Vida em Comunidade

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Vida em Comunidade

Sinopse: O caminho do discipulado de Jesus é sempre trilhado em comunidade. A família espiritual é fundamental para que o processo do discipulado seja eficaz. O cristão que verdadeiramente ama a Deus (relacionamento vertical) passa a viver uma experiência radicalmente diferente no relacionamento com os outros (relacionamento horizontal). A vontade de Deus é que criemos uma comunidade de relacionamentos autênticos, segundo a nova natureza divina que Ele oferece aos seus verdadeiros discípulos.
Nesta última quarta-feira nós interagimos com base no texto de Mateus 28:18-20
Mateus 28.18–20 NVI
18 Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. 19 Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os emnome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20 ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”.
A ordem de Jesus é clara aos seus discípulos: Façam outros discípulos! Batizem e ensinem a obedecer o que eu ordenei.
A pergunta que talvez fique é: Como devemos fazer isso? Como acontece o processo do discipulado? Como poderemos, como igreja e discípulos modernos, viver essa ordem de Cristo?
Alguns estudiosos dizem que Jesus passou 2/3 do Seu tempo com os 12 discípulos. Quando pensamos que Ele só teve 3 anos e meio de ministério, vemos onde colocou a Sua prioridade. Não houve explosão no crescimento da igreja enquanto Ele estava na Terra, mas o resultado dos 3 anos e meio dedicados à um grupo pequeno de homens falhos veio depois da Sua ascensão.
Atos dos Apóstolos 2.42–47 NVI
42 Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. 43 Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. 44 Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. 45 Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. 46 Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, 47 louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos.

O caminho do discipulado de Jesus é sempre trilhado em comunidade.

