades simples, que podem ser facilmente compreendidas e lembradas, procurando aprender e entender o que o Espírito nos revela nos bastidores da sabedoria com a qual Ele inspirou o Livro de Provérbios que, mesmo com sua estrutura de frases e temas breves, sem solução de continuidade em boa parte do seu conteúdo, pode ser estudado como quem vai pelo caminho, na mão do Espírito Santo, pegando as mais deliciosas frutas, satisfazendo o apetite nas áreas mais importantes da vida. Vos convido amados, então, a entrar neste veículo para avançar na etapa de hoje.

A. ADVERTÊNCIAS CONTRA A COBIÇA

Provérbios 4.7–9 NAA
7 O princípio da sabedoria é: adquira a sabedoria; sim, com tudo o que você possui, adquira o entendimento. 8 Valorize a sabedoria, e ela o exaltará; se você a abraçar, ela o honrará. 9 Ela porá um diadema de graça em sua cabeça e lhe entregará uma coroa de glória.”
A Bíblia concede a descrição especial de “sábio” ou “sábia” a doze pessoas reconhecidas na história de Israel e no desenvolvimento da igreja:
1. José (At. 7:9-10), governador do Egito quem preparou-o para uma grave escassez de alimentos.
2. Moisés (At. 7:20-22), o grande líder preparado com a sabedoria do Egito, que depois recebeu de Deus as lições de sabedoria necessárias para tirar Israel da escravidão e levá-lo pelo deserto.
3. Bezalel (Êx. 31:1-5), o grande arquiteto, inventor, ourives e carpinteiro usado por Deus para a construção da tenda da congregação, do tabernáculo e seus móveis, assim como as vestes dos sacerdotes e o azeite da unção e o incenso para o santuário.
4. Josué (Dt. 34:9), servo obediente de Moisés e líder usado por Deus para administrar a Israel.
5. Davi (2Sm. 14:20) , o doce cantor de Israel que nunca deixou que as suas falhas o afastassem da fonte de sabedoria.
6. Abigail (1Sm. 25:3), boa administradora da sua casa, apesar do seu marido, Nabal.
7. Salomão (1Rs. 3:11-14), quem sempre sabia o que fazer, embora falhasse em aplicar a sabedoria na sua própria vida.
8. Daniel (Dn. 5:11-12), profeta de Deus, homem de oração, visões e sonhos de Deus.
9. Os astrônomos (magos) (Mt. 2:1-12), que não só receberam conhecimento especial do lugar e data de nascimento de Jesus, mas o verificaram pessoalmente.
10. Estevão (At. 6:8-10), administrador e distribuidor dos alimentos e da atenção às viúvas gregas, pregador e o primeiro mártir da igreja.
11. Paulo (2Pe. 3:15-16), o apostolo consagrado a judeus e gregos.
12. Cristo (Lc. 2:40, 52; 1Cor. 1:20-25), Filho de Deus e nosso amado Senhor e Salvador.
Esses e muitos outros líderes da Bíblia enfrentaram o comportamento pecaminoso da cobiça. Alguns sucumbiram (Eva, Caim, Ninrode, Balaão, Ló, Saul, etc.). Deles, alguns, embora mais tarde se levantassem novamente, nunca poderiam retornar à sua posição na história. Outros, tendo aprendido a sabedoria, venceram e conseguiram terminar a tarefa confiada sem cair na sua rede.
Êxodo 20.17 NAA
17 — Não cobice a casa do seu próximo. Não cobice a mulher do seu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao seu próximo.
A cobiça é o pecado secreto do coração. É subjetivo e não pode ser identificado pelo homem. De todos os dez mandamentos, este é o único que se mantém incógnito ao alvitre humano. Uma pessoa pode ter uma auréola de santidade sobre a cabeça e um coração podre, encharcado de cobiça. Foi esse décimo mandamento da lei de Deus que levou o apóstolo Paulo à consciência de que era pecador. Os nove primeiros mandamentos da lei de Deus são objetivos e podem ser vistos e julgados por todos os homens, mas o décimo trata de uma questão de foro íntimo e nenhum tribunal da terra tem competência para julgar o que há ali.
