A tentação de Jesus
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Introdução
Introdução
Palavras chave - Esperança e confiança na palavra
Hoje vamos celebrar a ceia do Senhor e por isto seria importante relembrarmos os valores nela envolvidos.
Ao celebramos a ceia estaremos comendo o corpo de Cristo e bebendo o sangue da nova aliança, isto é, reforçando nossa união com Ele. Traremos à memória, o preço do perdão de nossos pecados e reforçaremos nossa esperança na obra redentora de Cristo. Mateus 26.26–30.
Nesse texto, da última ceia, Jesus e seus discípulos estavam fazendo a refeição pascal, que simbolizava a saída do Egito e a libertação do povo de Israel. Um anjo passaria numa determinada noite no Egito, e as casas que tivessem uma marca de sangue.
Ex 12.27.
Moisés alerta o povo para que não esqueçam o significado da Páscoa, para que não perdessem a esperança de que Deus cuidaria de seu povo.
Jeremias no seu livro de lamentações traz luz sobre como mantermos a esperança ao afirmar que apesar de tanta notícia ruim, ele queria lembrar o que podia trazer esperança. Lm 3.21. O que pode nos dar mais esperança do que saber que Deus não decepciona os seus fieis. Sl 9.10.
O texto de Mateus 4.1-11 ilustra o modo como o nosso Mestre venceu as investidas de satanás, usando a autoridade da palavra de Deus. Ele foi tentado a desconfiar de sua identidade, a desafiar o cuidado de Deus e por final ser coroado sem passar pela cruz. Como veremos a principal arma que Jesus usou foi o conhecimento da palavra.
Vivemos num mundo caído, onde somos submetidos a vários testes da nossa fé. Como é possível ser vitorioso, conservando a esperança, sem perder nossa fé.
O caminho para que se mantenha a esperança é alimentar nossas mentes com as palavras de Deus, pois foi assim que o nosso mestre venceu. Está escrito, foi o que ele usou em sua defesa. Sl 119.105 , Sl119.12.
A estratégia de Satanás é levantar dúvidas sobre o que Deus afirma e depois nos acusar de não confiarmos em Deus.
Salomão alerta que devemos guardar o nosso coração, pois dele procedem as fontes da vida. Pv 4.23.
O salmista afirma no Salmos 119.130 que a exposição à palavra de Deus concede luz e dá entendimento.
O nosso inimigo também sabe disso e por este motivo ele vai fazer de tudo para enfraquecer nossa fé.
Vejamos como ele atuou na tentação de Jesus.
Antes de entramos no texto propriamente dito, é necessário pensar se Jesus realmente sofreu com as tentações ou se foi algo como um sonho.
A palavra de Deus afirma que, apesar de Jesus ser homem e Deus, Ele sofreu, como Hb 2.18. Em Is 53.3-5, também pode-se ler que ele levou sobre si as nossas dores.
Tentação 1 - Quem sou eu?
Tentação 1 - Quem sou eu?
Jesus após ser batizado é conduzido ao deserto pelo Espírito Santo para ser tentado. O evangelista Lucas destaca que Jesus estava cheio do Espírito Santo. Lc 4.1. Paulo em sua carta aos efésios exorta que eles se encham do Espirito Santo falando entre eles como salmos, hinos e cânticos espirituais. Ef 5.19.
A primeira investida de satanás(Mt 4.3) põe em cheque aquilo que Deus afirmou no capítulo anterior.
16 Depois de batizado, Jesus logo saiu da água. E eis que os céus se abriram e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. 17 E eis que uma voz dos céus dizia: — Este é o meu Filho amado, em quem me agrado.
De Almeida, J. F. (Trad.). (2017). Nova Almeida Atualizada (Edição Revista e Atualizada®, 3a edição, Mt 3.16–17). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil.
O diabo não nega que Jesus é o filho de Deus, mas desafia Jesus para ver se Ele realmente confia na declaração de Deus. Caso transformasse as pedras em pães, Jesus provaria que é Filho de Deus, mas afrontaria o Pai. Muitas vezes, nas nossas fraquezas somos levados também a colocar em cheque o que Deus já afirmou sobre nós, por meio de sua palavra.
O que a palavra afirma sobre nós, os que cremos em Jesus como nosso salvador:
1 – Fomos justificados, isto é, não somos mais inimigos de Deus;
2 – Somos coherdeiros com Cristo, somos da família de Deus;
3 – A morte já não tem poder sobre nós, pois ou seremos arrebatados ou ressuscitados;
4 – Não precisamos fazer mais nada para ganhar o perdão de Deus e ganhar nossa salvação, pois Cristo fez tudo por graça.
E ainda há muito mais.
Como podemos nos apropriar destas verdades?
