Na Pressão: Em que gloriarmos?

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Notes
Transcript
Texto: Rm 5.1-11
Construção do Sermão:
Exórdio
Rev. Hernandes Dias Lopes diz: “A palavra traduzida por “gloriamos” significa um regozijo exultante, uma alegria triunfante, uma firme confiança em Deus, inspirada pela certeza de que “temos paz com Deus”.”
Warren Wiersbe diz assim: O termo "gloriamo-nos" pode ser traduzido com o "orgulhamo-nos" não só em Romanos 5:2, mas também em Romanos 5:3 e 11. Quando éramos pecadores, não tínhamos do que nos orgulhar (Rm 3:27), pois estávamos aquém da glória de Deus (Rm 3:23). Mas em Cristo, orgulhamo-nos de sua justiça e glória!
Introdução
- Contexto histórico e literário do livro e da passagem – data: Carta escrita por volta de 55-57 d.C.
local: Paulo escreveu Romanos pouco antes de entregar a oferta das igrejas gentílicas à igreja de Jerusalém (15.25; At 24.17). Indicações internas sugerem que nesse tempo e devia estar morando em Corinto: Febe (16.1-2) era membro da igreja em Cencreia, o porto de Corinto; o hospedeiro de Paulo, Gaio (16.23), devia ter sido morador de Corinto (1Co 1.14); e Erasto tinha ligações com essa cidade também (16.23; At 19.22; 2Tm 4.20).
autor: Visto em relação a localidade e muito raramente questionada o posicionamento de ser Paulo o autor desta carta, vemos na introdução (1.1) e os detalhes biográficos nos (caps 1; 15 e 16) que fora escrita pelo apóstolo.
propósito: Apresentar a mensagem do evangelho de Jesus segundo Paulo ao crentes em Roma, e explicar como esse evangelho corrige as divisões entre os crentes judeus e os crentes gentios.
destinatário: Uma igreja que não fora plantada por intermédio dos apóstolos, seja Pedro ou Paulo. Vemos como resultado do crentes do dia de Pentecostes (At 2). A igreja de Roma era composta tanto de judeus quanto de gentios. No texto de Rm 1.13 indica uma predominância de gentios, como possivelmente o faz também a advertência para que esses cristãos não fossem soberbos (11.13-24). O conflito entre fracos e fortes (14.1-15.13) deve ter tido origem nas desavenças entre os crentes judeus e os crentes gentios. E é até mesmo possível que algumas das igrejas que se reuniam nas casas de Roma fossem exclusivamente judaicas ou gentílicas (16.5,14 e 15).
Segundo a Bíblia de Estudo de Genebra...
- Resumo do texto lido
O apóstolo Paulo expôs vários benefícios que vêm para aqueles que estão justificados pela fé (v.v 1). Em vez de separação (3.10-17), há paz (v.v 1). No lugar da carência da glória de Deus pelo pecado (3.23), há esperança da glória (v.v 2). Em vez de sofrer o juízo (2.5,6), há motivo para gloriar na tribulação pelo que Deus produz por meio dela (v.v 3-5). Ao contrário do medo da incerteza, há a segurança do amor de Deus (v.vs 8-6) e motivos para se alegrar nele (v.v 11). (Bíblia de Estudo de Genebra)
- O que isso pode nos apresentar para os dias de hoje
Nós que vivemos a diversidade que Deus tem nos proporcionado e permitido, principalmente em tempos de pandemia e isolamento social, sendo a Internet o meio de conexão com o mundo e com a igreja onde nos é apresentada essa diversidade assim como vivia a Igreja em Roma, Judeus e gentios onde a mensagem é a justificação mediante a fé em Cristo Jesus e o Gloriar em Deus. Por isso trago a vocês isso:
Tema: Gloriamo-nos na esperança da Glória de Deus
Como nós Gloriamo-nos na esperança da Glória de Deus?
Trago a vocês 3 respostas.
