Pérgamo: Um chamado a Liberdade
Cristo e as Cartas • Sermon • Submitted
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Transcript
Texto: Ap 2.12-17
Construção do Sermão:
Exórdio
- Rev. Hernandes Dias Lopes em seu Comentário Expositivo ao Apocalipse de Jesus Cristo Segundo João diz:
“O perigo que estava assaltando a igreja de Pérgamo era a linha divisória entre verdade e heresia. Como a igreja pode permanecer na verdade sem se misturar com as heresias e com o mundanismo? Como uma igreja que é capaz de enfrentar o martírio permanecer fiel diante da tática da sedução?
A palavra "pérgamo" significa casado". A igreja precisa lembrar-se que ela está comprometida com Cristo, é a noiva de Cristo e precisa se apresentar a igreja como uma esposa santa, pura e incontaminada. No Livro de Apocalipse o sistema do mundo que está entrando dentro da igreja é definido como a grande Babilônia, a mãe das meretrizes, enquanto a igreja é definida como a noiva de Cristo.”
O desafio da liberdade, como compreender essa vida livre em Cristo Jesus.
INTRODUÇÃO
- Contexto histórico e literário do livro e da passagem –
A opinião tradicional sutenta que o autor de Apocalipse é o apóstolo João, que escreveu o Quarto Evangelho e as três cartas de João.
A data em que mais se sustenta a sua escrita fora de 81 a 95 d.C., período esse em que a igreja passava por dura perseguição local pelo imperador Domiciniano. Quem recebeu inicialmente o livro fora um grupo de igrejas locais no sudoeste da Ásia Menor, algumas congregação que estevam sofrendo perseguição.
Pérgamo é uma dessas igrejas que cituava-se na cidade de Pérgamo - um importante centro político e religioso.
PÉRGAMO - começa a se destacar depois da morte de Alexandre o Grande em 333 a.C.; Átalo III, ultimo rei em Pérgamo, passa o reino à Roma em seu testamento; Ela se torna capital da província romana da Ásia; primeira cidade que incentivou abertamento o culto ao imperador. Em 29 a.C. foi dedicado um templo “ao divino Augusto e à deusa Roma”, se tornou o principal lugar de adoração ao imperador da Ásia, sendo o culto ao imperador o ponto central da política do Império e a recusa a tomar parte no culto oficial era considerada alta traíção. Vemos o quão era o ambiente extremamente difícil para uma igreja cristã.
Segundo a Bíblia de Estudo King James - No primeiro século d.C., a cidade de Pérgamo, 80 quilômetros ao norte de Esmirna, era o principal centro religioso da Ásia Meno. como Esmirna, Pérgamo era um centro ao culto ao imperador e os cristãos eram duramente perseguidos por sua recusa em participar dessa adoração. Essa recusa era considerada desleal e impatriótica pelos não cristãos. É por essa razão que Jesus chamou Pérgamo de lugar onde Satanás está assentado.
- Resumo do texto lido
Cristo é apresentado como aquele que tem a espada de dois gumes em sua boca; que conhece a localização desta igreja e que vê a fidelidade destes irmãos que tem servido ao Senhor e não tens negado a fé, mesmo em uma cidade que é chamada de trono de Satanás. Uma igreja que apresenta uma testemunha que morreu por causa de sua fé. Porém essa igreja tinham os que flertavam com o mundanismo, que não compreenderam a liberdade em Cristo e deixaram serem levados pelas doutrinas de Balaão e nicolaítas. E Jesus reprende sobre uma vida de arrependimento, caso não o tenha ele viria em juízo; também promete um banquete, participar do maná e dar uma pedra com um novo nome.
- O que isso pode nos apresentar para os dias de hoje
Em um tempo em que a secularização tende querer flertar com a igreja do Senhor, Jesus envianos uma carta, convidando-nos a entender a liberdade que temos em Cristo Jesus e não pecarmos com o secularismo e o mundanismo em nossas vidas e igrejas. Manter uma vida fiel ao Senhor.
Tema: A Igreja militante é chamada a liberdade
Como essa igreja é chamada a liberdade?
