Chayê Sará: Vida após a morte
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Bereshit/Gênesis 23:1:
וַיִּהְיוּ֙ חַיֵּ֣י שָׂרָ֔ה מֵאָ֥ה שָׁנָ֛ה וְעֶשְׂרִ֥ים שָׁנָ֖ה
וְשֶׁ֣בַע שָׁנִ֑ים שְׁנֵ֖י חַיֵּ֥י שָׂרָֽה
E foram a vida de Sará 100 anos, e vinte anos, e sete anos, os anos da vida de Sará.
Rashi: Todos os anos de Sará foram iguais em bondade.
Midrash Mishlei 31: “Vinte e duas mulheres bíblicas são dignas do termo ‘mulher de valor’ [אֵֽשֶׁת־חַ֭יִל, Pv 31:10]. Dentre eles, Sará era a maior, e, portanto, ela é a única mulher cuja idade é dada nas Escrituras”.
“Os justos são chamados de vivos até na sua morte, mas os mortos sabem que isto não se refere aos ímpios que, mesmo em sua vida, são chamados de mortos” (Kohelet Rabá 9:4).
“o pó volte à terra, como o era, e o espírito (ruach) volte a Elohim, que o deu” (Kohelet/Eclesiastes 12:7).
A literatura talmúdica assevera que: “Moshê não morreu”, “Nosso pai Yaacov não morreu”. Rashi escreveu que, embora eles pareçam mortos, estão vivos.
Yeshua confirmou a imortalidade da alma, doutrina também defendida pelos fariseus:
“E, quanto à ressurreição dos mortos, não lestes o que foi dito por Elohim: Eu sou o Elohim de Avraham, o Elohim de Yitschak, e o Elohim de Yaakov? Ora, Elohim não é Elohim de mortos, mas de vivos” (Matityahu/Mateus 22.31-32).
Criam os p’rushim (fariseus) na imortalidade da alma, enquanto os ts’dukim (saduceus) lecionavam que as almas morrem com os corpos (Josefo, História dos Hebreus, 831 e 1134).
“David dormiu com seus pais e foi sepultado na Cidade de David.” (Melachim Álef/1º Reis 2: 10)
“Os mortos não louvam YHWH, nem os que descem ao silêncio.” (Tehilim/Salmos 115: 17).
“Porque na morte não há lembrança de ti; no sheol quem te louvará?” (Tehilim/Salmos 6: 6; Sl 6:5 nas versões cristãs).
“Eles [os fariseus] julgam que as almas são imortais, julgadas em um outro mundo e recompensadas ou castigadas segundo foram neste — virtuosas ou viciosas — e que umas são eternamente retidas prisioneiras nessa outra vida, e outras retornam a esta” (Josefo, ob.cit. página 830).
1) as almas vão para o sheol (Tehilim 86:13; Kohelet/Eclesiastes 9:10; Tehilim/Salmos 6:6; Sl 6:5 nas versões cristãs);
2) a palavra sheol é contrastada com “céu” (Tehilim/Salmos 139:8; Amos/Amós 9:2 e Yov/Jó 11:8). O Talmud também firma o contraste entre o sheol e o Céu (Berachot, 28a);
3) o sheol pode ser evitado (Mishlei/Provérbios 15:24 e 23:14);
4) os ímpios retornarão para o sheol (Tehilim/Salmos 9:18, ou Sl 9:7 nas versões cristãs);
5) o Gan Eden (“paraíso”) foi lançado dentro do sheol (Yechezk’el/Ezequiel 31:16-18).
Diante de tais elementos, os p’rushim (fariseus) ensinavam que todos morrem e vão para o sheol. Porém, havia dois lugares distintos no sheol, um para os justos e outro para os ímpios.
Flávio Josefo, que era fariseu, cria na imortalidade da alma e na divisão de dois compartimentos do sheol, um para os justos e outro aos ímpios.
James Trimm: “Josefo dá um tratamento muito mais longo para o Sheol (ou ‘Hades’) (...). Neste material, Josefo descreve o Sheol como tendo dois compartimentos. Um para os justos, que ele chama de ‘o seio de Abraão’; o outro é para os injustos. Os dois estão separados por ‘um abismo profundo e grande’, que ele diz que ‘está fixado entre eles’. Ele o descreve como um lugar ‘onde as almas dos homens estão confinadas até que em uma estação [época] própria, que Deus tem determinado, Ele promoverá a ressurreição de todos os homens’.” (Nazarene Theology, Institute for Nazarene Jewish Studies, 2007, página 391).
“Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
Havia também um certo mendigo, chamado El’azar [Lázaro], que jazia cheio de chagas à porta daquele;
E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Avraham [Abraão]; e morreu também o rico, e foi sepultado.
