As marcas de uma vida em Cristo
Exposições na Primeira carta de João • Sermon • Submitted
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· 118 viewsEste sermão tem por objetivo mostrar que marcas manifestam Cristo em nossa vida.
Notes
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Texto base: 1Jo 1.5-2.6
Texto base: 1Jo 1.5-2.6
5 Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. 6 Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. 7 Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. 8 Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. 9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 10 Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. 1 Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; 2 e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro. 3 Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. 4 Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. 5 Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: 6 aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.
I.C.T. - João apresentou aos seus leitores as marcas de uma vida que está em Cristo.
PB - Devocional.
PE - Os homens da Igreja Presbiteriana do Monte Santo saberão reconhecer os sinais que marcam aquele que tem uma vida em Cristo, capacitando-os a avaliarem àqueles que assim afirmam, como também, a si mesmos.
Introdução
Introdução
Recentemente estamos assistindo uma série chamada Prison Break. Nela, um homem chamado Michael Scofield tem todo o seu corpo marcado com tatuagens.
Aquelas marcas em seu corpo não eram aleatórias. Ele mandou gravá-las em seu corpo para servirem como orientação, como uma forma de iluminar os seus passos para fugir da prisão com o seu irmão. Essa é o assunto de nosso texto.
Elucidação
Elucidação
Vimos no encontro passado que neste período muitos irmãos, da própria igreja estavam se afastando do evangelho pregado pelos apóstolos e aderindo a um ensino que começava a apontar, chamado Gnosticismo.
Uma falsa doutrina fundamentada em conceitos filosóficos. Com ênfase na distinção de que a carne é má e o espírito é bom, afirmavam ser impossível Deus se manifestar em forma humana, descrendo na encarnação de Cristo.
Desta ideia vimos duas ramificações importantes:
Docetismo. Afirmavam que o Deus Cristo parecia humano;
Cerintismo. Afirmava que o divino veio ao homem Jesus no batismo e saiu antes da crucificação.
Diante disso, João escreve sua carta para fortalecer a comunhão daqueles que estavam firmes na fé cristã. E, à medida que desenvolve sua carta vai desfazendo os ensinos daqueles homens.
Ele inicia sua carta tratando acerca do conhecimento que eles tinham e confrontando o conhecimento gnóstico e apresentou em que o conhecimento cristão é diferente.
Agora, João destaca o conteúdo da mensagem: 1Jo 1. 5
5 Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.
E mostra como essa mensagem revela a mentira dos ensinos daqueles opositores nos ensinando como reconhecer as marcas de uma vida que está em Cristo.
Tema: As marcas de uma vida em Cristo.
O.I. - Quais são as marcas de uma vida que está em Cristo?
Passagem - João apresenta nesta passagem duas marcas de uma vida que está em Cristo:
I. É uma vida iluminada por Deus (1Jo 1. 5-10)
II. É uma vida orientada por Deus (1Jo 2. 1-6)
I. É uma vida iluminada por Deus (1Jo 1. 5-10)
I. É uma vida iluminada por Deus (1Jo 1. 5-10)
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 1
5 Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma
Ora. Essa partícula mostra que o conteúdo que será desenvolvido é uma continuação do que foi falado. Após mostrar o tipo de conhecimento que tinham, ele quer mostrar agora o conteúdo atrelado a esse conhecimento. Em que está fundamentado o conhecimento cristão.
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 1
a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta:
Algumas versões bíblicas traduzem com mais propriedade incluído o verbo: E esta é a mensagem.Esse verbo é uma confirmação que o conhecimento que ele tem e experimentou é o conhecimento daquele que não está sujeito a tempo, é a mensagem do Verbo eterno, que se manifestou ao mundo.
Eles ouviram a Cristo com seus próprios ouvidos e anunciaram as palavras de Cristo. Obedientemente, levaram a eles as notícias de sua parte. As boas-novas do evangelho que ele veio pregar.
