Pedras Memoriais

Para não Esquecer  •  Sermon  •  Submitted
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Os marcos antigos que nos serve de inspiração a permanecer fiéis e avançar para o futuro glorioso com Cristo.

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Pedras Memoriais

HASD: 140 (Ó Vem, Emanuel!); 333 (Há um Dever).
TEMA: Identidade e propósito da igreja.
PROPÓSITO: Fazer com que o público entenda o real propósito da igreja, sem esquecer a sua história e seu sentido missionário.
TEXTO: Josué 4:20-24
Josué 4.20–24 RA
20 As doze pedras que tiraram do Jordão, levantou-as Josué em coluna em Gilgal. 21 E disse aos filhos de Israel: Quando, no futuro, vossos filhos perguntarem a seus pais, dizendo: Que significam estas pedras?, 22 fareis saber a vossos filhos, dizendo: Israel passou em seco este Jordão. 23 Porque o Senhor, vosso Deus, fez secar as águas do Jordão diante de vós, até que passásseis, como o Senhor, vosso Deus, fez ao mar Vermelho, ao qual secou perante nós, até que passamos. 24 Para que todos os povos da terra conheçam que a mão do Senhor é forte, a fim de que temais ao Senhor, vosso Deus, todos os dias.
INTRODUÇÃO:
A) Após a morte de Moisés, Josué havia sido escolhido por Deus para liderar o povo de Israel.
1. O capítulo em que falaremos hoje irá nos mostrar como devemos considerar a nossa história como igreja e que propósito temos no mundo.
TESE: Olhando para o passado e vendo como Deus guiou o Seu povo podemos avançar para o futuro sem medo ou receio.
I - Que lição Deus queria ensinar a Israel ao atravessar o rio Jordão?
A) A travessia do rio lembrava a nova geração que seus pais atravessaram o Mar Vermelho por providência divina.
1. Josué 4:23
Josué 4.23 RA
23 Porque o Senhor, vosso Deus, fez secar as águas do Jordão diante de vós, até que passásseis, como o Senhor, vosso Deus, fez ao mar Vermelho, ao qual secou perante nós, até que passamos.
a) Isso deveria lembrá-los de que eles nunca deveriam viver de modo independente de Deus, mas sempre contar com a Sua providência em dirigi-los até o seu destino.
2. A Bíblia é um livro histórico.
a) Assim como vemos neste relato, a Bíblia foi escrita para registrar os atos milagrosos de Deus ao guiar o Seu povo.
b) Vemos também isso evidenciado nos livros de Daniel e Apocalipse, que tratam de temas relacionados ao tempo do fim e que nos mostram que Deus, desde o início da história, esteve e está no controle de tudo.
II - O processo didático.
A) Ensinar as próximas gerações.
1. Josué 4:21, 22
Josué 4.21 RA
21 E disse aos filhos de Israel: Quando, no futuro, vossos filhos perguntarem a seus pais, dizendo: Que significam estas pedras?,
Josué 4.22 RA
22 fareis saber a vossos filhos, dizendo: Israel passou em seco este Jordão.
a) Era no período da primavera quando Israel chegara às margens do rio Jordão e o rio transbordava, pois estava no período da cheia (Js 3:15).
b) Naquele mês fazia 40 anos em que o povo de Deus havia atravessava o Mar Vermelho.
c) Deus havia ordenado que as grandes “maravilhas” que Israel testemunhara naquele dia não fossem esquecidas, mas que fossem vívidas na mente de todos ali, inclusive na mente dos filhos daqueles que entraram na terra prometida.
B) O questionamento.
1. Josué 4:21.
Josué 4.21 RA
21 E disse aos filhos de Israel: Quando, no futuro, vossos filhos perguntarem a seus pais, dizendo: Que significam estas pedras?,
a) Segundo o comentário Adventista do Sétimo Dia, página 180 diz que “as perguntas dos filhos proporcionariam aos pais a oportunidade de relatar a história da paciência de Deus com Israel no deserto”.
b) Olhando para os dias de hoje, será que estamos proporcionando aos nossos filhos o conhecimento de Deus em nossos lares?
c) Sabemos muito bem que a igreja ou o povo de Deus começa em nossas casas, com nossas famílias.
d) Que valores queremos ensinar aos nossos filhos?
