A marca do caráter cristão (Gl 5. 22-26)

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Contexto

Perícope Gálatas 5-16-26
Liberdade x Licenciosidade
Gálatas 5. 13-15
Usar este texto para explicar um conflito que estava tendo entre os irmãos daquela igreja
Gálatas: A Carta da Liberdade Cristã Compreendendo a Liberdade Cristã (5.13–15)

Há dois extremos perigosos com respeito à liberdade cristã: o legalismo de um lado e a licenciosidade de outro.

Compreendendo o conflito cristão (5. 16-18)
Carne x Espírito
Gálatas: A Carta da Liberdade Cristã Compreendendo o Conflito Cristão (5.16–18)

Nos versículos 13 a 15, Paulo enfatizou que a verdadeira liberdade cristã se expressa no autocontrole, no serviço de amor ao próximo e na obediência à lei de Deus. A questão agora é: Como essas coisas são possíveis?

Gálatas: A Carta da Liberdade Cristã Compreendendo o Conflito Cristão (5.16–18)

E a resposta é: Pelo Espírito Santo. Só ele pode manter-nos verdadeiramente livres. Encontramos em Gálatas cerca de quatorze referências ao Espírito Santo. Quando cremos em Cristo, o Espírito passa a habitar dentro de nós

Fomos chamados para a liberdade e não para a escravidão do pecado
A liberdade cristã é a liberdade do pecado, não a liberdade para pecar
Gálatas: A Carta da Liberdade Cristã Compreendendo o Conflito Cristão (5.16–18)

A vida cristã é um campo de batalha. Trava-se nesse campo uma guerra sem trégua entre a carne e o Espírito. O Espírito e a carne têm desejos diferentes, e é isso o que gera os conflitos