A cobiça é o desejo de possuir o alheio. É um pecado de ingratidão, uma vez que o cobiçoso não valoriza o que tem nem se contenta com o que tem, mas deseja ardentemente o que se não tem nem se pode ter. O cobiçoso em vez de se deleitar naquilo que recebeu de Deus, é movido pela ganância insaciável, busca ter o que pertence ao próximo.
A cobiça induz o indivíduo a desejar a casa do próximo. Ele anseia ter tudo o que o próximo tem; a sua casa com tudo o que ela tem e representa. Tira os olhos de tudo o que tem para colocá-los em tudo o que não tem, como Adão e Eva, que embora galardoados por Deus e tendo o privilégio de viver no jardim do Éden, cheio de delícias, tendo plena comunhão com Deus, sentiram-se injustiçados e desejaram ser iguais a Deus. Ou como o rei Acabe, que não satisfeito em assentar-se no trono, e ser dono de tantas riquezas, entristeceu-se por não ter a vinha de Nabote. O cobiçoso quer tudo o que o outro tem, em vez de alegrar-se com tudo o que já tem.
A cobiça induz o indivíduo a desejar o cônjuge do próximo. Cobiçar a mulher do próximo é desejar o que se não pode ter. É desejar o proibido. É abrir um caminho escorregadio rumo ao adultério. Davi viu e desejou Bate-Seba, por isso adulterou com ela. A cobiça é a mãe do pecado e a avó da morte. O desejo secreto gera a ação pecaminosa. Ainda que não consume o ato de seu desejo, aos olhos de Deus, o cobiçoso já cometeu o pecado de adultério, pois Deus julga não apenas o ato, mas também a intenção e o desejo. Portanto, cobiçar a mulher do próximo é uma quebra do sétimo mandamento da lei de Deus. Jesus afirmou que “...qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.” (Mt. 5:28). Mesmo que o adultério tenha ocorrido apenas nas recâmaras do coração, aos olhos de Deus, o pecado já aconteceu. É preciso, portanto, alertar que o tribunal de Deus tem competência para julgar o foro íntimo, uma vez que Deus conhece não apenas nossas ações, mas também nossas intenções.
A cobiça também induz o indivíduo a desejar os bens do próximo, descritos como servos, animais ou quaisquer outros bens. Desta forma, a cobiça é uma quebra do oitavo mandamento. Mesmo que o cobiçoso não consume o objeto de seu desejo, aos olhos de Deus, ele é um ladrão, pois se não conseguiu ter os bens do próximo, não foi por falta de motivação, mas por fatores alheios à sua vontade. O cobiçoso pode jamais ser apanhado pela lei dos homens, mas não consegue escapar da lei de Deus e não ficará impune à análise prescrutadora do tribunal Eterno.
O Livro de Provérbios observa dois importantes resultados secundários da vida sábia: O sucesso e uma boa reputação, os quais são promovidos por uma vida de piedade (Pv. 10:7), verdade (Pv. 13:5), fazendo tudo para a glória de Deus (Pv. 16:3), com prudência (Pv. 17:27-28), humildade (Pv. 22:4), aquisição e valorização do entendimento (Pv. 19:8) e arrependimento (Pv. 28:13). O crente não chegara a nenhum deles pelo caminho da cobiça. Muito pelo contrário, seu sucesso não será visto por causa do tamanho do seu pecado e a sua reputação ficara maculada para sempre, muitas das vezes, mesmo tendo corrigido o rumo.

