Deus é nosso Refúgio
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Salmo 46
Salmo 46
Deus é o nosso refúgio e fortaleza
Ao mestre de canto. Dos filhos de Corá. Em voz de soprano. Cântico
1- Deus é o nosso refúgio e fortaleza,
socorro bem presente nas tribulações.
2- Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne
e os montes se abalem no seio dos mares;
3- ainda que as águas tumultuem e espumejem
e na sua fúria os montes se estremeçam.
4- Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus,
o santuário das moradas do Altíssimo.
5- Deus está no meio dela; jamais será abalada;
Deus a ajudará desde antemanhã.
6- Bramam nações, reinos se abalam;
ele faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve.
7- O SENHOR dos Exércitos está conosco;
o Deus de Jacó é o nosso refúgio.
8- Vinde, contemplai as obras do SENHOR,
que assolações efetuou na terra.
9- Ele põe termo à guerra até aos confins do mundo,
quebra o arco e despedaça a lança;
queima os carros no fogo.
10- Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus;
sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.
11- O SENHOR dos Exércitos está conosco;
o Deus de Jacó é o nosso refúgio.
Introdução
Introdução
O livro dos Salmos é talvez o livro mais conhecido pelas pessoa, independente de servirem ou não a Deus.
Na própria Escritura Sagrada, o livro dos salmos é o livro mais citado em outros livros.
E tudo isso se dá pela sua enorme importância no contexto litúrgico do Israel do A.T.
Os Salmos tratam de diversos assuntos, consolam, exortam, ensinam. Louvam continuamente a Deus. E tem até os salmos imprecatórios que são salmos onde os autores clamam a Deus por vingança, pedem que Deus elimine seus inimigos, clamam sempre pela vitória frente aos inimigos.
Os salmos são divididos em 5 livros, e segundo alguns teólogos, cada um desses livros está relacionado com um dos livros do pentateuco.
Fato é que Salmos como 1, 91, 23, 121, são salmos conhecidíssimos, muito citados e muitas vezes até mesmo são salmos orados, ou seja, as pessoas usam esses salmos em suas orações. O que está corretíssimo, se analisarmos com cuidado veremos que inúmeros salmos são orações belíssimas.
O salmo que lemos hoje não é diferente desses exemplos que citei, é um salmo muito conhecido e que tem um importante ensinamento para nós hoje como igreja do Senhor, principalmente nessa época de medo e incertezas que temos vivido.
Contexto.
Contexto.
Não se sabe ao certo em qual contexto este salmo foi escrito, alguns o colocam como resposta aos acontecimento de 2Cr 20. Quando os moabitas e amonitas fizeram uma coligação para destruir Judá no período do rei Josafá. Outros, como Calvino por exemplo, o colocam no contexto de 2Rs 19.35. Quando o rei Senaqueribe tenta invadir Judá durante o reinado de Ezequias. Fato é que, independente do contexto imediato, ou sem mesmo ter um contexto imediato, o salmo fala do cuidado de Deus, do livramento de Deus e do amparo que Deus dá aquele que são seus filhos.
Texto
Texto
O Salmo que estamos analisando é um salmo de louvor, ou seja, pode-se dizer com certeza que se trata de um hino.
Ele começa afirmando o seguinte: “Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações”.
Aqui o salmista começa com uma declaração geral, ele afirma que Deus “é” nosso refúgio. Veja que ele não coloca nenhuma condição para afirmar que Deus é refúgio. Ele simplesmente afirma. Deus é refúgio e pronto. Ele é socorro presente nas tribulações. Ou seja, Deus é nosso refúgio, independente da circunstância. Ele é socorro. Socorro já pressupões uma situação de perigo. E ele afirma que Deus é socorro nas tribulações. Perceba outra afirmação. Tribulações!
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As circunstâncias históricas que jazem por trás da composição deste salmo não podem ser estabelecidas com precisão absoluta. Jerusalém tem sido atacada, mas Deus tem intervido em favor de seu povo e dispersado o inimigo. A situação descrita em 2 Crônicas 20 parece ajustar-se bem, quando os moabitas e amonitas insurgiram contra Josafá. Naquele tempo, o povo foi encorajado por Jaaziel: “Não tenham medo nem fiquem desanimados por causa desse exército enorme. Pois a batalha não é de vocês, mas de Deus” (v. 15). Aqui, o salmista canta a vitória alcançada pelo Senhor Onipotente, e a cidade na qual Deus habita. O salmo é dividido pelo tríplice aparecimento de “Selá” e pelo reiterado estribilho nos versículos 7 e 11.
1. Uma Fortaleza Segura (vs. 1–3)
Um tema favorito de muitos salmos é o fato de Deus ser o refúgio de seu povo (ex., 61.3; 62.7,8; 71.7; 142.5). As palavras “refúgio” e “força” são usadas com bastante freqüência e em conjunção para descreverem o caráter de Deus e suas ações em favor de seu povo. A confissão aqui é incomum (o texto hebraico traz “por nós” aqui e nos vs. 7 e 11), e o povo reconhece que, quando se encontra em tribulação, Deus está sempre perto para socorrer (v. 1).