Esse era o propósito do próprio Cristo. Em Lc 10.22 Cristo afirma:
22 Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém sabe quem é o Filho, senão o Pai; e também ninguém sabe quem é o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
O propósito de Cristo era revelar aquele a quem conhecia. Só ele podia revelá-lo! E, a mensagem que Cristo lhes deu e que eles anunciaram foi exatamente sobre a essência do Pai a que ele veio revelar. E qual era essa mensagem?
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 1
5 Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.
que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Essa dualidade é característica nos escritos de João. Luz em oposição as trevas, verdade em oposição a mentira. Amor em oposição ao ódio. Aqui encontramos o primeiro grupo de oposição: Luz e trevas.
Devemos ter em mente o uso que João faz do termo luz. Ele não está dizendo que Deus é uma fonte de luz derivada. Quando relembramos a obra da Criação, vemos que o seu primeiro feito foi a Criação da luz, ele é a origem da luz.
Aqui ele utiliza luz também em seu sentido de pureza, santidade, que não deriva de ninguém, que emana de si próprio, que não é contaminado por nada e que deve ser a referência para uma comunhão verdadeira e para a prática da verdade. Então, pautado na santidade de Deus como referência, ele lança alguns argumentos que rebatem as doutrinas gnósticas, assim como, lançam luz a como deve ser uma vida cristã. Ele argumenta:
6 Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.
Os gnósticos não percebiam pecado em suas práticas, nem em suas ideias. Não viam Cristo como Deus e homem e não percebiam a malignidade deste fato. Muito provavelmente viviam uma vida de busca por prazeres. Agiam de forma contrária ao que falavam. Não tinham comunhão com Deus nem com outros irmãos, viviam em desarmonia.
O termo mantemos comunhão surge duas vezes (vs. 6,7). A ideia de manter sugere uma relação intensa impossível de não ser manifestada na vida de uma pessoa. Também traz a ideia de possessão. Uma pessoa possuída de ira manifestará ira, se possuída de misericórdia manifestará misericórdia, se possuída de verdade manisfestará verdade.
João destaca o fato de que não faz sentido afirmar que se tem um pensamento em comum com um determinado grupo enquanto as práticas manifestam o contrário.
Devemos ter em mente que o ser cristão não é apenas um conceito filosófico, não se trata apenas de um conceito bíblico bem formulado para se ler e reler. Ser cristão é ser prático! A fé que manifestamos emana em obras. Entenda, a fé não depende de obras mas, as obras que realizamos apontam que temos fé! Tiago vai confirmar isso em sua carta!
A comunhão que aqueles homens afirmavam ter era apenas racional, filosófica, mistica e, esse tipo de relação que manifestavam era mentira, em nada praticavam a verdade.
Vemos uma outra dualidade tratada por João: a mentira versus verdade.
Há uma declaração grave aqui. João em seu evangelho afirma: João 8.44-45
44 Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. 45 Mas, porque eu digo a verdade, não me credes.
João afirma que aquele que não se firma na verdade é porque não a possui mas, sua natureza é a mentira e isto indica que tal pessoa é do diabo.
Quando João trata dessa oposição entre mentira e verdade, lança luz a oposição de seus representantes. Nós temos Deus e Cristo (verdade) em oposição ao Diabo e aqueles que o representam (mentira).
Logo, andar no caminho das trevas é manter comunhão com o diabo, é estar relacionado intensamente com ele, é ser possuído por ele.
Então, se você crê no filho, você é de Deus e, se não crê, não é filho de Deus, então seria de quem? Só crê no Filho de Deus aquele a quem Deus o revela. Mt 16. 16-17 Essa foi a resposta de Jesus a Pedro!
16 Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. 17 Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.
Foi o que aconteceu com Pedro, com os outros apóstolos e muitos durante a história da igreja e é o que acontece hoje.
E João continua e mostra o que é andar sob a luz de Deus, em oposição as trevas: 1João 1.7
7 Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
João afirma que as nossas práticas devem manifestar a santidade de Deus. Sua pureza. Se nossas ações manifestarem fé em Cristo o Filho de Deus, demonstraremos que estamos em plena harmonia uns com outros, que pensamos em comum com os da mesma fé.