B. ADVERTÊNCIAS CONTRA A PREGUIÇA (Pv 6:6-11)

Provérbios 6.6–11 NAA
6 Vá ter com a formiga, ó preguiçoso! Observe os caminhos dela e seja sábio. 7 Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante, 8 no verão prepara a sua comida, no tempo da colheita ajunta o seu mantimento. 9 Ó preguiçoso, até quando vai ficar deitado? Quando se levantará do seu sono? 10 Um pouco de sono, um breve cochilo, braços cruzados para descansar, 11 e a sua pobreza virá como um ladrão, a miséria atacará como um homem armado.
A formiga, um animal humilde e, aparentemente, insignificante, é colocada aqui como exemplo e mestre da sabedoria, porque utiliza economicamente sua energia e seus recursos. Ela passa as curtas semanas de sua vida trabalhando diligentemente e sem queixa. Algumas pessoas só trabalham quando são forçadas. No entanto, a formiga continua sua tarefa mesmo quando ninguém está observando. Diferente daqueles que preferem dormir a trabalhar, a formiga está continuamente ativa. Ela não se queixa de que a tarefa seja muito dura ou que o pagamento seja muito baixo. Só trabalha, porque este é seu papel, determinado pelo Criador.
Desde o princípio, nosso Criador teve intenção de que trabalhássemos (Gn. 2:15). Porisso muitas pessoas têm negligenciado esta obrigação. O resultado dessa atitude é pobreza e carência (Pv. 6:11). Conquanto haja tempos em que as pessoas boas e trabalhadoras sofrem necessidade (Fp. 4:10,14; At. 11:27-30), muito da pobreza e do sofrimento neste mundo é o resultado da preguiça.
Os homens que respeitam a vontade de Deus, trabalham para sustentar suas famílias. Paulo disse:
1Timóteo 5.8 NAA
8 Se alguém não tem cuidado dos seus e, especialmente, dos da própria casa, esse negou a fé e é pior do que o descrente.
Parece que alguns deles possessos de um fanatismo sem razão, simplesmente se apartaram dos demais, se isolaram e decidiram dedicar seu tempo a esperar ao Senhor. Paulo foi muito claro com os irmãos de Tessalônica. Se recebemos o Evangelho precisamos viver de acordo com o Evangelho. Paulo disse que aqueles que se recusam a trabalhar merecem passar fome (2Ts. 3:10), e os crentes têm que separar-se desses irmãos preguiçosos para que, envergonhados, mudem seu comportamento (2Ts. 3:6, 14-15) .
Uma história bem conhecida conta de um homem que trabalhava como jardineiro de uma enorme propriedade no norte da Itália. Um dia ele estava guiando um visitante pelo castelo e pelos jardins cuidadosamente mantidos. O visitante nunca tinha visto um jardim tão lindo e, enquanto partilhava a refeição com o jardineiro e sua esposa, ele os elogiava pela maneira como cuidavam e mantinham o jardim. O visitante perguntou: “Quando foi a última vez que o proprietário esteve aqui?” O jardineiro respondeu: “Uns dez anos atrás”. Então perguntou: “Por que você mantém o jardim de uma maneira tão impecável?” E o jardineiro respondeu: “Bem, eu estou esperando o senhor voltar.” O visitante insistiu em perguntar: “Ele vem na próxima semana?” O jardineiro respondeu: “Não sei quando ele voltará, mas poderia muito bem chegar hoje”.
O jardineiro vivia e trabalhava à luz do retorno iminente do proprietário da fazenda. Não estava encostado no portão do castelo, olhando para a estrada para ver se o proprietário voltava ou não; estava no jardim, cuidando e cortando o gramado, regando as flores e plantando outras novas. Se mantinha ocupado. Se o proprietário chegasse, ficaria surpreso pelo esmerado trabalho. Foi isso que o apóstolo Paulo quis dizer quando afirmou que o crente deveria estar envolvido, comprometido na obra do Senhor, com a certeza de que ele retornaria a qualquer momento.
Quando trabalharmos, devemos estar certos de que nosso motivo é agradar a Deus (Ef. 6:5-8), não acumular riquezas para satisfazer desejos egoístas (Pv. 23:1-5; 1Tm. 6:8-10). Se a preguiça nos desviar da nossa responsabilidade, a pobreza poderá, em breve, nos impedir o descanso legitimo que poderíamos ter.

C. ADVERTÊNCIAS CONTRA O ENGANO (Pv 6:12–19).

Pv. 6:16-19
Provérbios 6.16–19 NAA
16 Seis coisas o Senhor Deus odeia, e uma sétima a sua alma detesta: 17 olhos cheios de orgulho, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, 18 coração que faz planos perversos, pés que se apressam a fazer o mal, 19 testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia discórdia entre irmãos.
Qualquer filme de Hollywood poderia reunir em uma cena essas sete manifestações do homem ímpio. As vemos em nossa vida cotidiana na sociedade e, às vezes, sofremos ao erradicar suas consequências do corpo de Cristo. Deus abomina esses comportamentos porque contradizem Seu Santo caráter e por estar longe daquilo que Deus quer ver no homem que Ele fez. Se Deus as detesta precisamos estar atentos para evitar tais coisas em nossas vidas. É notável que os versos anteriores (Pv 6.12-14) já citam esses vícios do “homem de Belial”, com o envolvimento de alguns membros do corpo ou identificando esses membros com a conduta abominada.

1. Olhos altivos:

A arrogância contraria à sabedoria divina: “O temor do Senhor é aborrecer o mal; a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca perversa aborreço.” (Pv. 8:13)
Isaías profetizou sobre o estabelecimento do monte da casa do Senhor, uma profecia claramente messiânica. Ele mostra que Cristo viria contra a soberba e a arrogância dos homens: “Porque o dia do Senhor dos Exércitos será contra todo o soberbo e altivo e contra todo o que se exalta, para que seja abatido...” (Is. 2:1-5). Um dos alvos na vida cristã é vencer a altivez. Paulo escreveu: “...destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo...” (2Co. 10:5). A soberba leva à afronta (Pv 11:2), contenda (Pv 13:10), punição (Pv 16:5), ruína que acaba em queda (Pv 16:18), trazendo humilhação e abatimento (Pv 29:23). Quem quer tolerar a soberba no seu círculo?

