Jesus purifica o templo e a nós

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Leitura do texto:

Nova Versão Internacional 2.12 Jesus Purifica o Templo

Jesus Purifica o Templo

12 Depois disso ele desceu a Cafarnaum com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos. Ali ficaram durante alguns dias.

13 Quando já estava chegando a Páscoa judaica, Jesus subiu a Jerusalém. 14 No pátio do templo viu alguns vendendo bois, ovelhas e pombas, e outros assentados diante de mesas, trocando dinheiro. 15 Então ele fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas. 16 Aos que vendiam pombas disse: “Tirem estas coisas daqui! Parem de fazer da casa de meu Pai um mercado!”

17 Seus discípulos lembraram-se que está escrito: “O zelo pela tua casa me consumirá”.

18 Então os judeus lhe perguntaram: “Que sinal miraculoso o senhor pode mostrar-nos como prova da sua autoridade para fazer tudo isso?”

19 Jesus lhes respondeu: “Destruam este templo, e eu o levantarei em três dias”.

20 Os judeus responderam: “Este templo levou quarenta e seis anos para ser edificado, e o senhor vai levantá-lo em três dias?” 21 Mas o templo do qual ele falava era o seu corpo. 22 Depois que ressuscitou dos mortos, os seus discípulos lembraram-se do que ele tinha dito. Então creram na Escritura e na palavra que Jesus dissera.

23 Enquanto estava em Jerusalém, na festa da Páscoa, muitos viram os sinais miraculosos que ele estava realizando e creram em seu nome. 24 Mas Jesus não se confiava a eles, pois conhecia a todos. 25 Não precisava que ninguém lhe desse testemunho a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem.

Essa é uma narrativa maravilhosa, e que está cheia de detalhes.

Eu dividi este sermão em três pontos, que são três perguntas que pretendo esboçar uma resposta:

1- Qual é o problema de haver este comércio no Templo?
2- O que a reação de Jesus nos ensina sobre seu caráter?
3- O que a resposta de Jesus aos judeus nos ensinam sobre sua obra?

Mas antes, eu gostaria de conversar um pouco com vocês sobre o livro de João.

Muito pode ser dito a respeito do Evangelho de João. Uns afirmam que ele é tão raso que uma criança pode atravessar a pé mas tão profundo que um elefante precisa atravessar nadando.

Ele é o livro que indicamos aos recém-convertidos para ler, mas também é um livro sobre o qual doutores em Teologia se aprofundam para entender mais e mais.
A verdade é que esse evangelho é muito diferente dos outros três. Se Mateus, Marcos e Lucas fossem fazer uma prova de redação, a professora suspeitaria de cola, porque suas perspectivas se parecem muito, apesar de cada um ter seu público específico.

Genealogia

Inicialmente, vermos que Mateus traz a genealogia de Jesus iniciando em Abraão, mostrando seu apelo à cultura judaica, com referência às promessas de Deus a Abraão. Lucas traz uma genealogia que inicia em Adão, memorando o leitor da promessa do Senhor Deus em Gênesis 3.15: o descendente da mulher pisará a cabeça da serpente.
Entretanto, João traz uma genealogia eterna:
Nova Versão Internacional 1.1 A Palavra Tornou-se Carne

No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. 2 Ele estava com Deus no princípio.

3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. 4 Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens.

Nova Versão Internacional 1.1 A Palavra Tornou-se Carne

Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.

Louvado seja o Senhor!

João, o discípulo amado nos traz uma visão desde a Eternidade. Nos revela a glória do Unigênito do Pai, por meio de quem todas as coisas foram criadas.

Diálogos

O que se pode dizer sobre João é que ele tem um zelo enorme por diálogos. Enquanto os demais livros mostram as obras, os sinais, as maravilhas e os prodígios do Senhor, João busca dar uma grande ênfase aos discursos. As palavras do Senhor Jesus são apaixonantes. Céus e terra passarão, mas suas palavras não, amém?
Nós vemos isso de imediato no primeiro capítulo do livro quando o Senhor Jesus revela algo sobre a vida de Natanael para convencê-lo a ser discípulo.
Um capítulo depois do nosso texto de hoje, nós vemos um diálogo entre o Senhor e Nicodemos, uma autoridade judaica. Só esse diálogo merece um livro inteiro, a verdade é essa. Nele nós vemos passagens profundas como:
Nova Versão Internacional 3.1 O Encontro de Jesus com Nicodemos

“Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”

e também:
Nova Versão Internacional 3.1 O Encontro de Jesus com Nicodemos

Da mesma forma como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do homem seja levantado, 15 para que todo o que nele crer tenha a vida eterna.

