OS MAIS EXCELENTES DONS (2)

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DOUTRINAS PENTECOSTAIS VIII
ESTUDO 509
OS MAIS EXCELENTES DONS II
(Interpretação das Línguas e Profecias)
1Coríntios 12.31 NAA
31 Entretanto, procurem, com zelo, os melhores dons. E eu passo a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente.

INTRODUÇÃO

O apóstolo Paulo foi o homem que Deus inspirou para ensinar a respeito dos dons do Espírito Santo (1Co 12:1-31; 1Co 14:1-40). Muitos pentecostais, hoje, parecem desconhecer por completo a origem bíblica e os propósitos dos dons, bem como a doutrina bíblica em geral sobre eles (1Co 12:7).
Creio que estamos vivendo o prelúdio de um verdadeiro e genuíno avivamento espiritual, pois a palavra tem sido ensinada com excelência pelos nossos ensinadores. Eu glorifico a Deus por essa série de estudos que já tem gerado seus frutos (batismos do Espírito Santo, despertamento espiritual, conversões etc.). A igreja tem aprendido a adorar a Deus através de um culto ordeiro, descente e pentecostal.
Abordaremos neste estudo a manifestação dos dons de Interpretação das Línguas e Profecias. Veremos, que tais ferramentas são indispensáveis à igreja, a fim de edificá-la, e que esta venha a cumprir integralmente a sua missão.

INTERPRETAÇÃO DAS LÍNGUAS

A operação "sobrenatural" do Espírito Santo na estrutura pentecostal clássica está focada na salvação, cura do corpo (entendida holisticamente, ou seja, o homem integral, todo o seu ser), o falar em línguas (e interpretação) e na volta do Senhor Jesus.

Um dos dons mais bonitos manifestados na igreja

Um dos dons mais bonitos manifestados na igreja é a interpretação das línguas, creio que isso seja assim pois a manifestação desse dom envolve a igreja enquanto congregação e demonstra uma sintonia no corpo de Cristo através do Espírito Santo. Esse sincronismo espiritual se desenvolve através daquele que fala as línguas, que pode também estar interpretando, o intérprete, o pastor que dirige a igreja ao estado de atenção do que está sendo manifestado e a igreja como um todo que se submete a um estado de atenção absoluta sobre o que está sendo dito.

Hermenêutica = a ciência da interpretação)

A palavra "interpretação" traduz a palavra grega hermeneia, da qual é derivada a palavra "hermenêutica" (a ciência da interpretação). Esta palavra grega pode ter vários significados: "tradução", "explicação" ou "interpretação". A forma desta palavra como um verbo é usada várias vezes (Jo. 1:38, 42; 9:7; Hb. 7:2) onde tem o significado de "tradução". Na forma como substantivo hermeneia é encontrada apenas uma vez em 1Co 12:14, onde é usada como dom espiritual. O significado básico da palavra sugere mais a ideia de "explicação" ou "interpretação"; não é preciso, portanto, esperar que a interpretação de uma expressão nas línguas seja uma palavra literal por tradução de palavras, ou seja uma ideia de palavra por palavra, mas sim uma explicação do significado. Um exemplo disso está registrado no livro de Daniel quando o rei Belsazar precisava da inscrição feita na parede e Daniel deu a interpretação e não tradução, pois de uma palavra explicou uma frase inteira.
Daniel 5.26–28 NAA
26 — Esta é a interpretação daquilo: Mene: Deus contou os dias do seu reinado, ó rei, e pôs um fim nele. 27 Tequel: Você foi pesado na balança e achado em falta. 28 Peres: O seu reino foi dividido e entregue aos medos e aos persas.
[i].
Pode parecer um pouco estranho, mas para as pessoas que conhecem as línguas orientais, soa familiar porque, especialmente no kanji - 漢字 (alfabeto japonês, oriundo do alfabeto chinês) as letras são representações de expressões inteiras que, dependendo da frase, têm significado distinto.
A interpretação pode variar razoavelmente em cumprimento da expressão nas línguas. Quando o dom das línguas é exercido para a edificação da igreja, ou como um dom de sinal, a interpretação é essencial (1Co. 14:13, 27-28)[1].