João estava lhes ensinando que a comunhão entre os irmãos é derivada da fé que vem de Deus e que se manifesta nas ações daqueles que professam crer em seu filho quando em comunhão uns com os outros com o corpo físico de Cristo que se junta em adoração na igreja para louvá-lo!
Acredito que a síntese feita por Cristo dos mandamentos reflete bem isso: Quando amamos a Deus sobre todas as coisas manifestamos o amor aos irmãos.
Aquele que crê em Cristo observa os seus ensinos e conduz sua vida pautada na palavra, este, tem o benefício de ter os seus pecados perdoados, por meio do seu sangue derramado na cruz. É alcançado pela purificação que vem de Cristo.
João mostra que afirmar não ter pecado é um auto engano:
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 1
8 Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.
Eles afirmavam que não tinham pecado para se arrepender, que não havia nada para confessar. Consideravam-se os perfeitos. O conhecimento de sua doutrina gnóstica os levou ao convencimento de que estavam certos.
Mas, João alerta que, agir dessa forma é enganar a si mesmo. E percebe que João se inclui nesta declaração. Ele sabe que encobrir nossas faltas nos distancia de uma vida próspera em Deus (Pv 28. 13).
O motivo dessa afirmação de João é que filósofos ensinavam que o espírito e o corpo são distintos. Ensinavam que quando o corpo morre, o espírito permanece puro.
Nós cristãos entendemos que não há essa distinção, a nossa essência é pecadora, o corpo é um dos meios que concebem o pecado, é um conjunto. Concordamos com a palavra quando afirma em vários momentos que não há um justo sequer.
Então, João enfatiza a necessidade da confissão de pecados. Ele diz:
9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
Confessarmos. Um primeiro fato que me chama atenção é que João não diz Se eles confessarem os seus pecados. Mas ele se inclui e aos apóstolos mais uma vez.
Esse termo tem um aspecto de algo que está acontecendo, que está em andamento. Não está concluída. Ele quer dizer que a confissão de pecados deve ser uma ação contínua.
Esse aspecto ressalta o fato de que, mesmo cristãos, falhamos, o pecado pode vir sobre nossas vidas mas, Cristo está apto a perdoar.
Por isso o perdão é uma das partes da oração modelo que Cristo nos ensinou.
O termo confessar tem alguns sentidos interessantes. Pode remeter à concordância, consentimento. No sentido de declarar que pensa da mesma forma que outro, que afirma aquilo que outro diz. Então, confissão é declarar o que a bíblia diz: que Cristo é Deus, que ele é o Messias, que ele é o nosso salvador. É isso que fazemos em nossa profissão de fé diante da igreja.
Confessar também é declarar-se culpado. É ser réu confesso. Se assumirmos a culpa pelos nossos pecados ele é fiel e justo para perdoá-los.
Quando João classifica Cristo como fiel, traz a ideia de alguém que cumpre com suas obrigações oficiais. No meio militar geralmente se percebe isso. O soldado ao ser incumbido de uma tarefa cumpre sem retroceder. Os soldados romanos por exemplo, estavam ali para dar sua vida numa guerra em nome de Roma.
Cristo veio para cumprir sua obrigação oficial, não uma obrigação para conosco mas, para com o Pai. Ele veio para dar sua vida pelos que o Pai lhe deu. Nele temos uma pessoa fiel, que não deixa motivo para desconfiança.
Por causa da sua justiça creditada as nossas vidas temos purificação das nossas injustiças, não em um tempo futuro mas, agora. Esse é um dos motivos da alegria que os cristãos manifestam.
João afirma ainda que se ele e os apóstolos tivessem a mesma atitude deles de não reconhecerem o seu pecado levariam tanto a pessoa de Cristo quanto a sua mensagem ao descrédito.
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 1
10 Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.
João mostra a implicação da forma como procedemos para a pessoa de Cristo. A importância daquilo que falamos.
A bíblia afirma que somos culpados, que somos pecadores, e nos dá provas disto, dizer que não cometemos pecado é contradizer o que a palavra afirma sobre nós, é ir de encontro ao que Cristo pregou: Mt 4.17
17 Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.
O arrependimento parte daqueles que reconhecessem sua culpa.
