Os mais excelentes dons
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DOUTRINAS PENTECOSTAIS VII
OS MAIS EXCELENTES DONS
OS MAIS EXCELENTES DONS
ESTUDO 508
31 Entretanto, procurem, com zelo, os melhores dons. E eu passo a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Ao longo de várias semanas, durante o período desta série de estudos sobre as Doutrinas Pentecostais, temos desfrutado dos banquetes que o Espírito Santo nos tem servido. Além da edificação e crescimento espiritual, temos visto milagres acontecendo e, acima de tudo o cumprimento da palavra que temos estudado – as vivas e verdadeiras manifestações do Espírito Santo, através dos Dons Espirituais, na vida dos crentes.
Temos ouvido profecias, temos recebido revelações através do dom da palavra do Conhecimento, recebido mensagens em Línguas Estranhas com a devida Interpretação das Línguas, tudo isso nesses últimos dias que estamos estudando o assunto e, com certeza, entendendo melhor como dar, cada vez mais, liberdade para que o Espírito Santo se manifeste através de nós.
É como se um ardor tomasse os nossos corações e nós começássemos a desejar ardentemente mais e mais do conhecimento da Palavra de Deus, para que cada um possa ser usado nas mãos de Deus através das manifestações do Espírito Santo – os Dons Espirituais, para o que for útil!
Os melhores dons do Espírito Santo
Os melhores dons do Espírito Santo
Esse tema que parece ser um pouco polêmico, mas não é. O nosso propósito é buscar entender o que o Apóstolo Paulo queria de fato, dizer com essa expressão, embora não seja uma exegese muito simples.
O Espírito Santo é quem ilumina o nosso entendimento para que possamos compreender as escrituras (Ef 1:18-19). A iluminação não é a revelação, revelar é mostrar o que está em oculto, iluminar é colocar luz no que está revelado e, eventualmente, não conseguimos perceber. Por exemplo, é como a diferença entre traduzir (revelar) e interpretar (explicar).
É o Espírito Santo quem ilumina aquilo que está revelado nas Escrituras, para que nEle, possamos agir com a Palavra e por meio dEla. E assim vamos mergulhando numa dimensão de vida de glória em glória, de fé em fé.
18 E todos nós, com o rosto descoberto, contemplando a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, que é o Espírito.
Desfrute!
OS DONS E O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO
OS DONS E O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO
Embora muita coisa já se tenha dito a respeito da diferença entre os Dons do Espírito Santo e o Fruto do Espírito, creio que, com a ajuda do Espírito Santo, podemos colocar ainda um pouquinho mais de luz no assunto.
Há, algumas vezes, uma certa confusão entre os dons e o fruto do Espírito Santo ao ponto de alguém até mesmo misturar os dois como se fossem a mesma coisa, mas não é.Vejamos:
Os dons espirituais
Os dons espirituais
são capacitações dadas através da manifestação do Espírito Santo no crente para sua edificação pessoal (1Co 14:4), edificação da Igreja de Cristo (1Co 14:3) e como um sinal, para alcançar aos perdidos (1Co 14:22).
O Fruto do Espírito
O Fruto do Espírito
por outro lado, nos é dado para o desenvolvimento das qualidades essenciais da formação de um bom caráter, semelhante ao do Senhor Jesus Cristo. Essas qualidades desenvolvidas, são chamadas de virtudes – as virtudes do Fruto do Espírito.
Confusões
Confusões
A confusão está em atribuir às virtudes do Fruto do Espírito à mesma estatura dos Dons Espirituais.
além de misturar os diferentes tipos de dons:
os dons de liderança e governo na Igreja (Ef 4:11-14 – Domata);
os dons individuais, ou Dons de Mordomia (Rm 12:6-8 em diante – Charismata);
os Dos Espirituais (1Co 12:8-10 – Charismata Pneumática).
Deus fez e faz tudo perfeito (Sl 18:30 NTLH[1]), tudo decentemente e com ordem (1Co 14:40), cada um desses dons tem o seu lugar na Obra de Deus e na nossa vida, mas cada um é diferente dos outros em classificação e função.