O Mensageiro

Principalmente quem deve orar pelo dom da interpretação?

Três categorias de pessoas devem orar pelo dom da interpretação das línguas:
A primeira é aquela que está ministrando em línguas.
A segunda é a liderança espiritual da igreja.
A terceira são todos os outros membros do corpo que discernem e confirmam o significado da expressão[2].
Quando as línguas estranhas são manifestas para toda Igreja, é porque Deus está falando ao Seu povo. Aí, geralmente temos a figura de quem está trazendo a mensagem em línguas, o mensageiro, e da outra pessoa que vai interpretá-la, o intérprete.
A doutrina bíblica das línguas estranhas e da interpretação é de absoluto alicerce bíblico inclusive na sua manifestação, que é fisicamente experimentada, portanto a pessoa portadora da mensagem de Deus (o mensageiro) deve estar seguro de que as línguas que está falando não são simplesmente devocionais ou congregacionais, mas uma mensagem de Deus para a Igreja.

O Intérprete

Línguas, como uma manifestação dos dons direcionado à igreja, devem ser sempre interpretadas. Se o orador que está falando em línguas perceber que não houve a manifestação de um intérprete, ele deve manter sua paz pois se Deus falou, sempre há um intérprete, quer ele se pronuncie ou não.
Eventualmente, o intérprete pode ter-se omitido em trazer a mensagem, seja por medo, dúvida ou qualquer outra razão, então, o mensageiro deve rogar a Deus para que ele próprio possa ser habilitado a interpretar (1Co 14:13).[3]
1Coríntios 14.13 NAA
13 Por isso, quem fala em línguas, ore para que as possa interpretar.
Uma vez que uma mensagem em línguas é interpretada, todos podem entender. Devemos notar que ele não diz que eles têm as mesmas funções, mas disse que as línguas estranhas são equiparadas ao de profecia, quando há a interpretação - 1Co 14:5. Paulo, portanto. diz claramente que tanto a língua interpretada como a profecia têm o mesmo valor em edificar a igreja[4]:
1Coríntios 14.5 NAA
5 Eu quero que vocês todos falem em línguas, mas muito mais que profetizem. Pois quem profetiza é superior ao que fala em línguas, a não ser que as interprete, para que a igreja receba edificação.
Perceba que o Apóstolo afirma que há igualdade desses dons também na edificação.
Como sempre o inimigo das nossas almas busca obscurecer o entendimento dos crentes para que eles não vivam os dons, colocando alguns sentimentos e emoções que são contrários a manifestação, como por exemplo:
“Se eu falar alguma coisa, vão pensar que eu quero aparecer...”
1Coríntios 14.12 NAA
12 Assim, também vocês, visto que desejam dons espirituais, procurem progredir, para a edificação da igreja.
Não se trata de você, é a igreja que foi endereçada, Deus está querendo lhe usar para que a igreja “apareça” (que ela se destaque, seja edificada, cresça, se desenvolva, ouça a voz de Deus de maneira congregacional).
- Não tenho certeza de que Deus está me dando a interpretação.
1Coríntios 2.14–15 NAA
14 Ora, o a pessoa natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura. E ela não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. 15 Porém a pessoa espiritual julga todas as coisas, mas ela não é julgada por ninguém.
Se você é batizado no Espírito Santo, você já foi revestido de poder para a Obra que Deus está fazendo na Terra, não perca a oportunidade de receber esse dom por causa de dúvida, Ele te deu então fale!
- Parece meninice da minha parte.
Salmo 34.11 NAA
11 Venham, meus filhos, e escutem; eu lhes ensinarei o temor do Senhor.
Você não é membro de um clube de golfe, ou parte da elite aristocrática da cidade, não está numa reunião de socialites. É a reunião da igreja, aqui estão os seus irmãos reunidos, Deus lhe deu uma mensagem para entregar, tenha coragem e tema ao Senhor.