As tribulações que ora ele enfrenta (inclusive as batalhas mais recentes) são descritas como se houvesse uma tremenda sublevação da natureza (vs. 2,3). Um terremoto poderoso tinha ocorrido, mas, em meio a tudo isso, o povo pode dizer: “Não temeremos.” Isto tem por base o que já foi asseverado acerca de Deus no versículo 1.
2. Deus Conosco (vs. 4–7)
Embora não se use o termo “Sião”, o salmista agora descreve quão seguro o povo está, uma vez que Deus tem sido sua habitação em Jerusalém (vs. 4,5). Em outras passagens veterotestamentárias, temos também o quadro de Jerusalém, com água fluindo de seu seio (cf. Is 33.21). O santuário de Deus estava em Jerusalém, e enquanto o povo depositasse confiança em sua provisão por eles, então o auxílio divino jamais falharia. Quando desprezassem as águas cristalinas e doces que fluíam de Siloé, então Deus os abandonaria. Deus “tinha compaixão de seu povo e este tinha nele um lugar de habitação”, até que o povo ridicularizou seus mensageiros, e por fim o próprio santuário foi destruído pelos babilônios (2Cr 36.15–19).
Deus tem falado em meio ao tumulto entre as nações vizinhas (v. 6). Quando sua voz é ouvida, os habitantes da terra tremem de pavor. “A terra se dissolve” é uma mera forma poética de dizer que o povo é terrificado. A terra “se move”, diz o salmista, usando um termo que ele já usara para os montes (NIV, “os montes caem”, v. 2). O contraste tão claro é que a cidade de Deus não “se move” nem “cai” (v. 5).
A confissão que o povo faz é que contam com a presença de Deus (v. 7). A forma da primeira frase lembra “Deus é conosco”, “Emanuel” (Is 7.14; 8.8,10). Em vez de “Deus”, o salmista aqui usa a expressão “o SENHOR dos Exércitos” (NIV “o Senhor Todo-Poderoso”; ver comentário sobre o Sl 24.10). O Deus que fez aliança com os patriarcas está com eles como uma “fortaleza”. Esta palavra significava um local fortificado para o qual alguém pudesse fugir e sentir-se seguro, simbolizando assim a segurança que os crentes têm em Deus.
3. Convocação do Senhor (vs. 8–11)
O convite sai notificando como Deus já dispersou os inimigos, os quais saíram contra seu povo (vs. 8,9). A palavra “desolações” é explicada pelo que vem a seguir. Ele trouxe paz ao destruir os exércitos inimigos e suas armas. Seu poder militar foi aniquilado quando os arcos e as espadas foram destruídos. Na frase final do versículo 9, a NIV traduz a palavra hebraica “carros” por “escudos”. Esta está seguindo três versões antigas: a Septuaginta, o Targum e a Vulgata. Não obstante, a palavra “carros” faz bom sentido, especialmente quando sabemos que os carros eram queimados depois de capturados (Js 11.6,9).
A convocação é dirigida aos invasores gentios a que recuassem (v. 10). “Aquietar-se” comunica muito bem a idéia de ficar quieto, enquanto o verbo hebraico significa mais “deixar sozinho”, “abandonar”. Por causa de suas ações, devem reconhecer que ele é Deus e se submeter à sua autoridade. O verbo “saber” era usado em tratados seculares neste sentido. Ele lhes assegura que todas as nações se prontificam a exaltá-lo, sim, em toda a face da terra.
O estribilho do versículo 7 é reiterado para concluir o salmo. É uma forma apropriada de resumir a gratidão do povo quando uma vez mais professar sua fé em seu libertador.
Harman, A. (2011). Salmos. (V. G. Martins, Trad.) (1a edição, p. 203–205). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã.
Aplicação
“Deus é o nosso Refúgio”. Essa declaração, essa verdade da Escritura precisa estar diariamente diante de nossos olhos. Em Deus sempre temos refúgio. Ele é o próprio refúgio para nós. Precisamos nos apropriar dessa verdade pela fé. E entender que ainda que as tribulações da vida nos abalem, nada pode abalar esse Deus. E esse Deus inabalável é nosso refúgio e é nossa segurança.
Assim como Deus foi segurança e refúgio para Israel, e é para nós individualmente, Deus também é refúgio e segurança para sua igreja no coletivo. A igreja jamais será abalada, a igreja jamais será derrotada pois ela descansa na presença desse Deus que é refúgio.
Deus ser refúgio e segurança não significa ausência de problemas, mas sim, significa que o melhor que poderíamos ter nesse momentos difíceis nós temos que é nosso Deus criador dos céus e da terra. Ele está no trono, governando todo o mundo, governando todas as coisas, estabelecendo reis e fazendo cair reinos, levantando o fraco e abatendo os arrogantes, ele é Deus.
Colocque sua vida nas mãos desse Deus, coloque seus problemas nas mãos desse Deus, Coloque seus planos nas mãos desse DEus, não tema, não desanime, não esmoreça, Deus é refúgio para você.
E o maior refúgio que Deus podia proporcionar ele proporionou em CRisto para aaqueles que ele elegeu para salvação.