Volte para, se alegre em, e tema a... Deus!

Exposição de Zacarias   •  Sermon  •  Submitted   •  59:08
1 rating
· 51 views
Files
Notes
Transcript

1. Texto

Zacarias 2.6–13 NAA
6 — Vamos! Vamos! Fujam da terra do Norte, diz o Senhor, porque eu espalhei vocês como os quatro ventos do céu, diz o Senhor. 7 Vamos! Fuja, Sião, você que habita com a filha da Babilônia. 8 — Pois assim diz o Senhor dos Exércitos: Para obter a glória, ele me enviou às nações que saquearam os bens de vocês. Porque aquele que tocar em vocês toca na menina dos meus olhos. 9 Porque eis que agitarei a mão contra eles, e eles virão a ser a presa daqueles que os serviram. Assim vocês saberão que o Senhor dos Exércitos é quem me enviou. 10 — Alegre-se e cante, ó filha de Sião, porque eis que venho e habitarei no meio de você, diz o Senhor. 11 Naquele dia, muitas nações se juntarão ao Senhor e serão o meu povo. Habitarei em seu meio, e vocês saberão que o Senhor dos Exércitos é quem me enviou a vocês. 12 Então o Senhor herdará a terra de Judá como a sua porção na terra santa e voltará a escolher Jerusalém. 13 Calem-se todos diante do Senhor, porque ele se levantou da sua santa morada.

2. Desenvolvimento

Introdução

Nós estamos enfrentando tempos muitos difíceis, não é meus irmãos?
Final de ano chegando, tempo que normalmente reservamos para encontros, festas e celebração.
Aqui na igreja já estamos privados da comunhão com todos os irmãos, privados dos momentos preciso que tínhamos após os cultos, o Café Aliança.
Privados das reuniões dos grupos nos lares, o Aliança de Casa em Casa.
Talvez você possa estar frustrado, por chegar ao fim do ano e haver tantas limitações.
Esse anseio vai ser saciado em breve, meu irmão.
Se Deus quiser poderemos nos reunir sem tantas limitações, mas.. um dia vai se manifestar na história a maior de todas as reuniões do Povo de Deus, quando o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo voltar.
A maior festa, a maior celebração de todas.
Estaremos com Ele, para todo o sempre, na presença de Deus.
O texto de hoje nos ensina sobre parte do percurso que foi necessário para que essa grande reunião de celebração e festa, que tanto almejamos, fosse viabilizada.

Contextualização histórico-literária

Vimos no domingo passado, em Zc 2: 1-5 , que a terceira visão do profeta Zacarias revela a importância de Jerusalém no programa de restauração de Deus para Israel, e as implicações disso na história da redenção.
A reconstrução da cidade foi uma parte necessária da restauração do povo, e esta visão aponta para o cumprimento final de uma cidade protegida, não por paredes físicas, mas pela presença de Yahweh (v. 5; Apocalipse 21: 1-4).
Lembre que nós vimos juntos que a destruição da cidade e do templo pelos babilônios, com Nabucodonosor, não foi simplesmente causada pelo fracasso das defesas físicas de Jerusalém, mas pela retirada da presença protetora do Deus da aliança.
Assim, irmãos, a reconstrução do templo abriria caminho para a presença de Yahweh voltar ao meio do seu povo, porque Yahweh desejava um lugar sagrado para habitar, a fim de cumprir Seus planos.
Estamos, portanto, lidando com a teologia da presença de Deus em meio ao seu povo, passando pelo Éden, pela tenda da congregação, pelo tabernáculo, pelas teofanias, pelo templo, até chegarmos a Cristo, ao Espírito e a Segunda-vinda onde tabernacularemos com Deus pelos séculos dos séculos.
Nos vimos que as visões de Zacarias, que temos estudado, abordam as prioridades conflitantes dos exilados que retornaram da Babilônia:
reconstruir o templo ou reconstruir as muralhas da cidade?
O mensageiro de Deus está informou aos nossos irmãos sobre a prioridade adequada - reconstruir o templo.
De forma que hoje, meus irmãos, no texto de Zc 2: 6–13, veremos que a terceira visão do profeta, é seguida por oráculos proféticos que enfatizam os temas que estudamos nas visões anteriores:
a restauração de Israel e o julgamento das nações.
Temos em nosso texto a seguinte estrutura:
(1) Um chamado para fugir da Babilônia (vv. 6-7);
(1.1) Razões para deixar Babilônia (vv. 8-9):
(a) Yahweh guarda Israel como a menina de seus olhos, e
(b) Yahweh está sacudindo as mãos contra os gentios
(2) Um chamado à alegria (vv. 10-12)
(a) Yahweh está vindo para habitar com seu povo, (2.10)
(I) O povo de Deus é formado:
(i) tanto judeus (2.11)
(ii) como gentios (2:11)
(II) A habitação será em Jerusalém (v.12)
(3) Um chamado a reverência perante Yahweh (v.13)
(a) enquanto ele se levanta para cumprir seus propósitos.
Vejamos os detalhes disso...