É nesse capítulo que encontra-se a citação de João 3.16, que tenho certeza que você em casa conhece.

Nos seus diálogos, Jesus busca mostrar sua autoridade. Busca mostrar que, de fato, ele é a imagem do Deus Invisível. Ele é de fato o resplendor da glória do Pai. Jesus busca mostrar que, se Deus é fogo consumidor como a Palavra afirma, então Jesus é a própria chama desse fogo. Ele é o próprio calor e ele é o poder desse fogo. Jesus é o Filho do Deus Altíssimo, eterno e não criado. Ele é desde sempre e para sempre. Ele é o Criador.

Ou seja, tanto quanto o Deus Pai é glorioso e verdadeiro, o seu Filho também o é.

Jesus é aquele de quem Isaías falou:

Nova Versão Internacional 9.1 O Nascimento do Príncipe da Paz

6 Porque um menino nos nasceu,

um filho nos foi dado,

e o governo está sobre os seus ombros.

E ele será chamado

Maravilhoso Conselheiro , Deus Poderoso,

Pai Eterno, Príncipe da Paz.

7 Ele estenderá o seu domínio,

e haverá paz sem fim

sobre o trono de Davi

e sobre o seu reino,

estabelecido e mantido

com justiça e retidão,

desde agora e para sempre.

Então vejam, aquele que é Eterno, e que nunca foi criado, nasce. Torna-se carne como eu e você. Torna-se tão humano quanto eu, mas tão divino como o próprio Pai.
O primeiro capítulo de João é sobre esse grande mistério da encarnação. A encarnação, igreja, é o grande sim de Deus para a humanidade. É a grande afirmação do Senhor de que ele não vem para jogar o pecador fora, mas para restaurá-lo.

Ele vem atrás do mais sórdido adúltero, da mulher mais alcóolatra, do cara mais sem futuro, da pior das prostitutas, e restaura. E os diálogos de Jesus neste evangelho nos mostram como ele veio para curar e restaurar.

E é exatamente sobre isso que vamos falar hoje

Vamos lá?

Vocês lembram quais são as três perguntas que responderemos hoje?
1- Qual é o problema de haver este comércio no Templo?
2- O que a reação de Jesus nos ensina sobre seu caráter?
3- O que a resposta de Jesus aos judeus nos ensinam sobre sua obra?

1. Qual o problema de haver esse comércio no templo? <cain e abel; oferta é relação pessoal; aquilo era falsa religiosidade;>

A resposta está na natureza da oferta do Antigo Testamento

Muito antes de ser no templo, a relação de oferta a Deus sempre foi uma relação de gratidão e pureza de coração. Sempre foi uma relação de oferecer a Deus em razão do tanto que ele já nos abençoa diariamente. Deus ama aquele que dá com alegria, como está escrito.

A primeira vez que vemos um sacrifício sendo ofertado a Deus é em Caim e Abel, muito antes da Lei e dos Tabernáculos.

O texto de Gênesis narra claramente que a oferta de Abel foi privilegiada. Ela veio das melhores partes do melhor animal das primícias do seu trabalho. Por outro lado, Caim simplesmente deu uma oferta ordinária ao Senhor.

Entretanto, se formos ler o texto com cautela, veremos que não foram julgadas as ofertas, mas os corações:

Nova Versão Internacional 4.1 Caim Mata Abel

O SENHOR aceitou com agrado Abel e sua oferta, 5 mas não aceitou Caim e sua oferta.

Por outro lado, Davi, no Salmo 51, vai afirmar que os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado e um coração contrito.

OU SEJA, ANTES DE SER UMA MERA OBRIGAÇÃO RELIGIOSA, OS SACRIFÍCIOS ERAM FORMAS DE RELACIONAMENTO COM DEUS <preach: prestar culto é se relacionar: achegue-se a Deus>

E PARA VERMOS A GRAVIDADE DO PECADO, LEMBREMOS QUE O CONTEXTO ERA PÁSCOA

Vamos ler novamente:
Nova Versão Internacional 2.12 Jesus Purifica o Templo

13 Quando já estava chegando a Páscoa judaica, Jesus subiu a Jerusalém. 14 No pátio do templo viu alguns vendendo bois, ovelhas e pombas, e outros assentados diante de mesas, trocando dinheiro.

