A Palavra de Jesus Salva
Série: Os quatro Milagres de Jesus no Evangelho de Marcos • Sermon • Submitted
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INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Será desenvolvida...
CONTEXTO
CONTEXTO
Além de Jesus ter livrado seus discípulos de um mar agitado e ter libertado um homem que estava agitado e cativo pelas forças satânicas, Jesus é expulso daquela região, e retorna para Cafarnaum. Diferentemente de Gadara (umas das regiões de Decápolis), Jesus é recebido com alegria. Ele encontra o chefe da sinagoga que lhe faz um pedido (a cura de sua filha) e segue rumo a sua casa. No entanto, no caminho, antes de curar a filha de Jairo, Jesus tem uma oportunidade, e dedica seu tempo a curar uma mulher que estava sofrendo com uma hemorragia. No tocante aos estudos anteriores, nós vimos um mar agitado, um homem agitado por um espírito imundo, e uma mulher que sofria não apenas no aspecto de sua saúde, mas também, um sofrimento que envolvia o aspecto conjugal, social e religioso. Essa mulher estava sofrendo há doze anos como vimos no estudo passado.
No entanto, agora observamos o relato da filha de Jairo, que estava doente e estava para morrer como o próprio pai disse (v.23). Ou seja, Jesus estava num contexto onde uma mulher havia sofrido por muitos anos, e agora estava diante de um pai que estava prestes a perder a filha. De um sofrimento hemorrágico para um estado crítico de de uma menina que estava prestes a morrer.
Essa narrativa é contada também nos Evangelhos de Mateus (9:23-26) e Lucas (8:49-56). Assim como havia mencionado nos estudos passados, embora tenha poucas diferenças, o objetivo da mensagem de ambos aponta para um mesmo propósito: o Poder da Palavra de Jesus em curar e salvar.
Portanto, da mesma forma que Jesus agiu com poder acalmando uma tempestade, libertando um homem cativo, e trazendo uma nova expectativa de vida para uma mulher que havia sofrido por anos, agora Jesus age com poder novamente em be√nefício de uma menina que não estava simplesmente doente, mas estava a beira da morte.
Uma palavra de esperança e de encorajamento (v.35-36)
Uma palavra de esperança e de encorajamento (v.35-36)
Jesus ainda conversava com a mulher, e nesse meio tempo, chegaram alguns da casa de Jairo que poderiam ser amigos ou parentes. Jairo era um dos principais (5:22) chefes da Sinagoga. Mas o que um lider de sinagoga fazia naquela época? qual eram os seus deveres?
Líder da sinagoga. Era seu dever selecionar os leitores ou mestres na sinagoga, examinar os discursos dos oradores públicos, e ver que todas as coisas fossem feitas com decência e e de acordo com o costume ancestral.
Strong, J. (2002). Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Sociedade Bíblica do Brasil.
Diante disso, nós percebemos que Jairo era alguém importante e que tinha uma grande responsabilidade como chefe de sinagoga. No entanto, mesmo Jairo tento uma posição importante, ele não se importou com as críticas que outros líderes poderiam fazer e se prostrou aos pés de Jesus (v. 22), e ainda persistia na presença do Mestre. Ele estava se humilhando, já não importava mais quem ele era diante da presença de Jesus.
Os que chegaram da sua casa não mediram as palavras ao comunicarem que sua filha tinha morrido. O fato de Jairo ser um líder importante não o livrou das duras palavras, que certamente lhe causaram sofrimento.
(Algumas pessoas interpretam o texto de forma errada, como se ela estivesse em coma. Porém, quando lemos no evangelho de Lucas 8.55 releata que o espírito voltou ao corpo imediatamente diante das palavras de Jesus).
Em seguida, o fato desses homens não terem esperança nenhuma que a filha de Jairo poderia ser ressucitada, eles logo questionaram: "por que ainda incomodas o Mestre?" (v. 35) Em outras palavras, por que ainda perturba se a sua filha está morta? A ideia da palavra "incomodas" é de aflicão, ou a ideia de causar desconforto a alguém.