A Interpretação das Línguas e a Ordem no Culto

Há quem diga que Paulo proíbe que haja manifestação das línguas sem interpretação na igreja.
1Coríntios 14.27–28 NAA
27 No caso de alguém falar em línguas, que não sejam mais do que dois ou, quando muito, três, e isto sucessivamente, e haja alguém que interprete. 28 Mas, não havendo quem interprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus.
Mas não é a isso que o texto se refere, o apóstolo está traçando a linha para ordenar as manifestações dos dons durante o culto (vale lembrar aqui que os dons de governo tem a ordem sobre o culto) e aonde o texto diz esteja calado na igreja, é seguido claramente, fale consigo mesmo e com Deus, que ortodoxamente deve ser interpretado como compreendemos a expressão das línguas devocionais, onde o crente edifica-se a si mesmo falando com Deus em línguas estranhas, em vóz audível e não no pensamento ou “apenas no espírito” como alguns, friamente, que tentam impedir a manifestação dos dons na igreja.
De maneira teórica é bastante simples traçar os pontos do dom de interpretação de línguas – quando Deus dá a alguém a interpretação das línguas estranhas que foram proferidas na congregação para uma língua comum aos congregados. Porém, de maneira prática, às vezes, há confusão em como manifestar isso.
Como foi observado, Paulo limita as línguas e a interpretação a "dois — ou no máximo, três" (1Co 14:27). Afinal, se uma congregação é sensível ao Espírito, duas ou três exortações à adoração devem ser suficientes. Se a congregação não for sensível, nenhum número de mensagens nas línguas e interpretação fará com que essa sensibilidade cresça. No entanto essa diretriz não deve ser aplicada de maneira legalista. Por exemplo, uma pessoa pode perder a conta de quantas vezes uma expressão nas línguas foi dada, ou um novo cristão — no deslumbre do que Deus está fazendo por ele — pode dar uma quarta expressão. Isso é compreensível. A igreja não deve desaprovar tais eventos, mas orientar suavemente e incentivar o desenvolvimento dos dons, agradecendo a Deus que outros estão sendo usados. Aprendemos juntos, cometeremos erros juntos. Vamos nos amar até a maturidade em Cristo.

PROFECIAS

Acredito que depois de falar em línguas, este seja o dom mais popular dentro da igreja pentecostal, e não se deve a quantidade de pessoas que o tem, mas a atenção dada pela igreja a este papel fundamental que responde aos anseios das pessoas para saber o que Deus quer especificamente para com cada indivíduo e com a Igreja.
No Novo Testamento, profetizar vem do verbo grego profetéia, que significa basicamente falar em lugar de, ou, em nome de (pro = em favor, em lugar de; phemi = falar). Profeta é, pois, alguém que fala por outrem (como em Êxodo 7.1, e Ezequiel 3.17; 33.7).
Ezequiel 3.17 NAA
17 — Filho do homem, eu o coloquei como atalaia sobre a casa de Israel. Você ouvirá a palavra da minha boca e lhes dará aviso da minha parte.
Ezequiel 33.7 NAA
7 — Quanto a você, filho do homem, eu o constituí por atalaia sobre a casa de Israel. Portanto, você ouvirá a palavra da minha boca e lhes dará aviso da minha parte.
Êxodo 7.1 NAA
1 Então o Senhor disse a Moisés: — Veja, eu o constituí como Deus sobre Faraó, e o seu irmão Arão será o seu profeta.
Os dois propósitos da profecia são:
testificar de Jesus (Ap 19.10)
revelar a vontade de Deus entre os homens [ii].