I Resposta: Na justificação pela fé
II Resposta: No gloriarmos em nossas tribulações
III Resposta: Na reconciliação mediante Jesus Cristo
Desenvolvimento
I Resposta: Na justificação pela fé - v.v 1,2
a) Observar
a.1 - Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus
A paz com Deus é uma bênção ligada ao passado. Trata­ -se de algo que já aconteceu. Não é a paz de Deus (Fp 4.7), mas a paz com Deus (5.1). Não é um sentimento, mas um relacionamento. E a paz da reconciliação com Deus. Por intermédio do sacrifício de Cristo, a barreira que nos separava de Deus foi destruída. Não somos mais filhos da sua ira, mas filhos do seu amor. O pecado consumou uma ruptura, mas Jesus Cristo veio para restabelecer a comunicação suspensa. - Segundo Rev. Hernandes Dias Lopes
a.2 - acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes
Foi o sangue de Cristo, representando todo o seu sacrifício vicário, que trouxe a reconciliação e foi seu Espírito que trouxe ao coração de todos os crentes genuínos a apreciação daquilo que a redenção, por meio do sangue, concretizou. E, assim, foi por meio da pessoa e obra do Salvador, apropriadas pela fé, que o acesso a este estado de graça – ou seja, o estado de justificação – foi efetuado. Além do mais, o acesso a este estado de graça implica confiante acesso ao Pai (Ef 2.8; 3.12) e a seu trono de graça (Hb 4.16). Segundo William Hendriksen
a.3 - gloriamo-nos da esperança da glória de Deus
A razão, não só para a emergência da esperança da vida por vir, mas também para nossa participação em sua alegria, é que descansamos no sólido fundamento da graça de Deus. O que Paulo tem em mente é o seguinte: embora os cristãos sejam agora peregrinos na terra, não obstante, por sua confiança, se elevam acima dos céus, de modo que afagam em seu peito sua futura herança com tranqüilidade. Esta passagem demole as duas mais perniciosas doutrinas dos sofistas, a saber: primeiro, ordena aos crentes a se contentarem com conjetura moral, discernindo a graça de Deus em favor deles; segundo, ensina que todos nós nos achamos em estado de incerteza acerca de nossa perseverança final. Porém, caso não haja conhecimento seguro agora, nem qualquer persuasão consistente e inabalável quanto ao futuro, quem ousará gloriar-se? A esperança da glória de Deus nos resplandece do evangelho, o qual testifica que seremos participantes da natureza divina, pois quando virmos a Deus face a face então seremos como ele é [2 Pe 1.4; 1 Jo 3.2]. - Segundo João Calvino
c) Aplicar
Berkof diz: “Quando a Bíblia fala da justificação do pecador, refere-se comumente à aplicação subjtiva e à apropriação da graça justificadora d eDeus. Fala desta como justivação pela fé, por que é pela fé que nos apropriamos dos méritos de Deisto como base de nossa justificação e assim entramos na posse da graça justificadora de Deus.” - Por assim dizes, aproprie da paz que tens com Deus, o diabo o nosso acusador já foi vencido; estejamos firmes na graça alcança em Cristo e fitamos os olhos aquilo que virá, a glória de Deus que seremos participantes.
II Resposta: No gloriarmos em nossas tribulações - v.v 3-5
a) Observar
a.1- gloriamos nas próprias tribulações
As tribulações — ou "sofrimentos", BLH — mencionadas aqui não são aquelas experiências que nós às vezes chamamos de 'provações e tribulações" de nossa existência terrena, referindo-nos às nossas dores e penas, temores e frustrações, privações e desapontamentos. A palavra usada é thlipseis (literalmente, "pressões") e refere-se especificamente a oposição e perseguição por parte de um mundo hostil. Thlipsis era quase um termo técnico relativo ao sofrimento que o povo de Deus deveria esperar nos últimos dias, antes do fim.15 Assim Jesus preveniu seus discípulos de que "neste mundo" eles haveriam de ter "aflições"16 (outra vez, thlipsis), e Paulo, de semelhante forma, advertiu seus convertidos dizendo-lhes que "é necessário que passemos por muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus" - Segundo John Stott
a.2 - sabendo que a tribulação produz perseverança;
A tribulação é pedagógica. Ela gera paciência triunfadora. Não poderíamos exercer a paciência sem o sofrimento, porque sem este náo haveria necessidade de paciência. A paciência nasce do sofrimento.498 A palavra grega bupomone significa “paciência triunfadora”. Trata­ -se de uma paciência vitoriosa, que não se entrega nem é passiva, mas triunfa alegremente diante das intempéries da vida. Hupomone é paciência diante das circunstâncias adversas. E o espírito que enfrenta as coisas e as supera. Não é o espírito que resiste passivamente, mas o que vence e conquista ativamente as provas e tribulações da vida.499 Isso significa saber que Deus está no controle, forjando em nós o caráter de Cristo no cadinho das provas.
a perseverança, experiencia;
A palavra grega dokime, traduzida por “experiência”, significa literalmente algo provado e aprovado. Essa palavra era usada para descrever o metal submetido ao fogo do cadinho com o propósito de remover-lhe as impurezas e torná-lo um metal provado, legítimo e puro. William Hendriksen diz que, assim como o fogo purificador do ourives livra o ouro e a prata das impurezas que no estado natural a ele aderem, também a paciente resignação ou perseverança dos filhos de Deus os purifica. Segundo Rev. Hernandes Dias Lopes
e a experiência, esperança.
À luz da presente passagem, portanto, fazemos progresso positivo na paciência quando a consideramos como havendo sido estabelecida para nós, pelo poder de Deus, e assim, quanto ao futuro, ela nutre a esperança de que jamais estaremos sem a graça de Deus, a qual sempre nos socorre em nossas necessidades. Paulo, portanto, acrescenta que a esperança emana da experiência, porquanto seríamos ingratos diante dos benefícios que temos recebido caso não confirmássemos nossa esperança no futuro, evocando-os em nossa lembrança. Segundo João Calvino
a.3 - Esperança sem confusão por causa do amor de Deus derramado pelo Espírito Santo
Esta esperança não desilude porque está selada com o Espírito Santo como o Espírito de amor. Derramar o amor de Deus nos corações de todos os santos é obra de graça do Espírito Bendito. O correto sentimento do amor de Deus por nós, não nos envergonhará em nossa esperança nem por nossos sofrimentos por Ele. Segundo Mathew Henry
Observe a magistral transição da fé (vs. 1–2) para a esperança (vs. 2, 4–5), para o amor (v. 5). Esta é a sequência que se encontra também em 1Coríntios 13.13. (Em 1Ts 1.3, a sequência é fé, amor e esperança.)