Ilustração. Acredito que a maioria de nós, senão, todos já teve um insight. Chamamos de insight aqueles momentos que chegamos a solução de um problema, que entendemos uma determinada situação. Quando temos uma ideia que lança luz a nossa mente.
Nos desenhos animados, quando acontece um insight em algum personagem aparece uma lâmpada na cabeça dele.
Os gnósticos pautavam suas vidas à luz de insights filosóficos. Pelas luz de suas próprias mentes. Se tivessem um bom argumento, capaz de convencer aqueles a sua volta, estavam satisfeitos. O problema é que depositavam sua confiança em suas mentes imperfeitas e pecadoras. No lugar de estarem sob a luz verdadeira, estavam sob uma luz falsa. E estar sob uma luz falsa é estar na escuridão.
Hoje não é diferente, muitos depositam sua confiança em insights científicos. Afinal, dizem que podem ser provados, então são dignos de confiança.
A vida cristã é uma vida sob à luz do insight perfeito, que é Deus. Essa é a mensagem de Cristo: Deus é luz! É essa luz que é manifestada pela pessoa de Cristo. E que agora é manifestada por meio do Espírito Santo, que nos convence do nosso pecado, da justiça e do juízo. Que lança luz em nossas mentes e promove em nós a solução para o maior problema de nossas vidas: o pecado.
Quando moldamos a nossa mente à palavra de Deus, temos a iluminação correta, temos o insight necessário para uma vida de comunhão com o pai, o Filho e os outros irmãos.
Quando a luz de Cristo nos alcança saímos da obscuridade das trevas. A lâmpada divina acende sobre as nossas cabeças e nos faz reconhecer o nosso pecado. E num insight por vindo do Espírito temos a solução para os nossos pecados: Cristo, o filho de Deus.
Estamos meditando sobre o tema: As marcas de uma vida em Cristo. Em primeiro lugar, vimos que uma vida em Cristo é uma vida iluminada por Deus; em segundo lugar, veremos que uma vida em Cristo é uma vida regida por Deus.
II. É uma vida orientada por Deus (1Jo 2. 1-6)
II. É uma vida orientada por Deus (1Jo 2. 1-6)
João continua sua carta e agora usa um tom mais pessoal. Vemos o primeiro uso que ele faz do termo filhinhos meus, manifestando o amor e o carinho que tinha com seus leitores, buscando agora orientá-los.
1 Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;
O desejo de João é o mesmo desejo de um pai para com seus filhos. De que seus filhos não errem, que não se desviem do caminho correto, não tenham uma vida de pecado, de que não estejam distantes de Deus.
Contudo, ele deixa claro que há possibilidade de que em algum momento errem. De que, por mais triste que seja, eles estão sujeitos a pecar, de que não são perfeitos.
Mas diante disto, ele busca consolá-los. Demonstra, em suas palavras, ser uma pessoa que motiva para que sejam vitoriosos em suas batalhas.
E ele enfatiza que, quando pecarem não estarão sozinhos. que não estarão entregues as usas próprias capacidades mas, possuem um representante, um Advogado.
Advogado é aquela pessoa chamada para defender um acusado perante a lei. Essa lei representada por um juiz. Quando lemos Jr 50. 34 vemos que essa era uma função do próprio Deus em relação ao seu povo.
34 mas o seu Redentor é forte, Senhor dos Exércitos é o seu nome; certamente, pleiteará a causa deles, para aquietar a terra e inquietar os moradores da Babilônia.
Essa comunidade a quem João escreve tem alguém que os defenda, que os represente perante a lei de Deus, e não era uma pessoa comum mas, era uma pessoa intima com Pai, escolhida pelo próprio Deus, na eternidade, era Cristo, o ungido de Deus, e quem não há injustiça. Um homem que se compadeceu da nossa fragilidade, aquele que não falhou em nenhuma das exigências da lei! Não apenas isso!
2 e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.
Propiciação. Propiciar é uma ação realizada como meio de apaziguar a ira De Deus. Deixando satisfeita a sua justiça e a sua santidade, levando o pecador a ser perdoado e a estar plenamente em harmonia com Deus. Também é usado o termo conciliação.