O Profeta

Não é possível estabelecer os parâmetros da profecia sem primeiro falar um pouco sobre o profeta.
A palavra "profeta" é uma transliteração da palavra grega prophetes, que é derivada de duas palavras: pró que significa "antes", e "para diante" ou "para, em nome de;" e phemi que significa "declarar, falar". Juntos, a palavra prophetes pode significar "aquele que prevê" (diz de antemão), "aquele que fala adiante" ou "aquele que fala em favor ou em nome de". Uma vez que o ofício do profeta começa no Antigo Testamento, a definição básica deve começar por lá. A palavra hebraica para "profeta" é nabi, que significa "anunciar ou testemunhar".
O cargo de profeta está claramente definido:
Deuteronômio 18.18 NAA
18 Farei com que se levante do meio de seus irmãos um profeta semelhante a você, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.
O profeta é aquele que fala ao povo, em nome de Deus, as palavras que Deus coloca em sua boca. Isso é confirmado pelas palavras do Senhor à Moisés quando deu a esse a capacidade de falar com o faraó: "Veja, eu te fiz um Deus para o Faraó: e Arão teu irmão será seu PROFETA. Falará tudo o que te comando: e Arão teu irmão falará ao faraó..." (Ex. 7:1-2). Arão é chamado de profeta de Moisés porque ele falou em nome de Moisés, entregando a mensagem de Moisés. A mesma ideia de falar "por" Deus é suportada pelo testemunho de Jeremias, o profeta: "Então o Senhor estendeu a mão e tocou minha boca. E o Senhor me disse: Eis que coloquei minhas palavras na tua boca" (Jr. 1:9). Às vezes, o profeta falava em nome de Deus uma mensagem ao povo para o seu tempo e, muitas vezes, ele iria prever os próximos acontecimentos.
No Novo Testamento, entendemos que há dois tipos de profetas: aqueles que ocupam o cargo de um profeta (Ef. 4:11), e aqueles na Igreja que possuem o dom da profecia. Os da primeira categoria estão entre os dons ministeriais; os da segunda categoria podem incluir a qualquer crente cheio do Espírito. Nem todos podem ocupar o cargo de profeta ("ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas..."), mas de acordo com 1Coríntios 14:31, "Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados." Assim, ter o dom da profecia não te faz um "Profeta" (dom ministerial).
Como já dissemos qualquer crente pode exercer o dom da profecia. O ideal é que, aquele que profetiza, é parte regular do corpo de Cristo na igreja local ou é, pelo menos, conhecido por este pela reputação. Somos exortados a julgar publicamente profecias, porque o erro, uso indevido ou a mistura da opinião humana pode inclinar a profecia na direção errada. A falta dessa avaliação pode, na verdade, permitir que a profecia cause confusão. Se for aceita sem discernimento, as pessoas podem sofrer consequências desastrosas. Então, outros cristãos, temendo resultados semelhantes, podem evitar qualquer exercício deste dom. É muito melhor que os cristãos façam mais do que só achar — ou pior ainda — não questionar sobre profecia. Com a avaliação da profecia, todos podem aprender e se beneficiar dela[5].

A Profecia

Em 1Coríntios 14, o termo "profecia" abrange os muitos dons ungidos pelo Espírito expressos na linguagem do orador/ouvinte. Paulo está se referindo à entrega de mensagens espontâneas inspiradas no Espírito, não à pregação de sermões.
As duas categorias gerais da profecia são a Proclamativa e a Preditiva.

Proclamativa

A profecia proclamativa é também chamada declarativa, locutiva ou não-preditiva. O conteúdo da profecia proclamativa pode ser mensagens de exortação, admoestação, ânimo, estímulo, encorajamento, aprovação, promessa, ameaças, aviso, advertência, reprovação, censura, sentença, correção, castigo, julgamento, consolo e conforto.

Preditiva

A profecia preditiva, por sua vez, pode ser literal ou tipológica.
A profecia preditiva pode concernir a casos isolados (pessoa, cidade, nação etc.) ou pode ser apocalíptica (futurista), podendo ser constituída de casos isolados ou encadeados em conjunto.

