Novo Mandamento vos dou

João 13.31–38 RAStr

31 Quando ele saiu, disse Jesus: Agora, foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele;32 se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará nele mesmo; e glorificá-lo-á imediatamente.33 Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco; buscar-me-eis, e o que eu disse aos judeus também agora vos digo a vós outros: para onde eu vou, vós não podeis ir.34 Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.35 Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros. 36 Perguntou-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? Respondeu Jesus: Para onde vou, não me podes seguir agora; mais tarde, porém, me seguirás.37 Replicou Pedro: Senhor, por que não posso seguir-te agora? Por ti darei a própria vida.38 Respondeu Jesus: Darás a vida por mim? Em verdade, em verdade te digo que jamais cantará o galo antes que me negues três vezes.

Com a saída de Judas do Cenáculo, os acontecimentos finais do ministério de Cristo foram colocados em andamento. Ao invés de olhar para a agonia da cruz, Jesus se volta para a sua glorificação e como o Pai seria glorificado Nele. Jesus tinha a convicção de que se o Pai seria glorificado Nele, o Pai daria ao Filho a Sua glória e a daria para sempre. A NVT traduziu o versículo 32 da seguinte forma: "Uma vez que Deus recebe glória por causa do Filho, ele dará ao Filho sua glória, de uma vez por todas".

Com essa afirmação da certeza da glorificação, Jesus começa um discurso de despedida. "No AT e na literatura judaica posterior existem vários exemplos de discuros de despedidas em que uma pessoa prestes a morrer dirige as últimas palavras a amigos mais chegados (Gn 49.1-27; Dt 31-34; Js 23-24; 1Sm 12; 1Cr 28-29). Tais despedidas seguiam determinado padrão. Aquele que estava para morrer, cercado dos entes queridos, os consolava e os exortava a obedecer à lei. Ele orava e os abençoava e, não raro, lhes deixava algumas palavras escritas. Esses elementos estão presentes no discurso de Jesus" (Bíblia de Estudo NVT, p.1740).

O discurso de Jesus aos seus "filhinhos" é a respeito de um novo mandamento que Ele iria dar. Esse novo mandamento revela-nos, ainda mais:

A AUTORIDADE DIVINA DE JESUS (Jo 13.33-34)

JESUS TEM AUTORIDADE PARA DAR PLENO CONHECIMENTO DA LEI (MT 5-6)

Jesus corrige a compreensão rabínica da lei - aquilo que seus ouvintes tinham "ouvido".

JESUS TEM AUTORIDADE PARA ABOLIR A LEI DOS MANDAMENTOS EM FORMA DE ORDENANÇAS E ESTABELECER UMA NOVA ALIANÇA NO SEU SANGUE (EF 2.14-22; LC 22.19-22)

JESUS TEM AUTORIDADE PARA DAR NOVO MANDAMENTO

O NOVO MANDAMENTO CONSISTE EM OLHAR PARA JESUS COMO EXEMPLO PERFEITO DO QUE É AMOR (JO 13.34)

"O mandamento para amar não era novo. Em DT 6.5 há a ordem para amar a Deus, e Lv 19.18 ordenou amar o próximo como a si mesmo (cf. Mt 22.34-40; Rm 13.8-10; Gl 5.14; Tg 2.8). Entretanto, o mandamento de Jesus de amar apresenta um padrão estritamente novo por duas razões: 1) era amor sacrificial modelado segundo o amor dele ("como eu vos amei"; cf. Jo 15.13) e 2) é produzido por meio da nova aliança pelo poder transformador do Espírito Santo (cf. Jr 31.29-34; Ez 36.24-26; Gl 5.22).

Jesus é o modelo supremo de humildade e serviço, mas também é o exemplo máximo de amor. O amor que Jesus demonstrou foi marcado por:

ABNEGAÇÃO - "Ele se esvaziou"

ENCARNAÇÃO - "Reconhecido em figura humana"

COMPAIXÃO - "ovelhas que não tem pastor"

DETERMINAÇÃO - "amou até o fim"

SUBMISSÃO - "foi obediente até a morte e morte de cruz"

CONSCIENTIZAÇÃO - "sendo nós ainda pecadores".

CRUCIFICAÇÃO - "se entregou pela igreja"

Sua crucificação era necessário por causa:

DO PERDÃO

DA SANTIFICAÇÃO

O seu amor O levou a sofrer:

PERSEGUIÇÃO - começando por Herodes e terminando com os próprios judeus.

TRAIÇÃO

HUMILHAÇÃO - "cuspiram no seu rosto, tiraram as suas vestes..."

Não só os maridos devem amar a sua esposa como Cristo amou a igreja, mas como irmãos uns dos outros devemos nos amar como Cristo nos amou. Neste sentido as esposas também devem amar o esposo como Cristo as amou. Os pais aos filhos, os senhores aos servos, os servos aos senhores etc.

A MARCA REGISTRADA DE UM DISCÍPULO DE JESUS (Jo 13.35)

ESPIRITUALIDADE CONTAGIANTE DECORRENTE DO AMOR.

A identidade do falso seguidor de Jesus:

Ele tem apenas confissão (Mt 7.21-23)

Ele tem apenas formação/conhecimento (Mc 1.24; Tg 2.19)

Ele tem apenas envolvimento com a congregação (Mt 7.21-23; 1Jo 2.19)

Ele gosta de chamar a atenção (Mt 7.21-23)

Ele não exerce a autoconfrontação (Lc 18.10-14)

A identidade do vardadeiro seguidor de Jesus:

Ele ama a Deus amando ao próximo (Jo 13.35; Jo 14.21)

1João 2.7-11 : "quem odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas" (v.9)

1Jo 3.10-11: "nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica a justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão"(v.10)

1Jo 4.7-10,20-21: "aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor" (v.8) / "ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão" (v.21)

A DIFICULDADE DE SE ADEQUAR AO MANDAMENTO DE JESUS (Jo 13.36-38; cf. Mc 14.31; Lc 22.31-34)

Influência de um espírito maligno, empenhado em causar destruição (Lc 22.31)

Influência de um coração perdido, carente de conversão (Lc 22.32-34)

Influência de um coração orgulhoso, incapaz de ouvir a orientação (Jo 13.36-37; Mt 26.33-35)

Influência de um coração orgulhoso, incapaz de valorizar a seu irmão (Mc 14.29)

Influência de um coração orgulhoso, incapaz acatar a repreensão (Mc 14.31)

A ESPERANÇA DE PEDRO ESTAVA EM JESUS:

JESUS OROU POR PEDRO (

JESUS PERDOOU PEDRO

JESUS RESTAUROU PEDRO

ELE PECOU, TRAIU, MAS A SUA FÉ NÃO DESFALECEU, ELA CRESCEU. OS TROPEÇOS TAMBÉM FAZEM PARTE DO PROCESSO DISCIPLINAR DE DEUS NA FORMAÇÃO DOS SEUS DISCÍPULOS.