João agora aprofunda a obra de Cristo. Ele mostra que Cristo não apenas nos representa diante de nossos pecados como também assume as nossas obrigações de pagar pelos nossos pecados, de satisfazermos a justiça de Deus por meio de nossas vidas.
A grandeza deste fato é extraordinária! Certamente vocês conhecem Jo 3. 16
16 Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Quando olhamos para versículos como esse não há como não contemplar o amor de Deus por nós. Diante do nosso pecado, o próprio Deus deu o primeiro passo, oferecendo o seu único Filho para apaziguar a sua ira sobre nós, que não merecemos!
e diz mais: não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro. Não podemos entender essa frase fora de seu contexto. Para não cairmos em um universalismo, e crer que todos serão salvos.
João vem, deste o versículo 5, tratando sobre a necessidade da comunhão com ele. De como essa comunhão se manifesta em relação aos outros. Tudo isto como sinal de andarmos sob a luz de Deus. Quando João afirma do mundo inteiro, atesta o poder de Cristo em perdoar os pecados daqueles de todo o mundo que creem nele e um sinal sinal disto é que essas pessoas conhecem à Cristo porque guardam os seus mandamentos. Veja o que é dito no versículo seguinte:
3 Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos.
João atenta para o fato de que o conhecimento de Cristo não se dá por meras especulações filosóficas mas, em ter uma vida orientada por Deus, através de seus mandamentos. Aquele que conhece a Cristo, que foi alcançado por sua obra salvadora é alguém observa cuidadosamente suas ordens, seus comandos, hoje manifestos na sua palavra. Busca uma experiência com ele, intimidade, busca conhecê-lo diariamente.
Conhecer e não observar o que ele ordena é ser mentiroso.
4 Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.
Uma vida orientada por Deus é uma vida regrada. O verdadeiro cristão busca uma vida ordenada. Uma vida direcionada pela palavra. O cristão não vive uma vida de todo jeito. Usando seu corpo e sua mente como convém. Mas busca manifestar em sua vida as ordens de Deus. Além disso, é viver na mentira, no caminho do Diabo e distante de Deus. Só uma vida regida pela palavra de Deus leva o amor a perfeição.
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 2
5 Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus.
O amor de Deus é manifesto por meio de Cristo, ele é a representação do seu amor. Amor que nos perdoou ao morrer para nos salvar da ira de Deus.
Do cristão é exigido andar orientado pela palavra que manifesta as ações e atitudes de Cristo. O termo palavra é usado de forma mais abrangente que mandamento. Aqui faz referência a manifestação do Verbo divino, a palavra manifesta, Jesus Cristo.
Quando buscamos orientar nossas vidas pela palavra, experimentamos o seu amor em nossas vidas. Então, a cada dia Cristo é aperfeiçoado em nós. Nossas vidas passam a refletir o seu amor.
Por isso ele termina essa seção e afirma:
6 aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.
Focamos muito em nossas direitos mas, o com Cristo aprendemos os nosso dever. Imitá-lo em suas práticas, promover o Reino como ele o fez, buscar comunhão intima e constante com o Pai.
Certamente vocês já viram, senão presencialmente mas, pela televisão, uma orquestra. Sua composição básica é de quatro famílias ou naipes de instrumentos: Cordas, Madeiras, Metais e Percussão. Cada um com uma variedade de instrumentos musicais. Todos os instrumentos e instrumentistas da orquestra são responsáveis por realizar uma parte da música, as vezes durante toda ela, outras, em momentos específicos, que são registrados nas partituras.
Mas, todos os integrantes tem algo em comum. São orientados pelo maestro. Ele conhece toda a peça musical, ele é responsável por dar os movimentos de interpretação da musica e indicar o momento de entrada de determinado durante a peça e, também, quando aquele grupo de instrumentos deve parar.
A vida cristã é semelhante. Cada membro, de cada igreja, de cada denominação, apesar das suas diferenças tem um ponto em comum: são todos orientados por Cristo. Ele, através da sua palavra orienta a vida de cada um para que todos estejam conforme a verdade, guardem seus mandamentos, manifestem de forma uníssona o amor de Deus e andem como Jesus andou.
