A EVANGELIZAÇÃO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
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A EVANGELIZAÇÃO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
A EVANGELIZAÇÃO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
Resumo: O mundo precisa ouvir a mensagem do evangelho eterno (Ap 14:6) e isto é bom motivo para se praticar a evangelização. Mas, o que significa evangelizar? Quais as implicações do evangelho? Qual a natureza do mundo contemporâneo? Como expressar a fé bíblica e cristã no mundo pós-moderno? O propósito desse artigo é responder a essas e outras questões relacionadas com a evangelização no mundo contemporâneo.
Resumo: O mundo precisa ouvir a mensagem do evangelho eterno (Ap 14:6) e isto é bom motivo para se praticar a evangelização. Mas, o que significa evangelizar? Quais as implicações do evangelho? Qual a natureza do mundo contemporâneo? Como expressar a fé bíblica e cristã no mundo pós-moderno? O propósito desse artigo é responder a essas e outras questões relacionadas com a evangelização no mundo contemporâneo.
Palavras-chaves: Evangelização, Pós-modernismo, Reconciliação, Pecado, Salvação.
Palavras-chaves: Evangelização, Pós-modernismo, Reconciliação, Pecado, Salvação.
Romanos 5:12 e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens,
23 porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Evangelizar é apresentar um anúncio jubiloso; proclamar boas notícias. É a proclamação de uma mensagem de alegria, ou seja, o anúncio da salvação efetuada em Jesus Cristo através de Sua morte e confirmada na humilhação de Sua sepultura e no triunfo de Sua ressurreição.
O evangelho implica, que Jesus Cristo tem triunfado decisivamente sobre o pecado e a morte, condenando o pecado na carne. (Rm 8:3).
Paulo descreve, no texto que lemos , a morte é consequência direta do pecado (Rm 5:12; 6:23). “O pecado”, disse Tiago, “sendo consumado, gera a morte” (Tg 1:15). Mas, ao ser destruído o pecado, é também destruída a morte (Rm 6:3,6,9). Dessa maneira, a morte não somente é o resultado e o salário do pecado.
A transgressão de Adão: afetou toda a terra, as plantas, os insetos, os animais marinhos e ainda os seres inanimados. Mas pelo ato redentor de Cristo finalmente restaurará a perfeição e a harmonia. [...] O plano da redenção cumprirá assim seu propósito mais amplo e profundo, a saber: a vindicação do caráter de Deus perante o universo (NICHOL, 1990, p. 199).
O evangelho implica que o Reino de Deus já está presente. É precisamente neste contexto onde aparece, pela primeira vez, no ministério de Jesus,
a expressão “pregar o evangelho”, tal como apresenta Marcos 1:14-15: “Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galileia, pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho”.
Sobre o mundo de hoje, Francis Schaeffer (1974, p. 5 )assim se pronunciou:
Cada geração cristã defronta com este problema de aprender como falar ao seu tempo de maneira comunicativa e eficiente.
Para Reinder Bruinsma (2006, p. 30),
O pensamento pós-moderno
Conduta religiosa e eclesiástica, sendo perceptível a presença da religião, mas não da igreja institucional.
a) na vida de muitos ocidentais, a “experiência e emoção são aprovadas, mas doutrinas são consideradas irrelevantes.
b)Verdade absoluta é substituída por ‘o que funciona para mim’”.
A natureza da sociedade contemporânea pode ser resumida (já que são muitas as suas características) e explicada da seguinte maneira:
Uma sociedade antropocêntrica.
a) O mundo contemporâneo tem como base a célebre declaração de que “o homem é a medida de todas as coisas”. Isso pressupõe a predominância da filosofia humanista que o coloca como o centro do Universo em fragrante contraste com o ensino bíblico de que todas as coisas foram criadas para a glória de Deus (Sl 73:25; 1Co 10:31; 1Pe 4:11).
b) “Amantes de si mesmos” (2Tm 3:2) é a melhor expressão para esse perfil. Tais homens consideram-se pequemos deuses, capazes de impor a própria vontade como se essa fosse completa e suficiente para as realizações humanas.
c) À semelhança de Satanás (Is 14:12-15), usurpam para si o direito de soberania que pertence exclusivamente ao Todo-poderosos.
2. Uma sociedade relativista
Não existem absolutos. Todos nós temos nossas próprias verdades.
Tudo é subjetivo, relativo, incerto, contingencial e ambíguo.
Sob essa ótica, não há lugar para os valores absolutos, isto é, os princípios e ensinos imutáveis da Palavra de Deus, válidos para “todas as pessoas, em qualquer época e em todos os lugares”.
São qualificados como impróprios por aqueles que vivem ao sabor de suas concupiscências e são prisioneiros do contexto e das convenções sociais do momento, pois “obstrui” a liberdade de tais pessoas (Rm 1:18-32).
Não havendo, segundo a visão humanista pós- moderna, um padrão normativo universal, abre-se um precedente para a desordem moral e social, tão em voga no mundo contemporâneo.