Quando eles se referem ao Mestre, eles reconheciam que mestre era um professor, uma pessoa que instrui os outros por transmitir habilidades ou conhecimentos; provavelmente como uma ocupação. No entanto, no Novo testamento, "Mestre" era alguém que ensinava a respeito de Deus, ou seja, o fato de chamarem Jesus de mestre não significa que eles reconheceram ser ele o Mestre, o Filho de Deus, pois eles agiram como se Jesus tivesse chegado tarde demais. "Tua filha já morreu;".
Porém, Jesus ignora as palavras desses homens, pois não estava disposto a ouvi-los. A preocupação de Jesus não era com eles, mas sim, em falar a Jairo depois da notícia que ele recebera. A palavra de Jesus foi uma palavra esperança para que Jairo não temesse. Além disso, Jesus o encoraja também a crer. Ou seja, o que Jesus de fato quis dizer é que Jairo deveria confiar, ter fé naquilo que ele não podia ver. "Não temas diante dessas palavras, continue crendo". Nas palavras do evangelista Lucas 8.50: "Não temas, crê somente, e ela será salva. Lucas vai além de Marcos, mas expressa o mesmo próposito.
Uma palavra revelada de esperança: "Ela não morreu, mas dorme" (v. 37.40a)
Uma palavra revelada de esperança: "Ela não morreu, mas dorme" (v. 37.40a)
No segundo ponto, nós observamos que Jesus não havia permitido que outras pessoas, ou a multidão o acompanhasse, exceto esses que são mencionados (Pedro, Tiago e João). Segundo alguns estudiosos, não se sabe ao certo o motivo de Jesus ter selecionado quem o acompanharia. Mas um dos estudiosos, faz uma relcação com outras passagens, e nos lembra que algumas vezes Jesus escolheu sempre três dos discípulos para estarem ao seu lado (especificamente nos momentos de aflição). Com autoridade Jesus dispensou a multidão que estava ao redor.
Quando Jesus chegou até a casa de Jairo, lá estava um grande alvoroço, onde todos que ali estavam choravam e pranteavam. Diferentemente de hoje, onde algumas pessoas aparecem no velório e choram sem conhecer a pessoa que está morta, naquela época segundo um comentarista histórico, isso era muito comum e a tradição estabelecia ao menos dois ou três pranteadores oficiais e dois flautistas e uma carpideira que refer-se à uma mulher que também era contratada para inspirar o luto, mesmo que se tratasse de uma famílias. Na condicão de Jairo e de sua família na sociedade, eram contratados mais do que o normal.
Ainda hoje existe as mulheres carpideiras, inclusive aqui no Brasil. No Brasil, as carpideiras chegaram junto com a colonização portuguesa. Inicialmente o pagamento não era feito em dinheiro, mas com bens da família do defunto. Hoje em dia existe uma mulher que é famosa por ser carpideira. Ou seja, todos aqueles que choravam e pranteavam eram contratados (Jr 9:17-18) e fizeram isso o mais depressa possível; é provável que que eles estivessem antes de Jairo receber a notícia.
Porém, Jesus questiona todos eles sobre o motivo pelo qual estavam fazendo aquele alvoroço de pranteação e ao mesmo tempo, responde como Filho de Deus, como quem tem autoridade. Uma fala pertinente que (na minha opinião) eu achei profunda e verdadeira, é uma das falas do reverendo Augustus Nicodemus a respeito desse texto, quando ele diz: "Diante Jesus ninguém está morto". Essa fala nos traz uma reflexão sobre a vida de quem está diante de Cristo e a vida de quem não na Sua presença.
Jesus não tinha a intencão de dizer que ela estava dormindo ou em estado de coma, pois segundo o evangelho de Lucas 8.53, as pessoas sabiam que ela estava morta, e além disso, Lucas disse que o espírito retornou ao corpo da menina (8:55). Em outras palavras, fica claro que houve uma separação entre espírito e corpo.