Há pessoas sem esperança (Ef 2.12; 1Ts 4.13). Há também as que se apegam a uma esperança ilusória ou enganosa (Pv 11.7; At 16.19). Mas os que já foram justificados pela fé e já foram reconciliados com Deus nutrem o tipo de esperança que não traz frustração (Sl 22.5). Sua esperança é firmemente ancorada no amor redentor de Deus. Outra forma de expressar o mesmo pensamento é esta: sua esperança é firmemente ancorada no trono da graça, ou seja, àquele trono que está “por trás do véu”, onde Jesus está sentado à destra de Deus (Hb 6.19–20). Ele vive sempre para interceder por seu povo (Hb 7.25). Segundo William Hendriksen
c) Aplicar
O que o Senhor nos leva a entender e agasalhar em nossos corações é esse processo pedagógico. As tribulações vem desenvolver em nós a maturidade e olhar fixo ao Senhor. Olhe para si, você está saindo mais forte deste momento de pressão, caso não, hoje entenda o que Deus assim quis operar em nós. O objetivo de Deus é o seu crescimento, então enfrente as tribulações com a perspecitva de progressão, Tribulação+Perseverança/Paciência+Experiência=Esperança inconfundível.
III Resposta: Na reconciliação mediante Jesus Cristo- v.v 6-11
a) Observar
a.1 - Cristo morreu por nós ainda estando nós fracos - v.6
A causa do amor de Deus não está no objeto amado, mas nele mesmo. Cristo não morreu por alguém que merecia o amor de Deus. Ao contrário, Paulo diz que éramos fracos (5.6), ímpios (5.6), pecadores (5.8) e inimigos (5.10). Numa linguagem crescente, o apóstolo elenca quatro predicados sombrios da deplorável condição humana. Embora fôssemos merecedores do juízo divino, ele graciosamente derramou em nosso coração seu imenso amor. Deus não poderia achar nos fracos, ímpios, pecadores e inimigos algo que atraísse seu amor. O caráter incomum e singular do amor de Deus se revela no fato de que ele (oi exercido a favor daqueles cuja condição natural era absolutamente repugnante diante da sua santidade. Deus amou infinitamente os objetos da sua ira. Segundo Re. Hernandes Dias Lopes
a.2 - Dificilmente alguem morre por um bom; mas Deus prova seu amor por nós - v.7,8
Mas, mesmo admitindo que tal coisa seja possível, não se achará ninguém que esteja disposto a morrer por um ímpio, como Cristo o fez.” Deste modo, a passagem emprega uma comparação a fim de ampliar o que Cristo fez por nós, visto não existir no seio da humanidade um exemplo tal de bondade como a que Cristo nos demonstrou. Segundo Calvino
a.3 - A justificação nos salva da ira - v.9
Paulo passa da prova do amor de Deus a nós para as conseqüências da morte de Cristo por nós. Com uma lógica irresistível, Paulo vai do maior para o menor, dizendo que, se já fomos justificados pelo sangue de Cristo, com certeza seremos salvos da ira no dia do juízo. Se Cristo já verteu o seu sangue por nós, fazendo o trabalho mais difícil, não deveríamos hesitar em crer em nossa completa absolvição no dia do juízo. Como o próprio Paulo declarou mais tarde: “Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (8.32). Rev. Hernandes Dias Lopes
a.4- Fomos reconciliados quando ainda eramos inimigos e isso mediante morte e ressureição de Jesus Cristo - v.10,11
Somos agora feitos amigos pela instrumentalidade de sua reconciliação; e se isso foi consumado por sua morte, então sua vida será de muito maior poder e eficácia. Temos, pois, ampla comprovação para fortalecer nossas mentes com sólida confiança em nossa salvação. Fomos reconciliados com Deus pela morte de Cristo, reitera Paulo, visto que o seu sacrifício, pelo qual o mundo foi reconciliado com Deus, era de caráter expiatório… João Calvino
c) Aplicar
Na reconciliação com Deus mediante Cristo Jesus na Cruz, nos tornamos amigos de Deus. Eu e você fomos reconciliados, fomos perdoados, temos acessoa ao Pai mediante a ação de Cristo na Cruz. Mesmo diante das pressões da vida entendamos que Deus o nosso Pai fez por nós por meio do seu amor.
Conclusão
- Aplicação Geral
Concluo este capítulo citando o reformador João Calvino: “O apóstolo ascende ao mais alto grau de tudo aquilo em que se gloriam os fiéis; porque quando nos gloriamos de que Deus é nosso, todos os bens que se podem imaginar ou desejar estão incluídos nele e têm nele” a sua origem .
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