Dons Espirituais são manifestações // Fruto do Espírito é o caráter do crente.
Dons Espirituais são manifestações // Fruto do Espírito é o caráter do crente.
Então, fica claro que os Dons Espirituais são manifestações, ou revelações do Espírito Santo de modo audível e visível através dos crentes e as virtudes do Fruto do Espírito são qualidades que temos que desenvolver.
Entenda que: As virtudes do Fruto do Espírito têm a ver com o caráter do crente, com quem ele é, e os Dons do Espírito Santo têm a ver com o que faz, seu comportamento como alguém cheio do Espírito Santo!
OS MELHORES DONS
OS MELHORES DONS
Segundo o Comentário Crítico e Explanatório da Bíblia Sagrada[2], a maioria dos manuscritos mais antigos diz "os mais excelentes dons".
31 Entretanto, procurem, com zelo, os melhores dons. E eu passo a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente.
Esse versículo não é tão simples de interpretar. Pois ele levanta algumas perguntas:
O que o Apóstolo Paulo quis dizer quando mencionou os melhores dons?
O que o Apóstolo Paulo quis dizer quando mencionou os melhores dons?
Há dons melhores que os outros?
Há dons melhores que os outros?
Existe uma hierarquia nos dons espirituais?
Existe uma hierarquia nos dons espirituais?
Apesar de todos os dons serem igualmente necessários para a Igreja, o Apóstolo Paulo, claramente, faz distinção entre alguns dons e desfila entre os diferentes tipos de dons que nós já temos estudado:
28 A uns Deus estabeleceu na igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, os que têm dons de curar, ou de ajudar, ou de administrar, ou de falar em variedade de línguas.
Neste versículo 28, o Apóstolo Paulo traz uma ordem à funcionalidade dos dons na Igreja, desde a necessidade do primeiro a ser estabelecido, que era o governo da Casa de Deus e então dons de mordomia e finalmente os Dons Espirituais. Aqui sim, ele estabelece como uma hierarquia, não dos Dons Espirituais, mas dos diferentes tipos de dons, o que é perfeitamente compreensível, pois se não houver uma liderança, uma cabeça na igreja local que administre a organização eclesiástica, como os ministérios pessoais poderão ser desenvolvidos? Se não há liderança e administração, com certeza, fica comprometido o desenvolvimento dos Dons Espirituais.
Instrução, pois tudo era muito novo
Instrução, pois tudo era muito novo
Havia um extraordinário derramamento do Espírito Santo naqueles dias e a Igreja em Corínto foi agraciada com todos os dons, ao que parece. Tudo era muito novo e os irmãos não sabiam bem como lidar com a expressão da manifestação dos dons e com esse novo relacionamento com o Espírito Santo.
Eles precisavam entender que o Espírito Santo agora era a manifestação de Deus e do Senhor Jesus Cristo falando diretamente com eles; eles não estavam acostumados a conversar com o Espírito Santo, a tratar as coisas da vida com Ele, a receber instruções diretamente d’Ele, mas agora tudo isso era realidade e eles tinham que ser instruídos.
Essa instrução ainda é muito relevante e absolutamente necessária nos nossos dias para o nosso relacionamento ordinário e extraordinário com o Espírito Santo, dois aspectos maravilhosos da nossa interação com Deus através do Espírito Santo:
Ordinário
Ordinário
Ordinário na dimensão da razão humana, de falar, ouvir, receber orientação, ouvir a voz d’Ele na própria alma, nos relacionarmos com Ele.
Extraordinário
Extraordinário
Extraordinário na manifestação sobrenatural do Espírito Santo através dos dons espirituais em nós.
...mas principalmente o de profetizar – I Coríntios 14:1b
...mas principalmente o de profetizar – I Coríntios 14:1b
Por isso, no início do capítulo 14, Paulo fala sobre a necessidade de ordem no culto e imediatamente os anima a buscar os dons espirituais e faz uma distinção muito clara - ...mas principalmente o de profetizar – 1Co 14:1b
Aqui o Apóstolo Paulo orienta a manifestação dos dons no ambiente dos cultos a Deus. Ele mostra a manifestação legítima e abundante dos dons no culto e ensina como eles devem ser administrados pelos crentes.