E no sheol, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Avraham [Abraão], e El’azar [Lázaro] no seu seio.
E, clamando, disse: Pai Avraham [Abraão], tem misericórdia de mim, e manda a El’azar [Lázaro], que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
Disse, porém, Avraham [Abraão]: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e El’azar [Lázaro] somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.
E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.
E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,
Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.” (Lucas 16:19-28).
“E disse-lhe Yeshua: ‘Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Gan Eden’.” (Lucas 23:43).
Mishná:
“Os homens descarados irão para o Guey-Hinom, e os recatados para o Gan Eden.” (Avot 5:24).
“Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no Guey-Hinom.
E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no Guey-Hinom.” (Matityahu/Mateus 5:29-30).
“Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do Guey- Hinom?” (Matityahu/Mateus 23:33).
“Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no Guey-Hinom; sim, vos digo, a esse temei.” (Lucas 12:15).
“E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o Guey-Hinom, para o fogo que nunca se apaga, onde o verme não morre, e o fogo nunca se apaga.
E, se o teu pé te escandalizar, corta-o; melhor é para ti entrares coxo na vida do que, tendo dois pés, seres lançado no Guey-Hinom, no fogo que nunca se apaga, onde o verme não morre, e o fogo nunca se apaga.
E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no Reino de Elohim com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do Guey-Hinom, onde o verme não morre, e o fogo nunca se apaga.” (Yochanan Marcus/Marcos 9:43-48. Observação: Yeshua está se reportando a Yeshayahu/Isaías 66:24).
“Então, a Morte e o sheol foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte – o lago de fogo. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” (Apocalipse 20:14-15).
“Estes não têm parte no ‘olam habá’ [o mundo vindouro]: aqueles que dizem que a ressurreição dos mortos não pode ser inferida da Torá...” (Mishná, Sanhedrin 10:1).
“Vede, agora, que Eu Sou, Eu somente, e mais nenhum deus além de mim; eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro; e não há quem possa livrar alguém da minha mão” (Dt 32:39).
“Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.” (Yochanan/João 11:25).
“E que os mortos hão de ressuscitar também o mostrou Moshé [Moisés] junto da sarça, quando chama YHWH de Elohim de Avraham [Abraão], Elohim de Yits’chak [Isaque], e Elohim de Ya’akov [Jacó].
Ora, Elohim não é Elohim de mortos, mas de vivos; porque para Ele todos estão vivos.” (Lucas 20:37-38).
“E, acerca da ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Elohim vos declarou, dizendo:” (Matityahu/Mateus 22:31).
“Eles [os fariseus] julgam que as almas são imortais, julgadas em um outro mundo e recompensadas ou castigadas segundo foram neste — virtuosas ou viciosas — e que umas são eternamente retidas prisioneiras nessa outra vida, e outras retornam a esta” (Josefo, ob.cit. página 830).
“Folgai nesse dia, exultai; porque eis que é grande o vosso galardão no céu, pois assim faziam os seus pais aos profetas.” (Lucas 6:23).
“E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” (Guilyana/Apocalipse 22:12).
“E serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos.” (Lucas 14:14).
“Quando um ser humano falece ele recebe permissão de enxergar, e ele vê seus colegas e parentes do Mundo Acima e os reconhece; eles estão com a mesma aparência que estavam neste mundo. E se tiver o mérito, todos se mostram felizes perante ele... e o acompanham”. (Zôhar Vaychi 218b).
“Quando um justo falece... Elohim fala para eles: ‘Venham justos para recepcioná-lo’, e eles falam para o falecido: ‘Venha com paz’.” (Talmud Ketubot 104).
“Rabi Dossa diz: está escrito (Shemot 33:20) ‘...pois não poderá ver-Me o homem, e viver’, na vida eles não enxergam, porém na morte sim” (Midrash Bamidbar Rabá Nassô).
a) a transfiguração (Mt 17);
b) O caso do rico e El’azar (Lc 16:19-31);
c) Os servos do ETERNO que morreram na grande tribulação servem de dia e de noite diante do trono de Elohim (Ap 7:9-17).
Pirkê Avot 4:29: Não está no nosso alcance (entender ou explicar) a felicidade dos ímpios nem os sofrimentos dos justos.
Ética do Sinai (pg. 265): “Neste mundo terreno, às vezes, quando um acontecimento tem lugar, se o colocarmos em perspectiva, podemos dar-nos conta de que as coisas aconteceram para o bem. O Todo-Poderoso foi realmente um hatov vehametiv [bom e que faz o bem], um Soberano benevolente. Mas no começo, quando as coisas estão incomodando e machucando, nossas mentes finitas não conseguem detectar nada de bom nelas. O melhor que podemos fazer, então, é manter a fé em Deus e aceitar que o que está acontecendo deve ser justo e equitativo”.
