O GRANDE MANDAMENTO
MATEUS 22: 34-40 • Sermon • Submitted
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CONTEXTO DA PASSAGEM
CONTEXTO DA PASSAGEM
A passagem está em uma parte do Evangelho em que Jesus já está em Jerusalém (21: 1 ENTRADA TRIUNFAL), e ali ele vai passar a última semana antes de sua crucificação. Aquele grande e terrível dia estava chegando, o dia em que o Filho de Deus encarnado, iria ser pendurado em uma cruz para ali receber a ira de Deus sobre si, para que então pecadores fossem perdoados.
Aos olharmos para o ministério de Jesus nós vamos encontrar alguém que demonstrou amor, compaixão, sabedoria e poder como ninguém jamais havia demonstrado. Mas também iremos encontrar Jesus em confrontos contra inimigos.
Um dos mais famosos desses inimigos era o grupo dos Fariseus (um dos principais grupos religiosos dos judeus)
Nas páginas dos evangelhos nós encontramos esses homens, que eram conhecidos como Intérpretes da lei, tentando a todo custo provar Jesus, com o objetivo de confrontá-lo contra a Lei de Deus, para ver se nele encontrariam algum tropeço, contradição e o pudessem acusar.
Aqueles que eram os conhecedores da lei, não creram e permaneceram rebeldes quando aquele para o qual toda lei apontava, havia chegado.
Isto é inclusive algo de destaque no evangelho de Mateus, o evangelista faz questão de mostrar que JESUS era o Messias esperado, aquilo que os profetas falaram a respeito do Ungido do Senhor, se cumpriu em Jesus, mas mesmo assim, eles não creram.
Os Fariseus aparecem então, por mais uma vez, nesta passagem, mantendo aquilo que eles tinham como objetivo de vida naquele momento (Pink E Cérebro) Colocar Jesus em descrédito e retirá-lo de cena.
A REUNIÃO E A PERGUNTA (v. 34-35)
A REUNIÃO E A PERGUNTA (v. 34-35)
Novamente o que nós temos aqui é um questionamento dos Fariseus. Percebam que a intenção continuava a mesma (v. 35)
Mas esse questionamento, embora não fosse novidade, apresenta algumas coisas que merecem destaques:
Ele ocorre após a derrota dos Saduceus. Ainda que pudessem sentir alguma alegria por ver os inimigos humilhados, os Fariseus não se dão por satisfeitos e continuam com o mesmo objetivo.
A forma com que Jesus reage a pergunta é diferente da forma com que ele reagiu a pergunta anterior (22: 18)
Esta seria a última pergunta feita a Jesus (v. 46)
Ao olharmos para essa pergunta feita, ainda que as motivações tenham sido reprovadas, não podemos deixar de dizer que de fato era uma pergunta muito importante.
Entre todas as Leis que Deus tinha dado ao seu povo no A.T, qual seria o maior mandamento? Isso, segundo os comentaristas, era inclusive objeto de discussão entre os interpretes da lei.
Mas essa pergunta também é importante pra nós, a resposta de Jesus é extremamente importante ainda nos nossos dias, para cada um de nós. Qual é o grande mandamento? Este é nosso objetivo esta noite.
O GRANDE MANDAMENTO (v. 37)
O GRANDE MANDAMENTO (v. 37)
A resposta de Jesus não era nova ou estranha aos judeus, pois o mesmo já havia sido ensinado ao povo nas páginas do A.T (DT 6: 4-5).
Isso aparece em Marcos quando o interprete que fez a pergunta concorda com a resposta de Jesus (MC 12)
Mesmo que tenha sido uma resposta conhecida, é importante, aqui destacar alguns pontos sobre esse mandamento, e de como o povo de Deus no A.T deveria tratá-lo:
Devemos entender que Jesus está aqui resumindo a primeira tábua da lei (EX 20). Ao falar sobre o Amor como grande mandamento, Jesus não está, como muitos pensam, desprezando a Lei ou deixando-a para trás.