O Cumprimento da Profecia

Certas profecias têm duas formas de cumprimento:
1. Imediato O cumprimento imediato é para a época do profeta;
2. Remoto O cumprimento remoto é para dias e épocas futuras. É a chamada “dupla perspectiva profética”.[iii]

Profecia e Revelação

Existe uma relação básica entre revelação e profecia: O Espírito nos ilumina a ver o progresso e desdobramento do reino de Deus; os segredos do coração de uma pessoa são revelados; o pecador é condenado (1Coríntios 14:24-25).
Os profetas do Antigo Testamento falaram sobre o que as pessoas devem fazer em termos de justiça ou injustiça. Mesmo a profecia preditiva foi geralmente dada para precipitar a justiça. Isso também é verdade no Novo Testamento.
Peter Hocken diz que a profecia "é sempre de alguma forma uma declaração do propósito de Deus em Seu Filho". Entre os dons listados, a profecia é a mais importante a ser desejada (1Co 14:1, 5, 24-25, 39). Sua importância é apontada pelo fato de que essa palavra é encontrada, em alguma de suas formas, por vinte (20) vezes entre os capítulos 1Co 12-14. O dom da profecia é definido como:
1Coríntios 14.3 NAA
3 Mas o que profetiza fala para as pessoas, edificando, exortando e consolando.
Apesar de ser bastante antecipado pelos crentes ao ouvir uma profecia, prever eventos futuros não está associado a este dom; esta é uma função do ofício profético. O dom opera para (espiritualmente) edificar o corpo de Cristo na igreja local.
Normalmente, na operação do dom da profecia, o Espírito compele o crente através da unção para falar com o corpo, não palavras premeditadas, mas palavras que o Espírito fornece espontaneamente: elevar e encorajar, incitar a obediência e serviço fiéis, e trazer conforto e consolo. As palavras não precisam estar em português erudito, nem em voz alta e alterada, nem faladas na primeira pessoa.[6]
Ainda que os exemplos práticos da profecia sejam muitas vezes mais comuns no Novo Testamento, e os problemas no exercício estejam mais relacionados com o abuso do que o medo de utilizar o dom – como tratamos no dom apresentado no tópico anterior – é importante darmos alguns exemplos práticos para o exercício saudável do dom na igreja.
- E se não acontecer o que eu disse que ia acontecer?
1Tessalonicenses 5.20–21 NAA
20 Não desprezem as profecias. 21 Examinem todas as coisas, retenham o que é bom.
Os dons do Espírito não são entregues como um atestado de inabilidade do crente, este tipo de sentimento inibe muitas pessoas de desenvolverem um exercício saudável dos dons pois o medo de “errar” as “previsões” gera no crente um sentimento auto-crítico que o afasta de fluir na graça de Deus e abençoar sua congregação como o Senhor o designou. Nós não somos cartomantes e médiums, a manifestação é para a edificação, consolo e exortação – deixe Deus te usar e Ele garante a Sua Palavra ainda que, para você, pareça que “não se cumpriu”.
- Eu falo na lata! (digo sem rodeios na hora que achar que tenho que falar).
1Samuel 3.15 NAA
15 Samuel ficou deitado até de manhã e, então, abriu os portões da Casa do Senhor. Mas estava com medo de relatar a visão a Eli.
A boa mordomia dos dons só pode ser bem exercida através do amor - E ainda que tivesse o dom de profecia, ... e não tivesse amor, nada seria. 1 Coríntios 13:2 – Samuel quando entendeu o teor duro da Palavra que lhe tinha recebido de Deus, temeu falar a Eli. Precisamos ter bom senso e entregar mensagens às pessoas de maneira a não trazer vergonha à essa diante do corpo.
- Prefiro não falar nada, e ver se acontece alguma coisa primeiro.
Ezequiel 33.8 NAA
8 Se eu disser ao ímpio que ele certamente morrerá, e você não falar, para advertir o ímpio do seu mau caminho, esse ímpio morrerá na sua maldade, mas você será responsável pela morte dele.
Também Tiago disse que, quem sabe fazer o bem e não faz, peca (Tg 4.17). Se Deus requereu responsabilidade do profeta quanto a vida do ímpio, quanto mais responsabilidade temos nós diante da Igreja de Cristo em cuidar uns dos outros. Não se esconda atrás de preferências pessoais, exerça sua função como Deus lhe instituiu diante dele, para ser benção.
Mesmo que a carta aos Coríntios deixe claro que o dom de profecia é superior aos outros dons pelos motivos citados no estudo anterior (número 508), ninguém deve isolar-se ou considerar-se superior. Nem o restante do Corpo deve desconsiderar um de seus membros ou seu dom, pois isso machuca todo o Corpo. Em vez disso, devemos aprender a responder e encorajar a todos a exercer seus dons ao serviço da Igreja. Devemos reconhecer a importância de membros aparentemente mais fracos. Os membros podem diferir em função, autoridade e influência, mas não em valor intrínseco. As aparências externas enganam. Um dedo da mão ou até mesmo do pé ajuda na coordenação e equilíbrio muito mais do que percebemos. Os dons não são dados com base em se o vaso é mais forte ou mais fraco, mas com base na graça de Deus e nas necessidades das pessoas. Devemos também cuidar de todos os membros de nossa família em Cristo[7][iv].

