PROSSEGUINDO PARA O ALVO

Filipenses 3.14 NAA

14 prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.

INTRODUÇÃO

Estamos hoje no terceiro estudo deste maravilhoso livro das Sagradas Escrituras. A Bíblia é, sem dúvida alguma, a verdadeira luz para nosso caminho, nosso verdadeiro pão do céu que nos sustenta e nos faz prosseguir confiantes no Deus todo poderoso.

Começamos estudando o livro de Filipenses com nosso pastor Joel ministrando sobre a ‘Alegria Permanente’ e nos fazendo mergulhar na dimensão da graça de Deus para ter uma vida cristã inundada na alegria e gozo de servir ao nosso Senhor Jesus Cristo.

Em seguida aprendemos com o pastor Francis sobre ‘O Sublime Exemplo’, enfatizando o nosso Senhor Jesus Cristo e o valioso exemplo daqueles que verdadeiramente entregaram suas vidas para serem seguidores desse Sublime Exemplo.

Prosseguindo para o alvo

A sugestão do tema "Prosseguindo para o alvo” vem de encontro com o anseio que cada um de nós que precisamos ter um olhar na reta de chegada durante a caminhada para o Céu.

Como nosso pastor mencionou no primeiro estudo de Filipenses, para conseguirmos obter êxito em prosseguir na nossa caminhada da fé, entendemos que, por meio da presença do Espírito Santo, nós os crentes, já participamos, ainda que incipiente e provisoriamente, das bênçãos futuras do Reino, muito embora a batalha espiritual continue e a vitória derradeira esteja assegurada.

Assim, entendendo que o palco da história da redenção pode nos dar força para PROSSEGUIRMOS PARA O ALVO, diante das lutas contra o pecado e contra satanás.

Com isso, somos encorajados para a batalha, suportamos as dificuldades e permanecemos firmes no Senhor.

Estudaremos o capítulo 3 de Filipenses a seguir.

1) A Eminente infiltração da corrupção dos Legalistas;

2) O alto custo na causa do Evangelho requer um alto preço a ser pago;

3) A recompensa do aparente sacrifício;

4) A recompensa futura originada pela centralidade do propósito Espiritual;

5) A imitação na liderança pastoral.

1) A Eminente infiltração da corrupção dos Legalistas (Fp. 3.1-3,18-19)

‘regozijeis no Senhor’

Filipenses 3.1 NAA

1 Quanto ao mais, meus irmãos, alegrem-se no Senhor. Escrever de novo as mesmas coisas não é um problema para mim e é segurança para vocês.

A igreja de Filipos enfrenta o ataque dos legalistas judaizantes, chamados por Paulo de “cães”, o apóstolo vai tratar de um problema que ameaça a unidade da igreja em Filipos.

Paulo começa com uma exortação a união da igreja, que corria o risco de ser arruinada por algumas diferenças insignificantes entre os cristãos, essa união deveria ser efetivada por eles mediante o Espírito de humildade e abnegação.

Paulo acalma o coração dos irmãos: ‘regozijeis no Senhor’. Nosso Senhor Jesus já havia mencionado essa palavra aos discípulos.

Lucas 10.20 NAA

20 No entanto, alegrem-se, não porque os espíritos se submetem a vocês, e sim porque o nome de cada um de vocês está registrado no céu.

1.1. ‘Guardai-vos, Guardai-vos, Guardai-vos’

Também faz uma advertência aos irmãos, dizendo que ele não se cansava de escrever as mesmas coisas, dando o sentido de que vale a pena em todo tempo manter a chama viva da verdade da vida cristã.

Caso contrário, estará alicerçando o coração e mente naquilo que é corruptível e enganoso.

Pois a afirmação foi clara: ‘é segurança para vós’.

Os judaizastes, com o exercício do proselitismo, atacavam Paulo e os novos crentes para deixarem a verdadeira fé no Senhor Jesus.

O retrocesso era a vontade destes maus obreiros, mas no verso 2 o apóstolo Paulo escreve a mesma palavra três vezes: ‘Guardai-vos, Guardai-vos, Guardai-vos’

Filipenses 3.2 NAA

2 Cuidado com os cães! Cuidado com os maus obreiros! Cuidado com a falsa circuncisão!

1.2. Obreiros que trabalham para o mal

Com heresias estes maus obreiros queriam anular a obra de Cristo Jesus, fazer com que estes viessem a regressar aos rituais antigos.

Eram obreiros enganosos, homens que trabalhavam ostensivamente pelo Evangelho, mas que na verdade trabalhavam para o mal, insistindo veementemente em um símbolo vazio de circuncisão física.