2. Língua mentirosa:

Nesta lista de sete coisas que Deus aborrece, três são pecados da língua. Deus odeia a mentira. O mentiroso será castigado por Deus: “Eis que esse está com dores de perversidade; concebeu trabalhos e produzirá mentiras. Cavou um poço, e o fez fundo, e caiu na cova que fez. A sua obra cairá sobre a sua cabeça; e a sua violência descerá sobre a sua mioleira.” (Sl. 7:14-16). Muitos confiam na mentira, se achando capazes de enganar o mundo e até o próprio Deus. Na sua arrogância, não confiam no Senhor. O servo de Deus abandona a mentira e busca ao seu Deus. Se Deus aborrece a mentira, a pessoa justa também tem que aborrecê-la: “O justo aborrece a palavra de mentira, mas o ímpio é abominável e se confunde.” (Pv. 13:5)

3. Mãos que derramam sangue inocente:

Deus sempre detestou a violência dos homens. Em Gênesis 6:13, é citada como motivo para a destruição dos homens no dilúvio. O servo de Deus tem que agir pacificamente e deve procurar ficar longe dos violentos: “Não tenhas inveja dos homens malignos, nem desejes estar com eles, porque o seu coração medita a rapina, e os seus lábios falam maliciosamente.” (Pv. 24:1-2)
Poucos anos antes de usar a Babilônia para destruir a Jerusalém, Deus explicou seus motivos para esse castigo. Entre os erros do povo estava a terra cheia de violência (Ez. 8:17). Na nossa sociedade, a violência descontrolada é lamentável. Nos estamos presenciando nestes dias uma amostra de esse tipo de comportamento violento em todo o território americano e, o que é pior, muita gente jovem envolvida. Que desafio para a igreja! Enquanto políticos prometem segurança nas ruas, a verdadeira solução será outra. Pais precisam ensinar seus filhos e cristãos precisam ensinar um ao outro sobre a necessidade de agir pacificamente num mundo repleto de crueldade.
Quando Deus falou de derramar sangue inocente, ele ajuntou a violência e a injustiça. Deus é perfeitamente justo, e qualquer injustiça é uma rejeição do caráter dele (Dt. 32:4). A pessoa que condena o justo ou justifica o ímpio mostra injustiça e é abominável para o Senhor (Pv. 17:15; 18:5). Para evitar tal injustiça, nós devemos lembrar do conselho do sábio: “O que primeiro começa o seu pleito justo parece; mas vem o seu companheiro e o examina.” (Pv. 18:17). O homem justo procura ouvir ambas as partes antes de julgar. Jesus disse: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.” Jo. 7:24

4. Coração que maquina pensamentos viciosos:

No meio da confusão do homem no mundo, vemos que a pessoa faz violência, rouba, mata, destrói, engana, mente e se desborda em comportamentos de iniquidade, e não sabe nem porque, mas o inimigo sabe; satanás calcula cada movimento para atacar a Igreja de Jesus Cristo; quando fazemos o balanço, o que fica depois que a poeira abaixar e que os ímpios tramam contra os justos, procurando parar o nosso avanço. Neste cenário de tanta injustiça, pessoas boas ficam desesperadas. Mas, este quadro será invertido:
Salmo 37.12–17 NAA
12 Os ímpios fazem planos contra os justos e contra eles rangem os dentes. 13 O Senhor dá risada dos ímpios, pois vê que o dia deles chegando. 14 Os ímpios puxam da espada e preparam o arco para abater os pobres e necessitados, para matar os que trilham o reto caminho. 15 Mas a espada deles lhes atravessará o próprio coração, e os seus arcos serão despedaçados. 16 Mais vale o pouco do justo que a abundância de muitos ímpios. 17 Pois os braços dos ímpios serão quebrados, mas os justos, o Senhor os sustém.
Para entender melhor a atitude de Deus sobre o “coração que maquina pensamentos viciosos”, de uma olhada em Salmos 50:16-23. Este trecho mostra que até pessoas que dizem ser servos do Senhor e até as que ensinam a palavra de Deus podem ser culpadas desse pecado. Não adianta ensinar a palavra de Deus e usar a mesma boca para difamar irmãos.

5. Pés que se apressam a correr para o mal:

Deus criou o homem para servir a Ele. Devemos dedicar nossos corpos como sacrifícios vivos para fazer a vontade do nosso Criador e Redentor (Rm. 12:1-2). Nessa lista de coisas que Deus aborrece, os primeiros cinco itens descrevem partes do corpo (olhos, língua, mãos, coração e pés). O pecado é como imã que atrai os ímpios. Quando a pessoa cede à tentação e corre para o pecado, ela é rejeitada por Deus: (Sl. 34:16)
Salmo 34.16 NAA
16 O rosto do Senhor está contra os que praticam o mal, para extirpar da terra a memória deles.
Salomão nos adverte sobre o perigo de entrar no caminho dos malfeitores:(Pv. 1:15-16).
Provérbios 1.15–16 NAA
15 Meu filho, não se ponha a caminho com eles; fique com os seus pés longe das suas veredas! 16 Porque os pés deles correm para o mal e se apressam a derramar sangue.
O verdadeiro discípulo tem que aborrecer o mal e ser amigo do bem (Pv. 8:13; Tt 1:8). Esses conceitos exigem um novo modo de pensar. Deus não pede meramente que não pratiquemos o mal, mas que o aborreçamos. Ele não quer apenas que façamos o bem, mas que o consideremos nosso melhor amigo. Que desafio!