Exposição

1. O chamado para fugir da Babilônia (vv. 6-7)

Zacarias 2.6–7 NAA
6 — Vamos! Vamos! Fujam da terra do Norte, diz o Senhor, porque eu espalhei vocês como os quatro ventos do céu, diz o Senhor. 7 Vamos! Fuja, Sião, você que habita com a filha da Babilônia.
Estamos diante de um oráculo, e as palavras traduzidas por “Vamos! Vamos!” são bem comuns em oráculos de aí!
Quem está sendo chamado “para fugir da terra do Norte”?
O público-alvo desta declaração são “você que habita com a Filha da Babilônia”, uma referência à comunidade do exílio na Mesopotâmia, naquela região da Babilônia.
A expressão “Filha de Babilônia”, então irmãos, de forma bem simples, funciona como sinônimo da própria Babilônia e faz um jogo de palavras dentro de nossa passagem, com a referência a “Filha de Sião” no v. 2:10.
Esse jogo de palavras coloca as duas cidades, Babilônia e Jerusalém (Sião), uma contra a outra e revela que Sião no final será triunfante.
Olha o encorajamento aí mais uma vez...
O fato de parte dos antigos habitantes de Sião ainda estarem morando na Babilônia, é o motivo deles serem chamados a “fugir / escapar” da “terra do norte”, uma imagem comum que representa as terras da Mesopotâmia - neste caso, os babilônios, que subjugaram o povo de Judá.
Se você procurar em um mapa do Antigo Oriente Próximo aí na sua Bíblia, você verá que a Babilônia não ficava ao norte de Jerusalém, mas “o norte” era, o caminho que os exércitos invasores da Mesopotâmia sempre utilizavam, pois eles seguiam as antigas estradas da região conhecida como o Crescente Fértil.
Então, irmãos, a expressão “quatro ventos dos céus” faz referência a esses retornos que começaram no final da era babilônica.
A palavra hebraica para “espalhar” refere-se ao que era chamado de joeiramento dos grãos na época da colheita.
O que era isso? Era aquele processo agrícola muitas vezes realizado no topo das colinas para aproveitar as brisas naturais que carregam o joio, e deixavam o trigo.
A ideia dos “quatro ventos”, como falamos em um sermão anterior, vêm das quatro extremidades dos céus e, portanto, simbolizam a dispersão total do povo.
Agora perceba que, Depois de chamar o povo para fugir do cativeiro em Zc 2: 6–7, Zacarias explica então o porquê o povo escapará de seus captores.
Ecoando a mensagem que vimos juntos nas duas primeiras visões, quando Yahweh afirma que punirá as nações que saquearam seu povo.
--
̶(̶1̶)̶ ̶U̶m̶ ̶c̶h̶a̶m̶a̶d̶o̶ ̶p̶a̶r̶a̶ ̶f̶u̶g̶i̶r̶ ̶d̶a̶ ̶B̶a̶b̶i̶l̶ô̶n̶i̶a̶ ̶(̶v̶v̶.̶ ̶6̶-̶7̶)̶;̶ ̶
(1.1) Razões para deixar Babilônia (vv. 8-9):
(a) Yahweh guarda Israel como a menina de seus olhos, e
(b) Yahweh está sacudindo as mãos contra os gentios
(2) Um chamado à alegria (vv.10-12)
(a) Yahweh está vindo para habitar com seu povo, (2.10)
(I) O povo de Deus é formado:
(i) tanto judeus (2.11)
(ii) como gentios (2:11)
(II) A habitação será em Jerusalém (v.12)
(3) Um chamado a reverência perante Yahweh (v.13)
(a) enquanto ele se levanta para cumprir seus propósitos.
--