Esse mandamento deveria ser cumprido com disposições internas e externas, ou seja, não era um amor só de palavras e nem um amor apenas externo. Isso fica claro quando Jesus usa termos que incluem todas as faculdades, todo o ser do homem, inclusive suas ações (MC 12 usa força)
Como isso se dava então na pratica?
Era um amor exclusivo: Deus deveria ser reconhecido como único e verdadeiro Deus, reconhecido como o bem mais precioso, na verdade o único bem de seu povo (SL 16: 2)
Era um amor que levava o povo a adoração verdadeira a Deus, um culto em que ele é cultuado não por meio de imagens ou invencionices humanas, mas conforme ele deseja (DT 12: 5-6)
Era um amor que envolvia zelo por Deus, pelo seu nome, pelos seus atributos, por sua palavra, etc. Era um amor que envolvia o desejo de ver Deus sendo exaltado, e que também gerava profunda tristeza e até mesmo uma ira santa quando seu nome era blasfemado, zombado ou coisas semelhantes a essas.
Era um amor que envolvia obediência, o desejo e a alegria de andar de acordo com os mandamentos e estatutos do Senhor. Também era um amor que envolvia confiança, o povo deveria confiar e descansar em Deus (algo que também aparece como ensino do 4º mandamento.
4. Portanto, o amor a Deus é o grande mandamento da lei. Todo Judeu deveria ter isso claro diante de si, ele deveria fazer disso o centro de sua existência (TABERNÁCULO).
5. Aquele povo não deveria se esquecer de que a obediência a esse mandamento era uma resposta de gratidão, de alegria, pois Deus é quem havia amado aquele povo primeiro (DT 7: 7-8)
O SEGUNDO MAIOR MANDAMENTO (v. 39)
O SEGUNDO MAIOR MANDAMENTO (v. 39)
Jesus passa agora a falar sobre a segunda tábua da lei, que diz respeito aos nossos deveres para com o próximo.
Novamente aqui o AMOR resume o segundo maior mandamento.
Passemos então a apontar alguns aspectos importantes da continuidade da resposta de Jesus, agora com referência ao 2º maior mandamento:
Novamente aqui a resposta não é uma novidade, este mandamento já aparece no A.T (LV 19: 18)
Como isso se dava na prática?:
É um mandamento que envolve preocupação com o próximo e suas necessidades (DT 24: 19)
É um mandamento que envolve respeito pelo próximo (honra teu pai e tua mãe) e pelas suas coisas (não furtarás, não cobiçarás)
É um mandamento que envolve veracidade nos relacionamentos (não adulterarás, não mentirás)
Muitas outras coisas poderiam ser citadas como demonstração de como esse segundo mandamento se dava na prática.
3. Aquele povo deveria entender então que Primeiramente eles deviam amor ao Criador, o salvador, o Deus que os amava, e, como consequência disso deviam agir como o próprio Deus, amando aqueles que foram criados a imagem e semelhança de Deus.
NÃO ERA NOVIDADE, MAS NÃO ERA A REALIDADE
NÃO ERA NOVIDADE, MAS NÃO ERA A REALIDADE
A resposta de Jesus dada a pergunta daquele intérprete da lei, não era uma novidade, como acabamos de ver.
No entanto, não foi a realidade vista na maioria das vezes na história do povo de Israel no A.T, e também não era a realidade daqueles judeus que estavam ali ouvindo Jesus.
Os Fariseus que se achavam acima e melhores do que os outros, tratavam com desprezo os publicanos e outras pessoas que gostavam de chamar de pecadores, na verdade não amavam a Deus e não amavam o próximo.
Eram orgulhosos, gostavam de receber louvor dos homens, colocavam mandamentos de homens e negligenciavam os mandamentos de Deus (MC 7: 7-9)
Os fariseus não amavam o próximo, eles não tinham misericórdia daqueles que sofriam, eles não se alegraram quando Jesus curou pessoas que há muito sofriam.