Texto: A MARCA DO CARÁTER CRISTÃO
Compreendendo o fruto do Espírito (5.22-26)
O Espírito produz em nós o seu próprio fruto
A velha natureza não é capaz de produzir fruto; ele só pode nascer da nova natureza. Enquanto as obras da carne são praticadas pelos esforços da própria pessoa, o fruto do Espírito é produzido pelo Espírito de Deus.
Enquanto a carne produz 15 obras
O fruto do Espírito produz 9 graças (virtudes) dada por Deus
O fruto do espírito relacionado nessa passagem refere-se ao caráter
II - As nove virtudes produzidas em nós pelo Espírito podem ser classificadas em três áreas:
A atitude do cristão para com Deus
A atitude do cristão para com o próximo
A atitude do cristão para ele mesmo
1 - A atitude do cristão para com Deus (5.22a)
O fruto do Espírito é: AMOR, ALEGRIA, PAZ
AMOR - É a primeira e maior parte do fruto do Espírito. Todos os outros frutos decorrem do amor
A palavra grega para agape, traduzida por AMOR, inclui tanto amor a Deus como o amor ao próximo. é o que Deus é e o que devemos ser. É descrito de maneira maravilhosa em 1Coríntios 13 e demonstrado na sua plenitude na cruz do Calvário. Bem sabemos que na língua grega há quatro termos para amor:
1) Eros é o amor de um homem por uma mulher; é o amor imbuído de paixão. (não é usado em parte alguma no novo testamento)
2) Filia é o amor caloroso para os nossos achegados e familiares. É um sentimento profundo do coração.
3_ Storge aplicase particularmente ao amor dos pais pelos filhos.
4) Agape é o termo cristão e significa benevolência (Boa vontade para com alguém) invencível. É usada também para referir-se ao amor de Deus
ALEGRIA - A palavra grega chara, traduzida por “alegria”, é a alegria fundamentada num relacionamento consistente com Deus. É a atmosfera distintiva da vida cristã. Sejam quais forem as situações que o cristãos enfrentam, ela permanece. Não é a alegria que provém das coisas terrenas ou triunfos passageiros, nem mesmo é a alegria de triunfar sobre um rival; antes, é o gozo que tem Deus como seu fundamento. Nas páginas do Novo Testamento, o verbo grepo que traduzimos por alegrar-se ocorre setenta vezes, e o substantivo correspondente aparece sessenta vezes.
PAZ - É o que o mundo mais deseja. Só não sabe onde e como consegui-la. A palavra grega eirene, traduzida por “paz”, refere-se fundamentalmente à paz com Deus. Era usada para descrever a tranquilidade e a serenidade que goza um país sob um governo justo. Significa não apenas ausência de problemas, mas, sobretudo, a consciência de que nossa vida está nas mãos de Deus. De onde vem a paz? Foi prometida por Jesus (Jo 14.27) e provem da fé (Rm 15.13). O homem precisa crê em Cristo e, nessa confiança, deixar-se revestir da paz, que é a garantia do equilíbrio, quaisquer que seja as circunstancias (Fp 4.7).
2. A atitude do cristão para com o próximo (Gl 5.22b)
Longanimidade, benignidade, bondade....(Gl 5.22b). Essas três virtudes estão conectadas com a nossa relação com o próximo: longanimidade é paciência para com aqueles que nos irritam ou perseguem, benignidade é uma questão de disposição, e bondade refere-se a palavras e atos. Vamos examinar mais detidamente essas palavras.
LONGANIMIDADE - Significa paciência longa. É a atitude de nuca perder a paciência com as pessoas, por pouco razoáveis que sejam; nem perder a esperança com relação a elas, por menos agradáveis e dóceis que pareçam (1Ts 5.14). Trata-se de paciência para suportar injúrias de outras pessoas. Descreve o homem que, tendo condições de vingar-se, não o faz.
BENIGNIDADE - A palavra grega crestotes, traduzida por “benignidade”, significa gentileza. (Atitude e ação de compaixão que Deus demonstra em relação aos fracos e que os cristãos devem demonstrar em seus relacionamentos com outras pessoas. Deve ser uma característica da vida do cristão (Cl 3.12). Refere-se a uma disposição gentil e bondosa para com os outros. Sendo benigno, ele é capaz de perdoar os outros, tendo Deus como padrão (Ef 4.32).
BONDADE - É uma virtude que convém aos cristãos (Rm 15.14). refere-se à bondade ativa como um princípio energizante. A bondade é o amor em ação. Decorre da luz (Ef 5.9) e determina a qualidade das palavras que proferimos (2Ts 2.17). Além de outras virtudes, requer-se bondade do ministro de Deus (2Co 6.6), pois é capaz de banir a dureza, a aspereza (desagradável) e a amargura, ressaltando a grandiosidade do amor maduro.
3 - A atitude do cristão para ele mesmo (Gl 5.22c,23)
Fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5.22c,23). As últimas três virtudes tem a ver com nossa relação com nós mesmos.
FIDELIDADE - A palavra grega pistis, traduzida por “fidelidade”, significa fé, lealdade. Descreve a pessoa que é digna de confiança. É a virtude de uma pessoa totalmente confiável, de alguém cujas palavras podemos aceitar. Jesus repreendeu os fariseus porque eram meticulosos no cumprimento das exigências rituais da lei, mas negligenciavam a justiça, a misericórdia e a fidelidade (Mt 23.23), não eram portanto pessoas confiáveis. Os servos (empregados) são exortados a darem prova de toda fidelidade (Tt 2.10).
MANSIDÃO - A palavra grega prautes, traduzida por “mansidão”, significa dócil submissão (obediência). Refere-se ao sentimento contrário a um espírito de briga. É poder sobre controle. Quando temos mansidão tratamos os homens com cortesia. Somos capaz de repreender sem rancor, debater sem intolerância, enfrentar a verdade sem ressentimento, irar-nos sem pecar e ser humilde sem ser fraco.
DOMÍNIO PRÓPRIO - A palavra grega egkrateia, traduzida por “domínio próprio”, significa autocontrole, temperança e moderação, domínio dos próprios desejos e apetites. a maior conquista que se pode obter sobre os desejos.
Se para produzir o fruto, em suas outras partes, necessitamos estar sujeitos ao Espírito, muito mais em relação a essa. Subjugar os desejos, por nós mesmos, é tarefa dificílima. nossos impulsos e nossa impetuosidade (age por impulso, sem refletir) nos torna pessoas descontroladas, indisciplinadas. ter domínio próprio é deixar a vontade ser controlada pelo Espírito Santo.
Paulo então conclui a lista de virtudes espirituais diferente das obras da carne, com a frese: Contra essas coisas não há lei. Elas são o verdadeiro cumprimento da lei de Deus.
II - A CONQUISTA SOBRE A CARNE (Gl 5.24-26)
Nesses três últimos versículos do capítulo 5, o apóstolo Paulo ensina que a conquista sobre a natureza carnal pode ser obtida com duas atitudes a tomar e uma a evitar.
OS SALVOS CRUCIFICARAM A CARNE (Gl. 5.24)
“E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências” (Gl 5.24).
Essa atitude é possível àqueles que são de Cristo. O crente não está mais sob o domínio da carne, mas pertence ao Senhor. O verbo grego estaurosan, “crucificados”, no aoristo, indica uma ação completa no passado e pode naturalmente referir-se à conversão. Estamos ligados a Cristo na sua crucificação, morte, sepultamento, ressurreição e ascensão. Estamos assentados com Cristo nas regiões celestiais, acima de todo principado e potestade. Devemos assumir essa posição e andar com a carteira de óbito do velho homem no bolso (Gl 2.20; 5.24; Rm 6.6).
2. ANDAR NO ESPIRITO (Gl 5.25)
“Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (5.25).
Se os crentes têm nova vida em Cristo, têm que ter novo modo de vida. Não pode existir inconsistência em nossa vida. O verbo grego stoichomen, “andemos”, significa ficar numa fila, caminhar em linha reta, comportar-se adequadamente.
Paulo fala de duas experiências distintas: “…andar no Espírito” (Gl 5.16,25) e “…ser guiado pelo Espírito” (5.18). Há uma diferença clara entre “ser guiado pelo Espírito” e “andar pelo Espírito”, pois a primeira expressão está na voz passiva, e a segunda, na ativa. É o Espírito quem guia, mas quem anda somos nós.
3. NÃO NOS DEIXE POSSUIR DE VANGLORIA (Gl 5.26)
“Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros” (Gl 5.26).
O orgulho e a inveja são obras da carne e não fruto do Espírito. Esses pecados são, portanto, incompatíveis na vida do salvo. Aquele que deseja glória humana se aparta da verdadeira glória.
kenodoxia, “vanglória”, nada mais é do que a ambição ou o anelo por honras, por meio dos quais cada pessoa deseja exceder as demais
CONCLUSÃO
Que possamos exercer as orientações que Paulo dar e que tenhamos vitória na vida cristã. Duas atitudes precisamos tomar: Crucificar a carne, com seus deleites e desejos e Andar no Espírito, tornando-nos dóceis ao Seu comando dia após dia.
A pergunta é: Estamos dispostos a nos sujeitar ao Espírito e a deixar que opere em nossa vida?
Que o Senhor nos abençoe!!!!
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