Filipenses 3.3 NAA

3 Porque nós é que somos a circuncisão, nós, que adoramos a Deus no Espírito e nos gloriamos em Cristo Jesus, em vez de confiarmos na carne.

1.3. Judaizantes ?

Os judaizantes são cristãos que ensinam que é necessário adotar os costumes e práticas judaicas, especialmente os encontrados na Lei de Moisés.

Que a circuncisão era necessária para a Salvação.

(Circuncisão: é a remoção cirúrgica do prepúcio do órgão sexual masculino.)

1.4. Proselitismo?

Esforço contínuo para converter alguém, fazendo com que essa pessoa pertença a determinada religião, seita ou doutrina.

Gênesis 17.14 NAA

14 O incircunciso, que não tiver sido circuncidado na carne do prepúcio, deve ser eliminado do meio do seu povo, pois quebrou a minha aliança.

1.5. Ensinamento e mensagem paulina?

A salvação é mediante a livre graça, que gera fé para crer na obra de Cristo na Cruz.

Paulo adverte acerca dos Judaizantes, que ensinavam que, para a salvação, era necessária a observância da Lei.

Incessantemente, queriam deturpar o Evangelho apresentado por Paulo:

1.6. Discriminando três importantes características:

1.6.1 A verdadeira circuncisão?

São aqueles que servem a Deus em espírito. (Fp 3.3a.)

Filipenses 3.3a NAA

3 Porque nós é que somos a circuncisão, nós, que adoramos a Deus no Espírito e nos gloriamos em Cristo Jesus, em vez de confiarmos na carne.

Adoramos a Deus em Espírito, e não pelas obras da carne.

1.6.2. Onde encontramos regozijo?

Nos regozijamos em Cristo Jesus (sentido de orgulhar-se em saber que nosso maior tesouro é Nosso Senhor Jesus Cristo)

1.6.3. A falsa circuncisão?

A meritocracia humana

A confiança na natureza carnal pelas obras.

1.7. Não devemo ter confiança na carne

Ela indica valores e obras contrárias as do Espírito Santo.

Os judaizantes legalistas, ensinavam acerca da circuncisão, que nada mais era do que um ritual físico na carne, mas que não produzia justiça e nem mudanças no coração.

A circuncisão para Paulo, não passava de uma mutilação na estrutura física, sem valor Espiritual.

Para Paulo, o verdadeiro sinal de vida em Deus, não vem de um ritual externo, mas sim o interior, sendo renovado a cada dia na presença maravilhosa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:

2Coríntios 4.16 NAA

16 Por isso não desanimamos. Pelo contrário, mesmo que o nosso ser exterior se desgaste, o nosso ser interior se renova dia a dia.

Estes judaizantes, com seus ensinos, se tornam inimigos da Cruz, ou seja, anulam a obra de Cristo:

Filipenses 3.18 NAA

18 Pois muitos andam entre nós, dos quais repetidas vezes eu lhes dizia e agora digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo.

Em sua essência, são orgulhosos e materialistas (v.19). Terão o seu devido destino, que é a perdição, quando forem julgados pelo Senhor.

Filipenses 3.19 NAA

19 O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está naquilo de que deviam se envergonhar, visto que só pensam nas coisas terrenas.

2) O alto custo na causa do Evangelho requer um alto preço a ser pago

Paulo, ao enfrentar os judeus por causa dos seus ensinos, perde o seu prestígio entre eles. (Fp. 3.4-7)

Filipenses 3.4–7 NAA

4 É verdade que eu também poderia confiar na carne. Se alguém pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais: 5 fui circuncidado no oitavo dia, sou da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, eu era fariseu; 6 quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível. 7 Mas o que para mim era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo.

Fariseu?

Membro de um grupo de judeus que obedecia a leis religiosas rígidas, viveram durante o século II a.C. Não mantinham relações com os não-crentes ou com os judeus estranhos ao seu próprio grupo, e foram considerados hipócritas e formalistas pelos evangélicos.

O apóstolo adota de bom grado um credo que considera tudo como perda em favor de conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos.

2.1 - Ser virtuoso com uma nobre causa e conversão:

2.1.1. O conhecimento de Cristo (Fp 3.10-12)

Filipenses 3.10–12 NAA

10 O que eu quero é conhecer Cristo e o poder da sua ressurreição, tomar parte nos seus sofrimentos e me tornar como ele na sua morte, 11 para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos. 12 Não que eu já tenha recebido isso ou já tenha obtido a perfeição, mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.

Paulo atrela virtude e felicidade à perseguição – isto é um paradoxo.

Paulo alerta que o conhecimento de Cristo e da sua obra, nos faz experimentar o seu poder.