Os fariseus não amavam, e se o Amor resume a lei, e dele dependem toda a lei e os profetas. logo, eles estavam completamente enganados a respeito de si mesmos. Eles eram verdadeiramente os Hipócritas conforme Jesus disse.
Fica claro então que a resposta de Jesus não era uma novidade, mas que o verdadeiro entendimento dela dependia muito mais do que um conhecimento superficial da Lei.
Mas e com relação a nós? Como essa resposta de Jesus chega a você? Será que você já a conhecia? Será que seu conhecimento é real ou só superficial?
Seria muito fácil chegar neste momento e aplicar diretamente a resposta de Jesus a vocês, dizendo que aquilo que Deus exigiu no A.T com relação aos nossos deveres para com ele e para com o próximo, ele continua a exigir de cada um de nós.
Mas se eu fizesse isso eu colocaria vocês em maus lençois, se eu lançar essa responsabilidade diretamente sobre vocês, vocês falharão, eu falharei, todos falharemos. Pelo simples motivo de que não temos em nós mesmos a capacidade para Amar a Deus como ele requer e amar ao próximo como a nós mesmos.
Por isso todos nós precisamos de um mediador, precisamos de alguém que cumpriu os dois grandes mandamentos de forma perfeita: O NOSSO SENHOR JESUS.
Jesus como Deus, não somente fala a respeito dos mandamentos como algo que lhe é devido e como algo que ele exige, mas ele também fala como Filho de Deus encarnado, e que durante sua vida aqui entre os homens, cumpriu perfeitamente esses dois mandamentos.
JESUS E OS DOIS GRANDES MANDAMENTOS
JESUS E OS DOIS GRANDES MANDAMENTOS
Jesus foi aquele que amou e glorificou a Deus em cada uma de suas ações, em cada um de seus pensamentos. Aquele que amou a Deus com todo coração, toda alma, todo entendimento e todas as forças.
Jesus foi aquele que zelou pelo nome do Pai, e por suas coisas (EXPULSOU DO TEMPLO) O zelo de tua casa me consumirá (SL 69: 9; JO 2: 17)
Jesus foi aquele que guardou perfeitamente o dia de descanso, não deixando de realizar boas obras, obras de misericórdia nele. Além disso, ele descansou em Deus mesmo em meio ao terror da cruz que veio sobre ele.
Jesus foi aquele que amou as pessoas, ele se importava com elas, ele se compadecia de suas misérias, ele curou e libertou muitos daqueles que clamavam desesperadamente por socorro.
Ele não se irou contra o próximo (não matarás) nem mesmo quando foi alvo de zombarias e agressões (1PE 2: 21-23)
Acima de tudo, ele demonstrou esse amor dando a vida por um povo, recebendo uma culpa que não era dele, para que esse povo fosse salvo.
Não há amor maior do que esse (JO 15: 13)
Todos nós precisamos de Jesus, somente por meio dele nós conseguiremos cumprir o mandamento do amor.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Reconheça a sua dependência do próprio Senhor e clame a ele para que ele o ensine amá-lo e amar também ao próximo. As duas tábuas da lei ainda são válidas para nós nos dias de hoje, com aplicações talvez diferentes.
Saiba que o amor ensinado nas escrituras não é o amor ensinado neste mundo. Em nome de um suposto amor o mundo tem aprovado pecados terríveis diante de Deus.
Saiba que as duas tábuas da lei estão unidas, mas a primeira é a MAIOR, por que diz respeito a Deus. Talvez haja momentos em que você tenha que se lembrar disso.
Lembre-se de que o amor que devemos demonstrar não é apenas um sentimento, mas envolve ações. Não fique esperando um sentimento nascer.
Por fim, lembre-se daquilo que Deus fez por você em Cristo, ele te amou mesmo sem você merecer, carregar essa realidade nos ajuda nos momentos que achamos quase impossível amar determinadas pessoas.
Ler 1 JO 4: 19-21
AMÉM