1.1 - Rações para deixar a Babilônia (vv. 8-9)

Zacarias 2.8–9 NAA
8 — Pois assim diz o Senhor dos Exércitos: Para obter a glória, ele me enviou às nações que saquearam os bens de vocês. Porque aquele que tocar em vocês toca na menina dos meus olhos. 9 Porque eis que agitarei a mão contra eles, e eles virão a ser a presa daqueles que os serviram. Assim vocês saberão que o Senhor dos Exércitos é quem me enviou.
Irmãos, não é honesto passarmos por esses versículos sem, pelo menos, mencionarmos que tem havido muita controvérsia sobre o significado de Zc 2: 8–9,resultado de construções hebraicas desajeitadas.
Nossa interpretação aqui surge da tentativa de resolver essas dificuldades encontradas na língua original.
Para discernir o fluxo do pensamento nesta seção, devemos começar com a frase mais comum que ocorre no final do versículo 9: "Assim vocês saberão que o Senhor dos Exércitos é quem me enviou".
Irmãos, essas declarações são exclusivas de Zacarias e ocorrem em dois outros pontos, 4: 9 e 6:15, ambos em seções tradicionalmente marcadas como oráculos fora das visões.
Dê uma olhada, por favor:
Zacarias 4.9 NAA
9 — As mãos de Zorobabel lançaram os alicerces deste templo, e as mãos dele vão terminar a construção, para que vocês saibam que o Senhor dos Exércitos é quem me enviou a vocês.
Zacarias 6.15 NAA
15 Aqueles que estão longe virão e ajudarão a edificar o templo do Senhor, e vocês saberão que o Senhor dos Exércitos me enviou a vocês. Isto acontecerá se vocês ouvirem atentamente a voz do Senhor, seu Deus.”
Em cada uma dessas ocorrências, o profeta se refere a uma ação prometida por Yahweh e que estabelecem a legitimidade do chamado de Zacarias como profeta.
A ação prometida por Deus em 4: 9 e 6:15 é a reconstrução do templo, ambos em referência à participação da comunidade exílica naquele projeto, com atenção especial ao papel de Zorobabel, como veremos mais para frente.
A ação prometida por Deus em 2: 9 é a libertação do povo de Deus,
Enquanto que a ação prometida em 2:11 é o retorno de Deus para o meio seu povo.
Encontramos aqui uma técnica retórica que reforça o impacto da palavra profética, lembrando ao povo que como um servo é enviado com a autoridade de seu mestre (2 Reis 5:22; 8: 9; 18:27), assim o profeta é enviado com as palavras oficiais de Deus.
Voltando agora à frase inicial do oráculo iniciada no versículo 8, encontramos ali o uso do mesmo verbo “enviar”, que é a chave para o que estamos vendo aqui, irmãos.
Há o reforço da posição do profeta como alguém por meio de quem Deus traz sua mensagem de julgamento.
E o cerne da mensagem é visto na frase: "Porque eis que agitarei a mão contra eles, e eles virão a ser a presa daqueles que os serviram."
Levantar a mão de um contra o outro” é uma expressão idiomática hebraica geralmente se referindo a uma ação violenta contra um oponente.
E quando quando Yahweh aparece como o sujeito dessa ação de “levantar a mão contra”, isso indica uma ação militar (Is 11:15; 19:16; cf. 10:32; 13: 2).
para obter Glória” aqui é equiparado ao julgamento de Deus sobre Israel (exílio) ou sobre seus inimigos (restauração).
Quando Zacarias considera a restauração do povo de Deus e a derrota da Babilônia, ele aludindo aos profetas, especialmente Ezequiel
O zelo de Deus que chama Zacarias para anunciar o julgamento é aceso pelo caráter das ações das nações.
Quando elas saquearam Israel, elas estavam tocando "na menina dos seus olhos".
Meus irmãos, a expressão “menina dos meus olhos”, encontrada também em outros lugares da Bíblia, (Deuteronômio 32:10; Salmos 17: 8; Provérbios 7: 2; Lam. 2:18) denota vulnerabilidade e, por extensão, o cuidado que deve ser destinado a ela (Deut. 32:10; Sal. 17: 8; Prov. 7: 2).
A declaração de Deus não é apenas que essas nações prejudicaram seu povo, mas que, quando prejudicaram seu povo, estavam na realidade tocando a parte mais querida do próprio Deus.
--
̶(̶1̶)̶ ̶U̶m̶ ̶c̶h̶a̶m̶a̶d̶o̶ ̶p̶a̶r̶a̶ ̶f̶u̶g̶i̶r̶ ̶d̶a̶ ̶B̶a̶b̶i̶l̶ô̶n̶i̶a̶ ̶(̶v̶v̶.̶ ̶6̶-̶7̶)̶;̶ ̶
̶(̶1̶.̶1̶)̶ ̶R̶a̶z̶õ̶e̶s̶ ̶p̶a̶r̶a̶ ̶d̶e̶i̶x̶a̶r̶ ̶B̶a̶b̶i̶l̶ô̶n̶i̶a̶ ̶(̶v̶v̶.̶ ̶8̶-̶9̶)̶:̶ ̶
̶(̶a̶)̶ ̶Y̶a̶h̶w̶e̶h̶ ̶g̶u̶a̶r̶d̶a̶ ̶I̶s̶r̶a̶e̶l̶ ̶c̶o̶m̶o̶ ̶a̶ ̶m̶e̶n̶i̶n̶a̶ ̶d̶e̶ ̶s̶e̶u̶s̶ ̶o̶l̶h̶o̶s̶,̶ ̶e̶ ̶
(̶b̶)̶ ̶Y̶a̶h̶w̶e̶h̶ ̶e̶s̶t̶á̶ ̶s̶a̶c̶u̶d̶i̶n̶d̶o̶ ̶a̶s̶ ̶m̶ã̶o̶s̶ ̶c̶o̶n̶t̶r̶a̶ ̶o̶s̶ ̶g̶e̶n̶t̶i̶o̶s̶ ̶
(2) Um chamado à alegria (vv. 10-12)
(a) Yahweh está vindo para habitar com seu povo, (2.10)
(I) O povo de Deus é formado:
(i) tanto judeus (2.11)
(ii) como gentios (2:11)
(II) A habitação será em Jerusalém (v.12)
(3) Um chamado a reverência perante Yahweh (v.13)
(a) enquanto ele se levanta para cumprir seus propósitos.
--