Uma nova vida a partir da sua ressurreição, mas também associada as suas aflições.

2.1.2 O conhecimento baseado na experiência:

A vida cristã, passa pelo viés do experimento, que se origina da comunhão com Cristo.

Todo o conhecimento de Cristo, desestrutura e desqualifica os nossos valores terrenos, chamados e reconhecidos por Paulo, como esterco (Fp 3.8).

Filipenses 3.8 NAA

8 Na verdade, considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele perdi todas as coisas e as considero como lixo, para ganhar a Cristo

Ser feliz ?

Abraçar uma causa que seja nobre.

A grandeza de uma causa está associada ao preço que estamos dispostos a pagar por ela.

Em outras palavras:

Virtuoso serás se o teu caminhar despertar as armas dos maus no caminho da calúnia e da difamação.

Exultai e alegrai-vos:

A perseguição é a evidência de que o reino de Deus está entre nós, e a vossa alegria não se dá pela perseguição.

Porque perseguição não gera alegria, mas por conta da chegada do Reino e da recompensa que está nele (Mateus 5:10-12)

Mateus 5.10–12 NAA

10 — Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11 — Bem-aventurados são vocês quando, por minha causa, os insultarem e os perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vocês. 12 Alegrem-se e exultem, porque é grande a sua recompensa nos céus; pois assim perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.

3) A recompensa [aqui] do aparente sacrifício

Abster-se do círculo judaizante, eleva Paulo no sentido da verdade alcançada.

Ele renunciou à cultura errônea da circuncisão entre os judaizantes, ganhando com isto, o inestimável conhecimento de Cristo.

4) A recompensa futura originada pela centralidade do propósito Espiritual

4.1. Uma nova aliança – um pacto celestial

Filipenses 3:9,12

Filipenses 3.9 NAA

9 e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, mas aquela que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé.

Filipenses 3.12 NAA

12 Não que eu já tenha recebido isso ou já tenha obtido a perfeição, mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.

“Avançando para, ou na direção.” - Emprega um sentido de alvo determinado. O exercício de alguém que possui uma meta, um objetivo a ser alcançado.

4.2. Um novo alvo

Paulo remete à ideia de uma corrida rumo aos Céus.

Filipenses 3.13–14 NAA

13 Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficam para trás e avançando para as que estão diante de mim, 14 prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.

4.3. Um novo lar

Filipenses 3.20 NAA

20 Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,

Ainda que habitantes e cidadãos romanos, pelo novo nascimento, os cristãos se tornam forasteiros e peregrinos (não possuem residência fixa e nem cidadania terrena).

4.4. Um novo corpo

Desejo singular e infatigável de sepultar o passado e caminhar para as coisas que estão adiante:

Filipenses 3.21 NAA

21 o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.

5) A imitação na liderança pastoral

5.1. Uma imperativa ordem aos seguidores de Cristo:

“Sede meus imitadores” (Fp 3.15-17).

Filipenses 3.15–16 NAA

15 Todos, pois, que somos maduros, tenhamos este modo de pensar; e, se em alguma coisa vocês pensam de modo diferente, também isto Deus revelará para vocês. 16 Seja como for, andemos de acordo com o que já alcançamos.

Paulo retoma o posicionamento, de que os cristãos devem imitar uma “liderança ou os irmãos” e que não pervertam a essência doutrinária, que não adaptem a verdade bíblica ao hedonismo, e a liberdade como licença ao pecado.

No verso 17 o apóstolo reprisa:

Filipenses 3.17 NAA

17 Irmãos, sejam meus imitadores e observem os que vivem segundo o exemplo que temos dado a vocês.

A imitação para Paulo, deve ter como referência o Senhor Jesus Cristo.

CONCLUSÃO

Paulo ainda não concluíra o trajeto cristão, por isso não recebera o prêmio. Então ele declara:

Filipenses 3.14 NAA

14 prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.

Ele ganhou o prêmio da Salvação em Cristo Jesus, mas ainda não havia recebido completamente.

Este cenário nos traz uma imagem de um corredor

espichando-se, ou lançando-se à frente, esticando-se com todas as forças;

Ele não olha para trás;

nem compara sua posição com a posição relativa dos outros na corrida.

O corredor não faz cálculos de quantos quilômetros já completou, mas de quantos ainda faltam.

Louvar ao Senhor pelas bençãos alcançadas é importante, mas não se esquecer que temos ação permanente é imprescindível na vida do cristão.

Sendo assim, sempre teremos progresso espiritual.

Prosseguindo para o alvo, sempre, sem olhar atrás!

A Responsabilidade é Minha!

Fábio Alexandre Pastor Novembro 2020 - Genebra/Suíça