Em razão da Páscoa, o Senhor e os discípulos sobem à Cidade Santa, Jerusalem.

A Páscoa era a maior festa para o povo. Representava a sua grande libertação.

Por 400 anos foram escravos no Egito e, então, com mão forte e poderosa, o Senhor Deus infligiu sofrimento e pestes aos egípcios, até que Faraó permitiu a saída do povo. Quando Faraó percebeu que cometera economicídio (mandou embora toda a sua força de trabalho), perseguiu os hebreus e todos conhecemos o fim da história: o Senhor abriu o Mar Vermelho para que o seu povo passasse.

O mesmo Mar Vermelho que possibilitou a travessia, foi o Mar Vermelho que sepultou Faraó e seus homens.

Essa libertação foi tão majestosa que tornou-se famosa entre os povos. Como veremos no livro de Josué, os cidadãos de Jericó ouviram falar dos prodígios do Senhor e morriam de medo dos israelitas.

Vemos isso claramente com Raabe

Nova Versão Internacional 2.1 Raabe e os Espiões

“Sei que o SENHOR lhes deu esta terra. Vocês nos causaram um medo terrível, e todos os habitantes desta terra estão apavorados por causa de vocês. 10 Pois temos ouvido como o SENHOR secou as águas do mar Vermelho perante vocês quando saíram do Egito, e o que vocês fizeram a leste do Jordão com Seom e Ogue, os dois reis amorreus que vocês aniquilaram.

Obviamente esse grande milagre do Senhor precisava ser lembrado e celebrado com sinceridade de coração. Por isso, nosso Deus estabelece a Páscoa para que seu povo comemore.

Vemos no livro de Números como o Senhor instituiu, na Lei, a celebração da Páscoa. Eram sete dias de festa e sacrifícios. Novilhos perfeitos eram sacrificados com coração transbordante de alegria pela libertação que o Senhor operou. Além disso, bodes eram sacrificados em nome dos pecados cometidos pelas pessoas.

Ou seja, era uma festa extremamente pessoal e relacional. Era uma festa cheia de alegria, e as pessoas entregavam ofertas vindas do seu próprio rebanho.

"Mas o que isso tem a ver com a ira do Senhor em relação ao templo?"

O grande problema desse comércio é que ele corrompia o propósito da oferta ao Senhor. A oferta ao Senhor era uma oferta de relacionamento. Era uma oferta de amor e uma oferta de gratidão, que refletia uma entrega completa da criatura ao Criador.
O que ocorria ali no templo era uma perversão dessas intenções puras que o Senhor atribuiu à oferta.

Uma vez que era uma simples transação comercial, ela tornava-se impessoal. Tornava-se meramente religiosa.

Uma coisa horrível que corremos o risco de fazer contra o nosso Deus é simplesmente excluir ele da adoração.
Deus é o Criador de todos nós, então ele tem direito sobre o nosso coração. Ele tem direito sobre a nossa vida.
É injusto negarmos a ele uma adoração sincera.

Nós criticamos os ateus porque eles se sentem gratos mas não tem a quem agradecer. Mas, nós vemos crentes na igreja que não conhecem o Deus a quem prestam culto.

Da mesma forma como aqueles judeus do templo, que compravam sacrifícios prontos, nós vemos crentes que compram adoração pronta. Que vivem um cristianismo de segunda mão.

O Senhor Deus não quer que você viva sua fé baseado na vida de outra pessoa, ele quer te conhecer! Ele quer ouvir suas palavras, e não que você repita as palavras de alguém. Ele quer que você declare seu amor a ele, e não que você declare orações de outras pessoas.
O Senhor quer que você abra a Bíblia, a Santa Palavra, e aprenda mais sobre quem Ele é. Ele não quer que você decore raciocínios prontos de outras pessoas. Ele quer que você respire a atmosfera de glória e de adoração que a presença dele proporciona.
Ele quer que você tenha um relacionamento pessoal com ele, porque ele é o seu Criador.