Então começa a distinção entre os dons:
1 Sigam o amor e procurem com zelo os dons espirituais, principalmente o de profetizar.
5 Eu quero que vocês todos falem em línguas, mas muito mais que profetizem. Pois quem profetiza é superior ao que fala em línguas, a não ser que as interprete, para que a igreja receba edificação.
Algumas opiniões de renomados escritores:
Algumas opiniões de renomados escritores:
Albert Barnes - Procurai com zelo – do grego "Seja zeloso por" Ζηλοῦτε Zēloute. Esse verbo, no entanto, pode estar no tempo indicativo (deseja sinceramente), ou no imperativo, como em nossa tradução (procurai com zelo). A tradução siríaca afirma: "Porque você é zeloso dos melhores dons, mostrarei a você um caminho mais excelente". Grotius afirma: "Ore a Deus para que você receba dele as melhores investiduras (dons), isto é, as investiduras (dons) mais úteis"[3].
Jamieson – Fausset – Brown - Procurai com zelo – no grego "desejo de imitar como por emulação (inveja ou cobiça)". Não no espírito de "cobiça" descontente. O Espírito "reparte a cada um como quer" (1Co 12: 1); mas isso não impede que os homens busquem seriamente, pela oração e vigilância, e pelo cultivo de suas faculdades, os melhores dons. Beza explica: "Mantenha na mais alta estima"; que concorda com a distinção, em sua opinião (1Co 14: 1), entre "seguir a caridade - estima zelosamente os dons espirituais"; também com (1Co 12:11, 18) a vontade soberana com a qual o Espírito distribui os dons, impedindo as pessoas de desejarem dons que não lhes são concedidos.
...e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente.
...e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente.
No grego "e além disso". Além de recomendar o seu desejo zeloso pelos melhores dons, estou prestes a mostrar-lhes algo ainda mais excelente (literalmente, "um caminho mais parecido com “o caminho"), "o caminho do amor"[4].
Três interpretações
Três interpretações
Há pelo menos três interpretações aqui:
1. A profecia é mesmo mais importante que as línguas e isso legitima o pensamento de que os dons têm uma hierarquia;
2. Não quer dizer que a profecia seja maior que as línguas, mas que no culto, elas devem ter proeminência para que haja compreensão e edificação - para que todos aprendam e todos sejam consolados – 14:31
3. Para aquele momento da igreja em Corinto a necessidade era de uma manifestação maior do dom de profecias (pouco provável), então os melhores dons seriam profecia, línguas e interpretação das línguas. Porém os melhores dons são uma aplicação específica a cada um (mais provável), ou seja, os melhores dons para você são tais e tais e, para mim, outros tais e tais, mas é o Espírito Santo quem decide, opera e distribui a cada um para o que for útil não somente nos dons espirituais, mas nos de mordomia e liderança.
Seja como for, parece que as três são válidas e aplicáveis aos nossos dias e realidade, e não exclusivas.
Porém está muito claro, que o contexto de Coríntios 14, dá luz aos dons de Línguas Estranhas, Interpretação das Línguas e Profecia, portanto vamos nos aplicar um pouco a estes dons.
AS LÍNGUAS ESTRANHAS
AS LÍNGUAS ESTRANHAS
A carta aos Coríntios coloca em alta importância a manifestação das línguas estranhas, por isso vamos mergulhar um pouco no aprendizado dessa benção sem paralelo.
Glossolália e Xenolália
Glossolália e Xenolália
Esses termos de origem do idioma grego são usados para definir as manifestações do Espírito Santo através das Línguas Estranhas e ajudam muito na compreensão de diferenciar o ato de falar línguas estranhas do dom da Diversidade de Línguas.
O dicionário Chamber define:
Glossolália (do grego glossa – língua, laleein – falar) o fenômeno de emitir espontaneamente sons ininteligíveis que se acredita fazer parte de um ou mais idiomas desconhecidos.
A glossolalia
A glossolalia
são as línguas estranhas que falamos diretamente com Deus e ninguém entende:
2 Pois quem fala em línguas não fala para as pessoas, mas fala para Deus; ninguém o entende, pois, por meio do Espírito, fala mistérios.
