VIRTUDES ESPIRITUAIS
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VIRTUDES ESPIRITUAIS
Texto – Isaías 66:2
INTRODUÇÃO
O profeta Isaías foi chamado a profetizar ao Reino de Judá. Os moradores desta nação estavam desfrutando de uma economia próspera, ricos homens de negócio utilizavam táticas legais implacáveis contra os menos favorecidos, as mulheres destes homens poderosos desfilavam com roupas cara. E até o rei Acaz tinha instalado em Judá um altar aos deuses assírios. Eles estavam preocupados com uma possível guerra com seus irmãos do norte (Israel), porém achavam que a solução para esse problema estava na capacidade de seus políticos inteligentes. Eles viram com bons olhos a destruição de Israel pelos assírios, não notavam que o mesmo reino viria para subjuga-los, Judá foi ameaçado de destruição pela Assíria e pelo Egito, mas foi poupado por causa da misericórdia de Deus.
O profeta Isaías foi testemunha de períodos áureos e decadentes na história do povo de Deus (Is 1:1). Ele proclamou uma mensagem de arrependimento do pecado, já que o formalismo religioso, injustiça social, profanação do que é sagrado, marcaram a nação israelita no tempo do profeta (ver Is 1:10-15). Isaias também demonstra uma grande esperança do livramento de Deus no futuro. Alguns consideram esse livro como um resumo da Bíblia, e ele tem muito a nos ensinar. Vamos Ler Isaias 66.1 e 2.
Esse texto fala de Deus como o criador. Os céus e a Terra e todas as coisas criadas são obra de Deus (Gn l:l; SI 8:3; 33:6, 9; Jo 1:3). Ele sustém a Terra e todo o universo com Seu maravilhoso poder. Ele não depende de um lugar ou morada construída pelo ser humano. Tais estruturas têm sua importância, mas sem um espírito humilde, contrito e obediente da parte daqueles que ali adoram, perdem seu valor (ver com. de Is 57: 15). Deus busca encontrar homens que adotam em sua vida algumas virtudes espirituais extremamente importantes. Deus estava olhando para o homem que demonstrou humildade de espírito e reverência pela Palavra de Deus. Vamos estudá-las.
II – HUMILDADE (LER 1 PEDRO 5:5)
A humildade é uma virtude cristã agradável aos olhos de Deus. Quando o cristão desenvolve a humildade em sua vida espiritual, ele busca esquecer o “eu” por meio de uma postura de plena confiança em Cristo. No Salmo 149.4 é dito: Porque o Senhor Se agrada do Seu povo e de salvação adorna os humildes. Nesse verso o salmista fala da salvação. Ele afirma que a salvação é uma espécie de coroa que adorna os humildes. A palavra humildade, em hebraico (םו ים) anaw, literalmente quer dizer os pobres e necessitados. Aqueles que não têm nada, e só podem receber alguma coisa por misericórdia. Isto não tem nada que ver com dinheiro ou posse, pois existem ricos humildes e pobres orgulhosos.
Pedro ainda no afirma em 1 Pe 5.5 vamos ler: Lamentavelmente, o próprio apóstolo Pedro aprendeu esta lição de forma desgastante. Após ter negado a Cristo, ele percebeu a intensidade de seu orgulho e arrogância (ver Mt 26:69-75).
A Bíblia adverte sobre o perigo da autoconfiança e do orgulho. “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (ver 1Co 10:12). Precisamos confiar totalmente em Deus. Cristo estabeleceu o contraste entre os humildes e os arrogantes ao narrar a parábola do fariseu e do publicano (ver Lc 18:9-14).
Ellen G. White escreveu: “Para cada um dos grupos representados pelo fariseu e o publicano, há uma lição na história do apóstolo Pedro. Na primeira parte de seu discipulado, Pedro considerava-se forte. Semelhante ao fariseu, não era a seus olhos como os demais homens. O mesmo mal que levou Pedro à queda e excluiu da comunhão com Deus o fariseu, torna-se hoje a ruína de milhares. Nada é tão ofensivo a Deus nem tão perigoso para o espírito humano como o orgulho e a presunção. De todos os pecados é o que menos esperança inspira, e o mais irremediável (Parábolas de Jesus, p. 152). Cristo concluiu a parábola afirmando que “todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (Lc 18:14).