Nós vemos isso claramente com o menino Samuel, em 1 Samuel 3. Por três vezes chama o Senhor a Samuel, e o rapaz não conhecia a voz do Deus Vivo. Ele apenas conhecia a voz do profeta Eli. Eu te pergunto, você conhece o que vem do Senhor? Você bebe da fonte do Altíssimo?

Aquelas pessoas que estavam no templo comprando seu sacrifício pronto não estavam entendendo o propósito daquilo tudo: manter relacionamento! Agradecer a Deus pela alegria da salvação. Agradecer a Deus pelo seu poder que libertou Israel do cativeiro.
As pessoas que compram fé de segunda mão não entendem o propósito do culto a Deus.
As pessoas que se satisfazem com um relacionamento frio com o Senhor não entenderam quem Ele é. Não entenderam a beleza da sua majestade.

Mas, por outro lado, as pessoas que cultivam a presença de Deus, não querem se separar dela. As pessoas que já contemplaram a beleza do Senhor não se contentam com as descrições de quem também já viu. Elas têm sede e querem contemplar e adorar mais.

Eu tenho um caderninho com os esboços e o desenvolvimento de algumas outras pregações que eu já ministrei. Tenho um aplicativo com o texto completo de outras pregações também. Além disso, eu tenho acesso ao YouTube, com mil outras pregações. Mas, sempre que me convidam para ministrar, eu tenho prazer em construir um sermão do zero, porque eu experimento mais da presença de Deus. Eu contemplo a glória do Senhor. Eu prego primeiro pra mim para poder pregar para vocês.

Busque experimentar de primeira mão o poder do Senhor. Não se contente com o que te contam dele.

Diga como Jó disse ao final de sua provação: eu te conhecia só de ouvir falar, mas agora meus olhos te veem.

Respondemos à primeira pergunta?

O problema do comércio de sacrifícios prontos no Templo de Jerusalém era a perversão do propósito original do culto e da oferta a Deus: manter um relacionamento com o Criador. Expressar sua gratidão ao grande Redentor das nossas almas.

2. O que a reação de Jesus nos ensina sobre seu caráter? <Deus zeloso; contrário ao pecado; dedicado so seu povo>

O Senhor Jesus não conta conversa quando vê aquela cena extremamente pecaminosa acontecendo na Casa do Pai. O zelo preenche o seu coração como fogo consumidor e ele, usando um chicote feito, provavelmente com as cordas que amarravam os animais ali colocados, expulsa os mercantes.
Vamos ler:
Nova Versão Internacional 2.12 Jesus Purifica o Templo

14 No pátio do templo viu alguns vendendo bois, ovelhas e pombas, e outros assentados diante de mesas, trocando dinheiro. 15 Então ele fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas. 16 Aos que vendiam pombas disse: “Tirem estas coisas daqui! Parem de fazer da casa de meu Pai um mercado!”

É interessante observar no que os discípulos pensaram quando viram aquela cena: no Salmo 69, verso 9:
Nova Versão Internacional 69.1 Para o mestre de música. De acordo com a melodia Lírios. Davídico.

pois o zelo pela tua casa me consome,

e os insultos daqueles que te insultam

caem sobre mim

Irmãos, zelo é uma característica marcante do Senhor, e zelo também pode ser entendido como ciúme. Um ciúme infinitamente mais santo que o ciúme humano. É o ciúme adequado ao Criador apaixonado de todas as coisas.

O Senhor cuida dos seus filhos e não admite vê-los se afogando em pecado. O zelo tem uma face voltada para o cuidado e uma face voltada para a eliminação do perigo.

Zeloso é o próprio nome do Senhor, conforme Êxodo 34:
Nova Versão Internacional 34.10 A Renovação da Aliança

Nunca adore nenhum outro deus, porque o SENHOR, cujo nome é Zeloso, é de fato Deus zeloso.

Vamos supor que eu veja o filho adolescente de um irmão da minha igreja na rua se embriagando com alguns amigos sem futuro. Eu não vou me irar com o menino, eu vou me irar com os pais dele, porque foram irresponsáveis com o rapaz.

Saibam que Deus não é um pai irresponsável.

Saibam que Deus é um pai que se importa com seus filhos e não os deixa por aí.
Deus é um pai zeloso que não deixa os seus filhos se afogando no pecado. Nunca deixa os seus filhos adorarem outros deuses, nunca deixa os seus filhos se banharem na lama da iniquidade.