2 - O chamado para se alegrar (vv. 10-12)

Zacarias 2.10–12 NAA
10 — Alegre-se e cante, ó filha de Sião, porque eis que venho e habitarei no meio de você, diz o Senhor. 11 Naquele dia, muitas nações se juntarão ao Senhor e serão o meu povo. Habitarei em seu meio, e vocês saberão que o Senhor dos Exércitos é quem me enviou a vocês. 12 Então o Senhor herdará a terra de Judá como a sua porção na terra santa e voltará a escolher Jerusalém.
Irmãos, essa segunda seção do nosso texto, abre com um novo conjunto de imperativos: "Se alegre, cante... fique feliz."
O humor muda do grito para escapar de um lugar de perigo (2: 6–9) ao exuberante chamado para se alegrar.
Esta seção, portanto, representa a resposta apropriada de uma comunidade libertada do cativeiro (cf. Sof. 3: 14-18).
Lembra que mencionamos o jogo de palavras em nossa passagem, “filha da babilônia” e “filha de sião”?
Nós sabemos que a cidade de Jerusalém é frequentemente chamada de “Sião” no Antigo Testamento, um nome que antecede a conquista de Davi (2 Sam. 5: 7) e torna-se intimamente associada à presença de Deus, pois no Monte Sião sua presença habita (Isaías 8:18) e lá ele é adorado (Salmos 48: 2).
Alguns estudiosos observam que a noção teológica central evocada pelo símbolo de Sião é a realeza de Yahweh.
Em muitos contextos, quando Deus entra em sua cidade real (Sião) e no seu palácio (templo), ele é saudado com alegria exuberante.
Isso explica por que a exortação de se alegrar aqui em Zacarias 2:10 é baseada na promessa de que Deus está “vindo” para “viver entre” seu povo, uma promessa repetida no versículo 11 e encontrada em todo o Antigo Testamento para expressar a presença de Deus em seus santuários.
Isso revela que aqueles que responderem à exortação de retornar à terra serão recebidos lá pelo Deus que está mais uma vez favorável ao seu Povo.
Vejam como isso tem tudo haver com o que já vimos até aqui...
Esta promessa ecoa as palavras da primeira visão aqui em Zacarias 1:16, onde Deus prometeu voltar ("Voltarei a Jerusalém com misericórdia")...
E também ligada àquele aspecto que vimos domingo passado, na terceira visão, quando em 2: 5 Deus diz:“ Eu serei a sua glória dentro de ti.”
A reconstrução do templo seria inútil se Deus não abençoasse a própria estrutura e a comunidade com sua presença manifesta.
Agora preste atenção...
Volte seus olhos para versículo 11, e veja que ele introduz uma surpresa no oráculo