A Xenolália
A Xenolália
(do grego xeno – língua estranha, laleein – falar) como o uso espontâneo de um idioma que o falante nunca ouviu ou aprendeu.
8 Então como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?
Em Defesa da Atualidade das Línguas Estranhas
Em Defesa da Atualidade das Línguas Estranhas
Contra os cessacionistas
Contra os cessacionistas
Mesmo já havendo passado mais de cinquenta anos desde o derramamento inicial, o que por si só já desmonta a afirmativa cessacionista, o Apóstolo Paulo ainda está ensinando e organizando os cultos cheios das manifestações dos maravilhosos dons espirituais.
26 Que fazer, então, irmãos? Quando vocês se reúnem, um tem um salmo, outro tem um ensino, este traz uma revelação, aquele fala em línguas, e ainda outro faz a interpretação. Que tudo seja feito para edificação.
Mas a história não termina aí e nem terminou ainda – o Espírito Santo continua se manifestando com muito poder e glória através dos salvos em Cristo Jesus, até a vinda do Senhor Jesus.
Os cessacionistas afirmam que nós alicerçamos a nossa Doutrina Pentecostal em apenas um livro da Bíblia, Atos dos Apóstolos, e que não há respaldo bíblico algum para a nossa hermenêutica. Muitos deles, porém, alicerçam o seu argumento de os dons espirituais haverem cessado, em apenas um trecho da Palavra de Deus – Atos 2:5-11, quando no dia de Pentecostes os cristãos foram cheios do Espírito Santo e falaram os idiomas dos que estavam ali para a festa dos judeus.
Conquanto, o sinal realmente aconteceu e o relato é fiel e verdadeiro, não foi a última e tampouco a única vez que houve a manifestação desse dom. Esse assunto está vastamente descrito e provado no livro dos Atos dos Apóstolos e no primeiro estudo desta série com todas as referências bíblicas, históricas e científicas. Desde a Igreja primitiva, passando por toda a Idade Média, especialmente o tempo conhecido como período das trevas, houve abundante manifestação dos dons espirituais, especialmente o das línguas estranhas na forma da Xenolália, forma que vamos tratar no próximo tópico.
O Apóstolo João afirmou que há três coisas que testificam na Terra:
O Apóstolo João afirmou que há três coisas que testificam na Terra:
· O Sangue - O testemunho do sangue acontece quando cremos no sacrifício de Cristo por nós, na cruz do Calvário.
· A Água - O testemunho da água se dá quando somos batizados no nome do Senhor Jesus.
· O Espírito - O testemunho do Espírito acontece quando somos cheios, batizados do Espírito Santo
A doutrina dos batismos, segundo Hebreus 6:1-2, é a terceira na ordem de importância entre as doutrinas de Cristo que formam o alicerce da fé cristã. Tanto os três testemunhos como os batismos estão válidos e são práticas correntes na Igreja, nos nossos dias.
A Igreja foi estabelecida com os seus membros falando línguas estranhas os crentes continuam recebendo o dom do Espírito Santo com a manifestação de falar em outras línguas, e a Igreja vai terminar a sua carreira na Terra falando línguas estranhas, em nome do Senhor Jesus!
Evidência X Variedade
Evidência X Variedade
Evidência
Evidência
Hoje a primeira evidência de ser cheio do Espírito Santo não é a profecia, mas falar em línguas. Além de a profecia não estar extinta, nem tampouco fora de contexto, tanto as línguas como as proféticas são dons de elocução[5], dons da fala e o Senhor Jesus deixou claro que o enchimento do Espírito Santo era para ser testemunha, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia... (At 1:8)
Então, o que marca uma pessoa cheia do Espírito Santo é exatamente a elocução, ou seja, falar. Essa característica no AT aparece com a profecia (Nm 11:25) e no NT também com as línguas. Em cada passagem sobre o batismo no Espírito Santo no livro dos Atos dos Apóstolos (AT 2:4; 10:45, 46; 19:6), a evidência sempre é a elocução, que agora era falar línguas estranhas. A necessidade e a utilidade do ato de falar línguas estranhas serão abordados um pouco adiante.