Nesta perícope aprendemos que:
I A liberdade em Cristo é conservação - v.v 13
II A liberdade em Cristo não é libertinagem - v.v 14,15
III A liberdade em Cristo requer arrependimento - v.v 16
IV A liberdade em Cristo tem promessa - 17
DESENVOLVIMENTO
I A liberdade em Cristo é conservação - v.v 13
a) Observar
a.1 - Conheço o lugar em que habitas
a.2 - Conversar meu nome; não negaste a minha fé; Martir Antipas
b) Ilustrar
Pérgamo era uma cidade de glorioso passado. Centro cultural sobrepujava Éfeso e Esmina. Era famosa por sua biblioteca que possuía 200.000 pergaminhos. Destaque pelo centro do paganismo religioso
Cristo conhece a lealdade que a igreja Lhe dedica. A despeito do poder e culto pagão a Zeus, a Esculápio e ao imperador, os crentes da igreja de Pérgamo só professavam o nome de Jesus. Eles tinham mantido suas convicções teológicas no meio dessa babel religiosa. A perseguição religiosa não os intimidou.
c) Aplicar
E aí, como você se vê? Estamos em meio as provações, não estamos sendo perseguidos como a Igreja de Pérgamo, mas convido você a refletir: O Estado mandou fechar as portas; O culto ficou online e muito preferem ver filmes, série, documentário ao invés cultuar a Deus online. Voltamos as progamações, muitos estão nos shopping’s, restaurantes, trabalhos, mas congregar não podem.
II A liberdade em Cristo não é libertinagem - v.v 14,15
a) Observar
a.1 - Tenho toda via contra ti algumas coisas
a.2 - Os que sustentam a doutrina de Balaão, participar do paganismo, mundanismo - Nm 25.1,2; 31.16
a.3 - Os que sustentam a doutrina dos nicolaítas - Rm 3.8; 6.1
b) Ilustrar
Michael Wilcock em A mensagem de Apocalipse diz:
Ele segue; os nicolaítas que foram mencionados na carta aos cristãos em Éfeso acham-se aqui novamente e, apesar de não sabermos muita coisa a respeito deles, o seu ensino parece ser do mesmo tipo do de Balaão, o qual havia conduzido o povo de Deus para o pecado em épocas passadas (Nm 31:16; 25:1-3). Creio que os dois pecados mencionados no versículo 14 podem ser entendidos literalmente. Ambos aparecem nos dias de Balaão e reaparecem nos dias do Novo Testamento (1 Co 5 e 8). O caminho que conduz à prática desses pecados é o tipo de tentação típica do mundanismo de todas as épocas: "que mal há nisso? Todo o mundo faz, por que não você?"
c) Aplicar
Então, vamos aceitar? Agora tudo pode? Seremos tolerantes, vamos permitir o pecado, a depravassão total mesmo que sabemos que somos depravados porém alcançados pelo Espírito de Deus, que nos convenceu do PECADO, da JUSTIÇA e do JUÍZO. Devemos estar atentos e tratar dos pecadores por meio da palavra de Deus.
III A liberdade em Cristo requer arrependimento - v.v 16
a) Observar
a.1 - Arrepende-te - verbo imperativo no grego - com o sentido: reconsidera, atenta - para ter uma mudança de auto (coração e mente) que abandona as disposições anteriosres e resulta em um novo auto, novo comportamento e arrependimento sobre disposições e comportamento antigo.
a.2 - Juízo contra a igreja - venho a ti sem demora…; pelejajei com a espada da minha boca
b) Ilustrar
Segundo John Stott em seu comentário: O vers. 16 apresenta a "vinda preliminar" de Cristo para o juízo se os pergamenses não se arrependerem.
Michael Wilcock em A mensagem de Apocalipse diz: De qualquer forma, no fim, é com Cristo que eles terão que prestar contas. O poder da espada não está com os governantes romanos, nem com o príncipe deste mundo, mas com Cristo (v.12). A espada de dois gumes certamente refere-se ao outro juízo que é necessário: discernir a verdade (Hb 4:12) e punir o mal (Rm 13:4). O Senhor está pronto a usar a espada contra aqueles que, mesmo na igreja, não se arrependam.
c) Aplicar
Eu e você como a igreja do Senhor, somos alertados, somos admoestado neste momento a olhar para dentro de si, olhar para nós e fazer um análise de como estamos vivendo. Sendo nossa liberdade vivida de forma errada, cheia de pecado, arrependamos, voltemos para Cristo, pois o juízo dele é certo.