Aqueles que não entenderam quem de fato era Jesus, fizeram descaso, ou como diz o texto grego, eles riram com desprezo e escárnio. Ou seja, riram a fim de humilhar Jesus, e isso era comum para eles, porque para eles a menina estava morta. No entanto, aqueles que estão diante de Jesus, para ele nunca estarão mortos como vimos acima. Jesus não quis dizer que ela estava dormindo, ou estava em coma, mas sim, que ela estava diante da presença do próprio Filho de Deus. O mesmo aconteceu com Lazáro (Jo 11.11, 14), mas seguido de uma afirmação de que ele havia morrido.
Desta forma, a menina estava morta, mas Jesus não olhava para ela com alguém que tinha morrido, pelo fato de que ela estava diante da sua presença.
UMA PALAVRA DE AMOR E PODER DA PARTE DE CRISTO (40b-42)
UMA PALAVRA DE AMOR E PODER DA PARTE DE CRISTO (40b-42)
Depois disso, Jesus expulsa todos. A ideia da palavra "mandar" refere-se à uma ordem de Jesus. Ou seja, apenas os pais e os três discípulos iriam ver o milagre que Cristo iria realizar. Ninguém, além daqueles Jesus autorizou poderia ver o milagre da ressurreição da menina.
Jesus os leva até o quarto juntamente com os discípulos aonde a menina estava, e quando Jesus tomou a mão da menina firmemente, e a palavra de poder e amor de Jesus em Aramaico que era a lingua nativa daquele povo, fez com que ela se levantesse ouvindo na própria língua da mesma forma que provavelmente ela era chamada todos os dias pela mãe ao acorda-la. Ou seja, o espírito havia retornado no corpo da filha de Jairo. Ou a língua grega expressa, a "menininha ou mocinha" de Jairo (uma forma carinhosa expressa por Marcos) se levantou (que vem da palavra grega egeire, que significa ressucitar) pela palavra de Jesus e começou a andar, pois tinha 12 anos e agora ela estava viva.
Ela ressussitou e todos que viram, ficaram sobremaneira admirados. Em outro sentido, estar absolutamente espantado v. — estar ou tornar-se surpreendido a tal ponto de quase perder a compostura mental. Esse foi o sentimento dos pais e dos discípulos, pois a menina estava com saúde e vigor devido ao milagre salvador de Jesus.
Uma palavra de ordem explcíta e preocupação (v. 43a e 43b)
Uma palavra de ordem explcíta e preocupação (v. 43a e 43b)
Segundo alguns estudiosos, as razões para tal precaução era pelo fato de que Jesus deveria morrer a seu tempo. A região da Galileia era repleta de fariseus, escribas e espias, e por isso Jesus de antemão toma precaução para que ninguém soubesse do seu poderoso feito a filha de Jairo.
Além disso, Jesus demonstra preocupação com a menininha de Jairo pelo fato dela estar sem comer por algum tempo, e também manda ( essa palavra está no aoristo, e significa uma ordem) aos pais que dessem de comer a menina, pois naquela agitação, certamente a filha não comeria. Jesus se preocupou da mesma forma que teve outras preocupações no decorre de seu ministério como prover um lar para sua mãe (Jo19.26-27), ou que defendeu as viuvas ajudando nas suas necessidades (Lc 18.1-8; 2.1-4; Lc 7.11-17) ou em outros diversos relatos. Segundo alguns estudiosos, é nesse contexto que devemo observar essa passagem específica, onde Jesus é aquele que se preocupa com os seus independentemente de qual fosse a circunstância.
Cristo é a única esperança para aqueles estão vivendo sem esperança de viver. Nas palavras de Willian Hendriksen: "A esperança dos desespernçados". Uma frase que é um dos sermões do reverendo Hernandes Dias Lopes.