Variedade de Línguas
Variedade de Línguas
O Apóstolo Paulo, em 1Co 12:10 menciona um dos dons espirituais como o sendo o Dom de variedade de Línguas. Aqui não é o simples ato de falar línguas estranhas, mas a variedade das línguas estranhas – várias línguas.
Portanto, a evidência do batismo no Espírito Santo é falar línguas estranhas, mas a Variedade de Línguas é um dom do Espírito Santo.
Variedade de Línguas, várias línguas, não é a capacidade de aprender vários idiomas, isso está ligado à área dos talentos, que são inclinações naturais, são facilidades que temos para algumas áreas. A Variedade de Línguas por outro lado, é uma capacitação dada pelo Espírito Santo, para que alguém fale outros idiomas pelo Espírito Santo, pela manifestação do Espírito Santo, para uma tarefa divina especial e específica.
Foi o que aconteceu no Dia de Pentecostes:
8 Então como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?
Havia pessoas de muitos diferentes países do mundo que vieram para a festa dos judeus, e estes estavam maravilhados em ver que os irmãos, cheios do Espírito Santo, falassem a sua própria língua! Isso é variedade de línguas, é sinal para mundo, com o propósito específico de alcançar os perdidos.
Ainda nos nossos dias, existem manifestações do dom de Variedade de Línguas. Há muitos testemunhos, porém, quero lhe abençoar com três deles:
· Rua Azusa
· O jornalista
· O líder do dep. infantil
Em Azusa, missionários que estavam em casa, em licença do campo missionário, também assistiram e falaram em línguas e, em alguns casos, identificaram os idiomas que estavam sendo falados. Os que falavam, no entanto, geralmente dependiam do Senhor para identificar os idiomas que haviam recebido[6].
Um jornalista judeu veio a Azusa com a intenção de escrever uma matéria crítica que desmistificasse aquele movimento cuja fama estava alcançando o mundo. Ao adentrar no salão e observar o que estava acontecendo, ficou primeiro atônito além de cético quando, de repente, se aproxima uma pessoa muito simples e visivelmente de uma classe social muito baixa, falando hebraico, o que o jornalista reconheceu ser impossível para uma pessoa tão simples, e revelando quem ele era, o motivo da sua viagem e trazendo uma mensagem impactante que o levou a receber a Cristo como Salvador.
O saudoso Pastor Natanael Pedro, quando foi pastor auxiliar do Ministério do Belém em Lighthouse Point, FL-USA, contou, numa sala de aula, a experiência de, no Rio de Janeiro, levar o líder do departamento infantil da sua congregação numa livraria evangélica para comprar material para a classe das crianças. Enquanto estavam escolhendo o material, entrou na livraria um casal visivelmente estrangeiro, possivelmente europeus. Aquele líder que acompanhava o Pr. Natanael, pediu licença e correu na direção do casal e, em línguas estranhas, com a subsequente interpretação, trouxe-lhes uma mensagem de Deus, revelando que haviam saído do seu país fora da vontade de Deus.
Falar Línguas Estranhas é Imperativo!
Falar Línguas Estranhas é Imperativo!
Algumas considerações são importantes salientarmos: se o falar línguas e o dom da variedade de línguas são tão importantes, certamente é também importante usá-los constantemente, e a Bíblia ensina isso.
12 Assim, também vocês, visto que desejam dons espirituais, procurem progredir, para a edificação da igreja.
Essa expressão paulina significa que naquilo que depende de você, você deve exercer os Dons Espirituais o máximo possível, no melhor da sua capacidade e entendimento, no maior tempo possível. Ou seja, não permitir que sejam esfriados ou extinguidos, mas usar e desfrutar deles, para a edificação da Igreja.
Quem fala línguas, deve esforçar-se por falar ainda mais, porque fala diretamente com Deus e, portanto, fica mais forte, fica mais poderoso, tem mais comunhão com Deus, se afasta mais do pecado, tem uma vida mais santa, etc.