Ele ama a sua vida e odeia o pecado que te assedia. Ele odeia.

"Mas irmão Gabriel, Deus é amor, Deus não pode odiar." <Deus é santidade>

Amado irmão, não se engane. O amor pelos nossos filhos nos faz odiar malfeitores. O amor pela santidade de Deus nos faz odiar o que é mau. O amor pela glória do Senhor nos faz odiar o que é vergonhoso.
O que mais define o nosso Senhor Deus Trino é a sua SANTIDADE. Em Apocalipse 4 nós lemos "Santo, Santo, Santo", e não "amor, amor e amor".

O amor pela Santa Lei faz o nosso Senhor Jesus odiar a falta de lei: também conhecida por iniquidade. Iniquidade é "anomia" em Grego: falta de lei.

Sobre o Senhor Jesus, o autor aos Hebreus afirma:
Nova Versão Internacional 1.1 O Filho é Superior aos Anjos

“O teu trono, ó Deus,

subsiste para todo o sempre;

cetro de eqüidade

é o cetro do teu Reino.

9 Amas a justiça

e odeias a iniqüidade;

E sobre o pecado, o Senhor Jesus afirma:

Nova Versão Internacional 8.31 Os Filhos de Abraão e os Filhos do Diabo

“Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado.

A minha pergunta para a igreja é:
Vocês esperavam outra coisa do Senhor dos Exércitos? Vocês esperavam algo diferente do dono da Casa?
Aqueles homens no Templo estavam basicamente roubando o povo de Israel do Senhor. O que nós vimos no primeiro ponto? Os sacrifícios viraram religiosidade fria e estática.
Ao comprar sacrifícios prontos e prestar um culto pronto, Israel era roubado do Senhor.
E, porque o coração do povo estava sendo forçosamente arrancado de Deus, o zelo do nosso Cristo se acende e a sua ira é inflamada contra aquela injustiça praticada.

Entretanto, os mercadores não apenas roubavam Israel do Senhor, mas também roubavam sua Altíssima Glória. Ora, quem deve dizer se o sacrifício é agradável é o Senhor. Porém, naquele sistema de troca comercial, eram os sacerdotes que deviam se agradar ou não das ofertas.

E nós sabemos que de Deus não se zomba, e que ele não compartilha da sua glória.

O Senhor Jesus arma-se daquele chicote de cordas e acaba com aquele ato. Ele purifica o templo, não deixou mais nenhum mercador pecador lá.
Ali o Senhor declara guerra contra os lobos dentre as ovelhas. Ele declara guerra contra aquele esquema religioso. Ele declara guerra contra a frieza.

Ali, no começo do seu ministério, ele declara para que veio: trazer paz entre Deus e os homens. A ponte que foi derrubada em Adão é reconstruída pelo nosso Senhor.

O que tem derrubado a ponte entre você e o Senhor?

O que tem afastado teu coração do Senhor? O que você tem colocado em primeiro lugar na sua vida?
Saiba que o Senhor Jesus é o bom pastor! Ele é aquele que deixa as 99 ovelhas para buscar uma. Ele é aquele que se alegra com o arrependimento das ovelhas perdidas.

Minha oração é que o Senhor Jesus derrube as mesas do seu pecado e te liberte. Minha oração é por purificação no templo do seu coração. Minha oração é que a alegria idólatra no seu coração seja trocada por uma alegria santa, eterna, infinitamente superior.

Minha oração é que você se deleite na majestade do Senhor. Que você possa, por exemplo, abrir um texto como Mateus 28 e vibrar quando Jesus afirma que tem toda autoridade nos céus e na terra. Quero que seu coração pegue fogo ao ler em Colossenses 1 que ele criou todas as coisas, é antes de todas as coisas e nele tudo subsiste.

Que o seu coração repouse nele. Você terá plenitude de vida quando passar por esse processo de purificação.

Segunda pergunta respondida? A reação irada do nosso Salvador nos mostra que ele não mede esforços na sua luta contra o pecado, contra a frieza e em favor das suas ovelhas.

Vamos finalizar com a última:

3. O que a resposta do Senhor Jesus diz sobre a sua obra?

Vamos ler a partir do verso 18:
Nova Versão Internacional 2.12 Jesus Purifica o Templo

18 Então os judeus lhe perguntaram: “Que sinal miraculoso o senhor pode mostrar-nos como prova da sua autoridade para fazer tudo isso?”