C) O testemunho.
1. Josué 4:24.
Josué 4.24 RA
24 Para que todos os povos da terra conheçam que a mão do Senhor é forte, a fim de que temais ao Senhor, vosso Deus, todos os dias.
a) O mesmo comentário diz:
“O Senhor desejava que sua relação com Israel se transformasse em uma lição para toda a humanidade. O povo não devia, em egoísmo, reter para si o conhecimento do Deus verdadeiro e de Seu poder para salvar. Esse conhecimento devia se estender por toda a Terra em resultado da correta educação dos filhos, que, por sua vez, deveriam se tornar missionários. […] No entanto, Israel fracassou e, posteriormente, Cristo deu a mesma ordem aos discípulos (Mt 28:19, 20). A ‘palavra da reconciliação’ hoje é confiada a nós (2Co 5:19). Não podemos fracassar”. Idem, p. 180.
b) Todos nós somos devedores ao mundo, na qual precisamos testemunhar.
2. As 12 pedras memoriais:
a) Representando as 12 tribos de Israel que relembrariam a direção de Deus na experiência do antigo povo de Deus e que deveriam ser ensinadas às gerações futuras.
b) O testemunho e o ensino seria de pai para filho e para exemplo daquelas nações em volta deles, para que houvesse conversões à verdade.
III - O que acontece com as igrejas que perderam o foco missionário ou o propósito de sua existência?
A) Entram no processo de secularização.
1. Estamos em um período em que muitas igrejas perderam a sua essência missionária.
a) Temas tais como: A volta de Jesus, o Juízo, arrependimento e abandono do pecado, a guarda dos mandamentos (incluindo o sábado) e etc. não tem sido mais levados aos púlpitos de nossas igrejas.
b) O resultado disso é mornidão e frieza espiritual, além da falta de amor entre os irmãos, trazendo disputas ou rivalidades em nossas congregações.
c) Com esse quadro diante de nós, vemos que falsos ensinos e filosofias existencialistas tem sido abraçado a fim de que este “vazio” seja preenchido.
2. George R. Knight, na meditação do dia 1º de janeiro de 2015, disse algumas frases que deveriam nos ajudar a assimilar bem as coisas que estão acontecendo. Ouçam:
a) “Quando as igrejas perdem de vista o sentido desses memoriais, é certo que surgirão problemas. À deriva, longe de seu ancoradouro, ficam sem rumo. Na esfera judaico-cristã, a perda da direção começou com o esquecimento do passado - mais especificamente, das antigas orientações divinas”.
b) “Sempre que isso acontece, perde-se o senso de identidade. Com isso, desaparecem a missão e o propósito. Afinal, se você não sabe quem é, dentro do plano de Deus, como saberá o que tem a dizer ao mundo?”
c) “A história cristã está cheia de grupos religiosos que se esqueceram de onde vieram e, em consequência disso, perderam o direcionamento para o futuro. Tal esquecimento é uma tentação muito real para o adventismo”.
3. Por quê de tantos ativismos presentes hoje no nosso mundo?
a) Porque as pessoas estão cada vez mais vazias e o que mais me admira nisso é que temos membros de nossas igrejas envolvidos com isso.
b) Pessoas envolvidas em extremismos políticos e que não olham mais para as pedras memoriais que nos lembram do real propósito da vida cristã.
c) Os ativismos nada mais é do que o acariciamento do ego ferido de alguém que está revoltado com o mundo e que acha que tudo gira em torno de si.
d) Pessoas assim, esquecem de que Jesus e a Sua igreja viveram sob um governo corrupto e mau, na qual não tinham como mudar a política do mundo, mas que tinham que mudar os corações das pessoas com a mensagem do evangelho do Senhor.
