O Pastor Divino: Eu e o Pai somos Um
O Pastor Divino: Eu e o Pai somos Um.
1. A Escritura não pode ser quebrada. Ela é absolutamente indestrutível, não importa como o homem a considere. O Antigo Testamento, como ele está na forma escrita!, é inspirado, infalível, autoritativo (observe que os dias de Karl Barth ainda não haviam chegado).
2. Ora, a Escritura (sua lei, sua porque vocês lhe dão demasiada importância, cf. sobre 8.17, lei porque todo o Antigo Testamento é a lei, ou ainda porque essa passagem implica uma ordenança divina) chama os homens deuses. Ela usa esse título com referência aos juízes, porque eles representam a justiça divina: a Palavra de Deus tinha vindo para eles. Pense na lei moral de Moisés que era (ou pelo menos devia ter sido) a base para suas decisões em casos concretos.
3. Vocês nunca protestaram quanto ao uso desse termo. Vocês nunca disseram que Deus (ou Asafe) cometeram um erro ao chamar os juízes deuses.
4. Então muito mais ainda (o argumento procede do menor para o maior, do menor para o maior) vocês deveriam se abster de protestar quando me denomino Filho de Deus. Observe as diferenças:
a. A Palavra de Deus (na sua forma escrita) viera aos juízes, mas Jesus é, ele mesmo, em sua pessoa, a Palavra de Deus (a Palavra encarnada)!
b. Os juízes haviam nascido da mesma forma que todo homem, porém Jesus foi enviado ao mundo (vindo do alto).
c. Os juízes eram filhos de Deus apenas em um sentido geral; Jesus é o Filho Unigênito de Deus (veja sobre 1.14,18; 3.16).
d. Os juízes receberam uma tarefa importante, mas, quando comparada com a de Jesus, é inferior; porém, Jesus foi consagrado (separado e qualificado, cf. 17.19) e enviado (de ἀποστέλλω; veja sobre 3.17,34; 5.36–38) ao mundo para ser seu Salvador.
Portanto, os judeus não tinham nenhum direito de dizer a Jesus: “você está blasfemando”, quando ele diz: “Eu sou o Filho de Deus.”