6. Testemunha falsa que profere mentiras:

Duas vezes nessa lista de sete itens, Deus inclui a mentira. Não podemos descuidar a gravidade desse pecado. Deus é verdade, e a mentira não vem dele (João 8:44). Mentiras não são brincadeiras. Temos que aprender falar a verdade sempre e exclusivamente (Ef. 4:25).

7. O que semeia contendas entre irmãos:

Encontramos mais uma vez nessa lista um pecado que envolve, principalmente, o uso errado da língua. Contendas são obras de maldizentes. (Pv. 26:20).
Provérbios 26.20 NAA
20 Sem lenha, o fogo se apaga; e, não havendo difamador, cessa a discórdia.
Há, infelizmente, pessoas neste mundo que se ocupam falando mal dos outros e semeando contendas. Deus detesta tal comportamento. Em Romanos 1:29, ele inclui contendas entre os piores dos pecados. A soberba é uma das fontes das contendas que dividem irmãos. Pv. 13:10
Provérbios 13.10 NAA
10 Da soberba só resulta a discórdia, mas a sabedoria está com os que se aconselham.
Contendas são fáceis a começar e difíceis a terminar. Como um pequeno buraco numa barragem facilmente sai do controle da pessoa que o fez, uma pequena contenda cresce de tal maneira que ninguém consegue freá-la. A melhor maneira de resolver uma briga é não começá-la. Além destes, o Livro de Provérbios menciona outros sete comportamentos que Deus aborrece:
- As pessoas violentas (Pv. 3:31-32)
- Os que não são sinceros (Pv. 12:22)
- O sacrifício dos ímpios (Pv. 15:8)
- Os costumes dos ímpios (Pv. 15:9)
- Os planos malévolos (Pv. 15:26)
- Os que são soberbos (Pv. 16:5)
- Os que julgam injustamente (Pv. 17:15)
Durante meus 24 anos de casamento, eu tenho aprendido, entre outras coisas que, quando amamos uma pessoa, procuramos evitar as coisas que ela não gosta. Quando Deus diz que detesta essas coisas, está dizendo que as pessoas que O amam farão tudo para tirar todos esses atos pecaminosos da própria vida. Que Deus nos ajude a viver livre das coisas que Ele abomina.