3. Uma sociedade materialista.
O materialismo, como o termo deixa entrever, parte do falso princípio de que tudo no Universo se reduz à matéria e que nada existe além desta. Não admite o sobrenatural, como os saduceus faziam no passado (At 23:8). Segundo os materialistas, o Universo, com todos os seus infinitos componentes, as inimagináveis complexidades, a assombrosa precisão e detalhes, é incriado, sem nenhuma causa originadora. Os materialistas e ateus, por estarem vivendo na cegueira espiritual, não conseguem enxergar nada além do mundo físico, apesar de todas as coisas criadas apontarem para sua causa primária, que é Deus (Jó 12:7-9; Sl 19:1-6, Jo 1:3).
4. Uma sociedade globalizada.
Os homens do mundo contemporâneo sabem que vivem numa aldeia global. O computador – símbolo de pós-modernidade – lhes dá acesso instantâneo ao mundo. Na verdade, a internet, a televisão e os demais meios de comunicação em massa estão contribuindo para a banalização do sexo, para a incitação à violência e, mais recentemente, deram de banalizar a Deus. Fala-se de Deus como se fala de um modelo de automóvel, de futebol, ou de um cantor famoso. Estamos presenciando uma nova religiosidade, que combina imagem eletrônica, entretenimento e consumo. É o mercado do sagrado. É a religiosidade que proporciona o estado de êxtase e que anuncia o êxito financeiro e efetivo.
5. Uma sociedade secularizada.
A secularização do mundo contemporâneo é o modo como este vive, age e acomoda-se aos padrões impostos pela globalização. A influência da globalização e do pensamento pós-moderno tem se manifestado em forma de apelo, fascínio, mistura, prazer e imitação. O secularismo torce ardilosamente a verdade de Deus e busca tornar a Igreja uma instituição corrompida e irrelevante.
Mark Finley (2001, p. 24-25), referindo-se a uma pesquisa realizada nos EUA, fala de quatro atitudes negativas dos secularistas em relação à igreja.
1) Em primeiro lugar, a Igreja é muito materialista, tornou-se um , no qual o dinheiro é mais importante do que o amor. As igrejas são muito parecidas com sociedades anônimas.
2) Em segundo lugar, para os secularistas, a igreja tornou-se muito poderosa. Com isso, tenta controlar o pensamento, tolher a liberdade de expressão, manipulando a mente das pessoas e dizendo-lhes como devem viver.
3. Em terceiro lugar, a igreja é hipócrita. Há uma discrepância entre palavras e atitudes, dizem os secularistas. Ela se parece mais com um clube social e eles não querem se tornar seus sócios.
4. Em quarto lugar, eles crêem que a igreja não é relevante, não acompanhou as mudanças do mundo.
6. Uma sociedade permissiva.
A permissividade pessoal e social é outra característica dos tempos pós-modernos. O padrão de comportamento justo e correto, antecedem a volta de Jesus, resultando na falência moral da sociedade e comprometendo seriamente a vida de muitos cristãos. Para a sociedade secular não há mais limites quanto a comportamento, procedimento, traje, vida relacional, etc. As consequências disso revelam-se nas atitudes e fatos, os mais absurdos, ilícitos e pecaminosos que se possa imaginar, quando vistos à luz da Palavra de Deus. Esse é o quadro descrito na Bíblia, em Efésios 4:17-19. A devassidão toma conta do mundo, em todas as camadas da sociedade e, infelizmente, tem afetado a Igreja.A permissividade pessoal e social é outra característica dos tempos pós-modernos. O padrão de comportamento justo e correto,
permissividade pode ser percebida no diálogo imaginário de Neimar de Barros (1975, p. 120):
Você deixaria entrar em sua casa para vender ideias à sua família, um viciado, um adúltero, um neurótico? Que pergunta besta! Claro que não! Você permitiria que o viciado dissesse coisas, contasse coisas, escrevesse com seu filho e sua filha? Você permitiria que o adúltero, na sala de sua casa, expusesse uma série de pensamentos à sua esposa? Você permitiria que o neurótico contasse histórias, vivesse-as na frente de sua mãe ou avó? É evidente que não! Contudo, eles estão entrando pela TV.
A evangelização no mundo contemporâneo
Surge, então, a grande pergunta: como expressar a fé bíblica e cristã no mundo contemporâneo? Ou seja, como evangelizar uma sociedade com tais características? O desafio é grande e nenhuma forma de abordagem evangelística é singularmente designada para alcançar todos os indivíduos. Cada pessoa responde melhor a uma aproximação diferente. Diante disso, apresentaremos a seguir algumas formas de abordagem para esse tempo.
Relacionamento interpessoal. Sobre isso escreveu Mark Finley (2001, p. 24):
Indivíduos de mente secularizada não são conquistados por programas, mas por outros indivíduos que desenvolvam um relacionamento interpessoal com eles. Os seremos humanos respondem à bondade. A amizade genuína quebra preconceitos. Não conseguiremos ganhar pessoas para Cristo tentando argumentar contra elas.