Veja que, de repente, Deus declara que os estrangeiros entrarão na Sua comunidade, no dia em que a presença de Dele retornasse a Israel.
Note no texto a expressão "se juntarão", uma termo que é claramente de natureza pactual na língua original (Isa. 56: 6), é apresentado - “se juntarão”
Essa verdade fica muito ressaltada, pela forte declaração "[eles] se tornarão meu povo", que é usada em todo o Antigo Testamento para tipificar a posição do povo no Relacionamento Deus-Israel.
Lembre, meu irmão, que esta referência aos estrangeiros entrando na comunidade, juntamente com a afirmação da presença de Deus, conecta este oráculo à terceira visão (Zacarias 2: 1-5), que vimos domingo passado, onde o jovem é proibido de medir a cidade para construir um muro, pois teria um grande número de habitantes e Deus é quem seria sua proteção.
E se a inclusão de um grande número de estrangeiros na comunidade da aliança dá origem a questões sobre o status especial da terra de Israel, os versículo 12 trata de quaisquer preocupações.
Leia o v. 12 … veja que ele mostra que o impacto universal da aliança de Deus será realizado por meio de um retorno ao seu trono no templo em Jerusalém em Judá na terra santa.
A terra ainda é importante para os planos de Deus e é consagrada ("santa") para a presença de Deus.
Assim, irmãos, o retorno de Deus à sua terra, cidade e templo tem implicações para toda a humanidade, que é chamada ao silêncio com a interjeição "fiquem quietos!", e aqui caminhamos para última parte de nosso texto.
--
̶(̶1̶)̶ ̶U̶m̶ ̶c̶h̶a̶m̶a̶d̶o̶ ̶p̶a̶r̶a̶ ̶f̶u̶g̶i̶r̶ ̶d̶a̶ ̶B̶a̶b̶i̶l̶ô̶n̶i̶a̶ ̶(̶v̶v̶.̶ ̶6̶-̶7̶)̶;̶ ̶
̶(̶1̶.̶1̶)̶ ̶R̶a̶z̶õ̶e̶s̶ ̶p̶a̶r̶a̶ ̶d̶e̶i̶x̶a̶r̶ ̶B̶a̶b̶i̶l̶ô̶n̶i̶a̶ ̶(̶v̶v̶.̶ ̶8̶-̶9̶)̶:̶ ̶
̶(̶a̶)̶ ̶Y̶a̶h̶w̶e̶h̶ ̶g̶u̶a̶r̶d̶a̶ ̶I̶s̶r̶a̶e̶l̶ ̶c̶o̶m̶o̶ ̶a̶ ̶m̶e̶n̶i̶n̶a̶ ̶d̶e̶ ̶s̶e̶u̶s̶ ̶o̶l̶h̶o̶s̶,̶ ̶e̶ ̶
(̶b̶)̶ ̶Y̶a̶h̶w̶e̶h̶ ̶e̶s̶t̶á̶ ̶s̶a̶c̶u̶d̶i̶n̶d̶o̶ ̶a̶s̶ ̶m̶ã̶o̶s̶ ̶c̶o̶n̶t̶r̶a̶ ̶o̶s̶ ̶g̶e̶n̶t̶i̶o̶s̶ ̶
̶(̶2̶)̶ ̶U̶m̶ ̶c̶h̶a̶m̶a̶d̶o̶ ̶à̶ ̶a̶l̶e̶g̶r̶i̶a̶ ̶(̶v̶v̶.̶ ̶1̶0̶-̶1̶2̶)̶ ̶
̶(̶a̶)̶ ̶Y̶a̶h̶w̶e̶h̶ ̶e̶s̶t̶á̶ ̶v̶i̶n̶d̶o̶ ̶p̶a̶r̶a̶ ̶h̶a̶b̶i̶t̶a̶r̶ ̶c̶o̶m̶ ̶s̶e̶u̶ ̶p̶o̶v̶o̶,̶ ̶(̶2̶.̶1̶0̶)̶
̶(̶I̶)̶ ̶O̶ ̶p̶o̶v̶o̶ ̶d̶e̶ ̶D̶e̶u̶s̶ ̶é̶ ̶f̶o̶r̶m̶a̶d̶o̶:̶ ̶
̶(̶i̶)̶ ̶t̶a̶n̶t̶o̶ ̶j̶u̶d̶e̶u̶s̶ ̶(̶2̶.̶1̶1̶)̶
̶(̶i̶i̶)̶ ̶c̶o̶m̶o̶ ̶g̶e̶n̶t̶i̶o̶s̶ ̶(̶2̶:̶1̶1̶)̶
̶(̶I̶I̶)̶ ̶A̶ ̶h̶a̶b̶i̶t̶a̶ç̶ã̶o̶ ̶s̶e̶r̶á̶ ̶e̶m̶ ̶J̶e̶r̶u̶s̶a̶l̶é̶m̶ ̶(̶v̶.̶1̶2̶)̶
(3) Um chamado a reverência perante Yahweh (v.13)
(a) enquanto ele se levanta para cumprir seus propósitos.
--