D. UM RETRATO DA SABEDORIA (Pv 8:1 – 9:18)

Sabedoria consiste em agir para chegar a um fim correto. Deus determinou este fim, e está atualmente usando os meios apropriados para que isso ocorra.
Romanos 11.36 NAA
36 Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre. Amém!
Uma perfeita sabedoria exige um perfeito conhecimento das circunstâncias, para não estar propenso a cometer um erro.
O conhecimento é o fundamento da sabedoria. Alguns podem ter certa medida de conhecimento, mas sem sabedoria. A sabedoria toma o conhecimento e com extrema habilidade o utiliza da melhor forma, de acordo com o julgamento correto das coisas. O apóstolo Paulo faz distinção entre conhecimento e sabedoria: Rm. 11:33
Romanos 11.33 NAA
33 Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão inexplicáveis são os seus juízos, e quão insondáveis são os seus caminhos!
Devemos fazer distinção entre a sabedoria essencial de Deus e a pessoal. A Sua sabedoria essencial é aquela qualidade intrínseca à Sua essência ou natureza. 1Co. 1:24
1Coríntios 1.24 NAA
24 Mas, para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus.
Agora, a sabedoria não é uma qualidade acrescentada à essência de Deus, mas é a Sua própria essência. Todas as perfeições de Deus são uma só nEle. Embora as consideremos separadamente, distinguindo uma das outras, Deus é um ser único e não composto.
A sabedoria de Deus é transcendente e infinita. “Ao único Deus, sábio...” (Rm. 16:27ª), diz o apóstolo. Deus é necessariamente Sábio. A sabedoria não pode ser separada dEle. Ela é a Sua primeira operação vital. Ele é originalmente sábio. Todas as outras formas de sabedoria provêm dEle, mas Ele não as recebe de ninguém. Ele é perfeitamente sábio. Até mesmo a sabedoria dos anjos é limitada, e, portanto, imperfeita. Ele é universalmente sábio, pois conhece tudo a respeito de todas as coisas, e faz uso perfeito deste conhecimento. Ele é perpetuamente sábio. Os homens adquirem sabedoria com o passar dos anos somente para envelhecer e perdê-la novamente.
Ele é incompreensivelmente sábio. Seus juízos são insondáveis e seus caminhos inescrutáveis (Rm. 11:33). Não há limites de como Ele possa demonstrar Sua sabedoria para nós. Ele é infalivelmente sábio. Não há engano nEle. A trama mais sábia de um anjo contra Ele está fadada ao fracasso, e somente contribuirá para o cumprimento dos Seus propósitos. Pv. 21:30
Provérbios 21.30 NAA
30 Não há sabedoria, nem entendimento, nem mesmo conselho contra o Senhor.
Não há incerteza ou imprudência em Deus (Dn. 2:20). Se Ele achasse necessário, poderia dar uma razão satisfatória para cada um dos Seus decretos. Deus não poderia ser perfeito sem sabedoria. A sabedoria é um dos Seus atributos mais célebres e distintos. Sem sabedoria, todas as outras virtudes seriam imperfeitas, pois a paciência se transformaria em covardia, poder em opressão, e justiça em crueldade. Deus não poderia governar o mundo sem sabedoria. Tudo seria caos e confusão. Deus defendeu a Sua soberania diante de Jó ao chamá-lo para considerar a Sua grande sabedoria e poder em criar e governar todas as coisas.
A harmonia pela qual a criação trabalha para um determinado fim, mesmo sem ter conhecimento disso, demonstra a sabedoria de Deus. Podemos ver isso através de um microscópio ou de um telescópio. Deus é a fonte de toda sabedoria. Nossa excelência em sabedoria é apenas um reflexo da infinita e superior excelência da sabedoria de Deus.(Dn. 2:21).
Daniel 2.21 NAA
21 É ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes.
Nossa pequena sabedoria defende a existência de uma maior sabedoria em Deus. Podemos ver a sabedoria de Deus na criação: Pv. 3:19
Provérbios 3.19 NAA
19 O Senhor com sabedoria lançou os fundamentos da terra; com inteligência estabeleceu os céus.
Considere a variedade da criação. Vemos uma infindável variedade de formas, cores, cheiros, sons e configurações. Que artista extraordinário é Deus! Considere a beleza da criação. Deus poderia ter feito tudo plano e reto, mas a beleza e ordem da criação demonstram a Sua sabedoria. Nada é sem proveito, tudo tem o seu propósito. Os céus, a terra, os mares, as plantas, e os animais, tudo fala de Sua sabedoria. O próprio homem também é uma testemunha disso. Fomos maravilhosamente feitos (Sl. 139:14), tanto na alma quanto no corpo.
Considere como toda a criação está unida em torno de um fim comum. Deus em Sua sabedoria fez todas as coisas serem dependentes entre si. O ciclo da chuva e a cadeia alimentar são bons exemplos disso. Frequentemente o salmista fala da glória e sabedoria de Deus na criação! E como deveríamos, com mais frequência, admirar a Deus e nos humilharmos perante Ele, que por Sua sabedoria criou todas essas coisas! Nós vemos a sabedoria de Deus no governo da Sua criação. Se alguém pega um instrumento musical e toca uma linda melodia, isso reflete a sua habilidade musical. Assim, quando contemplamos o que Deus fez na criação, vemos a Sua grande sabedoria.
