O Sábado na História

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O Sábado na História

HASD:
TEMA: A guarda do sábado no decorrer da História
PROPÓSITO: Mostrar que no decorrer dos séculos povos de diferentes lugares guardavam esse mandamento e como é relevante para os dias atuais.
TEXTO: Gênesis 2:1-3.
Gênesis 2.1–3 RA
1 Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. 2 E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. 3 E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.
INTRODUÇÃO:
A) A guarda do sábado é um assunto interessante.
1. Nos remonta ao tema da criação e nos faz lembrar sempre de que Deus é o Criador.
a) Já que Deus é o Criador de todas as coisas, devemos a Ele a vida.
b) Nós cristãos adventistas do sétimo dia não cremos que o mundo foi feito de um processo acidental e que nem o ser humano seja um produto de um mero acidente.
B) Veremos aqui algumas evidências de como no decorrer dos séculos, povos como os judeus e outros povos obedeciam este mandamento e como chegou até nós esse mandamento importante.
1. Muitos pensam que somente os adventistas e judeus obedecem este mandamento.
2. Mas é importante dizer que nem o sábado e nem os mandamentos salvam, mas é Cristo que nos salva de nossos pecados.
TESE:
I - Como podemos ver na questão da divisão do tempo que o sábado é um dia a ser observado?
A) Argumentação secular ou como é dita por alguns sem comprovação.
1. Há alguns que objetam dizendo que não temos certeza se os dias da semana são realmente o que são, pois que houve muitas mudanças no calendário.
a) Este é um argumento interessante, mas até hoje ninguém conseguiu comprovar se realmente houve uma mudança nos dias da semana.
b) O que vemos e se tem prova disso é o contrário. Realmente houve mudanças nos calendários referentes as datas, os meses e até anos.
c) Mas não se tem nenhuma prova ou evidência de que os dias da semana foram alterados. Os dias da semana foram preservados desde os dias da criação.
2. A semana de sete dias.
a) “Uma das mais extraordinárias confirmações colaterais da história mosaica da criação é a adoção geral da divisão do tempo em semanas, que se estende desde os países cristãos da Europa às remotas praias do Hindustão, e tem igualmente prevalecido entre hebreus, egípcios, chineses, gregos, romanos e bárbaros nórdicos - de cujas nações algumas tinham pouco intercâmbio com as outras, e nem por nome eram conhecida dos hebreus”. Introcuction to the Critical Study an Knowledge of the Holy Scriptures, de Horne, v. 1, p. 69, ed. de 1841.
b) “O sete tem sido o algarismo antigo e honrado entre as nações da Terra. Elas têm, desde o princípio, medido seu tempo por semanas. A origem disso, segundo expôs Moisés em seus escritos, foi o sábado de Deus”. Dr. Lyman Coleman. Brief Dissertation on the First Chapters of Genesis, p. 26.
B) O sábado do sétimo dia nas várias línguas do mundo de hoje.
1. O reconhecimento do sábado está muito generalizado em muitas línguas.
a) Anos atrás o finado Dr. William Mead Jones, de Londres, publicou uma “Tábua da Semana”, mostrando o estilo do ciclo semanal e as designações dos vários dias da semana em cento e sessenta línguas.
b) Essa tábua mostra claramente que o período de sete dias, ou semana, era conhecido desde os tempos mais remotos, e que em nada menos de cento e oito dessas línguas é o sétimo dia chamado o sábado ou dia santo.
c) Vejamos um extrato das línguas mais conhecidas, contidas nessa tábua:
Abissínio Sanbat Sábado
Afgane Shamba Sábado
Alemão Samstag Sábado
Árabe Assabt O sábado
Armênio Shapat Sábado
Espanhol Sabado Sábado
Francês Samedi Dia de Sábado
Grego Sabbaton Sábado
Hebreu Shabbath Sábado
Hindustani Shamba Sábado
Inglês The Sabbath O Sábado
Italiano Sabbato Sábado
Latim Sabbatum Sábado
Malaio Ari-Sabtu Dia de Sábado
Persa Shambim Sábado
Polonês Sobota Sábado
Português Sábado Sábado
Prussiano Sabático Sábado
Russo Subbota Sábado
Turco Yumessabt Sábado
II - E na história bíblica podemos ver exemplos de obediência e desobediência na guarda do sábado?
A) No Antigo Testamento podemos ter vários exemplos.
1. No tempo do profeta Jeremias:
a) Jeremias 17:24, 25.
Jeremias 17.24 RA
24 Se, deveras, me ouvirdes, diz o Senhor, não introduzindo cargas pelas portas desta cidade no dia de sábado, e santificardes o dia de sábado, não fazendo nele obra alguma,
Jeremias 17.25 RA
25 então, pelas portas desta cidade entrarão reis e príncipes, que se assentarão no trono de Davi, andando em carros e montados em cavalos, eles e seus príncipes, os homens de Judá e os moradores de Jerusalém; e esta cidade será para sempre habitada.
b) O Que Deus disse que aconteceria caso não santificassem o dia de sábado? Jeremias 17:27.
Jeremias 17.27 RA
27 Mas, se não me ouvirdes, e, por isso, não santificardes o dia de sábado, e carregardes alguma carga, quando entrardes pelas portas de Jerusalém no dia de sábado, então, acenderei fogo nas suas portas, o qual consumirá os palácios de Jerusalém e não se apagará.
c) Infelizmente vemos que os mandamentos de Deus não foram obedecidos e isso resultou em completa ruína da nação. 2Crônicas 36:18, 19, 21.