Aqueles homens, adeptos do gnosticismo, guiavam-se por suas próprias mentes. Baseando-se em ensinos filosóficos afastavam-se da orientação da pessoa de Cristo e do seu amor. Causando divisões e afastando-se da comunhão com o corpo de Cristo, a igreja.
Aqueles leitores precisavam ter fixo em suas mentes onde deveriam buscar orientação, a quem deveriam imitar em sua conduta cristã.
Da mesma forma homens se levantam como representantes de Deus e induzem seus ouvintes a guiarem-se pelos seus ensinos e não pela palavra. Não pregam a prática do amor de Cristo mas, a prosperidade financeira.
Estudiosos da bíblia colocam a razão como fundamento principal na compreensão das escrituras, tentam unir conceitos filosóficos a ela e acabam por se dispersar da verdade afirmam que a bíblia não é a palavra de Deus.
Somos orientados a voltarmos para as escrituras e guiarmos nossas vidas pela voz de Deus manisfestada em sua palavra. Transmitirmos o seu amor e andarmos assim como ele andou.
Duas marcas mostraram que nossas vidas estão em Cristo: A iluminação de Deus e a orientação de Deus sobre ela.
Desafios
Desafios
Diante deste texto, homem, você é desafiado:
1. Tenha uma vida santa como Deus é santo.
1. Tenha uma vida santa como Deus é santo.
A mensagem que João e os apóstolos anunciam para você é que Deus é ausente de trevas, que ele é a perfeita luz. Que Deus é puro e santo.
A santidade de Deus se reflete em tudo que ele faz; a santidade de Deus se reflete em tudo que ele é: ele é amor, misericórdia, bondade, justiça;
Diante disto, você tem um padrão a seguir. Deus ordena em sua palavras: Lv 11.44
44 Eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo; e não vos contaminareis por nenhum enxame de criaturas que se arrastam sobre a terra.
O apostolo Pedro dá algumas orientações em como praticarmos a santidade de Deus: 1Pe 1. 13-16
13 Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. 14 Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; 15 pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, 16 porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
Pedro mostra que para você ser santo é necessário um entendimento, a santidade inicia na sua mente.
Para isso, a luz de Deus precisa iluminar a sua mente.
Logo, o primeiro passo que você tem que realizar é buscar essa luz em sua fonte principal, a Bíblia!
À medida que você for lendo a palavra de Deus, Ele, por meio do Espírito Santo vai iluminar a sua compreensão. Você terá insights divinos do que as sagradas escrituras querem lhe dizer, de como Deus deseja que você se comporte.
Os gnósticos usaram a filosofia como luz para suas vidas, a ciência usa métodos experimentais como luz para suas ideias. Você não tem que usar métodos próprios porque Deus tem o seu próprio meio: Oração e leitura da palavra.
Só assim você poderá se tornar uma pessoa sóbria, controlada. Porque sua mente não estará iluminada pela imperfeição do seu pensamento mas, será iluminada pela perfeição de Deus, por sua santidade.
Como homem, líder de seu lar e apto à liderança da igreja de Deus, você tem que pautar sua vida por este caminho. Para que a sua esposa e os seus filhos sejam conduzidos da forma correta, para que eles sejam iluminados por sua vida, para que você seja um modelo de santidade para eles.
Para que, se vierem falsos profetas, homens ímpios, falsos ensinos, seja de colegas, na escola, na universidade ou até na igreja, para persuadir a mente deles, eles tenham um padrão estabelecido por Deus, através da palavra que você transmitiu em sua casa.
Se a luz do evangelho de Cristo estiver irradiando na sua mente, você será capaz de iluminar aqueles à sua volta com a graça de Deus manifestada em Seu Filho Jesus Cristo e eles serão também luz por onde quer que passarem.
Você homem só conseguirá exercer uma liderança fiel na igreja se tiver sua vida sob a santidade de Deus.
Não pense que liderar se trata de uma mente bem preparada na filosofia, nas várias ciências, no seu conhecimento comum. Sim! Todos os conhecimentos que adquirirmos podem ser úteis, mas, eles não devem ser a prioridade na liderança da igreja.