CONCLUSÃO

De posse do conhecimento e entendimento do valor e excelência de tais dons acima mencionados, devemos seguir o exemplo do apóstolo Paulo que aconselhou aos que estavam debaixo dos seus cuidados que com zelo os buscassem:
1Coríntios 12.31 NAA
31 Entretanto, procurem, com zelo, os melhores dons. E eu passo a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente.
Devemos orientar que todos façam para a edificação do Corpo de Cristo:
1Coríntios 14.26 NAA
26 Que fazer, então, irmãos? Quando vocês se reúnem, um tem um salmo, outro tem um ensino, este traz uma revelação, aquele fala em línguas, e ainda outro faz a interpretação. Que tudo seja feito para edificação.
Alguns acham que tendo recebido um dom torna-se mais conveniente exercê-lo em um trabalho particular, isto é, desvinculado da igreja e gerando divisões. Deus colocou os ministros com os domata na direção da igreja. Os dons são dados aos membros da igreja para que sirvam de ajuda como uma confirmação da parte de Deus para a pregação do Evangelho e edificação.
Pastor Ailton Silva
Fort Myers, Flórida
Agosto de 2020
[1] Duffield, G. P., & Van Cleave, N. M. (1983). Foundations of Pentecostal theology (pp. 338–339). Los Angeles, CA: L.I.F.E. Bible College.
[2] Lim, David. Spiritual Gifts: A Fresh Look (Kindle Locations 2870-2878). Gospel Publishing House. Kindle Edition.
[3] Duffield, G.P., & Van Cleave, N. M. (1983). Fundamentos da Teologia Pentecostal (p. 342). Los Angeles, CA: L.I.F.E. Bible College.
[4] Grudem, W. A. (2004). Teologia sistemática: introdução à doutrina bíblica (p. 1076). Leicester, Inglaterra; Grand Rapids, MI: Inter-Varsity Press; Zondervan Pub. House com adaptações nossas.
[5] Lim, David. Spiritual Gifts: A Fresh Look (Kindle Locations 1197-1209). Gospel Publishing House. Kindle Edition
[6] Duffield, G. P., & Van Cleave, N. M. (1983). Foundations of Pentecostal theology (pp. 335–336). Los Angeles, CA: L.I.F.E. Bible College.
[7] Lim, David. Spiritual Gifts: A Fresh Look (Kindle Locations 1633-1639). Gospel Publishing House. Kindle Edition.
Bibliografia e Comentários
[i] Exposition of the Entire Bible by John Gill [1746-63] – PERES, ...O singular de "Pharsin", Daniel 5:25. O sentido desta palavra é: teu reino está dividido: o qual, embora consistisse em várias províncias, unidas sob Belsazar, agora deve ser dividido e separado dele e dado aos medos e persas; a Dario, o medo, e a Ciro, o persa, que durante algum tempo foi parceiro de seu tio Dario no governo do império: há um elegante jogo de palavras com as palavras "Peres" e "Persas"; e uma coisa dolorosa é para os pecadores, não apenas ter corpo e alma divididos na morte, mas ser dividido e separado de Deus por toda a eternidade; e ouvir essa frase: "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos".
[ii] Gilberto, Antônio – O Ensino Bíblico sobre a Profecia, estudosgospel.com.br, parte 3, página 1.
[iii] Id., página3.
[iv] Este texto contou com a colaboração do Pr. William Gutnik, AD-Belém – USA.
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