B) Deus nos chama a olhar a nossa história.
1. Olhando para o passado é que podemos avançar para o futuro com a certeza de que Cristo estará conosco.
a) “Passando em revista a nossa história, percorrendo os passos de nosso progresso até ao estado atual, posso dizer: ‘Louvado seja Deus!’ Quando vejo o que Deus tem executado, encho-me de admiração por Cristo, e de confiança nEle como dirigente. Nada temos a recear no futuro, a não ser que nos esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado”. Vida e Ensinos, p. 204.
b) Se há uma bandeira que temos que levantar essa deve ser a do Príncipe Emanuel, ou seja, a bandeira ensanguentada de Cristo que entregou-Se para salvar a humanidade perdida em seus pecados.
c) Se olharmos para trás, que seja para lembrar de como Deus nos guiou até aqui e como Ele está nos conduzindo nessa terrível tormenta em que o mundo está.
d) Se negligenciarmos a nossa história como povo de Deus, o risco é todo nosso e as consequências serão inevitáveis.
ILUSTRAÇÃO:
Na abadia de Westminster, em Londres, onde se acham sepultados os reis e vultos eminentes da Inglaterra, encontra-se o do “soldado desconhecido” e que é um dos mais visitados. Estou falando do grande missionário David Livingstone, que levou a mensagem o evangelho as tribos africanas e foi o primeiro homem branco a entrar em contato com aqueles povos nas quais ninguém até a sua época tinha tido contato.
Dentre as suas descobertas, em 1855 ele havia descoberto a espetacular Cataratas Vitória e chegou também a foz do Rio Zambeze sobre o Oceano Índico, além de ter viajado por todo o deserto do Kalahari.
Além das descobertas fascinantes por várias regiões da África, o desejo ardente de David era levar o evangelho para aquelas tribos mergulhadas em seus pecados e superstições. Por isso várias vezes ele arriscara a sua vida diante de tribos hostis e até mesmo foi atacado por um leão feroz que esfolou um de seus ombros, deixando-o com sequelas por toda a sua vida.
Por muitos anos a saúde de David demonstrava-se frágil, vindo a falecer no dia 1º de maio de 1873. Conta-se que os nativos encontraram David Livingstone morto e ajoelhado ao lado da cama, na aldeia do chefe tribal Chitambo. Ele morreu orando por estes povos e abriu o caminho para que outros inspirados por seu testemunho de vida viessem e continuassem a trajetória de levar a Cristo a esses povos.
Ao falecer, os nativos tiraram o seu coração e enterraram debaixo de uma árvore a fim de lembrar aquelas pessoas onde o propósito do coração deste soldado de Cristo estava e para que se lembrassem de como ele amou a Cristo e as pessoas com que ele se relacionou.
Hoje os restos mortais deste servo de Deus estão na Inglaterra, onde também estão sepultados os antigos reis ingleses.
Gravadas no túmulo do missionário, há uma frase que diz:
“O coração de Livingstone jaz na África, seu corpo descansa na Inglaterra, mas sua influência continua”.
David Livingstone e outros homens e mulheres corajosos na causa de Cristo tornaram-se marcos para a memória e registro de todo aquele que desejou entrar na causa divina.
E você, que caminhos e decisões tem seguido?
CONCLUSÃO:
Podemos ver e entender que precisamos avançar e recordar de como Deus nos guiou até aqui. Temos que olhar ao passado não com nostalgia, mas com inspiração a fim de que possamos avançar para o futuro glorioso na qual o nosso Senhor reservou para aqueles que decidirem vencer pelo sangue de Cristo.
APELO:
Hoje Deus te convida a olhar para frente, sem esquecer de quem te guiou no passado e de como te salvou para a glória dEle, a fim de que você testemunhe do Seu maravilhoso poder.
Que Deus abençoe a todos, em nome de Jesus.
Amém!
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