Não terás outro deuses diante de mim

Os 10 Mandamentos  •  Sermon  •  Submitted
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Princípios para uma nova vida

“A Lei” são os princípios de Deus para uma nova vida, a vida em aliança. Um novo relacionamento está começando entre Deus e seu povo. E, como temos visto, Deus não se relaciona sem compromisso, por isso, com essa nova geração de hebreus, Ele reafirma a aliança feita com Abraão e acrescenta a ela a Lei.
Êxodo 19.5–6 RA
5 Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; 6 vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel.
a) O dever: ouvir e guardar aliança. Isso equivale ao “anda na minha presença e sê perfeito” (Gn 17).
b) A promessa: vocês serão meus. Confirma a promessa de que Ele, Javé, seria o Deus deles e dos filhos deles.

Novos princípios

Aquele povo já estava no Egito há muito tempo. A cultura, a forma de pensar, a vida religiosa, enfim, tudo foi moldado pelo Egito. Mas Deus o redimiu. Deus os libertou do Egito e os tomou para si. Para uma nova vida com princípios diferentes dos do Egito.
Egito
Javé
Escravos
Livres
Servos do Faraó
Servos de Deus
Estabelecidos na terra
Peregrinos
Politeísmo
Monoteísmo
Primeiro Deus tirou o povo de dentro Egito. Agora Deus quer tirar o Egito de dentro do povo.

Aplicação

Efésios 2.1–10 (RA)
1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; 3 entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. 4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, 5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos, 6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; 7 para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. 8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie. 10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.
Antiga Vida
Redenção
Nova Vida
Andávamos em delitos e pecados
· Segundo o curso do mundo
· Segundo o Diabo
· Segundo as inclinações da carne
Andarmos em boas obras
· Segundo Deus (ninguém cria boas obras, elas são preparadas por Deus)
Na redenção a Lei não tem a função de nos dar uma nova vida, só Cristo pode fazer isso, mas de nos ensinar a viver a nova vida.

“Não terás outros deuses diante de mim”

3 Não terás outros deuses diante de mim.
Há um fundamento para a Nova Vida do qual depende todo o resto. O primeiro mandamento é esse fundamento. Os que fracassam em obedecê-lo fracassarão em todo o resto. Porém, os que perseverarem em obedecê-lo terão vitória em todo o resto. A nova vida só é possível se Deus o único a quem adoramos.

O contexto dos hebreus

No Egito, os hebreus estavam acostumados com o politeísmo. Os egípcios adoram vários deuses. O próprio Faraó era considerado um deus. Além disso, a prosperidade egípcia era atribuída ao poder desse panteão. Os deuses egípcios é que eram a força do império. Podemos pensar que a mentalidade politeísta estive presente nos hebreus.
Em outras palavras, a antiga vida no Egito era vivida em meio a idolatria. Mas Deus redimiu aquele povo com um propósito: “para que me adorem”. Desta forma, no relacionamento pactual entre Deus e o seu povo Ele exige exclusividade.
Esse é a mudança redentora fundamental: deixar todos os deuses para adorar e satisfazer-se em apenas um: Javé. A base da aliança é: “eu serei o seu Deus”.

Aplicação

1Tessalonicenses 1.9–10 (RA)
9 pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro 10 e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura.
Paulo está entusiasmado com aqueles irmãos. Há evidências incontestáveis de que o evangelho os salvou. De que o poder do Espírito Santo por meio da pregação converteu aquelas vidas. Eles têm um testemunho vibrante, um amor verdadeiro, uma fé vigorosa. O testemunho deles repercute em toda região: e o que se diz é que “eles deixaram os ídolos para servirem ao Deus vivo e verdadeiro”.

Entendendo a Idolatria

1) Fomos criados para adorar: faz parte de nossa estrutura a adoração. Se bem direcionada nossa adoração teria um único objeto, Deus, pois Ele nos criou para adorá-lo. Nesse sentido Calvino[1] ensina que devemos a Deus:
a. Adoração: reverência e submissão diante da grandeza de Deus.
b. Confiança: segurança que de todo coração temos em Deus por conhecermos seu caráter.
c. Invocação: a quem recorremos quando como única esperança e socorro.
d. Ações de graças: “reconhecimento pelo qual lhe prestamos louvor pelas bênçãos recebidas”.
2) A Queda provocou um desvio na adoração: com o pecado nosso desejo de adorar foi desviado de seu alvo. Uma “grande troca” foi feita. A criação tomou o lugar do criador em nossa adoração.
“Todos os dias a criação luta com o criador pelo controle de nossos corações”[2].
3) A Redenção: Deus nos liberta da idolatria e redireciona nossos corações para Ele.

Entenda a sua idolatria

1. A idolatria sem ídolos

Ela está no coração. Ele é uma fábrica de ídolos[3]. Mesmo que não nos curvemos diante de qualquer imagem ou que não tenhamos um altar ou oratório em nossas casas, ainda sim podemos ser e muitas vezes somos idólatras.

2. A idolatria reside no coração

A idolatria está ligada aos desejos do nosso coração.
Efésios 2.3 (RA)
3 entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.
Tiago 4.1 (RA)
1 De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?
Se meus desejos e a satisfação deles me desviam de Deus e me fazem pecar, eu me tornei um idólatra. Eu quebrei o 1º Mandamento.

3. O pecado é fundamentalmente idólatra

“Eu faço coisas erradas porque meu coração deseja algo mais que o Senhor [...] O pecado é muito mais do que fazer a coisa errada. Ele começa com amar, adorar e servir a coisa errada”[4].
O que domina meu coração domina a minha vida. O que eu desejo mais do que Deus é o meu ídolo.

O que proíbe o 1º Mandamento?

O primeiro mandamento proíbe que eu ame, deseje e busque satisfação em qualquer outra coisa ou pessoa que não seja o Senhor somente.

O que requer o 1º Mandamento?

Que eu ame, deseje a Deus somente e faça dele minha única fonte de satisfação.
Deuteronômio 6.4–5 (RA)
4 Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. 5 Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.
Salmo 37.4 (RA)
4 Agrada-te do Senhor,
e ele satisfará os desejos do teu coração.

A terrível dinâmica da idolatria e a misericórdia de Deus

1) Primeiro nós criamos voluntariamente um ídolo e depois esse ídolo nos escraviza.
2) Mas se clamarmos por libertação, Deus misericordiosamente nos libertará da idolatria.
Deuteronômio 4.28–29 (RA)
28 Lá, servireis a deuses que são obra de mãos de homens, madeira e pedra, que não veem, nem ouvem, nem comem, nem cheiram. 29 De lá, buscarás ao Senhor, teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma.
[1] Institutas, I, III, 17.
[2] Paul Tripp. Instrumentos nas mãos do Redentor. p. 117.
[3] Calvino.
[4] Paul Tripp. Instrumentos nas mãos do Redentor. p. 101.
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