III – CONTRIÇÃO DE ESPÍRITO (LER ISAÍAS 57:15)
Faz bem ao ser humano saber que Deus, o Todo-poderoso, habita no Céu, mas também quer habitar com o contrito e abatido de espírito. A contrição aponta para o arrependimento sincero pelo pecado e a sensação de incapacidade de sermos salvos por nós mesmos.
Somos pecadores diante de um Deus santo. Portanto, ter essa consciência deve despertar em nós um sentimento de contrição e de arrependimento de nossos pecados. O arrependimento é parte integrante da postura diária do cristão. Ele apresenta diante de Deus sua condição pecaminosa e busca humildemente Seu perdão.
Contrição e humildade, o espírito de sincero arrependimento pelo pecado, somado ao sentimento de incapacidade de ganhar a salvação por si mesmo (ver Rm 7: 18), são os requisitos essenciais para ser aceito por Deus (ver Mq 6:8; ver com. de SI 51:10; Mt 11:29). A contrição prepara o caminho para a justificação, assim como a humildade favorece a santificação. Deus pouco pode fazer por aquele que não sente a própria incapacidade e não busca poder do Alto (ver com. de Lc 15:2)
Contrição e arrependimento são evidências diretas da obra do Espírito Santo na vida cristã. Ellen G. White afirma: “Quando o pecador penitente, contrito diante de Deus, reconhece a expiação de Cristo em seu favor e aceita essa expiação como sua única esperança nesta vida e na vida futura, seus pecados são perdoados. Isso é justificação pela fé. Todo aquele que crê deve submeter sua vontade inteiramente à vontade de Deus e, arrependido e contrito, exercer fé nos méritos expiatórios do Redentor e avançar de força em força, e de glória em glória” (Fé e Obras, p. 103).
É triste notar que muitas pessoas não tem a certeza da salvação, a salvação é sinônimo do perdão dos pecados, e o texto que lemos nos assegura que nossos pecados são perdoados quando nos aproximamos de Cristo em contrição. Todo cristão deveria ter certeza do perdão e consequentemente da salvação, os quais são ofertas da graça. Muitos se manifestam temerosos de falar em certeza da salvação porque julgam que isso, de alguma forma, representaria um perigo para a humildade e um estímulo ao pecado.
IV – REVERÊNCIA PELA PALAVRA (LER ISAÍAS 66:2.)
Deus fala do homem que se inclina em reverência diante de Sua Palavra Sagrada. O conceito de reverência, isto é, respeito pelo que é sagrado, permeia toda a Bíblia. “Tremor” indica uma postura reverente e respeitosa diante de Deus. O homem que treme diante da Palavra de Deus é aquele que reconhece Seu poder e autoridade.
O que significa tremer diante da Palavra de Deus? Isso significa que: A pessoa reconhece que deve obedecer e reverenciar Seus preceitos. Despojado de racionalismo extremo, ele aceita, pela fé, o “Assim diz o Senhor”. Significa o permanente meditar na Palavra de Deus (ver Sl 1:1, 2). Dedicação prioritária de tempo para o estudo da Bíblia (ver Jo 5:39). Plena aceitação de Seus preceitos e normas e, consequentemente, a prática desses preceitos por meio de um estilo de vida adequado. Permissão para que o poder dessa Palavra mude seu coração.
CONCLUSÃO (JOÃO 4:23)
Quando todos nós queremos dar o melhor para a habitação de Deus, ele fica feliz, isso é importante, uma igreja bonita, bem ornamentada, com muitos louvores e programas bem feito é de extrema importância, e Deus se agrada disto, porém Deus Se alegra muito mais quando Seu povo O adora verdadeiramente com humildade, contrição e tendo uma obediência total aos que é ensinado nas Sagradas Escrituras. A adoração não é somente externa, mas principalmente interna.
Humildade, contrição e tremor diante da Palavra de Deus são virtudes necessárias em nosso crescimento cristão. Isso faz parte do processo de santificação que todos devemos buscar, pois um termo muito presente no livro d Isaias são os vocábulos “Santo, Santo, Santo”.
APELO
Quantos gostariam de desenvolver diariamente essas virtudes espirituais em sua vida cristã? Quantos hoje reconhecem que são pecadores e precisam da ajuda de Deus para serem transformados em novas criatura?