Deus sabiamente governa o homem como uma criatura racional. Ele nos deu Sua lei, a qual é santa e boa (Rm. 7:12), perfeitamente adequada à singular natureza moral e racional do homem. Adão era capaz de obedecer a esta lei, bem adequada à felicidade e benefício do homem. Ela poderia ser resumida em uma só palavra: Amor. A consciência do homem aprova esta lei. Deus em Sua sabedoria deu incentivos a quem guardá-la. Se o homem obedecesse a esta lei, quão feliz seria o mundo. Deus demonstrou a Sua sabedoria ao nos dar Sua revelação escrita a fim de nos guardar do erro. Para onde quer que olhemos, vemos a sabedoria de Deus em Seu governo sobre o homem, até na variedade de personalidades, habilidades e condições econômicas do homem.
Deus sabiamente governa o homem como uma criatura ímpia. Embora o pecado seja em si mesmo um grande mal, com a tendência de destruir a glória de Deus, Ele o ordena e controla a fim de que o seu resultado culmine em um bem maior. Ele coloca limites em torno do pecado, para que a terra não se transforme em inferno. Ele glorifica a Si mesmo ao tratar com o pecado. Ele permitiu a queda de Adão a fim de demonstrar mais completamente A Sua própria natureza na redenção. De que outra forma nós poderíamos ter conhecido a Sua infinita bondade, misericórdia, poder, justiça, e sabedoria, sem o cenário de pecado nos quais todos estes atributos atuam?
Deus também faz uso da instrumentalidade do pecado, para que os artifícios do diabo sejam usados contra ele mesmo. Deus o derrota com as suas próprias armas. Que sabedoria incrível é preciso para fazer com que as coisas sirvam a um propósito totalmente contrário à sua própria natureza! Usar os demônios para concretizar o Seu propósito final, é algo mais incrível do que utilizar os anjos eleitos. Ele usou a ambição e cobiça dos Assírios para fazer justiça contra Judá. Is. 10:5-7
Isaías 10.5–7 NAA
5 “Ai da Assíria, cetro da minha ira! A vara em sua mão é o instrumento do meu furor. 6 Eu a envio contra uma nação ímpia, e contra o povo da minha indignação lhe dou ordens, para que dele roube a presa e lhe tome o despojo, e o ponha para ser pisado aos pés, como a lama das ruas. 7 Ela, porém, assim não pensa, o seu coração não entende assim; pelo contrário, em seu coração só pensa em destruir e exterminar não poucas nações.
A queda do homem deu pé para elevar o homem a uma posição maior do que aquela que ele fora criado. A violação da velha aliança foi uma ocasião para a chegada de uma melhor. O pecado do primeiro Adão serviu de ocasião para a justiça do segundo Adão. A incredulidade dos Judeus serviu de ocasião para a entrada dos gentios na graça. O pecado que ainda habita no Cristão serve de ocasião para que aprenda a ser mais humilde, dependente, e profundo apreciador do sangue e da justiça de Cristo, assim como ter um maior zelo para lutar pela glória de Deus.
Embora o pecado nos torne mais apropriados para o inferno, Deus prevalece sobre ele, nos tornando mais aptos para o céu. Nós passamos a odiar mais ainda o pecado, a sermos mais vigilantes para não cair em pecado, a mortificar o pecado cada vez mais, e a lutar pela santificação e crescimento na graça. Portanto, embora Deus não seja o autor do pecado, Ele é o seu administrador, e pela Sua sabedoria concretiza propósitos maravilhosos.
Deus sabiamente governa o homem como criatura redimida. Ele toma o lixo deste mundo e o transforma em vaso de honra. Ele geralmente rejeita os nobres e poderosos e salva aqueles que parecem mais indignos. O Seu tempo mostra a Sua sabedoria, pois espera pela melhor ocasião para chamar pela Sua graça. Ele então trabalha através da Sua Palavra na faculdade racional da alma humana, de forma eficaz e permissiva, operando na vontade do homem sem ferir a natureza de sua vontade. Além disso, Deus mostra a Sua sabedoria ao disciplinar Seus filhos e punir Seus inimigos. A igreja nunca fica mais parecida com os céus do que quando é perseguida pelo inferno. Deus ilude satanás ao purificar Seus filhos através daquilo que ele intentou contaminá-los.
As aflições dos santos servem para o melhor progresso do evangelho (Fp 1:12). Os deuses do Egito se tornaram uma praga. O gigante Golias foi derrotado com uma pedra. A salvação dos Judeus cativos decorreu de uma noite de insônia do rei Assuero. O fariseu assassino, Paulo, quando convertido, foi o homem que levou o Evangelho aos gentios. Que sábio arquiteto é Deus!
Deus em Sua sabedoria fez do Seu Filho o Redentor. A grande verdade da Trindade vem à tona aqui. Não era apropriado que o Pai, o próprio Juiz, tomasse o ofício de Mediador, ou fosse enviado e punido pelo Filho. Também não seria apropriado que o Espírito Santo fosse o Mediador, uma vez que Ele eternamente procede do Pai e do Filho, e não deveria preceder ao Filho na obra da redenção. Ao invés disso, o Espírito Santo aplica a obra do Filho nos corações dos homens. O Filho é a pessoa mais apropriada para exercer o ofício de Mediador. Por Ele todas as coisas foram criadas, e por Ele tudo se faz novo. Ele é a Palavra, e sendo assim, pode falar em nosso favor. Ele é o unigênito amado, e pode interceder por nós. Ele é o Filho, e pode assim nos apresentar como alguém a ser adotado. Quem poderia exercer melhor o papel de mediador do que o Filho de Deus?