Alimentando diariamente nossas mentes com as verdades da palavra de Deus.
Jesus responde à primeira tentação dizendo: ESTÁ ESCRITO (Mt 4.4) Dt 8.3 Esta passagem nos ensina que a única fonte indispensável da vida e bem-estar do homem, e para mim mesmo, é o poder de Deus que é criativo, energizante e sustentador”.[1]
Deus sustenta todas as coisas pelo poder de sua palavra. Sl 33.6
Jesus sabia não só o que estava escrito, mas também onde estava escrito e porque estava escrito. Jesus dá crédito ao que está escrito. Lc 24.25-27;44-47;Jo 10.35
Tentação 2 - Já que você confia?
Tentação 2 - Já que você confia?
Satanás muda sua estratégia e agora tenta usar a confiança que Jesus demonstrou no texto anterior e agora passa a usar também a palavra escrita.
Ele sugere que Jesus faça algo que exigiria a intervenção de Deus em sua proteção, pois está escrito: Ele dará instruções a seus anjos a teu respeito, e Em suas mãos eles te conduzirão, para que o teu pé não tropece contra uma pedra[2].
O tentador está usando Sl 91.11 e 12.
Olhando o texto completo do Sl 91, pode-se observar que a proteção é oferecida para quem habita no enconderijo de Deus, um lugar cheio de verdade de justiça. Será então que a proteção de Deus se estende a qualquer situação?
Será que podemos nos expor a riscos desnecessários, usando o salmo 91 como proteção? Jesus sabia que não e Ele diz: TAMBÉM ESTÁ ESCRITO.
Satanás está tentando usar uma verdade, porém ele é o pai da mentira.
Sl 19.13 – Davi pede para Deus livrá-lo da soberba e para que esta não o domine.
Jesus responde que não se deve tentar a Deus, citando Dt 6.16.
A bíblia se interpreta.
Este tentação nos ensina que não devemos nos expor a riscos desnecessários.
Tentação 3 – Pegue um atalho?
Tentação 3 – Pegue um atalho?
Vencido até aqui por Jesus, o tentador dá sua cartada final, convidando Jesus a reinar sobre os reinos deste mundo. Ele seria coroado sem passar pela cruz.
Considerações:
Visão ou não
Em qual lugar da terra Jesus poderia ver todos os reinos?
A bíblia cita largamente as visões.
Da mesma forma, diante das situações difíceis de nossas vidas somos tentados a procurar atalhos para evitar o sofrimento, mas Jesus nos prometeu que neste mundo teríamos aflições.
A nossa esperança é fortalecida, quando somos provados e aprovados por Deus.
Jesus novamente responde a Satanás: ESTA ESCRITO
Satanás queria que Jesus o adorasse para que em troca lhe desse todos os reinos do mundo.
Quando tiramos os nossos olhos da glória futura, perdendo nossa esperança, somos tentados a usufruir de prazeres passageiros que satanás nos oferece
O problema é que o diabo não entrega o que promete, pois ele é o pai da mentira e ele mesmo, não tem nada de bom para nos dar pois todo o dom perfeito vem de Deus.
Adoração só a Deus. Com esta palavra Jesus ordena que o diabo se retire e em seguida ele é servido pelos anjos.
Novamente somos desafiados a perseverar nas palavras de Deus, isto é em suas promessas que nunca falham e que nos enchem de esperança.
Sl 9.8-10
Suas lições
1. Devemos resistir ao diabo apelando para a Escritura, como Jesus fez três vezes sucessivamente.
2. Descansemos seguros no fato de que Jesus, como representante de seu povo, prestou a obediência que Adão, como representante da humanidade, deixou de prestar.
3. Recebamos conforto do fato de que temos um Sumo Sacerdote que, tendo sido, ele mesmo, tentado, está habilitado a socorrer-nos em nossas tentações (Hb 4.14–16).
4. Observemos bem que, ao negar-se a dar ouvidos ao diabo, Jesus recebe as mesmas bênçãos que Satanás lhe ofereceu. Todavia, é num sentido muito mais glorioso, e com o favor do Pai repousando sobre ele, que recebe a força para resistir fisicamente, o ministério dos anjos e a autoridade sobre os reinos do mundo.[3]
[1] Hendriksen, W. (2010). Mateus. (V. G. Martins, Trad.) (2a edição em português, Vol. 1, p. 280). Cambuci; São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
[2] Hendriksen, W. (2010). Mateus. (V. G. Martins, Trad.) (2a edição em português, Vol. 1, p. 281). Cambuci; São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
[3] Hendriksen, W. (2010). Mateus. (V. G. Martins, Trad.) (2a edição em português, Vol. 1, p. 289–290). Cambuci; São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.