IV A liberdade em Cristo tem promessa - 17
a) Observar
a.1 - Quem tem ouvidos ouça - Você vocacionado a Salvação, Cristo lhe chama a ouvir, as ovelhas que Deus deu a Jesus escuta a sua voz, diz João no Evangelho de Jesus;
a.2 - dar-lhe-ei do maná escondido - Em relação a vida que essa igreja vivia, aos sacrifícios a vida pagã, aos banquetes mundanos, vamos participar de um banquete com Cristo. Cristo é o Maná vivo que desceu do Céu, o pão da vida.
a.3 - uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo - a certificação de fazermos parte das bodas do cordeiro.
b) Ilustrar
Michael Wilcock em A mensagem de Apocalipse diz: A promessa ao vencedor (17) alude à corrente expectação judaica de que desceria novamente do céu o maná quando se manifestasse o Messias. Aqui o maná tipifica a vida espiritual, assim como "água da vida" e "fruto da árvore da vida" (Ap 22.17-19). A promessa é especialmente apta para os que eram tentados a participar de festividades em que se comiam alimentos sacrificados aos ídolos. Abstendo-se dessas iguarias, os cristãos podiam antecipar um banquete mais farto no reino de Deus.
A pedra branca (17) é de difícil interpretação devido aos diversos fins para os quais seixos foram empregados pelo mundo da antigüidade, cada um dos quais dava um excelente sentido simbólico. Assim uma pedra branca entregue por um júri significava ao réu sua absolvição, uma preta, culpabilidade. O seixo do vencedor outorgava-lhe ingresso a todas as festividades públicas. A nossa interpretação será em parte condicionada na nossa compreensão do novo nome escrito na pedra. Se o nome é de Cristo ou de Deus (cfr. Ap 3.12 e Ap 19.12), então pode haver uma alusão ao conceito do poder inerente ao nome de Deus; o cristão participa do poder de Deus e apropria para si de um modo que nenhum outro o pode fazer. Se o nome é um novo nome conferido ao crente, então a alusão é ao hábito de conferir novos nomes às pessoas que atingiram um novo estado, como Abrão e Jacó se tornaram Abraão e Israel; a pedra branca então significa o direito do vencedor de entrar no reino de Deus em um caráter todo próprio, moldado nele pela graça de Deus.
c) Aplicar
Essa é a promessa de Deus a nós. Não podemos nos dar o desprazer de participar das coisas deste mundo por parecer serem boas, temos que lutar contra os desejos deste munto, temos que viver uma vida em santidade, pois somos vencedores em Cristo Jesus e já temos esse novo nome nos esperando.
Conclusão
- Resumo
I A liberdade em Cristo é conservação - v.v 13
Entendemos que temos que viver uma liberdade conservada a luz de Cristo, sendo o sal da terra. Sermos firmes em nossa fé.
II A liberdade em Cristo não é libertinagem - v.v 14,15
Não brincar de ser crente. Não vacilar e tratar o pecado e a vida mundana de forma deslexada, sermos libertinos. Somos livres em Cristo Jesus para sermos dele.
III A liberdade em Cristo requer arrependimento - v.v 16
Devemos viver a nova vida em Cristo sempre, e quando necessário arrepender-se, mudar os comportamentos, vigiar, orar, estar atentos a Deus.
IV A liberdade em Cristo tem promessa - 17
Porque ele nos prometeu, ele diz ao vencedor e a palavra de Deus diz que somos mais que vencedores em Cristo Jesus, por isso eu e você vamos comer do maná, receberemos a nossa pedra do o novo nome.
- Aplicação Geral
Assim vivamos a liberdade de Deus em nós regada do relacionamento com o Espírito Santo de Deus.