Deus em Sua sabedoria uniu duas naturezas, a divina e a humana, em uma só Pessoa, a fim de cumprir a obra da redenção. Como é incrível o fato de duas coisas tão diferentes poderem ser unidas! Somente uma sabedoria muito acima da nossa compreensão é que poderia unir o finito com o infinito, o poder com fraqueza, a imortalidade com a mortalidade. Aquele que é eternamente espírito participou da carne e do sangue. O legislador, colocado debaixo da lei. As Suas duas naturezas permanecem distintas e não se misturam. Do mesmo modo que a Sua natureza Divina não foi alterada quando se juntou à humana. Foi completa, pessoal e perpétua. Cl. 2:9
Colossenses 2.9 NAA
9 Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.
Se Ele não tomasse a forma humana, não poderia sofrer em nosso lugar. Se Ele não fosse Deus, os Seus sofrimentos não poderiam ser aplicados em nosso favor. Se Ele fosse apenas humano, não poderia nos garantir acesso algum a Deus. Se Ele fosse apenas Deus, Sua justiça não nos permitiria ter acesso a Ele. Ele possui uma natureza que é para o nosso conforto, assim como uma que é para a nossa confiança. Que gloriosa sabedoria vemos na encarnação!
Deus em Sua sabedoria manifesta afeições contrárias em um só ato ao mesmo tempo. A redenção revela a Sua grande ira contra o pecado e o Seu grande amor para com o pecador. Nenhum ato de Deus demonstra melhor a Sua santa ira como o castigo do Seu próprio Filho, quando Jesus levou a culpa dos pecadores na cruz. Nenhum ato de Deus demonstra melhor o Seu amor como a imputação da justiça de Cristo aos pecadores, tornando-os cidadãos dos céus como filhos e filhas. Satanás transformou a glória original em vergonha, mas Deus em Sua sabedoria transformou a vergonha em uma glória muito maior do que a original.
Deus em Sua sabedoria assegura tanto o nosso conforto quanto a nossa obediência. Pelo mesmo sangue, a justiça de Deus é satisfeita e o pecador é santificado. Nada é tão eficaz para nos livrar do desespero e do apego ao pecado quanto o Cristo crucificado. Nada nos motiva mais a obediência como o fato de sabermos que fomos reconciliados com Deus. A graça de Deus nos ensina a abandonar a impiedade e as concupiscências mundanas (Tito 2:11-12). O próprio Cristo se fez o nosso maior exemplo em santidade. Um padrão a ser imitado.
Deus mostrou a Sua sabedoria no que diz respeito ao tempo e ao método no grande ajuntamento de almas, que ocorreu no dia de Pentecostes, onde devotos do mundo todos estavam reunidos e testemunharam o dom de línguas. O Evangelho não foi entregue aos filósofos, mas aos pescadores, para que o sucesso da verdade não fosse creditado à habilidade e engenhosidade do homem, mas somente ao poder de Deus.
Quando vemos instrumentos tão frágeis proclamando uma doutrina tão repugnante à natureza caída do homem ímpio, um Salvador crucificado que exige a nossa submissão e autonegação, nos chamando para sofrer reprovação e aflição, só podemos ficar maravilhados com a sabedoria de Deus, ao ver esta mensagem alcançar algum sucesso. Ele preparou a divulgação do Evangelho através da dispersão dos Judeus. Ele facilitou a evangelização do mundo através da perseguição em Jerusalém (Atos 8:4). As chamas dos mártires acabaram lançando luz nas trevas. O sequestro da Arca de Deus pelos filisteus foi a causa da queda de Dagom. Deus, de forma muito sábia, realiza a Sua obra desta maneira, a fim de que o homem apareça menos e a divindade mais.

CONCLUSÃO

Cristo é a Sabedoria de Deus (1Co. 1:24) personificada em Provérbios 8:12-36. Ele criou tudo e é o Juiz de tudo. Para evitar a desordem pública que hoje vemos, procuramos escolher os homens mais sábios para governar ou legislar. Mas Deus que fez todas as coisas é infinitamente mais capacitado a continuar a guiar e governar todas as coisas.
Os homens fracos são impacientes, pois sentem que estão derrotados. Mas o homem sábio suporta com paciência, sabendo que alcançará o fim desejado. Fique tranquilo - Deus faz com que todas as coisas cooperem para o bem. Ele não tem pressa; suportou com paciência os pecados dos santos do Antigo Testamento, sabendo que enviaria o Seu Filho para reconciliá-los com Ele.
Os decretos de Deus são imutáveis. Ele determinou fazer as melhores coisas para este tempo, através de nós. Os homens falham em suas promessas por ignorância e tolice. Deus nunca falha nem altera nenhum dos Seus planos, pois não há insensatez nEle, só sabedoria. Nós admiramos um homem sábio que constrói uma máquina sofisticada. Deveríamos ficar maravilhados com Deus ao vermos a Sua sabedoria e amor, e adorá-lo sempre pela grande obra da redenção.
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