Você pode ter alcançado as melhores notas no seu curso de administração e ser o melhor administrador que a empresa onde trabalha já teve, você pode ser o melhor vendedor da região, você pode prestar a melhor assistência no serviço que você oferece, pode ser o melhor construtor, o melhor motorista, ser o melhor funcionário público.
Se, na sua liderança você não promover as escrituras, se você não manifestar Cristo em sua vida, se você não apresentar Cristo as pessoas, se o foco de sua liderança não for glorificar a Deus, nada disso tem valor.
Sabemos como o apóstolo Paulo tinha conhecimento mas veja o que ele escreveu para os coríntios!
1 Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. 2 Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.
Fazendo isso você será capaz de realizar o segundo desafio:
2. Oriente a sua vida pela palavra de Deus
2. Oriente a sua vida pela palavra de Deus
A lei de Deus manifesta a sua santidade! Ela revela quem Deus é! A sua lei é boa e agradável! E a sua lei está contida na palavra e é a palavra!
Você tem um padrão de santidade para seguir, Deus lhe iluminou por meio do seu Santo Espírito para compreender essa santidade e, os seus mandamentos mostram de que forma você deve colocar em prática essa santidade.
Guardar os mandamentos é estar sujeito a lei moral de Deus! Observe cuidadosamente a sua lei. Tenha cuidado em cumpri-la da mesma forma que você tem cuidado em não cometer uma infração de trânsito. Da mesma forma como você teme cometer algum crime que lhe leve a punição da lei civil!
Cristo é a maior expressão da lei de Deus, e ele destaca quais são os principais:
28 Chegando um dos escribas, tendo ouvido a discussão entre eles, vendo como Jesus lhes houvera respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o principal de todos os mandamentos? 29 Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! 30 Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. 31 O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
Faça uma análise da sua vida e pergunte-se: Eu amo a Deus acima de todas as coisas? Passamos meses em isolamento, dentro de nossas casas, como você aproveitou esse tempo em relacionamento com ele? Quantas vezes você realmente adorou ao senhor dentro de sua casa, com a sua família? Quantas vezes você conseguiu, realmente, guardar o dia do Senhor, em oração, descanso, participando dos cultos online, em exercícios de misericórdia?
Você tem manifestado amor ao próximo? E quando digo próximo não são apenas os de casa? Amar quem lhe faz bem é fácil!
Você manifestou seu amor quando orava? Intercedendo pelos que foram acometidos pelo corona vírus? ou por outras doenças? Ou só está orando para que você e sua família não peguem a doença? Você tem recomendado a outras pessoas que se cuidem ou só recomenda àqueles que lhe são mais íntimos?
A observância da lei é a única forma que você tem para manifestar a santidade de Deus!
Mas, há algo muito importante que você precisa relembrar: Você nunca vai conseguir cumprir a lei a risca e manifestar a santidade de Deus perfeitamente em sua vida! Por isso, Deus enviou seu Filho! Para cumprir a lei rigidamente em seu lugar e lhe livrar da ira de Deus!
Observe a lei de Deus não com os olhos na lei mas, com os olhos em Cristo! Tenha a lei como padrão para sua vida, para regular a sua vida, para orientar os seus passos em como ser santo! Mas, nos momentos em que você não conseguir cumpri-la, recorra a Cristo que é fiel e Justo para perdoar os seus pecados e purificar de toda injustiça!
Observe a lei mas, não seja um legalista! A lei orienta sua conduta mas, só Cristo lhe dá a vida!
Conclusão
Conclusão
As marcas no corpo de Michael Scofield serviam como orientação, como uma forma de iluminar os seus passos para fugir da prisão. Elas eram um mapa que levaria ele e seus à liberdade.
Cristo é um mapa para nos livrar da prisão do pecado e da ira de Deus. Ele é marcado em nossas vidas por meio da iluminação de Deus por parte do Espírito Santo e pela guarda das orientações de Deus em sua palavra. Só dessa forma teremos Cristo marcado em nossas vidas! Amém!