Pirkê Avot 2:21: A recompensa dos justos está no Olám HaBá (Mundo Vindouro).
Pirkê Avot 4:21: Este mundo é como uma antessala [sala de espera] para o mundo vindouro; prepara-te no vestíbulo para que possas entrar no palácio.
Ec 7:1: e o dia da morte é melhor que o dia do nascimento.
Pirkê Avot 4:17: Uma hora de felicidade no Mundo Vindouro é melhor que toda a vida deste mundo
Talmud, Yebamot 15:2: O dia da morte é quando dois mundos se cumprimentam com um beijo: este mundo partindo, o mundo vindouro chegando.
Pirkê Avot 3:1: Akavya ben Mahalalel disse: Reflita sobre três coisas e não chegarás ao pecado: Saiba de onde vieste, para onde vais, e perante quem haverás de prestar juízo e contas no futuro. “De onde vieste” - de uma gota decomposta; “e para onde vais” - para um lugar de pó, larvas e vermes; “e perante quem haverás de prestar juízo e contas” - perante o supremo Rei dos reis, o Santo, bendito seja.
A psiquiatra Elisabeth Kluber-Ross pesquisou as experiências de pessoas que tiveram morte clínica por mais de 20 anos, já que sempre foi muito cética com relação à possibilidade de vida após a morte. Declarou a renomada psiquiatra:
“Descobri, por exemplo, que as pessoas que perderam algum membro (braço, perna...) disseram como suas almas ficaram inteiras outra vez quando deixaram seus corpos. Além disso, pessoas cegas desde de nascença me descreveram com incrível precisão o que as pessoas na sala com seus corpos estavam vestindo – as joias que usavam e o que estavam fazendo. Isto é impossível! Como elas poderiam saber disso?” (...) “Aqueles que estão prontos para ouvir, ouvirão. E se fecharem seus ouvidos, então eles terão uma surpresa”.
Rabino Zamir Cohen (Revolução Iminente, página 197): “Pesquisas no campo da experiência de quase morte aponta para elementos compartilhados e relatados por milhares de testemunhas (avaliada em 30 milhões!) ao redor do mundo. A experiência descrita mais frequentemente é a de estar flutuando acima do corpo físico. Testemunhas descrevem estar conscientes de todos os eventos acontecendo ao redor deles. Depois, a maioria descreve como estando em um lugar de luz e grande beleza interior, e, depois, ‘deslizando’ através de um túnel escuro em direção a uma luz radiante. Muitos descrevem uma voz falando a eles. Pessoas incapacitadas descrevem uma sensação de liberdade de suas limitações, e quase todos percebem o desaparecimento de temores humanos sobre o mistério que chamamos de morte”.
Zohar 1:218: Seu pai e parentes estão lá com ele. Ele os vê e fala com eles e eles acompanham a sua alma ao lugar aonde habitará.
Zohar, Idra Zutra: Conta que, antes de morrer, o Rabino Shimon Bar Yochai contou a seus discípulos que estava vendo o Rav Hamuna e setenta homens justos. Os discípulos ficaram com medo, pois o Rav Hamuna, que foi o mestre de Shimon Bar Yochai, já tinha falecido. Ou seja, o Rav Hamuna tinha ido para acompanhar a alma do Rabino Shimon Bar Yochai, e este, ainda vivo, podia ver aquilo que os outros somente enxergam quando morrem.
- tanto o rico quanto El’azar (Lázaro) reconhecem Avraham no Gan Eden, e o patriarca conversar com o rico, deixando o texto subentendido que também dialogou com El’azar (Lc 16:19-31);
- apesar de ainda estarem vivos, Keyfá, Yaakov e Yochanan viram Moshé e Eliyahu, no episódio da transfiguração (Mt 17:1-3).
Talmud, Berachot 18b: Narra a conversa de almas após a morte.
Yochanan (João) 3:
16 Pois de tal maneira amou Elohim o mundo que deu o seu Filho Único, para que todo o que nele crê não seja destruído, mas tenha a vida eterna.
17 Porque Elohim não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para dar vida ao mundo por sua mão.
18 Quem nele crê não é condenado, e aquele que não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do Único Filho de Elohim.
19 E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, mas os filhos dos homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
20 Pois todo aquele que faz [obras] odiosas odeia a luz, e não vem para a luz, para que não sejam reprovadas as suas obras.
36 Quem crê no Filho tem a vida eterna; porém, aquele que não obedece ao Filho não verá a vida, mas a ira de Elohim permanecerá contra ele.