19 Jesus lhes respondeu: “Destruam este templo, e eu o levantarei em três dias”.

20 Os judeus responderam: “Este templo levou quarenta e seis anos para ser edificado, e o senhor vai levantá-lo em três dias?” 21 Mas o templo do qual ele falava era o seu corpo. 22 Depois que ressuscitou dos mortos, os seus discípulos lembraram-se do que ele tinha dito. Então creram na Escritura e na palavra que Jesus dissera.

Eu simplesmente amo essa passagem, especialmente quando a colocamos dentro do desenvolvimento bíblico da ideia da presença de Deus, ou do Emanuel.

Em Gênesis, antes da Queda, a presença do Senhor é plenamente manifesta no Éden. Após o pecado, o Senhor se manifesta aos patriarcas (Noé, Abraão, Isaque, Jacó e José) em teofanias, visões e aparições ao seu povo.
Porém, já no deserto, sob Moisés, a presença de Deus está contida na Arca da Aliança, e o relacionamento com ele é feito através do Tabernáculo.
Davi pede permissão para construir uma habitação para Deus. Deus olha assim pra Davi e diz: Davi, tu queres construir uma habitação pra mim, mas eu vou construir uma dinastia pra ti. O teu filho edificará meu templo.
Sob Salomão, a presença de Deus está no grande Primeiro Templo. Templo suntuoso, feito dos mais incrívels materiais. Na sua inauguração, fumaça de glória encheu os átrios do Templo e o Senhor escolhe ali receber sacrifícios e adoração.
Entretanto, devido ao pecado crescente em Sião, o Senhor abandona o templo e deixa o povo à mercê de Babilônia, e acontece o exílio. Quando o povo volta para Jerusalém e Esdras, Neemias e Zorobabel reconstroem o templo, a narrativa bíblica faz questão de mostrar que a glória do Primeiro não estava no Segundo Templo. E a presença de Deus não estava no Segundo Templo.

Passamos 400 anos de silêncio, o período entre o Antigo e o Novo Testamento, e a presença de Deus volta à Terra na pessoa do Filho, Cristo Jesus.

O Filho diz:

"Destruam esse templo e eu o levantarei em três dias"

Na sua ressurreição, o Senhor Jesus rasga o véu, inutiliza o templo e mostra que seu corpo santíssimo sempre foi o templo definitivo.
No nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo foi feito o sacrifício definitivo.
Além de ser o templo, ele era o próprio cordeiro imolad, desde antes da fundação do mundo.
Não só templo e o sacrifício, mas o Senhor Jesus é o próprio sacerdote que faz a mediação entre Deus e os homens.

Mas não é qualquer sacerdote, ele é sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque: ou seja, é Rei e sacerdote.

Ele é profeta porque fala da parte de Deus, mas ele é a própria mensagem a ser espalhada pelas nações.

Atenção para as palavras do nosso Rei Jesus:

"Destruam esse templo e eu o levantarei em três dias"

Destruam esse templo e eu iniciarei uma nova era.

Destruam esse templo e eu comprarei para mim um povo com gente de toda língua, tribo, etnia e nação.

Destruam esse templo, e as promessas feitas a Abraão serão cumpridas: em mim serão benditas todas as famílias da Terra.

Destruam esse templo e as promessas feitas a Davi e a Judá serão cumpridas em mim: eu reinarei sobre toda a Terra, cetro de justiça será meu governo e se estenderá por toda a criação. E eu reinarei eternamente.

Destruam esse templo, e meu espírito habitará no meu povo. Nós seremos um, e eles serão meu templo e minha habitação pessoal.

Meus irmãos, o Cristo crucificado é o Cristo vitorioso. Na cruz ele expôs à vergonha todo principado e potestade.

Na cruz, ele comprou o perdão de Deus.

Na cruz, um substituto pagou pela minha pena.

Na cruz do calvário, a Árvore da Vida do Jardim do Éden se revela outra vez: com o sim de Deus para todo pecador arrependido de coração.

Destruam esse templo, e eu farei novas todas as coisas.

Se essa mensagem tocou o seu coração e você se cansou de viver uma vida sem sentido e cheia de pecado e cheia de vergonha, eu quero orar por você aí onde você está. Curve sua cabeça.

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