2Crônicas 36.18 RA
18 Todos os utensílios da Casa de Deus, grandes e pequenos, os tesouros da Casa do Senhor e os tesouros do rei e dos seus príncipes, tudo levou ele para a Babilônia.
2Crônicas 36.19 RA
19 Queimaram a Casa de Deus e derribaram os muros de Jerusalém; todos os seus palácios queimaram, destruindo também todos os seus preciosos objetos.
2Crônicas 36.21 RA
21 para que se cumprisse a palavra do Senhor, por boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram.
2. O cativeiro babilônico:
a) No livro Estudos Bíblicos há um comentário que diz:
“O cativeiro babilônico de Israel, executado por Nabucodonosor e seus filhos, durou setenta anos porque durante 420 anos, ou seis vezes setenta anos - desde os dias de Salomão até ao tempo de Nabucodonosor - haviam grandemente negligenciado a observância do sábado (Ez 22:8, 26; Jr 25:8-11; 17:24, 27; 2Cr 36:15-21). Os setenta anos de desolação repararam os 420 anos de profanação do sábado. Também durante o milênio, ou os mil anos após a segunda vinda de Cristo, toda a Terra estará desolada ou em repouso, por mil anos, por haverem os habitantes do mundo, durante seis mil anos, desrespeitado o sábado (Ap 20:1-4; Is 24:1-6; Jr 4:23-27). Os períodos de repouso e desolação da Terra são compensações sabáticas divinamente designadas por causa da irreligiosidade do homem, manifestada na profanação do sábado. São lições impressivas da importância de observar o sábado do sétimo dia, e os resultados de quebrá-lo e desatendê-lo”, p. 182.
3. No período pós exílio:
a) Neemias explica o motivo do castigo da nação rebelde (Ne 13:17, 18).
Neemias 13.17 RA
17 Contendi com os nobres de Judá e lhes disse: Que mal é este que fazeis, profanando o dia de sábado?
Neemias 13.18 RA
18 Acaso, não fizeram vossos pais assim, e não trouxe o nosso Deus todo este mal sobre nós e sobre esta cidade? E vós ainda trazeis ira maior sobre Israel, profanando o sábado.
b) O mesmo explica que Deus fez conhecer o sábado para o povo israelita, poi estes haviam esquecido quando no passado foram escravos no Egito (Ne 9:13, 14).
Neemias 9.13 RA
13 Desceste sobre o monte Sinai, do céu falaste com eles e lhes deste juízos retos, leis verdadeiras, estatutos e mandamentos bons.
Neemias 9.14 RA
14 O teu santo sábado lhes fizeste conhecer; preceitos, estatutos e lei, por intermédio de Moisés, teu servo, lhes mandaste.
c) Assim como Israel no deserto, após a sua saída do Egito, haviam esquecido o sábado que era observado pelos patriarcas, o sábado também estava sendo esquecido pelo povo após o exílio babilônico.
B) No Novo Testamento.
1. Como Cristo considerou o sábado? Lucas 4:16.
Lucas 4.16 RA
16 Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.
a) Jesus reconheceu a lei do sábado. Mateus 12:11, 12.
Mateus 12.11 RA
11 Ao que lhes respondeu: Qual dentre vós será o homem que, tendo uma ovelha, e, num sábado, esta cair numa cova, não fará todo o esforço, tirando-a dali?
Mateus 12.12 RA
12 Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem.
b) Como conhecemos vários textos do Novo Testamento que apóiam a guarda do sábado, vamos considerar também os comentários de alguns eruditos no assunto.
III - Temos na Bíblia alguma evidência e confirmação histórica de que o sábado seria transgredido e que esse dia sagrado seria substituído pela guarda do domingo?
A) O profeta Daniel havia profetizado essa mudança.
1. Daniel 7:25.
Daniel 7.25 RA
25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo.
a) Esse profeta do Antigo Testamento havia visto em visão que esta instituição chamada “chifre pequeno” cuidaria em mudar os “tempos e a lei” de Deus.
b) Vejamos o que dizem alguns comentaristas e eruditos não adventistas.
2. Teólogos e eruditos não adventistas:
a) William Prynne:
“Certo é que o próprio Cristo, Seus apóstolos e os primitivos cristãos durante bastante tempo constantemente observaram o sábado do sétimo dia”. Dissertation on the Lord’s Day Sabbath, p. 33.
b) Morer (erudito clérigo da Igreja Anglicana):
“Os primitivos cristãos tinham grande veneração pelo sábado, e passavam o dia em devoção e sermões. e não é de se duvidar que os próprios apóstolos seguissem essa prática, como a esse respeito se lê em vários textos”. Dialogue on the Lord’s Day, p. 189.
c) Neander (historiador):
“A oposição ao judaísmo, muito cedo, realmente, introduziu a festividade particular do domingo, em substituição ao sábado, […] O feriado do domingo, como todos os outros, foi sempre uma ordenança simplesmente humana, e estava longe das cogitações dos apóstolos estabelecer a esse repeito uma ordem divina - longe deles e da primitiva igreja apostólica, transferir para o domingo as leis do sábado. Talvez no fim do segundo século, começou-se a fazer uma falsa aplicação dessa espécie, pois por esse tempo os homens consideravam pecado o trabalho aos domingos”. Church History (trad. de Rose), p. 186.
d) Dr. Lyman Abbott:
“A noção corrente de que Cristo e Seus apóstolos mediante Sua autoridade substituíram o sétimo dia pelo primeiro, não tem absolutamente base no Novo Testamento”. Christian Union, de 26 de junho de 1890.
e) Farrar (arcebispo):
“A igreja cristã não efetuou transferência formal de um dia para outro, mas gradual e quase inconsciente”. The Voice From Sinai, p. 167.
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