3. O chamado à reverência perante Deus (v.13)

Zacarias 2.13 NAA
13 Calem-se todos diante do Senhor, porque ele se levantou da sua santa morada.
O silêncio é exigido porque Deus está se movendo e está prestes a aparecer entre seus súditos.
Os estudiosos tratam a expressão "sua morada sagrada" como denotando a corte celestial de Deus, visto que o templo não havia sido reconstruído.
Portanto, estamos diante do tema da reconstrução do templo, que restaurará Sião como a passagem para a corte celestial de Deus.
Uma história progressiva e realizante dos planos redentivos de Deus, com promessas, símbolos e múltiplos cumprimentos.
Deus age, Deus se revela, Deus intervem.
Cale-se diante Dele, toda a terra.

Conclusão

O momento da festa vai chegar...
Em resumo, Zacarias 2: 6–13 divide-se nitidamente em duas seções, cada uma introduzida por uma série de imperativos.
O primeiro (2: 6-9) enfoca a salvação de Deus e a resposta esperada do povo.
Embora o Senhor tenha espalhado as pessoas em sua disciplina, agora é hora de restaurar as pessoas que ele chama de "menina dos seus olhos".
O profeta os chama para responder fugindo e escapando de seu cativeiro, enquanto Deus quebra as nações que os subjugaram.
A segunda seção (2: 10-13) enfatiza a presença de Deus e a resposta esperada do povo.
Embora o Senhor tenha “abandonado” o seu templo, cidade e terra por causa da desobediência do povo, agora retornará para encontrar seu povo em fuga.
O profeta os chama para responder com gritos de alegria enquanto Deus retorna ao seu templo.
Mas vimos também um grata surpresa.
O profeta expande o escopo desta comunidade para incluir "muitas nações".
Na aliança estabelecida com Abraão, Deus prometeu três coisas:
1 - pessoas (Gênesis 17: 4-6),
2 - relacionamento (Gn 17: 7)
2 - e terra (Gn 17: 8).
A intenção de Deus para Moisés era que ele fosse o instrumento para cumprir essas três promessas.
O livro de Êxodo começa com uma numerosa comunidade judaica ameaçando os egípcios (Êxodo 1–11) – PESSOAS.
À medida que essa multidão é libertada da escravidão, seu destino imediato é o Monte Sinai, onde se encontram com Deus e estabelecem um relacionamento nacional com ele por meio da aliança (Êxodo 12-39, esp. 20).
Como resultado desse encontro, Deus passa a viver no meio deles (Êxo. 40) – RELACIONAMENTO.
Visando Canaã e o cumprimento da terceira promessa a Abraão, o povo e seu líder se extraviam e são forçados a vagar pelo deserto por quarenta anos (Números).
Cabe a Josué, não a Moisés, finalmente atacar Canaã e realizar a promessa final da terra – TERRA.
Pessoas, relacionamento, terra...
Esses eventos redentores estão na base da fé judaica e da revelação do Antigo Testamento (cf. Deuteronômio 6: 20–24; 26: 1-11; Josué 24; Ne. 9; Salmo 78; 104–106; 135–136).
No Exílio, entretanto, todas as três promessas correram perigo.
A violação da aliança por meio da infidelidade do povo ameaçava a promessa de relacionamento.
O golpe final é retratado em Ezequiel como a glória de Deus, representante de sua presença, abandona o povo e aterra pelo portão leste (Ezequiel 10).
Sem Deus ao seu lado, as promessas de terras e pessoas logo se invertem.
A terra é entregue aos inimigos que subjugam a população e levam muitas pessoas ao exílio (2 Reis 25).
Neste contexto teológico, a insistência do profeta em uma fuga da Babilônia para retornar à terra é justificada.
O relacionamento com Deus está ligado a uma terra, onde ele e seu povo viverão juntos.
A terra garantiu a preservação da comunidade e a aliança com o povo de Deus.
Na segunda vinda de Cristo teremos também, pessoas, relacionamento e terra.