Nesse através do exemplo de Jesus e deste texto que descreve a igreja primitiva, fica evidente que O caminho do discipulado de Jesus é sempre trilhado em comunidade.
O apóstolo João enfatiza claramente a importância de amarmos uns aos outros e vivermos em união:
1João 4.7–21 NVI
7 Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 8 Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. 9 Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. 10 Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. 11 Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar uns aos outros. 12 Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós. 13 Sabemos que permanecemos nele, e ele em nós, porque ele nos deu do seu Espírito. 14 E vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho para ser o Salvador do mundo. 15 Se alguém confessa publicamente que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus. 16 Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. 17 Dessa forma o amor está aperfeiçoado entre nós, para que no dia do juízo tenhamos confiança, porque neste mundo somos como ele. 18 No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor. 19 Nós amamos porque ele nos amou primeiro. 20 Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. 21 Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão.
O texto afirma que “Aquele que não ama, não conhece a Deus...”. e eu lhe pergunto: Existe cristianismo verdadeiro e discipulado sem comunidade?
O próprio Jesus em sua oração sacerdotal pede ao pai que seus seguidores sejam UM, assim como ele é com o Pai. Ellen White em sua meditação "E recebereis poder" comenta a oração de cristo de maneira muito especial:
“Ele diz: ‘Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos seja um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em Nós; para que o mundo creia que Tu Me enviaste’ (João 17:20-21). [...] Jesus não orou pelo que não podia ser obtido por nós, e se essa unidade é possível, porque os que são seguidores professos de Cristo, não se esforçam para diligentemente para obter esta condição de graça? Quando formos um em Cristo, seremos um com seus seguidores. A grande necessidade da alma é Jesus, a esperança da glória. Esta unidade pode ser obtida por meio do Espírito Santo, e o amor pelos irmãos será abundante, fazendo com que os homens reconheçam que temos estado com Jesus e aprendido Dele. Nossa vida será um reflexo do seu Santo caráter. Como crentes Nele, representaremos Sua mansidão de espírito, Sua delicadeza nas maneiras. As pessoas que compõe a igreja de Deus precisam atender individualmente a oração de Cristo até que todos cheguemos a unidade do Espírito”. (EGW - E Recebereis Poder, pág. 89)
Alguns dizem que esta pandemia revelou se a igreja realmente era uma comunidade ou se era apenas um programa semanal na agenda de pessoas desconhecidas.
A pergunta que se faz é: ao deixarmos de ter os cultos semanais presenciais, continuamos sendo uma comunidade, ou nos dispersamos deixando de interagir com os irmãos e buscando fontes melhores de pregação e programação?
Será que nossos vínculos de amor pré-pandemia foram fortes o suficiente para nos manter unidos como igreja e como família?
De maneira oposta, muitas famílias, forçadas agora a conviver devido à nova rotina, descobriram que eram estranhos que habitavam a mesma residência.
Me pergunto se infelizmente nossa igreja não tem espelhado essa realidade da sociedade? Estranhos habitando a mesma casa… estranhos frequentando o mesmo local de culto...
Precisamos resgatar o estilo de vida de Cristo. De fato a vida em comunidade se associa diretamente à missão que Cristo confiou à igreja nos dias de hoje!
É em comunidade que relacionamentos se formam e fortalecem.
É em comunidade que aceitamos uns aos outros com nossas virtudes e defeitos, e juntos crescemos e amadurecemos.
É em comunidade que cumprimos a ordem de Jesus de fazer discípulos, pois o discipulado acontece no convívio 1x1 e não em uma sala de aula.
É em comunidade que, de maneira semelhante à igreja cristã primitiva, cumprimos a missão e Deus vai acrescentando diariamente ao seu povo os que vão sendo salvos.
Algo que me preocupa é a maneira como muitas vezes supervalorizamos o momento da pregação no culto em detrimento de toda a experiência em comunidade cristã. Para alguns, apenas a pregação é o que importa em sua experiencia cristã. Enxergam o culto semanal como um posto de abastecimento espiritual visitado semanalmente para encher o tanque da espiritualidade e comunhão. E assim perdem a real fonte do poder que é a comunhão diária com Deus e com seus irmãos.
Nossos cultos deveriam ser mais de celebração do que Deus tem nos ensinado e feito através de nós, em uma reunião repleta de adoradores cheios do Espírito, do que de busca por um refil de experiencia com Deus que vai acabando ao longo da semana até retornarmos à máquina vazios para encher novamente o nosso cálice.
Precisamos viver como o Salmista afirma: O MEU CÁLICE TRANSBORDA!
Hoje eu gostaria de motivar você a experimentar a vida cristã EM COMUNIDADE!
Como parte do trabalho de secretaria de uma igreja, temos a chamada Publicação de Membros desaparecidos.
Quando ninguém na igreja sabe do paradeiro daquela pessoa, ela é incluída nessa lista. Lista que fica ativa durante 2 anos no sistema. Se após 2 anos ninguém identificou onde essa pessoa esta ou quem ela é, esse membro tem seu status marcado como inativo.
Você deve pensar que nessa lista devem constar meia dúzia de nomes.... mas infelizmente essa não é a realidade. Muitas vezes a lista tem dezenas de nomes, e em igrejas grandes pode chegar a centenas.
Essa é uma realidade que me dói o coração! Como é possível uma comunidade de amor, como a igreja deveria ser, permitir que uma pessoa se batize mas seja totalmente anônima durante anos?
Muitas dessas pessoas estão desaparecidas da igreja local mas não se afastaram da fé… algumas simplesmente mudaram de cidade e estão frequentando outra igreja… mas NINGUÉM na sua igreja anterior ficou sabendo da mudança, ou tem seu contato para saber como ela está ou pelo menos onde está…
muitas pessoas entram e saem pelas nossas portas, e apesar de serem cumprimentadas pela equipe de recepção, se ficarem 1 ou mais meses sem retornar, talvez ninguém entre em contato… e o pior, não por omissão, mas por nem perceberem sua falta.
Um estudo realizado com 120 membros inativos ou ex-adventistas, apresentou a realidade que
A falta de laços de amizade foi a maior influência nas decisões pessoais de deixar a igreja.
63% dos que saíram da igreja se tornaram apenas nominalmente envolvidos após sua entrada na igreja. Eles participavam na igreja apenas nos serviços de culto, e metade deles afirmavam sentir diferentes graus de desconforto em relação aos outros membros.
E talvez algo mais triste seja que
Apenas 50% dos entrevistados disseram que o pastor os visitou, e um percentual ainda menor (34%) mencionou que algum membro da igreja os procurou. O sentimento geral era de que poucos membros ou líderes da igreja se importaram o suficiente para evitar sua saída.
Quando perguntado sobre o que poderia ter sido diferente em sua experiencia com a igreja, quase todos sugeriram MAIS RELACIONAMENTOS CONSISTENTES E AMORÁVEIS COM OUTROS MEMBROS.
Irmãos, precisamos despertar! Precisamos deixar de viver esse tipo de cristianismo! Se queremos ser a igreja de Cristo nos dias de hoje precisamos viver como Ele viveu, como seus discípulos viveram, como a igreja cristã primitiva viveu!
Precisamos voltar a viver em comunidade!!!
Precisamos nos conhecer uns aos outros.
Precisamos passar tempo juntos além dos horários de culto.
Precisamos comer junto! Trocar ideias, sonhos experiencias…
Não podemos aceitar a crença de que é possível criar vínculo e desenvolver amizades cristãs nos encontrando uma única vez por semana e nos confraternizando por "longos" 10 minutos sabáticos.
Gostaria de terminar esta mensagem com o Conceito Chave de um dos estudos da série A Visão, do Reino de Amigos:
O caminho do discipulado de Jesus é sempre trilhado em comunidade. A família espiritual é fundamental para que o processo do discipulado seja eficaz. O cristão que verdadeiramente ama a Deus (relacionamento vertical) passa a viver uma experiência radicalmente diferente no relacionamento com os outros (relacionamento horizontal). A vontade de Deus é que criemos uma comunidade de relacionamentos autênticos, segundo a nova natureza divina que Ele oferece aos seus verdadeiros discípulos.
Desafio: Que ações práticas podemos tomar, de maneira individual e também como Igreja, para criar e fortalecer cada vez mais o senso de comunidade igual o de Cristo? (ex: cuidar dos necessitados; fazer refeições juntos; orar uns pelos outros).
João 13.35 NVI
35 Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”.
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