O Apóstolo Paulo declarou que era abundante nas línguas estranhas:
18 Dou graças a Deus, porque falo em línguas mais do que todos vocês.
Línguas Devocionais
Línguas Devocionais
Esse entendimento já foi ministrado em estudos anteriores, mas a menção aqui é necessária.
A língua estranha devocional é aquela da nossa oração em particular com Deus, não pública ou congregacional. É imperativo sobejar nas línguas devocionais!
1Coríntios 14:2 - ...fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios.
Línguas Congregacionais
Línguas Congregacionais
Como vimos anteriormente, elas podem ser coletivas ou individuais.
As coletivas, em momentos de adoração congregacional;
As individuais quando uma mensagem em línguas está sendo transmitida à congregação, nesse caso, há necessidade de interpretação.
A quem Deus concede uma mensagem em línguas e/ou deu o dom de interpretar as línguas, é também imperativo abundar, sobejar, nessas manifestações do Espírito Santo.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Conquanto ter o Batismo no Espírito Santo e receber Dons Espirituais edifica os crentes, abençoa a Igreja e é sinal para os perdidos, nós nunca podemos perder o foco principal, o alvo maior, o mais importante de tudo:
49 Eis que envio sobre vocês a promessa de meu Pai; permaneçam, pois, na cidade, até que vocês sejam revestidos do poder que vem do alto.
4 E, comendo com eles, deu-lhes esta ordem: — Não se afastem de Jerusalém, mas esperem a promessa do Pai, a qual vocês ouviram de mim.
O objetivo de alguém ser cheio do Espírito Santo é a Obra da Evangelização, é alcançar os perdidos!
Pregar o Evangelho é a meta maior do ser cheio do Espírito Santo, os perdidos são o alvo, a grande paixão do coração do nosso Pai Celestial (1Tm 2).
Observe as expressões do próprio Senhor Jesus Cristo:
... ficai, porém, na cidade de Jerusalém – imperativo!
...determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém – imperativo!
Significando que eles não poderiam sair para realizar a tarefa de chegar aos confins da Terra com a mensagem da salvação, até que fossem cheios do Espírito Santo.
O mesmo sentimento havia entre os irmãos no avivamento do começo do século XX, em Azusa. Uma publicação com o nome de Fé Apostólica[7] notou:
Deus está resolvendo o problema missionário, enviando missionários em uma nova língua na mesma linha de fé apostólica, sem bolsa ou embornal, e o Senhor está diante deles preparando o caminho.
Em Azusa creu-se também, estarem recebendo o cumprimento da profecia do profeta Joel:
23 Filhos de Sião, alegrem-se e exultem no Senhor, seu Deus, porque ele lhes dará as chuvas em justa medida; fará descer, como no passado, as primeiras e as últimas chuvas.
A referência da chuva temporã era para o Dia de Pentecostes e Azusa cria que a serôdia era o derramamento de Azusa.
Como precisamos de uma chuva serôdia[i] para os nossos dias, creio que, nunca precisamos tanto!
Em Cristo,
Joel Costa
Pastor
Agosto de 2020
[1] Bíblia Sagrada, versão NTLH – N Tradução na Linguagem de Hoje.
[2] Commentary Critical and Explanatory on the Whole Bible, preparado por Robert Jamieson, Andrew Robert Fausset and David Brown, publicado em 1871.
[3] Comentários da Bíblia comentada por Albert Barnes [1834].
[4] Commentary Critical and Explanatory on the Whole Bible, preparado por Robert Jamieson, Andrew Robert Fausset and David Brown, publicado em 1871.
[5] Elocução – Boa e elegante enunciação de pensamentos pela palavra. No Dicionário Online Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2020.
[6] https://news.ag.org/Features/William-J-Seymour-and-the-Azusa-Street-Revival
[7] Fé Apostólica, jornal publicado em Los Angeles pela congregação de William Seymour, entre setembro de 1906 e maio de 1908.
[i] A expressão “chuva temporã” traduz o hebraico moreh yoreh, indicando as chuvas precoces. Já a expressão “chuva serôdia” traduz o hebraico malqosh e transmite o significado de “chuva da primavera” ou “últimas chuvas”.