Aplicações

Os estrangeiros encontram um lar
Não é apenas aquele amor que temos por onde nascemos, por nosso lugar escolhido e amado.
Com base na visão profética de Zc 2:1–5, uma visão que proíbe uma cidade murada que limitaria o crescimento urbano, o oráculo em Zc 2:6–13 revela a razão para o potencial de expansão desta cidade.
A comunidade libertada da escravidão para experimentar novamente a presença de Deus é a comunidade para a qual Deus trará "muitas nações".
Eis aqui os caminhos da nossa salvação...
A restauração do povo às suas terras com um templo sagrado e uma cidade teve implicações para o mundo inteiro.
Os versículos vv. 6–9 vêem as nações sob uma luz negativa, como aquelas que saqueiam o povo de Deus e que agora serão saqueadas por seus ex-escravos.
Nos versículos 10–13, porém, as nações agora são convidadas para a comunidade de Deus.
Eis aqui a graça de Deus...
Não podemos ignorar a linguagem vigorosa no início do oráculo enquanto o profeta chama sua comunidade para fugir, para escapar de sua terra de cativeiro.
O foco da aplicação que quero trazer para os irmãos está na resposta ao ato redentor de Deus; isto é, Deus quebrou o poder do opressor e assim os libertou do cativeiro.
Eles agora devem exercer essa liberdade.
Eles esperavam por isso há setenta anos (Zacarias 1:12), e Deus agora o cumpriu; agora eles devem agir com relação a essa libertação.
Irmãos, da mesma forma, Deus em Cristo quebrou o poder do opressor para nós, a sua igreja, e nos convida a deixarmos de lado as posturas comuns aos que estão alheios a presença de Deus
A liberdade que Cristo nos dá… liberdade do pecado, para servi-lo.
Nós, que nascemos em nossa própria "Babilônia", um mundo de pecado dominado pelo príncipe das potestades do ar, somos salvos pelo ato da graça de Deus (Ef 2).
Somos convidados a entrar em uma nova vida em um novo reino, com o Deus presente, o Deus conosco, o Senhor Jesus.
Vamos, vamos! … o que você está esperando para deixar o modo de viver da babilônia, o modo de viver deste mundo, voltar-se para Deus, alegrar-se Nele...
E quem se volta, e se alegra Nele, o faz com toda reverência.
Eis uma boa lição de como devemos nos portar na presença de Deus - alegres e reverentes.
Alguns de nós se acostumam com esse mundo, como nossos irmãos se acostumaram com Babilônia.
Mas Deus sacudirá esse mundo, como sacudiu babilônia.
E você deve voltar, deixar as falsas alegrias desse mundo, deixa de seguir a um dos aliados do Dragão, a segunda besta, os prazeres e o conforto desse mundo.
Buscar ter em Deus o seu prazer, a sua alegria.
Afinal, a graça alcançou você.
E o Espírito de Deus lhe capacita para isso. Louvado seja Deus por Jesus, e sua maravilhosa graça!

A encarnação do Verbo

Jo 1.1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

2 Ele estava no princípio com Deus.

3 Todas as coisas foram feitas por ele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.

4 A vida estava nele e a vida era a luz dos homens.

5 A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.

6 Houve um homem enviado por Deus, e o nome dele era João.

7 Este veio como testemunha para testificar a respeito da luz, para que todos viessem a crer por meio dele.

8 Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz,

9 a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina toda a humanidade.

10 O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por meio dele, mas o mundo não o conheceu.

11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.

12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome,

13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.

14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.

Related Media
See more
Related Sermons
See more